Após a declaração de Daniel Scioli, embaixador da Argentina, sobre a possibilidade da utilização de uma moeda única para os países sul-americanos, posta em discussão com Haddad, o ministro da Fazenda brasileiro deu a entender a um repórter que o projeto ainda estaria bastante prematuro.
Esse tipo de projeto já foi cogitado em gestões anteriores, por Paulo Guedes por exemplo, que, em analogia ao que acontece na zona do euro, entendia que o Mercosul deveria utilizar uma moeda única. Uma das hipóteses do ex-ministro é a de que em algumas décadas restariam em torno de 5 moedas principais no globo, dentre elas o Dólar, o Yuan, o Euro e a moeda sul americana, caso a integração fosse adiante.
Nesse cenário comparativo o Brasil desempenharia um papel semelhante ao da Alemanha, que por estar rodeada por 8 países da União Europeia, trabalha para a coesão da Europa através da sua política externa como um meio para a segurança nacional e garantia de escoamento da sua produção, e o faz, antes de mais nada, por ser o país mais capacitado economicamente para tal.
O que acontece na Europa é o estabelecimento de um mercado comum onde há um intercâmbio mais amplo, em outras palavras o livre trânsito de mercadorias, pessoas, capitais e serviços dos países integrantes da União Europeia (UE), lembrando que alguns deles pertencem a Zona do Euro.
Esse tipo de integração monetária implica em uma diluição do risco de utilização dessa moeda entre os países membros, de modo que quanto mais estável economicamente um país é maior a sua contribuição para a estabilidade da moeda comum.
Ao transpor essa noção para o cenário sul-americano, o Brasil desempenharia um papel central não apenas por fazer fronteira com muitos países do Mercosul, mas por ser o país mais potente economicamente na região. Essa posição implica em uma série de limitações ao manejo da política monetária, a principal ferramenta para controle inflacionário, que alguns países sul-americanos não estão conseguindo executar.
A Argentina chegou a atingir uma inflação de 94,8% em 2022 e a Venezuela 332%. Logicamente demandam um tratamento monetário, além de geopolítico, muito distinto de um país como o Brasil.
A moeda, como principal mercadoria nas economias, carrega consigo todos os seus correspondentes em termos de tecnologia, nível de produtividade do trabalho, Estoque Bruto de Capital Fixo, estoques de divisas e até mesmo capacidade bélica, aspectos que inevitavelmente precisam de ser equalizados para que um acordo de moeda única seja realizado.
Em eventual integração, a construção seria voltada em especial para negociações comerciais entre os países e não como uma moeda de livre circulação entre a população. A ideia de uma moeda única é gerar confiança entre os países e atenuar os efeitos de desvalorização ao se converterem as moedas locais em dólar para transações entre os países sul americanos, alternativa pertinente em regiões onde há uma intensidade de trocas comerciais.
Nesse sentido, a pergunta central é se as empresas brasileiras e sul americanas teriam condições de levar o uso dessa moeda adiante, visto que quando pensamos em América latina está implícita a necessidade de importação de bens de produção, tornando o dólar um meio de pagamento incontornável.
Uma iniciativa da Associação Latino Americana de Integração (ALADI) que caminha nessa direção é o Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos (CCR), um sistema em que os bancos centrais integrantes realizam compensações quadrimestrais e oferecem garantias recíprocas de conversibilidade em dólar americano, transferibilidade e reembolso referente ao comércio de bens e serviços. O sistema evidenciou as disparidades mencionadas no calote dado pela Venezuela e a própria saída do Brasil em 2019.
Já o Sistema Unificado de Compensação Regional (SUCRE) é um exemplo de integração mais homogênea, já que os países membros, Venezuela, Bolívia, Nicarágua, Cuba e Equador enfrentam situações semelhantes de embargo econômico e restrições a importação, portanto se alinham no interesse em uma moeda alternativa ao dólar americano.
Em suma, antes do estabelecimento de um acordo de moeda única, é necessário que a política externa brasileira seja conduzida de forma coerente com as suas necessidades econômicas internas, pois na conjuntura atual os riscos inflacionários, fiscais e entraves na condução da taxa de juros são maiores do que os ganhos para a economia brasileira.
Os vereadores de Curitiba acabaram de eleger Marcelo Fachinello para dirigir os trabalhos para o biênio 2023/2024. Os menos atentos poderiam concluir, simplesmente e apenas, que foi eleito um vereador de primeiro mandato, algo incomum nos legislativos, contudo esta escolha revela aspectos mais profundos do arranjo político de Curitiba e também do Paraná.
Não diferente do jogo, no xadrez político, para vencer, é importante posicionar as peças no lugar certo e conquistar o centro do tabuleiro. Quero dizer que ter um aliado à frente do legislativo municipal é uma vantagem na disputa da prefeitura em 2024 e, também, para o governo do estado em 2026.
Mirando este objetivo é que o vice-prefeito Eduardo Pimentel (que deve concorrer para prefeito) e o Deputado estadual Alexandre Curi (que já constrói uma candidatura para governador) saem na frente, pois sem eles a eleição de Fachinello seria inviável.
Importa ressaltar que tal movimentação só foi possível com o consentimento do prefeito Rafael Greca e do governador Ratinho Junior, que possuem vantagens óbvias na manutenção de seus correligionários do PSD em posições de destaque no executivo municipal e estadual.
A disputa tanto pelo Palácio 29 de Março quanto pelo Palácio Iguaçu já começou, resta aos vitoriosos dessa primeira contenda conservar e ampliar a vantagem e aos derrotados lamber as feridas e se renovar adiante.
Ficam duas lições: desarranjos políticos anteriores (alguns chamariam de traições) seguem cobrando um preço alto e quem tem bons padrinhos não morre pagão.
O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Ademar Traiano (PSD), esteve na sede do Grupo RIC, em Curitiba, nesta quinta-feira (15) e participou do programa Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan. Na entrevista, com os jornalistas Marc Sousa, Beatriz Frehner e Jeulliano Pedroso, o político fez um balanço sobre as atividades deste ano e comentou as polêmicas que envolveram a casa nas últimas semanas.
Traiano aproveitou a entrevista para esclarecer o aumento salarial de deputados estaduais. De acordo com o político, os representantes paranaenses não são bancados pelo legislativo em inúmeras atividades. Além disso, o salário não é ajustado há oito anos e o valor do aumento proposto no total líquido não é “algo aviltante”.
“Brasília deve tratar essa questão e equiparar o salário dos deputados federais ao dos ministros, que fica em torno de R$ 39 mil. Nós temos uma exigência legal de 75% do que ganha o deputado federal e, obrigatoriamente, temos que fazer esse processo por votação. Aqui no Paraná ficaríamos em torno de R$ 29 mil bruto, que sobraria R$ 21 mil líquido para os deputados estaduais. Hoje o salário do deputado fica em torno de R$ 18 mil, então nós teríamos, após oito anos, um aumento em torno de 2 mil, que eu não vejo como algo aviltante. Eu defendo a questão salarial no âmbito de todos”, pontuou Traiano.
Cargos comissionados e ‘pacotaço’
Sobre o ‘pacotaço’ e as aprovações de vários projetos nos últimos dias, Traiano classificou como um movimento comum em trocas de governo. “Estou na Alep há 32 anos, por inúmeras vezes já repeti, todos os governos normalmente em final de ano eles encaminham inúmeras mensagens para apreciação do parlamento. É regimental que o governo encaminhe em regime de urgência”, comentou.
Apesar da rapidez para aprovar projetos, Traiano esclareceu que todas as votações acontecem com as devidas discussões e posicionamento de todos os deputados.
“Ontem mesmo, nós tivemos uma sessão, que iniciamos às 8h30 e concluímos quase às 18h, a discussão foi muito ampla. Os senhores deputados tiveram o tempo necessário para a discussão dentro das comissões ou em plenário […] Tenho que cumprir a nossa bíblia, que é o regimento interno da Assembleia, e também aquilo que está escrito na constituição do estado”, destacou Traiano.
Nas últimas semanas, a Alep também esteve envolvida em polêmicas sobre a criação de 614 cargos comissionados. Na entrevista, Traiano esclareceu o caso, apontado como inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é uma “matéria vencida”, pois se refere a uma ocorrência de 2010.
“De lá para cá houveram inúmeras mudanças. Eu mesmo, nesta nossa gestão, juntamente com a mesa executiva, fizemos inúmeras alterações na legislação para nos adequarmos aquilo que sempre é feito como cobrança pelo Ministério Público, pelo Tribunal de Contas, que deve existir uma paridade entre os cargos efetivos e comissionados. Portanto, na minha compreensão, essa matéria já é matéria vencida, porque nós não temos esses cargos”, explicou Traiano.
O presidente da Alep ainda pontuou cargos que não existem mais na assembleia. “Posso afirmar com toda certeza, a Assembleia não tem esses 614 cargos, eles já foram extintos. Havia no passado o cargo de barbeiro, havia dentro da assembleia um salão de beleza. Havia por exemplo, cargos em excesso de médicos, mas tudo isso foi extinto. Estamos dentro da legalidade”, concluiu.
Durante a entrevista, Ademar Traiano ainda comentou sobre a retomada das votações online, o movimento da chegada de novos deputados eleitos e ainda um balanço de como foi o último mandato. Assista na íntegra:
A Câmara aprovou uma mudança importante na Lei das Estatais. Na versão anterior da lei não poderiam assumir cargos na Petrobras, BNDES, Banco do Brasil e outros pessoas que tivessem atuado em campanhas ou órgãos partidários nos últimos 36 meses. A norma foi alterada em uma votação “relâmpago”, e agora o período de “quarentena” é de apenas 30 dias para os políticos. Essa mudança vale também para os conselhos de agências reguladoras.
Aloizio Mercadante, coordenador de campanha do presidente eleito Lula (PT), foi indicado à presidência do BNDES e acabou beneficiado pela nova lei, entretanto o mercado reagiu negativamente a esse movimento. As ações da Petrobras caíram mais de 9% com a perspectiva que suas diretorias possam novamente ser alvo de loteamento entre políticos. Nos cabe esperar que a lei não passe no Senado, caso avance entre os senadores restará ao Presidente Bolsonaro vetar este retrocesso.
Confira como votaram os deputados do Paraná
Votaram não
Sandro Alex (PSD-PR) – Não
Aline Sleutjes (PROS-PR) -Não
Vermelho (PL-PR) – Não
Rubens Bueno (Cidadania-PR) – Não
Pedro Lupion (PP-PR) – Não
Votaram sim
Toninho Wandscheer (PROS-PR) – Sim
Enio Verri (PT-PR) -Sim
Felipe Francischini (União-PR) -Sim
Sergio Souza (MDB-PR) – Sim
Hermes Parcianello (MDB-PR) – Sim
Ricardo Barros (PP-PR) – Sim
Osmar Serraglio (PP-PR) – Sim
Paulo Martins (PL-PR) – Sim
Luciano Ducci (PSB-PR) – Sim
Ney Leprevost (União-PR) – Sim
Luizão Goulart (Solidaried-PR) – Sim
Ausências ou abstenções
Zeca Dirceu (PT-PR)
Luiz Nishimori (PSD-PR)
Diego Garcia (Republican-PR)
Filipe Barros (PL-PR)*
Aliel Machado (PV-PR)*
Aroldo Martins (Republican-PR)*
Christiane Yared (PP-PR)*
Sargento Fahur (PSD-PR)*
Rossoni (PSDB-PR)*
Leandre (PSD-PR)*
Luisa Canziani (PSD-PR)*
Gustavo Fruet (PDT-PR)*
Giacobo (PL-PR)*
Gleisi Hoffmann (PT-PR)*
Sobre o colunista
Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.
Nós enquanto sociedade, findadas as eleições, já sabemos quais políticos contratamos para gerir e nos representar no mandato que se iniciará em janeiro de 2023. Se durante as eleições nós éramos o centro das atenções, quando todos os candidatos ativamente nos traziam informações e nos ouviam com toda a atenção, agora, após os votos apurados e os vencedores declarados, já não recebemos todas as informações que gostaríamos e nem somos ouvidos com toda a atenção necessária.
O que vemos ocorrer neste momento são candidatos eleitos (ou reeleitos) intensificando as preparações para o exercício do mandato, fazendo os ajustes finais no orçamento e revisando a composição da equipe. É também neste momento que as articulações para a composição da mesa diretiva da Assembleia Legislativa, da Câmara Federal e do Senado se intensificam e os governadores e o presidente ampliam (ou não) seus acordos partidários com o objetivo de garantir uma sustentação parlamentar.
Nós eleitores, após participarmos da “festa da democracia”, somos deixados um pouco de lado. Por vezes nos posicionamos como meros espectadores.
Mesmo não contando com melhores instrumentos de accountability e controle social, nós, enquanto cidadãos, temos algumas ferramentas para acompanhar e fiscalizar os mandatários e suas ações:
Portal da transparência
Todo órgão público é obrigado a manter um site atualizado com informações sobre gastos com pessoal – quem está nomeado (efetivo ou comissionado), quais seus salários e benefícios –, despesas com viagens e demais compras, contratos e licitações.
Lei de Acesso à Informação (LAI)
Esta lei garante um grande avanço para a nossa democracia, pois permite o acesso a todo tipo de informação (sem caráter sigiloso) não contida no portal da transparência, como por exemplo o contrato detalhado de uma licitação/despesa, bastando apenas uma solicitação através da LAI.
Se quisermos saber quantas vagas públicas de UTI de fato existem no nosso município/estado e em quais hospitais elas estão, podemos usar a LAI para obter essas informações. Se a informação já estiver disponível, será respondida imediatamente ao solicitante, caso contrário, o órgão tem até 20 dias corridos para responder – período que pode ser estendido por mais 10 dias, desde que justificado. Deixo aqui o link para que você possa baixar o manual, elaborado pela Controladoria Geral da União, para acesso à informação.
Audiências públicas a respeito do orçamento
Todo ano é realizada audiência pública a respeito da Lei Orçamentária Anual aberta à comunidade local. Nesta audiência o cidadão pode esclarecer suas dúvidas sobre o orçamento público e é uma ótima oportunidade para saber se aquela promessa de campanha recebeu os recursos necessários ou se ela ficou apenas no discurso. Caso sinta falta de algo importante para sua região é possível levar a questão aos parlamentares que podem promover emendas (inclusões ou supressões) nesta lei, alterando o orçamento conforme as necessidades da comunidade e, consequentemente, de nós eleitores.
Participação em conselhos
Para quem quiser ir mais fundo no acompanhamento e na fiscalização, um bom mecanismo é participar dos conselhos de políticas públicas temáticos. São vários: educação, saúde, assistência social, criança e adolescente, esporte, habitação, segurança pública, entre outros. Os conselheiros decidem sobre a utilização dos fundos a eles vinculados e participam da definição das ações que serão tomadas em suas respectivas áreas, em alguns casos os conselhos têm a palavra determinante sobre o que o gestor deve priorizar.
Algumas democracias possuem instrumentos de controle mais ativos sobre os mandatos, como o recall ou o voto destituinte, por exemplo. No Brasil nos resta apenas a possibilidade de recompensar ou punir os mandatários nas eleições, depositando nossos votos naqueles que consideramos ter ido bem e retirando apoio daqueles que exerceram de forma precária o mandato recebido, o que é uma forma de accountability vertical. Para isso, acompanhar os mandatos é fundamental.
Munidos destas informações sigamos fiscalizando os políticos que contratamos, inclusive para saber se renovaremos (ou não) seus contratos nas próximas eleições!
Sobre o colunista
Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.
A atualização da Planta Genérica de Valores (PGV) de imóveis em Curitiba foi debatida nesta segunda-feira (5) pelos vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC).
Os vereadores Pier Petruzziello, Alexandre Leprevost, Beto Moraes, Herivelto Oliveira, Hernani, Jornalista Márcio Barros, Marcelo Fachinello, Mauro Bobato, Nori Seto, Oscalino do Povo, Osias Moraes, Pastor Marciano Alves, Sargento Tania Guerreiro, Sergio R. B. Balaguer (Serginho do Posto), Sidnei Toaldo e Leonidas Dias apresentaram um projeto substitutivo ao da Prefeitura referente ao aumento proposto para o IPTU.
Os vereadores que compõem a base do prefeito já tinham demonstrado insatisfação com o texto original, inclusive o líder do Governo municipal chegou a se pronunciar na tribuna de forma contrária à proposta na semana passada.
O texto proposto é uma construção conjunta dos vereadores com o executivo municipal, conciliando as demandas com a sensibilidade ao momento econômico que a sociedade enfrenta.
O texto original previa que as alíquotas para imóveis residenciais, que atualmente variam de 0,20% a 1,10%, passariam para 0,22% a 0,80%. Já os imóveis não residenciais, que transitam entre 0,35% a 1,80%, seriam alterados para 0,50% a 1,65%. Na atual proposta o índice não passa de 0,65% para imóveis residenciais e 1,35% para imóveis comerciais.
Além da redução da alíquota praticada houve uma ampliação das isenções que beneficiam os imóveis de menor valor.
Confira a íntegra do projeto apresentado pelos vereadores:
Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.
Após as Eleições de 2022 e a escolha de uma nova pessoa para ocupar o cargo de presidente da República, inicia-se o período de transição entre os governos. Durante esse processo, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve receber todas as informações fundamentais para o início do novo governo, evitando que programas e políticas públicas sejam interrompidas.
O presidente da República em 2002, Fernando Henrique Cardoso, assinou uma medida provisória determinando diretrizes para uma transição eficiente entre governos, tornando-se um marco civilizatório e republicano na história da política brasileira.
A medida foi regulamentada pela Lei nº 10.609, que prevê ao eleito à presidência a criação de uma equipe de transição que terá acesso a dados de contas públicas, aos programas e projetos do governo federal. Os integrantes da equipe recebem informações de áreas como saúde, economia, educação e infraestrutura e o governo em exercício fica obrigado a compartilhá-las, mesmo que sigilosas.
Os cargos ocupados por eles serão temporários, criados especificamente para esta finalidade e chamados de Cargos Especiais de Transição Governamental (CETG). São 50 cargos para atender a organização do governo que irá assumir, criados a partir do segundo dia útil após o resultado das eleições, podendo ficar abertos até 10 dias após a posse do presidente eleito. O ministro chefe da Casa Civil, hoje Ciro Nogueira (PP), tem a função de disponibilizar toda infraestrutura necessária para a equipe de transição, juntamente com os membros do atual governo.
A equipe tem salários? E voluntários?
As equipes de transição têm voluntários em seus trabalhos. No atual governo de transição, por exemplo, cerca de 300 nomes estão divididos em 31 grupos técnicos e temáticos (veja ao final desse texto a lista completa). Porém, somente os 50 cargos especiais, previstos na lei, estão autorizados a receber remuneração pelo trabalho. Os valores salariais da equipe de transição podem variar entre R$ 2.701,46 e R$ 17.327,65.
Na tabela a seguir há um detalhamento dos níveis de remuneração para os membros do CETGs.
Fonte: Reuters
Na última transição, em 2018 e quando Michel Temer era o presidente, a equipe de transição do então presidente eleito, Jair Bolsonaro, contou com 217 colaboradores.
Nem todos são novidade
No primeiro ano em que foi possível a formação de uma equipe de transição, em 2002, o presidente Fernando Henrique Cardoso repassou os dados necessários a Lula através do coordenador Antonio Palocci, indicado posteriormente à liderança do Ministério da Fazenda. No início do governo Bolsonaro, em 2018, o cargo foi ocupado por Onyx Lorenzoni (PL) que assumiu a Casa Civil. Neste ciclo, a coordenação está nas mãos do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).
Após 20 anos da primeira transição, Lula (PT) trouxe de volta sete aliados: Gleisi Hoffmann, Humberto Costa, Miriam Belchior, Tereza Campello, Ermínia Maricato, Tânia Bacellar e Márcio Meira.
Veja a lista dos nomes indicados para a transição em 2022
GT AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
• Carlos Fávaro – Senador pelo estado de Mato Grosso, é agropecuarista.
• Evandro Gussi – presidente e CEO da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). Ex-deputado federal pelo Estado de SP. É).
• Joe Valle – Engenheiro florestal e empresário. Ex-deputado do Distrito Federal.
• Kátia Abreu – Senadora pelo Tocantins, foi a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento durante o segundo governo de Dilma Rousseff.
• Luiz Carlos Guedes – Doutor em engenharia agrônoma, foi ministro da Agricultura no governo Lula.
• Neri Geller – Deputado federal de Mato Grosso, é produtor rural e empresário. Foi ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
• Silvio Crestana – Professor, físico e pesquisador brasileiro, foi diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária durante o governo Lula.
• Tatiana Deane de Abreu Sá – Doutora em Biologia Vegetal, foi diretora-executiva da EMBRAPA de 2005 a 2011.
GT CIDADES
• Ermínia Maricato – Arquiteta e urbanista, é professora titular aposentada da USP e coordenadora nacional da Rede BrCidades e ex-secretária Executiva do Ministério das Cidades (2003-2005).
• Evaniza Lopes Rodrigues – Mestra em Urbanismo e ex-chefe de Gabinete da Secretaria de Programas Urbanos do Ministério das Cidades (2003-2006).
• Geraldo Magela – Ex-deputado federal, ex-deputado distrital e ex-secretário de Habitação do Distrito Federal. Funcionário concursado do Banco do Brasil desde 1979.
• Guilherme Boulos – Deputado federal eleito por São Paulo. É professor, formado em Filosofia pela USP e coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.
• Inês Magalhães – Socióloga, especialista em planejamento. Foi ministra das Cidades (2016) e secretária nacional de Habitação (2005-2016).
• João Campos – Prefeito do Recife (PE). Foi deputado federal. É formado em Engenharia Civil pela UFPE.
• José De Filippi – Prefeito de Diadema (SP), foi deputado estadual, federal e Secretário Municipal de Saúde de São Paulo. É Engenheiro Civil formado pela USP e especialista em políticas públicas por Harvard.
• Márcio França – Ex-governador de São Paulo. Ocupou as pastas de Esporte, Lazer e Turismo e Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo.
• Maria Fernanda Ramos Coelho – Ex-presidenta da Caixa Econômica Federal (2006-2011). Foi secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário (2015-2016) e atualmente é membro do Consórcio Nordeste.
• Nabil Bonduki – Arquiteto e urbanista formado pela USP. É professor da FAU-USP. Foi secretário de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (2011-2012) e vereador de São Paulo.
• Rodrigo Neves – Ex-prefeito de Niterói (RJ) e ex-deputado estadual. É sociólogo, formado pela UFF, e foi secretário de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro.
GT CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
• Alexandre Navarro – Vice-Presidente da Fundação João Mangabeira e membro da Câmara de Mediação e Arbitragem da Fundação Getúlio Vargas – FGV
• André Leandro Magalhães – Mestre em Engenharia Aeronáutica. Ex-Presidente da DataPrev e da Frente Parlamentar da Ciência e Tecnologia.
• Celso Pansera – Ex-Deputado Federal do PT no Rio de Janeiro. Foi Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação no governo Dilma Rousseff.
• Glaucius Oliva – Ex-Reitor da USP e ex-presidente do CNPQ.
• Ildeu de Castro Moreira – Professor-doutor do departamento de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ex-Presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC.
• Ima Vieira – Doutora em Ecologia pela University of Stirling, Escócia, é pesquisadora titular do Museu Paraense Emílio Goeldi.
• Iraneide Soares da Silva – Doutora em História Social, professora da Universidade Estadual do Piaui.
• Leone Andrade – Diretor de Tecnologia e Inovação do SENAI CIMATEC, complexo tecnológico localizado no Polo de Camaçari.
• Luis Manuel Rebelo Fernandes – Doutor em Ciência Política, professor da PUC/RJ e da UFRJ. Ex-Presidente da Finep – Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
• Luiz Antônio Elias – Ex-Secretário-Executivo do Ministério de Ciência e Tecnologia durante o Governo Lula
• Ricardo Galvão – Doutor em Física. Professor titular do Instituto de Física da USP. Membro da Academia Brasileira de Ciências. Foi diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
• Sérgio Machado Rezende – Doutor em Física, ex-Ministro da Ciência e Tecnologia do Governo Lula. Foi presidente da FINEP e Secretário Estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente em Pernambuco.
GT COMUNICAÇÕES
• Alessandra Orofino – Co-fundadora e Diretora Executiva do Nossas, organização sem fins lucrativos comprometida com o fortalecimento da democracia, da justiça social e da igualdade. É formada em Economia e Direitos Humanos pela Columbia University.
• Cezar Alvarez – Economista, com Doutorado na área das Tecnologias Digitais. No governo Lula, exerceu os cargos de Secretário Executivo da Secretaria Geral da Presidência da República, Coordenador da Agenda Presidencial do Gabinete Pessoal do Presidente da República e Coordenador Nacional dos Programas de Inclusão Digital. No governo Dilma, foi Secretário Executivo do Ministério das Comunicações.
• Helena Martins – Doutora em Comunicação Social pela Universidade de Brasília e professora do curso de Comunicação Social e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Ceará (UFC). Editora da Rede de Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura (Eptic).
• Jorge Bittar – Engenheiro eletrônico, Jorge Bittar foi deputado federal pelo PT do Rio de Janeiro em dois mandatos. Atua como consultor em Telecomunicações.
• Paulo Bernardo – Ex-ministro do Planejamento (2005-2011) no governo Lula e das Comunicações (2011-2015) no governo Dilma Roussef. Foi deputado federal eleito pelo Paraná em três legislaturas (1991–1995, 1995–1999 e 2003–2005).
GT COMUNICAÇÃO SOCIAL
• André Janones – Deputado federal por Minas Gerais desde 2019, reeleito em 2022. Advogado e influenciador digital.
• Antônia Pelegrino – Mestra em Letras, roteirista e produtora premiada pela Academia Brasileira de Letras e Academia do Cinema Brasileiro.
• Flávio Silva Gonçalves – Diretor-geral do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia. Já trabalhou no gabinete da diretoria-geral da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Mestre em Políticas de Comunicação.
• Florestan Fernandes Júnior – Jornalista, comentarista e articulista. Passou pelas principais redações e emissoras do país.
• Helena Chagas – Jornalista. Foi ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República do Brasil durante o governo Dilma Rousseff.
• Hélio Doyle – Jornalista, consultor em comunicação e política e professor aposentado da Universidade de Brasília. Foi secretário de governo, de articulação institucional e da Casa Civil em três governos do DF.
• João Brant – Doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo, com mestrado em Regulação e Políticas de Comunicação pela London School of Economics. Foi Secretário Executivo do Ministério da Cultura no governo Dilma Rousseff.
• Laurindo Leal Filho (Lalo) – Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo, jornalista, sociólogo, professor universitário, escritor e apresentador de televisão brasileiro. Foi secretário municipal de Esportes, Lazer e Recreação de São Paulo durante a gestão Luiza Erundina
• Manuela Dávila – Jornalista. Foi deputada federal pelo Rio Grande do Sul, deputada estadual e candidata a vice-presidente da República na eleição de 2018
• Octávio Costa – Jornalista. Presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)
• Tereza Cruvinel – Jornalista. Trabalhou em diversos veículos de comunicação. Foi Presidenta da Empresa Brasileira de Comunicação no governo Lula.
• Viviane Ferreira – Advogada, diretora, roteirista, produtora e cineasta brasileira. Ativista do movimento de mulheres negras e fundadora da Odun Filmes.
GT CULTURA
• Antônio Marinho – Poeta nascido em São José do Egito, em Pernambuco, é um dos grandes representantes da cultura popular pernambucana e do cancioneiro nordestino.
• Áurea Carolina – Deputada federal por Minas Gerais. Como parlamentar, destacou-se no enfrentamento à censura e na defesa das políticas públicas de cultura.
• Juca Ferreira – Sociólogo, ambientalista e ex-ministro da Cultura nos governos Lula e Dilma. Foi também Secretário Municipal de Cultura de São Paulo (2013-2014) e de Belo Horizonte (2017-2019). Foi eleito duas vezes vereador e atuou como Secretário de Meio Ambiente em Salvador.
• Lucélia Santos – Artista, produtora e ambientalista. Acumulou mais de 30 trabalhos na televisão e 23 filmes. Em 2022, completa 50 anos de carreira. É militante do PSB.
• Marcio Tavares – Secretário Nacional de Cultura do PT. Historiador, curador de arte e gestor cultural, tem doutorado em Artes pela Universidade de Brasília (UnB).
• Margareth Menezes – Cantora, compositora e atriz, conquistou dois troféus Caymmi, dois troféus Imprensa, quatro troféus Dodô e Osmar, além de ser indicada para o Grammy Awards e Grammy Latino.
GT DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO
• Célia Hissae Watanabe – Mestra em gestão de políticas públicas. Pesquisadora em desenvolvimento rural sustentável.
• Elisângela Araújo – Coordenadora de Formação e Educação Profissional da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (CONTRAF-Brasil/CUT) e do Fórum Baiano da Agricultura Familiar.
• Givanilson Porfirio da Silva – Assessor da Presidência da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG).
• João Grandão – Ex-Deputado Federal de Mato Grosso do Sul por dois mandatos, já foi Deputado Estadual e vereador em Dourados.
• José Josivaldo Oliveira – Membro da coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
• Luiz Henrique Gomes de Moura (Zarref) – Engenheiro florestal, foi professor substituto da Universidade de Brasília, em Educação do Campo. Possui mestrado em Agroecossistemas pela Universidade Federal de Santa Catarina (2010) e assessor do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST)
• Maria Josana de Lima Oliveira – Coordenadora Geral da CONTRAF-BRASIL/CUT.
• Miguel Rossetto – Ex-Ministro do Desenvolvimento Agrário nos governos Lula e Dilma Rousseff. Foi também Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República e Ministro do Trabalho e Previdência Social. Foi vice-governador do Rio Grande do Sul durante a gestão de Olívio Dutra.
• Pedro Uczai – Deputado Federal por Santa Catarina, reeleito, ex-deputado estadual e ex-prefeito de Chapecó.
• Robervone Nascimento – Doutora em agronomia. Engenheira agrônoma, servidora do INCRA.
• Vanderley Ziger – Presidente da União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (UNICAFES)
GT DESENVOLVIMENTO REGIONAL
• Camilo Santana – Senador eleito pelo PT/CE, foi Governador do Ceará, deputado estadual e secretário do desenvolvimento agrário e das cidades nos governos Cid Gomes
• Esther Bemerguy – Ex-secretária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República no governo Lula e ex-secretária de Planejamento e Investimento Estratégico do Ministério do Planejamento no governo Dilma Rousseff.
• Helder Barbalho – Governador do Pará, reeleito. Foi ministro da Pesca e Aquicultura e ministro-chefe da Secretaria Nacional dos Portos no governo Dilma Rousseff, e ministro da Integração Nacional no governo Michel Temer.
• Jonas Paulo Neres – Sociólogo, foi coordenador-executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do estado da Bahia.
• Otto Alencar – Senador da República pela Bahia, reeleito. Foi governador, deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa da Bahia.
• Randolfe Rodrigues: Senador da República pelo Amapá.É líder da oposição ao Governo Bolsonaro no Senado Federal.
• Raimunda Monteiro – Mestre em planejamento de Desenvolvimento Regional, doutora em ciências socioambientais e ex-Reitora da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)
• Tânia Bacelar – Economista, foi Secretária Nacional de Políticas Regionais pelo Ministério da Integração Nacional. Atuou na Sudene por mais de 20 anos. Também foi secretária de Planejamento e de Fazenda de Pernambuco.
GT DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME
• André Quintão – Deputado estadual em Minas Gerais pelo PT. Foi Secretário Municipal de Desenvolvimento Social de Belo Horizonte (1994-96), vereador da capital por dois mandatos (1996-2002), e também Secretário de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social (2015-2016).
• Bela Gil– Vice-presidente do Instituto Brasil Orgânico (IBO), apresentadora, chef de cozinha natural, escritora, ativista e professora convidada do programa de pós-graduação online da PUC-RS.
• Marcia Helena Carvalho Lopes – Ex- Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no segundo governo Lula. Foi também coordenadora da Rede de Pobreza e Proteção Social dos países da América Latina e Caribe do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
• Reinaldo Takarabe – Secretário-executivo do MDB, foi um dos coordenadores da campanha à Presidência da senadora Simone Tebet. Takarabe também ocupou a assessoria parlamentar do Ministério das Cidades.
• Renato Jamil Maluf – É economista, pesquisador e integrante da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede Penssan). Coordenador do Centro de Referência em Soberania Alimentar e Nutricional da UFRJ. Foi presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA).
• Simone Tebet – Senadora do Mato Grosso do Sul pelo MDB. Foi a primeira líder da Bancada Feminina no Senado. Ex vice-governadora do Mato Grosso do Sul e ex-prefeita de Três Lagoas (MS).
• Tereza Campello – Ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (2011-2016). É economista, professora visitante da Faculdade de Saúde Pública da USP, pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) da USP e professora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas em Saúde da Escola Fiocruz de Governo.
GT DIREITOS HUMANOS
• Emídio de Souza – Deputado estadual em São Paulo pelo PT há três mandatos. Formado em Direito, foi vereador em Osasco e prefeito da cidade duas vezes.
• Janaína Oliveira – Secretária Nacional do Setorial LGBTIQA+ do PT, foi presidenta do Conselho Nacional de Combate a Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT) e coordenadora da Diversidade da Secretaria de Políticas para Mulheres durante o governo da presidenta Dilma Rousseff.
• Luiz Alberto Melchert – Doutor em História Econômica pela USP, com foco no agronegócio. É ativista dos direitos das pessoas com deficiência, sendo presidente do Instituto Meus Olhos têm Quatro Patas.
• Maria do Rosário – Deputada federal do Rio Grande do Sul pelo PT. Pedagoga formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mestre em Educação e Violência Infantil e doutora em Ciência Política, foi ministra dos Direitos Humanos (2011-2014) no governo Dilma Rousseff.
• Maria Victoria Benevides – É socióloga, com especialização no campo da Ciência Política e do Direito e em temas da História Política brasileira e da Educação. Professora titular da Faculdade de Educação da USP.
• Rubinho Linhares – Coordenador nacional do setorial de Pessoas com Deficiência do PT. Foi membro do Conselho Nacional Dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade).
• Silvio Almeida – Advogado, filósofo e professor universitário, com pós-doutorado em Teoria Geral do Direito. É presidente do Instituto Luiz Gama, organização de direitos humanos voltada à defesa jurídica das minorias e de causas populares.
Subgrupo Infância
• Ariel de Castro Alves – Conselheiro do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana e ex-conselheiro do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. É membro do Instituto Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
• Isabella Henriques – Diretora-executiva do Instituto Alana, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB-SP e conselheira do Conselho Consultivo da Ouvidoria da Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
• Maria Luiza Moura Oliveira – É psicóloga, ex-presidente do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente). Tem atuação destacada no atendimento de vítimas de violência física e sexual.
• Wellington Pereira da Silva – Pastor da Igreja Metodista, teólogo e ex-conselheiro do Conanda (Brasília).
GT ECONOMIA
• André Lara Resende – Ex-presidente do BNDES e ex-diretor do Banco Central,foi também assessor da Presidência da República no governo de Fernando Henrique Cardoso. Economista, Ph.D. em Economia pelo Massachusetts Institute of Technology, é conselheiro do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI). Foi diretor do Banco de Investimentos Garantia, do Unibanco e do Banco Matrix, e sócio diretor da Lanx Capital Investimentos.
• Guilherme Mello – Professor de economia e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Econômico da Unicamp. Ttrabalhou na campanha de Lula como assessor econômico.
• Nelson Barbosa – Ex-secretário de Política Econômica e de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda durante o governo Lula.No governo Dilma Rousseff, foi ministro do Planejamento (2015) e titular da Fazenda (2016). É doutor em economia pela New School for Social Research em Nova Iorque.
• Pérsio Arida – Ex-presidente do BNDES e do Banco Central. Doutor em Economia pelo Massachusetts Institute of Technology. Foi coordenador do programa econômico de Geraldo Alckmin na disputa presidencial de 2018.
GT EDUCAÇÃO
• Alexandre Schneider – Ex-secretário municipal de Educação de São Paulo (2006-2012), é mestre em Administração Pública (FGV). Foi gerente de políticas públicas na Fundação Abrinq pelos Direitos das Crianças.
• Binho Marques – Ex-governador do Acre, é mestre em Educação (UFRJ) e membro do Conselho Deliberativo do Todos pela Educação. Foi secretário nacional de Articulação com os Sistemas de Ensino do Ministério da Educação.
• Cesar Callegari – É presidente do Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada. Membro do Conselho Nacional de Educação por 12 anos, presidiu a Comissão de Elaboração da Base Nacional Comum Curricular. Ex-secretário de Educação Básica do MEC e ex-secretário de Educação do Município de São Paulo.
• Cida Bento – Fundadora e diretora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), que atua na redução das desigualdades raciais e de gênero no ambiente de trabalho. Doutora em Psicologia pela USP, é professora visitante na Universidade do Texas.
• Claudia Costin – Fundadora e Diretora do FGV CEIPE e professora visitante na Faculdade de Educação de Harvard. Foi até recentemente Diretora Global de Educação do Banco Mundial. Ex-secretaria estadual de Cultura de São Paulo e ex-secretária municipal de Educação do Rio de Janeiro.
• Claudio Alex – Presidente do Conselho Nacional dos Institutos Federais e reitor do Instituto Federal do Pará. É doutor em Engenharia Elétrica, com ênfase em Computação Aplicada (UFPA).
• Daniel Cara – Professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e membro do Comitê Diretivo da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, rede da sociedade civil que coordenou de 2006 a 2020.
• Fátima Cleide – Professora e ex-senadora por Rondônia. Ativista da área de educação.
• Getúlio Marques Ferreira – Professor aposentado pelo Instituto Federal do RN (IFRN), é o idealizador do programa de expansão da educação tecnológica instituído no Brasil pelo Governo Lula.
• Heleno Araújo – Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), é professor de Educação Básica em Pernambuco.
• Henrique Paim – Ex-ministro da Educação (2014-2015). Antes, foi secretário-executivo do Ministério da Educação (2005 a 2014) e presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (2004).
• Karin Adriane Hugo Lucas – Assessora Técnica Parlamentar da Deputada Estadual Professora Bebel – Alesp, doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica. Foi Secretária Ajunta de Educação do Município de Hortolândia/SP. É professora convidada da Universidade de Mogi das Cruzes e coordenadora pedagógica da Pós-Graduação do Espaço Ser – Faculdade Ibrate (PR).
• Luiz Cláudio Costa – Professor e pesquisador na Universidade Federal de Viçosa, onde foi reitor. Foi secretário-executivo do Ministério da Educação.
• Macaé Evaristo – Ex-secretária municipal de Belo Horizonte e deputada estadual eleita. É mestre em Educação (UFMG) e professora efetiva da rede municipal de ensino de Belo Horizonte.
• Mônica Sapucaia Machado – Doutora e mestre em Direito Político e Econômico, é coordenadora-executiva do Programa de Pós-graduação do IDP/SP, professora do Mestrado Profissional em Direito, Justiça e Desenvolvimento, e pesquisadora do grupo de pesquisa Mulher, Sociedade e Direitos Humanos.
• Neca Setubal – Presidente do Conselho Consultivo da Fundação Tide Setubal, é socióloga (USP), mestre em Ciência Política e doutora em Psicologia (PUC).
• Paulo Gabriel – Presidente do Conselho Estadual de Educação da Bahia. Ex-reitor da Universidade Federal do Recôncavo Baiano, também foi secretário de Alfabetização, Educação Continuada, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação.
• Priscila Cruz – Presidente-Executiva do Todos pela Educação, é mestre em Administração Pública pela Harvard Kennedy School of Government.
• Ricardo Marcelo Fonseca – Presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e reitor da Universidade Federal do Paraná.
• Rosa Neide – Deputada federal pelo Mato Grosso. Ex-secretária de Estado da Educação do Mato Grosso, é pedagoga, mestre em Educação (UFMT). Foi secretária de Educação de Diamantino (MT).
• Teresa Leitão – Senadora eleita por Pernambuco, é professora e ex-deputada estadual. Graduada em Pedagogia, tem especialização em Formação para o Magistério.
• Veveu Arruda – Diretor executivo da Associação Bem Comum, voltada para a educação. Ex-prefeito de Sobral (CE), professor e advogado.
GT ESPORTE
• Aliel Machado – Deputado federal pelo Paraná, foi reeleito para o seu terceiro mandato na Câmara dos Deputados. Membro da Comissão do Esporte e ex-coordenador da Paraná Esportes
• Ana Moser – Medalhista olímpica e referência no voleibol feminino do Brasil, é fundadora e presidente do Instituto Esporte & Educação (IEE). Também é sócia fundadora do Todos pela Educação, da Atletas pelo Brasil e da Rede de Esporte pela Mudança Social.
• Edinho Silva – Prefeito, pela quarta vez, de Araraquara/SP. Antes disso foi vereador, deputado estadual, e ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República (2015-2016).
• Marcelo Carvalho – Diretor-executivo do Observatório da Discriminação Racial no Futebol. É formado em Administração, com pós-graduação em Gestão do Esporte. Atua também como consultor de marketing esportivo.
• Marta Sobral – Ex-jogadora de basquete, conquistou o ouro no Panamericano de 1997 e duas medalhas olímpicas (prata em Atlanta, 1996, e bronze em Sidney, 2000). É treinadora de basquete e dedica-se a projetos de inclusão social pelo esporte.
• Mizael Conrado – Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro. Foi eleito o melhor jogador do mundo de Futebol de 5 em 1998, fez parte dos dois primeiros ouros do Brasil no esporte, nos Jogos Paralímpicos de Atenas-2004 e Pequim-2008. É advogado e mestre em Administração Pública pela FGV.
• Nádia Campeão – Ex vice-prefeita e ex-secretária municipal de Educação de São Paulo na gestão Haddad. Também foi secretária de Esportes na gestão de Marta Suplicy, sendo uma das idealizadoras dos CEUs.
• Raí Souza Vieira de Oliveira – Campeão da Copa do Mundo de 1994 e campeão mundial pelo São Paulo, é fundador e presidente da Fundação Gol de Letra. Em 2006, junto com outros atletas, criou a organização Atletas pela Cidadania.
• Verônica Silva Hipólito – Atleta paralímpica brasileira. Foi medalhista nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro (2016), e campeã mundial nos 200m em 2013.
GT IGUALDADE RACIAL
• Douglas Belchior – Co-fundador do movimento por educação popular e de combate ao racismo Uneafro Brasil e integrante da Coalizão Negra Por Direitos. É professor, formado em História pela PUC/SP.
• Givânia Maria Silva – Educadora quilombola e doutora em Sociologia, foi secretária de Políticas para Comunidades Tradicionais na Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial.
• Iêda Leal – Coordenadora Nacional do Movimento Negro Unificado e do Centro de Referência Negra Lélia González. Pedagoga, atua também como secretária de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.
• Martvs das Chagas – Secretário de Planejamento de Juiz de Fora (MG), foi diretor de Fomento na Fundação Cultural Palmares do Ministério da Cultura, secretário nacional de Ações Afirmativas e ministro de Promoção da Igualdade Racial.
• Nilma Lino Gomes – Ex-ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (2015-2016). Foi a primeira mulher negra do Brasil a comandar uma universidade pública federal, ao ser nomeada reitora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), em 2013. É Professora Titular Emérita da Faculdade de Educação da UFMG.
• Preta Ferreira – Publicitária, é multiartista (cantora, compositora e atriz) e escritora. Integra o Movimento dos Sem Teto do Centro e atua no movimento negro.
• Thiago Tobias – Advogado, é secretário executivo do Comitê de Diversidade e Inclusão (FGV) e integrante da Coalizão Negra Por Direitos. Foi diretor de Políticas de Educação do Campo, Indígenas e para as Relações Étnico-Raciais do Ministério da Educação.
GT INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS
• Germano Rigotto – Ex-governador do Rio Grande do Sul, também foi deputado federal durante dois mandatos e deputado estadual em três ocasiões. No Congresso Nacional foi relator da Lei Rouanet e do Programa de Renda Mínima.
• Jackson Schneider – É CEO da Embraer Defesa & Segurança desde janeiro de 2014. Entre outras organizações, é membro do Conselho Consultivo do Instituto Serzedello Corrêa (ISC) do Tribunal de Contas da União e presidente da Seção Brasileira do Conselho Empresarial dos BRICS.
• Luciano Coutinho – Ex-presidente do BNDES entre 2007 e 2016. PhD em Economia pela Universidade Cornell (EUA), foi professor visitante nas Universidades de Paris XIII, do Texas e da USP, além de professor titular na Unicamp
• Marcelo Ramos – Deputado federal pelo Amazonas, já foi vereador e também deputado estadual. Atuou como chefe de gabinete do Departamento de Relações Internacionais do Ministério do Esporte no governo Lula, em 2006.
• Rafael Lucchesi – Diretor de Educação e Tecnologia da CNI, diretor-geral do SENAI e diretor-superintendente do SESI. Também é integrante do Conselho Nacional de Educação desde maio de 2016. Foi secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo do Estado da Bahia (2003-2006).
Subgrupo de Micro e pequena empresa
• André Ceciliano – Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Foi duas vezes prefeito de Paracambi e está em seu quarto mandato como deputado estadual.
• Paulo Feldmann – Professor da USP e coordenador de projetos da Fundação Instituto de Administração, onde também faz parte do Conselho. Foi diretor de inovação da Microsoft, tendo sido também diretor dos grupos Sharp, Philips, Banco Safra, Banespa e Nossa Caixa.
• Paulo Okamotto – É empresário, ex-metalúrgico e ex-sindicalista. Foi presidente do Sebrae entre 2003 e 2010. Em 2011, foi um dos fundadores do Instituto Lula.
• Tatiana Conceição Valente – Coordenadora do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, militante da economia solidária e cooperativista.
GT INFRAESTRUTURA
• Alexandre Silveira – Senador por Minas Gerais, ex-deputado federal e advogado. Foi secretário estadual de Saúde em Minas Gerais.
• Fernandha Batista – Secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos de Pernambuco. Engenheira Civil formada pela UFPE. Tem mestrado na área de recursos hídricos e tecnologia ambiental.
• Gabriel Galípolo – Economista, ex-presidente do Banco Fator. É pesquisador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), professor da UFRJ e conselheiro da Fiesp.
• Marcus Benício Foltz Cavalcanti – Secretário de Infraestrutura da Bahia. Foi chefe de gabinete da Seinfra e superintendente de transportes. Foi coordenador da UCP/PREMAR do Banco Mundial.
• Maurício Muniz – Ex-ministro da Secretaria de Portos da Presidência da República. Miriam Belchior – Ex-ministra do Planejamento e ex-presidenta da Caixa Econômica Federal. Foi coordenadora geral do PAC. É professora e Engenheira de Alimentos formada pela Unicamp.
• Paulo Pimenta – Deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Foi deputado estadual e vereador de Santa Maria. É jornalista e técnico agrícola formado pela UFSM.
• Vinicius Marques de Carvalho – Ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Foi secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça e vice-chair da International Competition Network. É professor da USP.
GT JUVENTUDE
• Bruna Brelaz – Presidenta da União Nacional dos Estudantes. Cursou pedagogia na Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
• Gabriel Medeiros Miranda – Subsecretário da Juventude no Rio Grande do Norte. Advogado, também atuou na Secretaria de Estado das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos do Rio Grande do Norte.
• Jiberlandio Miranda – Presidente da Juventude Socialista do PSB. Foi secretário-geral do Conselho Estadual da Juventude do Espírito Santo de 2018 a 2020.
• Kelly dos Santos Araújo – Secretária-geral da juventude do PT no Maranhão, é historiadora e quilombola da comunidade de Santo Antônio/Grajaú.
• Marcus Barão – Presidente do Conselho Nacional da Juventude do Brasil (Conjuve), coordenador do Atlas das Juventudes e consultor para a temática de juventudes e políticas públicas de juventudes.
• Nádia Beatriz Martins Garcia Pereira – Secretária Nacional da Juventude do PT, é jornalista e participou da elaboração do programa de governo Lula para a juventude.
• Nilson Florentino Júnior – Secretário Nacional Adjunto da Juventude do PT, atua também como subcoordenador de Articulação Institucional da Juventude na Secretaria de Estado das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos no Rio Grande do Norte.
• Tiago Morbach – Jornalista e presidente nacional da União da Juventude Socialista (UJS).
• Sabrina Santos – Membro da União dos Moradores de Heliópolis (UNAS), participa do Laboratório Social Heliópolis e do Observatório De Olho Na Quebrada como pesquisadora convidada.
GT JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
• Andrei Passos Rodrigues – Delegado da Polícia Federal.
• Camila Nunes – Doutora em Sociologia pela USP. Professora adjunta da UFABC e pesquisadora colaboradora do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo.
• Carol Proner – Doutora em Direitos Humanos. Professora de Direito Internacional da UFRJ.
• Cristiano Zanin – Advogado com especialização em Direito Processual Civil.
• Flávio Dino – Ex-juiz, ex-governador do Maranhão. Senador eleito pelo Maranhão.
• Gabriel Sampaio – Advogado, foi Secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça durante o governo Dilma Rousseff.
• Jaqueline Sinhoretto – Doutora em Sociologia pela USP. Professora da UFSCar. Lidera o grupo de Estudos sobre Violência e Administração de Conflitos da UFSCar.
• Márcio Elias Rosa – Procurador de Justiça aposentado, ex-secretário de Estado da Justiça de São Paulo e ex-presidente da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA).
• Marco Aurélio Carvalho – Advogado especializado em Direito Público.
• Marivaldo Pereira – Advogado. Ex-secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública no governo Dilma Rousseff.
• Marta Machado – Professora da Fundação Getúlio Vargas.
• Omar Aziz – Senador pelo Amazonas, reeleito. Engenheiro civil
• Paulo Teixeira – Deputado Federal por São Paulo, é advogado.
• Pierpaolo Cruz Bottini – Professor de Direito Penal da USP. Foi Secretário da Reforma do Judiciário durante o primeiro mandato do presidente Lula.
• Sheila Carvalho – Advogada Internacional de Direitos Humanos, professora e ativista.
• Tamires Sampaio – Advogada, mestra em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, pesquisadora na área de segurança pública, política criminal e racismo estrutural. Foi Secretária Adjunta de Segurança Cidadã em Diadema.
• Wadih Damous – Advogado. Ex-presidente da OAB/RJ. Ex-deputado Federal PT/RJ.
GT MEIO AMBIENTE
• Carlos Minc – Geógrafo, ambientalista, foi ministro do meio-ambiente (2008-2010), secretário de Meio Ambiente do RJ e deputado federal.
• Izabella Teixeira – Bióloga, foi ministra do Meio Ambiente (2010-2016). É co-presidente do Painel de Recursos Naturais da ONU.
• Jorge Viana – Engenheiro florestal, foi governador do Acre e senador pelo mesmo estado, além de prefeito de Rio Branco.
• José Carlos Lima da Costa – Advogado com especialização em direito ambiental, foi secretário-chefe da Casa Civil do governo do estado do Pará e deputado estadual pelo mesmo estado.
• Marilene Corrêa da Silva Freitas – Professora da Universidade Federal do Amazonas, foi reitora da Universidade do Estado da Amazonas.
• Marina Silva – Deputada federal eleita por São Paulo, é historiadora, psicopedagoga, ambientalista, e foi ministra do Meio Ambiente (2003-2008). Ex-senadora e ex-deputada estadual pelo Acre.
• Pedro Ivo – Ambientalista, foi candidato ao Senado no Distrito Federal.
• Silvana Vitorassi – Doutora em educação ambiental, especialista em gestão ambiental, foi gerente da Divisão de Educação Ambiental em Itaipu Binacional.
GT MINAS E ENERGIA
• Anderson Adauto – Ex-ministro dos Transportes durante o primeiro mandato do presidente Lula. Foi prefeito de Uberaba por dois mandatos (2005-2012) e deputado estadual em Minas por 16 anos, de 1987 a 2003.
• Deyvid Bacelar – Coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros, também foi representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás (2015-2016)
• Fernando Ferro – Engenheiro, com especialização em Sistemas Elétricos de Potência. Ex-deputado federal pelo estado de Pernambuco.
• Giles Azevedo – Geólogo, ex-secretário executivo do Gabinete Pessoal da presidenta Dilma Rousseff.
• Guto Quintela – Agrônomo de formação, empresário do agronegócio, é membro do conselho diretor do Centro de Empreendedorismo da Amazônia.
• Ikaro Chaves – Engenheiro Eletricista da Eletronorte e Diretor da Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobras.
• Jean Paul Prates – Senador pelo Rio Grande do Norte e Presidente do Sindicato das Empresas do Setor Energético do RN, é advogado e economista.
• Magda Chambriard – Mestre em Engenharia Química pela COPPE/UFRJ e Engenheira Civil pela UFRJ, é coordenadora de pesquisa na FGV Energia. Foi Diretoria da ANP em 2008 e a Diretoria Geral em 2012.
• Mauricio Tolmasquim – Engenheiro de produção pela UFRJ, é professor titular da COPPE/UFRJ. Foi Secretário-Executivo e Ministro interino do Ministério de Minas e Energia no governo Lula e Presidente da Empresa de Planejamento Energético.
• Nelson Hubner – Engenheiro, foi secretário executivo e ministro interino do Ministério de Minas e Energia. Foi também diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica e presidente do conselho de administração da Light/SA.
• Robson Sebastian Formica – Especialista em Energia e Sociedade, integra a Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
• William Nozaki – Professor de Ciência Política e Economia da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, é diretor técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (INEEP).
GT MULHERES
• Anielle Franco – Diretora executiva do Instituto Marielle Franco, é educadora, jornalista, escritora e doutoranda.
• Aparecida Gonçalves – Especialista em gênero e violência contra mulher, ocupou o cargo de secretária nacional de Violência contra a Mulher.
• Eleonora Menicucci – Ex-ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres (2012-2015), é socióloga e tem pós-doutorado em Saúde e Trabalho das Mulheres pela Facultá de Medicina della Universitá Degli Studi Di Milano e livre docência em Saúde Coletiva pela Faculdade de Saúde Pública da USP.
• Maria Helena Guarezzi – Professora, foi diretora de Itaipu Binacional.
• Roberta Eugênio – Advogada, é mestre em Direito pela UFRJ e pesquisadora associada do Instituto Alziras. Foi assessora parlamentar da vereadora Marielle Franco.
• Roseli Faria – Vice-presidente da Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento (Assecor) e integrante da coordenação executiva da Direitos Valem Mais e do Instituto de Estudos Socioeconômicos.
GT PESCA
• Altemir Gregolin – Ex-ministro da Pesca e Aquicultura (2006-2011), é veterinário com mestrado em desenvolvimento, agricultura e sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
• Antônia do Socorro Pena da Gama – Professora da UFOPA em Santarém. Doutora em Educação.
• Carlos Alberto da Silva Leão – Ex-superintendente de Pesca e Aquicultura no Pará.
• Carlos Alberto Pinto dos Santos – Secretário-executivo da Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e Povos Tradicionais Costeiros e Marinhos.
• Cristiano Wellington Norberto Ramalho – Professor de Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco, especialista em pesca e aquicultura.
• Ederson Pinto da Silva – Foi diretor geral do Departamento de Pesca, Aquicultura, Quilombolas e Unidades Indígenas da Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do Rio Grande do Sul.
• Flávia Lucena Frédou – Professora titular da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), pós-doutora em Ciências da Pesca e da Aquicultura pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da França.
• João Felipe Nogueira Matias – Engenheiro de Pesca, doutor em Biotecnologia dos Recursos Pesqueiros, foi secretário de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura do Ministério da Pesca.
GT PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO
• Antônio Correia Lacerda – Presidente do Conselho Federal de Economia, professor e diretor da Faculdade de Economia, Administração, Ciências Contábeis e Atuariais da PUC-SP.
• Enio Verri – Deputado federal pelo Paraná. Foi secretário de Fazenda e de Governo de Maringá, chefe de gabinete do Ministério do Planejamento e secretário de Planejamento do Paraná. Também cumpriu dois mandatos como deputado estadual.
• Esther Dweck – Economista e professora da UFRJ. Foi chefe da Assessoria Econômica e Secretária de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
GT POVOS ORIGINÁRIOS
• Célia Xakriabá – Deputada federal eleita por Minas Gerais, é uma professora ativista indígena do povo Xakriabá em Minas Gerais. Integra a Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade.
• Davi Kopenawa Yanomami – Escritor, ator, xamã e líder político yanomami. Atualmente, é presidente da Hutukara Associação Yanomami, entidade indígena de ajuda mútua e etnodesenvolvimento.
• João Pedro Gonçalves da Costa – Ex-deputado estadual, ex-senador pelo Amazonas, servidor do Incra aposentado. Foi Superintendente do Incra e também Presidente da Funai.
• Joênia Wapichana – Deputada federal eleita por Roraima, a primeira mulher indígena no Congresso Nacional. É advogada, sendo primeira mulher indígena a exercer a profissão no Brasil.
• Juliana Cardoso – Deputada federal eleita por São Paulo, é educadora, ativista dos movimentos sociais e sindical.
• Márcio Meira – Historiador e antropólogo do Museu Paraense Emílio Goeldi. Foi presidente da Funai entre 2007 e 2012.
• Marivelton Baré – Presidente da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN).
• Sônia Guajajara – Deputada federal eleita por São Paulo. Líder indígena, é formada em Letras e em Enfermagem, especialista em Educação Especial pela Universidade Estadual do Maranhão. Recebeu em 2015 a Ordem do Mérito Cultural.
• Tapi Yawalapiti – Liderança e cacique do povo Yawalapíti da região do alto Xingu.
GT PREVIDÊNCIA SOCIAL
• Alessandro Antônio Stefanutto – Procurador federal, ex-Coordenador-Geral de Administração das Procuradorias, ex-chefe da Procuradoria Federal Especializada do INSS (PFE/INSS).
• Eduardo Fagnani – Professor Doutor do Instituto de Economia da Unicamp, coordenador da Pós-Graduação em Desenvolvimento, é pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho, e editor da Revista Política Social e Desenvolvimento.
• Fabiano Silva – Coordenador na Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-SP, membro da Comissão de Previdência da OAB-SP e da Comissão de Previdência do Conselho Federal da OAB.
• Jane Berwanger – Professora, advogada e doutora em Direito Previdenciário.
• José Pimentel – Ex-Senador do Ceará pelo PT, foi Ministro de Estado da Previdência Social durante o governo Lula, além de deputado federal por quatro mandatos consecutivos
• Luiz Antônio Adriano da Silva – Secretário-geral nacional do Solidariedade. Militou no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e também no Sindicato de Tatuí. Fez parte do Conselho de Assistência Social e do Conselho de Previdência Social.
GT RELAÇÕES EXTERIORES
• Aloysio Nunes Ferreira – Advogado, ex-senador da República por São Paulo, ex-ministro das Relações Exteriores.
• Audo Faleiro – Agrônomo, diplomata, ex-assessor para assuntos internacionais da Presidência da República nos governos Lula e Dilma.
• Celso Amorim – Ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa durante os governos Itamar Franco, Lula e Dilma Rousseff
• Cristovam Buarque – Economista, foi governador do Distrito Federal, ex-reitor da UnB ex-senador da República e ex-ministro da Educação no governo Lula.
• Mônica Valente – Psicóloga, foi Secretária de Relações Internacionais do Partido dos Trabalhadores.
• Pedro Abramovay – Advogado, doutor em Ciência Política, ex-secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça no governo Lula.
• Romênio Pereira – Secretário de Relações Internacionais do Partido dos Trabalhadores.
GT SAÚDE
• Alexandre Padilha – Deputado federal reeleito por São Paulo, é médico e ex-ministro das Relações Institucionais no governo Lula e também ex-ministro da Saúde no governo Dilma Rousseff.
• Arthur Chioro – Médico sanitarista e professor da Unifesp. Foi ministro da Saúde no governo Dilma Rousseff. Antes disso, foi secretário de saúde do município de São Bernardo do Campo.
• Fernando Zasso Pigatto – Presidente do Conselho Nacional da Saúde.
• Humberto Costa – Senador por Pernambuco, é o líder do PT no Senado. Foi Ministro da Saúde durante o governo Lula, bem como deputado federal e estadual.
• José Gomes Temporão – Pesquisador da Fiocruz, membro da Academia Nacional de Medicina. Foi Ministro da Saúde nos governos Lula e Dilma.
• Lúcia Souto – Presidenta do Centro Brasileiro de Estudos da Saúde, é médica sanitarista e pesquisadora da Fiocruz. Foi deputada estadual no Rio de Janeiro.
• Ludhmila Abrahão Hajjar – Professora associada da Faculdade de Medicina da USP. Coordenadora de Cardio-Oncologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas e coordenadora de Cardiologia do Instituto do Câncer do estado de São Paulo.
• Maria do Socorro de Souza – Doutora em Educação e em Ciências da Saúde. É pesquisadora da Fiocruz e foi a primeira mulher a presidir o Conselho Nacional de Saúde.
• Miguel Srougi – Professor Titular de Urologia da Faculdade de Medicina da USP e da Escola Paulista de Medicina.
• Nísia Trindade Lima – Presidente da Fundação Oswaldo Cruz. Cientista social e socióloga, é a primeira mulher a comandar a Fiocruz em 120 anos de história da instituição.
• Regina Fatima Feio Barroso – Doutora em Odontologia, é Superintendente do Complexo Hospitalar Universitário da UFPA.
• Roberto Kalil Filho – Médico cardiologista, é diretor clínico do Instituto do Coração (InCor) e professor titular da disciplina de cardiologia da Faculdade de Medicina da USP.
GT TRABALHO
• Adilson Araújo – Presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
• André Calixtre – Pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, foi Chefe da Assessoria Técnica da Presidência do IPEA e Assessor no Gabinete do Ministro da Secretaria-geral da Presidência da República durante o governo Dilma.
• Clemente Gantz Lucio – Sociólogo, foi diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
• Fausto Augusto Júnior – Professor universitário e Diretor Técnico do DIEESE.
• Laís Abramo – Socióloga, mestre e doutora em Sociologia pela USP. Foi Diretora da Divisão de Desenvolvimento Social da CEPAL (2015-2019), Diretora da OIT no Brasil (2005-2015) e Especialista Regional em Gênero e Trabalho da OIT para a América Latina (1999-2005).
• Miguel Torres – Presidente da Força Sindical.
• Patrícia Vieira Trópia – Doutora em Ciências Sociais pela Unicamp, docente do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Federal de Uberlândia. Presidiu a Associação Brasileira de Estudos do Trabalho no período 2020-2021.
• Ricardo Patah – Presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), também é o presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo.
• Sandra Brandão – É economista, mestre em Economia pela Unicamp.
• Sérgio Nobre – Presidente Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
GT TRANSPARÊNCIA, INTEGRIDADE E CONTROLE
• Ailton Cardozo – Advogado e Procurador do Estado na Procuradoria Geral do Estado da Bahia.
• Claudia Aparecida de Souza Trindade – Procuradora da Fazenda Nacional desde 1993. É Conselheira Seccional da OAB/DF.
• Cléucio Santos Nunes – Doutor em Direito do Estado pela UnB e Mestre em Direito Ambiental pela Universidade Católica de Santos. Especialista em Direito Tributário e Processo Tributário pela PUC/SP.
• Eugênio Aragão – Advogado, Subprocurador-Geral da República aposentado, ex-Ministro da Justiça.
• Jorge Messias – Procurador da Fazenda Nacional, ex-Subsecretário de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, ex-Consultor Jurídico do MEC e do MCTI.
• Juliano José Breda – Advogado, pós-doutor em Direitos Fundamentais e Democracia pela Universidade de Coimbra.
• Luiz Augusto Fraga Navarro de Britto Filho – Advogado e ex-ministro de Estado da Controladoria-Geral da União (CGU).
• Luiz Carlos Rocha (Rochinha) – Advogado, ex-Procurador-Geral de Município e ex-Presidente da Comissão de Direito do Consumidor da OAB/PR.
• Manoel Caetano Ferreira Filho – Procurador de Estado aposentado, escritor, professor da UFPR e advogado.
• Mauro Menezes – Advogado e ex-Presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
• Paulo Henrique Saraiva Câmara – Governador de Pernambuco, economista e auditor do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE/PE).
• Vânia Viera – Ex-diretora de Prevenção à Corrupção da CGU e ex-secretária de Transparência e Controle do governo do Distrito Federal.
GT TURISMO
• Arialdo Pinho – Ex-secretário da Casa Civil do Ceará. Secretário de Turismo do Estado do Ceará.
• Chieko Aoki – Administradora e empresária do setor hoteleiro.
• Carina Câmara – Superintendente da Secretaria de Estado do Turismo do estado do Piauí.
• Luiz Barreto – Sociólogo, foi presidente do Sebrae e ministro do Turismo.
• Marcelo Freixo – Professor e deputado federal.
• Marta Suplicy – Psicóloga, psicanalista e sexóloga. Foi prefeita de São Paulo, ministra da Cultura e ministra do Turismo.
• Orsine Oliveira Júnior – Ex-secretário de Turismo do Amazonas.
• Veneziano Vital do Rego – Advogado e Senador da República pela Paraíba.
Sobre o colunista
Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.
Um despacho encaminhado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (18), tratando de um mandado de injunção, tem sido alvo de fake news nas redes sociais.
Apoiadores do presidente compartilharam nas mídias que a definição do mandado seria sobre “direitos da liberdade, da cidadania e da soberania”, relacionado a medida ao resultado das eleições 2022. No entanto, o mandado de injunção em questão, na realidade, diz respeito à renda básica da cidadania e não tem relação com as eleições presidenciais. O autor da medida, Rodrigo Henrique Branquinho Barboza Tozzi, solicitava que fosse regulamentado um valor para o benefício de renda básica.
Jair Bolsonaro participou do documento porque é responsabilidade do Executivo definir o valor, o que demandaria um uma resposta do governo presente.
Conforme o site do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), o mandado de injunção é “uma ferramenta para fazer valer os direitos assegurados pela Constituição e que precisam de uma lei ou norma específica para serem implementados ou exercidos”.
Segundo a Lei nº 13.300 de 2016, tal medida pode ser solicitadaquando se torna inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais, assim como das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania, por falta de norma regulamentadora.
Sobre o colunista
Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.
Ao contrário do que poderia se supor, que ter apoiado um candidato que não saiu vencedor no pleito poderia representar uma derrota política do governador, os dados que apresentamos explicitam justamente o oposto: Ratinho Junior tem um potencial de transferência de votos impressionante (fato novamente verificado no segundo turno da eleição presidencial, quando conseguiu auxiliar na ampliação da margem pró-Bolsonaro no Paraná). Posso afirmar, sem sombra de dúvidas, que apesar do resultado de Paulo Martins, Ratinho Junior saiu vencedor deste pleito e se consolida como um cabo eleitoral prioritário para as eleições de 2024 e de 2026.
Como nos mostram os dados, Paulo Martins teve um crescimento proporcional muito maior nos menores municípios (Tabela 1), onde sabidamente a força do governador e dos prefeitos mobilizados por ele tem um peso relativo enorme. A relevância do apoio do governador fica mais evidente quando olhamos a média de crescimento conforme o desempenho do governador, neste caso Paulo Martins teve um crescimento muito superior nos municípios em que Ratinho teve percentuais acima dos 52,2%.
É possível perguntar se a transferência de votos não poderia ter sido maior, afinal o governador alcançou quase 70% dos votos do eleitorado paranaense. É preciso entender um pouco das duas candidaturas e destes dois políticos. Mesmo tendo uma amizade com o governador, Paulo Martins possui pouca identificação com o governo, esteve junto no palanque ou em visitas somente nos momentos da eleição e não possui uma base eleitoral nos municípios em que Ratinho atuou enquanto parlamentar.
Inclusive, nas redes sociais onde tem uma atuação bastante acentuada, foi possível observar apenas 5 tweets citando Ratinho no período de 1 de janeiro de 2019 até 31 de dezembro de 2021, podemos chegar a um total de 12 interações com referência ao governador se incluirmos comentários a outras postagens ou respostas a questionamentos de outros usuários, sendo um deles em tom crítico quanto às medidas adotadas no enfrentamento à pandemia. Isso num universo que passa dos milhares de tweets.
Em 2018, quando foi candidato a deputado federal, Paulo Martins obteve 118.754 votos. Já neste pleito, para o Senado (eleição de caráter majoritário), era esperado que ele obtivesse uma votação maior, o que de fato aconteceu com 1.697.962 votos. Porém, esse crescimento não foi uniforme, permitindo observar de forma mais precisa qual foi o peso de Ratinho nesse desempenho. Veja as tabelas a seguir:
Tabela 1: Média de crescimento da votação do Paulo Martins entre os anos de 2018 e 2022 por tamanho do eleitorado dos municípios
Tamanho do eleitorado no município
Média de crescimento da votação entre os anos de 2018 e 2022
Quantidade de municípios
de 1 até 4.3 mil eleitores
152 vezes
100
de 4.3 até 7.4 mil eleitores
84 vezes
104
de 7.4 até 14 mil eleitores
69 vezes
95
de 14 até 43 mil eleitores
33 vezes
69
mais de 45 mil eleitores
20 vezes
31
Tabela 2: Média de crescimento da votação do Paulo Martins entre os anos de 2018 e 2022 por percentual de votos no Ratinho Júnior em 2022 por município
Percentual de votos recebidos
Média de crescimento da votação entre os anos de 2018 e 2022
Número de municípios
de 26,7% até 42,4% de votos
78 vezes
101
de 42,4% até 48,1% de votos
78 vezes
99
de 48,1% até 52,2% de votos
78 vezes
155
de 52,2% até 69,8% de votos
131 vezes
44
No início do mês de agosto fiz uma análise sobre o impacto do apoio do governador para as eleições ao Senado com um olhar retrospectivo, ou seja, olhando para as eleições passadas. Agora, com o pleito finalizado, é possível olhar de forma mais assertiva para o que aconteceu nesta eleição de 2022. E o que ficou evidente é o fato de o governador ter conseguido transferir de forma bastante eficiente seu capital político para seu candidato ao Senado.
Sobre o colunista
Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.
Com todo o apetite que acompanhamos dos parlamentares e políticos em geral para a implantação e ampliação dos valores destinados aos Fundos Partidário e Eleitoral, é de se imaginar que a resposta para a pergunta apontada acima seja afirmativa, ou seja, dinheiro importa sim, resta-nos saber o quanto.
Com o fim do prazo para apresentação das contas de campanha os registros apontam que onze deputados estaduais eleitos tiveram gastos milionários. Enquanto isso, três candidatos conseguiram uma vaga sem chegar a 100 mil reais em despesas. Líder de votação e reeleito para o sexto mandato, Alexandre Curi (PSD) utilizou cerca de 1 milhão e 270 mil reais na campanha que superou os 200 mil votos. A campanha mais cara, porém, foi a da reeleição de Márcio Nunes, também do PSD, que somou 1 milhão e 294 mil reais em despesas.
Temos também algumas candidaturas que conseguiram alcançar êxito sem implicar gastos tão expressivos, como é o caso de Fábio Oliveira do Podemos que despendeu 96,2 mil reais para conquistar seu primeiro mandato e está entre as três campanhas mais baratas. O Dr. Antenor (PT), com gastos em torno de 88 mil reais, também ficou entre as campanhas mais baratas. Samuel Dantas (PROS) gastou ainda menos, 54,9 mil reais, para alcançar seu primeiro mandato na Alep.
Contudo, nem sempre o investimento financeiro é suficiente para ser eleito, é o caso dos candidatos Rogério Lorenzetti (PSD) e Michele Caputo (PSDB), este último disputando a reeleição, ambos somaram mais de 1 milhão e 200 mil reais em gastos e ficaram sem mandato para a próxima legislatura.
Por fim, vale entendermos o chamado custo por voto, pois ele nos permite comparar aqueles candidatos com melhor desempenho eleitoral e os que alcançaram menores votações (mesmo que ambos tenham conquistado cadeiras no parlamento estadual).
Quando falo aqui de custo do voto não me refiro a compra de voto, apenas ao valor declarado dividido pela quantidade de votos alcançada, desconsiderando os valores não declarados, apoios financeiros ou estruturais de outras candidaturas (governadores, senador, etc.).
Em relação à proporção de gastos de campanha por voto, a eleição mais custosa foi a de Flávia Francischini que dispensou 1,22 milhão por 41,7 mil votos, algo em torno de 29,45 reais por voto.
Nesse modelo, a campanha mais em conta foi a de Samuel Dantas (PROS) com 1,87 reais por voto. Requião Filho (PT) passou dos 200 mil reais em despesas, porém, como somou 85,6 mil votos teve um gasto de 2,34 reais por voto.
Confira os deputados com maior gasto por voto:
Flávia Francischini (UNIÃO) – gastou R$ 29,45 por voto
Cristina Silvestri (PSDB) – gastou R$ 26,42 por voto
Do Carmo (UNIÃO) – gastou R$ 22,64 por voto
Alisson Wandscheer (PROS) – gastou R$ 21,60 por voto
Luiz Fernando Guerra (UNIÃO) – gastou R$ 21,30 por voto
Confira os deputados com menor gasto por voto:
Samuel Dantas (PROS) – gastou R$ 1,87 por voto
Requião Filho (PT) – gastou R$ 2,34 por voto
Moacyr Fadel (PSD) – gastou R$ 2,37 por voto
Dr. Antenor (PT) – gastou R$ 2,44 por voto
Fabio Oliveira (PODE) – gastou R$ 2,78 por voto
Ou seja, é perceptível que maiores gastos potencializam as chances de eleição, mas outros fatores devem ser levados em consideração tais como padrinhos políticos fortes, como é o caso de Fábio Oliveira e de Requião Filho, que contaram com muita dedicação de Deltan Dallagnol e de Requião, respectivamente.. Devemos considerar também que as chapas dos partidos viabilizam a vitória de candidatos com um número de votos menores que outros; a presença digital marcante reduz custos durante a campanha eleitoral; e, principalmente, estar no exercício do mandato traz além da visibilidade do parlamento a condição de trabalhar ativamente em prol de uma base política.
Veja a tabela completa de custo de voto dos 54 deputados:
Deputado
Votos recebidos
Despesas
Gasto por voto (em reais)
Flavia Francischini (UNIÃO BRASIL)
41.757
1.229.747
29,45
Cristina Silvestri (PSDB)
45.202
1.194.376
26,42
Do Carmo (UNIÃO BRASIL)
53.229
1.205.231
22,64
Alisson Wandscheer (PROS)
41.052
886.704
21,60
Luiz Fernando Guerra (UNIÃO BRASIL)
58.393
1.243.980
21,30
Paulo Gomes Da TV (PP)
55.301
1.156.000
20,90
Maria Victoria (PP)
52.817
959.720
18,17
Douglas Fabricio (CIDADANIA)
43.428
729.200
16,79
Denian Couto (PODEMOS)
30.071
490.795
16,32
Ney Leprevost (UNIÃO BRASIL)
76.526
1.213.410
15,86
Marcel Micheletto (PL)
73.655
1.129.452
15,33
Mabel Canto (PSDB)
70.215
1.016.800
14,48
Gugu Bueno (PSD)
44.852
582.150
12,98
Marli Paulino (SOLIDARIEDADE)
41.262
509.787
12,35
Luis Corti (PSB)
26.884
316.708
11,78
Anibelli Neto (MDB)
49.545
541.295
10,93
Matheus Vermelho (PP)
29.484
313.454
10,63
Secretária Márcia (PSD)
75.659
784.849
10,37
Marcio Nunes (PSD)
126.006
1.294.963
10,28
Delegado Tito Barichello (UNIÃO BRASIL)
58.766
601.917
10,24
Cantora Mara Lima (REPUBLICANOS)
46.009
470.892
10,23
Luciana Rafagnin (PT)
46.823
472.177
10,08
Tiago Amaral (PSD)
112.731
1.095.790
9,72
Ana Júlia (PT)
51.845
487.879
9,41
Gilson De Souza (PL)
54.974
454.506
8,27
Artagão Júnior (PSD)
65.195
501.169
7,69
Arilson Chiorato (PT)
76.787
550.610
7,17
Batatinha (MDB)
47.310
336.315
7,11
Cobra Repórter (PSD)
60.729
422.446
6,96
Marcio Pacheco (REPUBLICANOS)
36.423
250.087
6,87
Hussein Bakri (PSD)
97.681
661.893
6,78
Thiago Bührer (UNIÃO BRASIL)
50.948
344.479
6,76
Mauro Moraes (UNIÃO BRASIL)
44.126
295.741
6,70
Traiano (PSD)
116.810
765.300
6,55
César Mello (PP)
28.481
178.962
6,28
Romanelli (PSD)
101.175
563.468
5,57
Delegado Jacovós (PL)
57.587
310.000
5,38
Alexandre Curi (PSD)
236.926
1.270.093
5,36
Goura (PDT)
46.227
243.771
5,27
Renato Freitas (PT)
57.880
296.533
5,12
Adao Fernandes Litro (PSD)
38.020
192.122
5,05
Ricardo Arruda (PL)
68.731
340.139
4,95
Soldado Adriano José (PP)
36.209
176.930
4,89
Gilberto Ribeiro (PL)
51.749
249.949
4,83
Evandro Araujo (PSD)
35.432
166.531
4,70
Alexandre Amaro (REPUBLICANOS)
52.193
241.978
4,64
Marcelo Rangel (PSD)
42.002
189.540
4,51
Professor Lemos (PT)
119.915
388.167
3,24
Tercilio Turini (PSD)
37.704
106.430
2,82
Fabio Oliveira (PODEMOS)
34.640
96.285
2,78
Dr. Antenor (PT)
36.387
88.740
2,44
Moacyr Fadel (PSD)
41.588
98.564
2,37
Requião Filho (PT)
85.674
200.125
2,34
Samuel Dantas (PROS)
29.322
54.924
1,87
Sobre o colunista
Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.
Jeulliano Pedroso é sociólogo (UFPR), especialista em ciência política (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social (UFPR). Estudou economia e estratégia na London School of Economics and Political Science (LSE) Atualmente é Analista-Chefe da Brasil Sul Inteligência e comentarista político do Jornal da Manhã – Jovem Pan Paraná.
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