Política e economia com análise e opinião.
Siga o Pedroso nas redes:

Brasil atrasa terceira aprovação do Orçamento na década, a quarta em governos do presidente Lula

21 de março de 2025

O atraso na aprovação do Orçamento anual de 2025 configurou o terceiro nos últimos 10 anos. Em 2015 e em 2021, a Lei Orçamentária Anual (LOA) também foi aprovada no mês de março. Com o atraso, o governo deu inicio ao ano com uma execução provisória de despesas. Pela lei, o governo deve enviar até agosto a peça orçamentária de cada ano para o Congresso Nacional. Este por sua vez, tem até os últimos dias de dezembro para devolver a proposta para sanção do governo para execução do exercício fiscal.

Em dezembro de 2024, o relator do Orçamento, senador Angelo Coronel considerou não haver tempo para adaptações no texto da proposta. Além disso, divergências políticas e jurídicas influenciaram para a votação final ser adiada. A aprovação do Orçamento na última quinta-feira (20) veio com uma previsão de déficit zero nas contas públicas, além de um superávit previsto em R$ 15 bilhões. O governo, inicialmente, previa R$ 3,7 bi de superávit. Continue Lendo »

Com Trump de Volta, o que pode mudar na economia brasileira

6 de novembro de 2024

A reeleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos traz uma série de implicações para a economia mundial e deve gerar reflexos diretos para o Brasil. Com o retorno de Trump à Casa Branca, setores da economia brasileira, como o agronegócio e a siderurgia, podem se beneficiar, mas o impacto também envolve riscos, especialmente para o comércio exterior e para a inflação.

Durante seu primeiro mandato, Trump intensificou a guerra comercial com a China, o que levou o país asiático a buscar novos fornecedores de produtos, beneficiando o agronegócio brasileiro. Esse cenário pode se repetir, com o Brasil ganhando maior espaço para exportação de commodities, como produtos agrícolas e metais. Especialistas apontam que a demanda chinesa por essas commodities pode crescer novamente, caso as tensões entre EUA e China voltem a se acirrar.

No entanto, a política protecionista de Trump, com seu lema “América em primeiro lugar”, impõe desafios. O presidente reeleito já sinalizou a possibilidade de aplicar tarifas de importação de 10% a 20% sobre produtos estrangeiros. Para o Brasil, uma medida como essa significaria maiores barreiras de entrada para produtos brasileiros no mercado americano, o que pode afetar a balança comercial. Em 2023, o comércio entre Brasil e EUA movimentou cerca de US$ 75 bilhões, o que demonstra a relevância da relação comercial entre os dois países.

Outro fator de impacto para o Brasil é a valorização do dólar, que tende a subir com a política econômica de Trump, focada em cortes de impostos e desregulamentação para impulsionar as empresas americanas. A alta do dólar pressiona os preços de insumos importados, encarecendo a produção industrial brasileira e podendo gerar alta inflacionária. Nessa conjuntura, o Banco Central brasileiro pode se ver obrigado a elevar as taxas de juros para controlar a inflação, o que encarece o crédito e afeta o consumo e a produção.

Adicionalmente, a possibilidade de desregulamentação e cortes de impostos nos Estados Unidos pode atrair investidores para o mercado americano, resultando em fuga de capital dos países emergentes, incluindo o Brasil. Para competir por investimentos, o governo brasileiro poderia precisar aumentar a taxa Selic, buscando tornar o país mais atrativo para o capital estrangeiro.

Em resumo, a reeleição de Donald Trump oferece ao Brasil uma oportunidade de crescimento para setores como o agronegócio e a siderurgia, mas traz também uma série de desafios para a estabilidade econômica. A alta do dólar, as políticas protecionistas e o cenário de juros elevados nos EUA podem intensificar pressões inflacionárias no Brasil, exigindo cautela e medidas de controle por parte do governo brasileiro.

O impacto das políticas de Trump na economia global ainda gera incertezas, e só o tempo revelará os efeitos completos das decisões do novo mandato para o Brasil e o restante do mundo.

Mercado imobiliário pode ser impactado fortemente pela Reforma Tributária: entenda as consequências

29 de agosto de 2024

A recente aprovação da proposta de Reforma Tributária pela Câmara dos Deputados tem gerado intensos debates e preocupações no setor imobiliário. Incorporadores e governo se encontram em lados opostos sobre os possíveis impactos dessas mudanças na economia e na vida dos brasileiros. De um lado, os empresários alertam para o aumento de custos e o efeito cascata nos preços das moradias; de outro, o governo defende que a reforma busca simplificação e justiça tributária, sem provocar aumentos significativos nos custos finais.

Mas de fato, o que muda para o setor imobiliário com a Reforma Tributária?

Entre as principais alterações propostas, está o aumento da alíquota efetiva de imposto para empresas que vendem imóveis, que passará a incluir um Imposto sobre Valor Adicionado (IVA). Atualmente, a carga tributária média sobre o lucro dessas transações é de cerca de 8%, considerando o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), que varia de 2% a 3% dependendo da localidade, totalizando, em média, 11%. Com a reforma, essa alíquota pode subir para 15,9%, e somado ao ITBI, pode gerar uma carga final de 18,9%, o que representa quase o dobro da carga atual.

Empresários e representantes do setor, como a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), argumentam que essa elevação na carga tributária resultará em um aumento de custos que será repassado ao consumidor final, que enfrenta preços mais altos na hora de comprar ou alugar um imóvel.

Impactos na construção civil e no preço das moradias

A construção civil é um dos setores mais sensíveis às mudanças na política tributária. Com o aumento da carga tributária, a tendência é que os custos de construção subam, o que pode reduzir a disponibilidade de novas moradias no mercado e aumentar os preços dos imóveis. A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) alerta que o aumento na tributação dos imóveis pode levar a uma redução dos investimentos e ao desestímulo de novos projetos, afetando diretamente o mercado de trabalho e a economia.

A projeção de aumento de custos é significativa: para imóveis de até R$ 240 mil, a tributação pode passar de 6,41% para 7,4%. Em imóveis de R$ 500 mil, o aumento seria de 8% para 10,6%, e para imóveis de R$ 1 milhão, de 8,11% para 12%. Nos imóveis de R$ 2 milhões, a alíquota pode subir de 8% para 12,3%. Além disso, a carga tributária para loteamentos pode aumentar até 226%, e para locação de imóveis, cerca de 11%.

O que podemos esperar

A proposta de Reforma Tributária ainda está em tramitação no Senado, e as negociações continuam. A expectativa é que o texto seja ajustado para equilibrar os interesses do governo e do setor privado, garantindo uma transição justa e uma carga tributária que não comprometa o crescimento econômico.

Enquanto isso, o mercado imobiliário segue em alerta. Com o aumento dos custos de construção e possíveis ajustes nos financiamentos, o cenário para os próximos meses é de incerteza. Investidores, consumidores e profissionais do setor precisam ficar atentos às mudanças e se preparar para os possíveis impactos dessas novas regras no mercado de imóveis.

Fato é que a simplificação que foi prometida não deve ocorrer, pelo menos durante o período de transição, onde todas as regras devem ficar mais complexas.

CSN anuncia investimento de R$ 3,1 bilhões em nova unidade em Itaperuçu (PR)

26 de agosto de 2024

A CSN Cimentos investirá R$ 3,1 bilhões para a construção de uma nova unidade industrial em Itaperuçu, no Paraná. O projeto faz parte da estratégia da empresa para expandir suas operações, com o objetivo de aumentar sua participação no mercado de cimentos.

Fontes próximas à companhia informam que a direção da CSN está pronta para realizar o anúncio oficial. A expectativa é que essa nova planta contribua para o desenvolvimento econômico de Itaperuçu, município com pouco mais de 30 mil habitantes e que atualmente ocupa uma posição modesta no PIB estadual.

Entre março e abril de 2024 o Paraná registrou 12.5% de aumento e sua produção industrial. Esse foi o maior aumento em todo o país.Ainda em fevereiro, a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) divulgou a 28° edição da pesquisa Sondagem Industrial. Nesse levantamento, a Fiep apontou que quase 90% dos empresários paranaenses planejou novos investimentos para o ano de 2024.

No caminho dessa consolidação de investimentos, o Paraná já conseguiu atrair, em 2024, empresas alimentícias, do ramo automobilístico e diversos outros setores da economia.

Embora o investimento da CSN represente uma oportunidade de crescimento, é necessário acompanhar como essa iniciativa impactará o município e sua população, tanto em termos de geração de empregos quanto nas mudanças estruturais que poderão ocorrer na região.

Quem representa melhor o Paraná no Congresso? Veja o ranking

24 de agosto de 2024

Na última semana, o Ranking dos Políticos, uma organização que avalia a atuação de senadores e deputados federais em todo o Brasil, divulgou os resultados mais recentes. De acordo com essa avaliação, a bancada paranaense no Congresso Nacional se destaca como a quarta melhor do país, com base na média de desempenho de seus parlamentares.

Câmara dos Deputados

Entre os deputados federais do Paraná, oito nomes alcançaram uma nota superior a 8, destacando-se no cenário nacional. Pedro Lupion (PP) lidera o grupo, com uma nota de 8,65, seguido por Felipe Barros (PL) com 8,58. Luiz Carlos Hauly (Podemos) e Geraldo Mendes (União) compartilham a terceira posição, ambos com 8,36. Outros parlamentares que se destacaram foram Rodrigo Estacho (PSD) com 8,33 e Luisa Canziani (PSD) com 8,32, seguidos por Luiz Nishimori (PSD) com 8,22 e Giacobo (PL) com 8,02.

Senadores

No Senado, o Paraná também conta com representantes bem avaliados. Sergio Moro (União) aparece como o senador mais bem pontuado, com 8,59, seguido por Oriovisto Guimarães (Podemos) com 8,11. Flávio Arns (PSB) completa a lista com uma nota de 6,33.

A importância de acompanhar o trabalho parlamentar

O Ranking dos Políticos avalia seus critérios com base em aspectos como presença nas sessões, economia de verbas, processos judiciais relacionados ao mandato e, principalmente, a atuação em votações no Congresso. Essas notas visam oferecer uma visão objetiva do desempenho dos parlamentares, destacando aqueles que, segundo os critérios estabelecidos pela organização, atuam de maneira mais eficiente e comprometida com o interesse público.

Embora o ranking ofereça uma ferramenta interessante para acompanhar o trabalho de nossos representantes, é fundamental que os cidadãos mantenham uma vigilância constante sobre o desempenho de seus parlamentares. Afinal, os deputados e senadores têm o dever de representar seus eleitores, e acompanhar sua atuação é uma maneira de garantir que esse dever seja cumprido.

Cutrale inicia operações em Paranavaí: oportunidades e desafios para a economia rural do Paraná

23 de agosto de 2024

A Cutrale, uma das maiores fabricantes de suco de laranja do mundo, está expandindo sua presença no Brasil com a inauguração de um novo entreposto na cidade de Paranavaí, no noroeste do Paraná. Este movimento estratégico ocorre em um momento de grande expectativa para a região, especialmente após o anúncio do governador Ratinho Jr. sobre a duplicação da BR-376, no trecho que conecta Paranavaí a São Paulo, onde está localizada a sede principal da empresa.

A chegada da Cutrale ao Paraná pode ser apenas o começo de uma expansão maior. Há expectativas de que a empresa construa uma fábrica na região, o que não apenas intensificaria as atividades industriais locais, mas também poderia impulsionar o aumento da área plantada de laranja no estado. Essa expansão agrícola, no entanto, enfrenta desafios significativos, como a necessidade de mitigar os impactos da queda na safra, amplamente causada pelo greening, uma doença bacteriana que afeta gravemente os citrus.

O greening não tem cura conhecida e representa uma ameaça severa para a produção de laranjas. Árvores jovens infectadas deixam de produzir frutos, enquanto as adultas sofrem com a queda prematura dos mesmos, eventualmente definhando e morrendo. A perspectiva de uma redução drástica na produção preocupa o setor: segundo estimativas do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), a safra 2024-2025 em São Paulo e Minas Gerais – os principais estados produtores – pode sofrer uma queda de até 25%.

Apesar desses desafios, Paranavaí tem se consolidado como um importante polo na produção de suco de laranja no Paraná, liderando a produção na região noroeste do estado. A cidade é responsável por 50% da produção estadual, um dado que reforça sua importância estratégica no cenário agrícola nacional.

A instalação da Cutrale em Paranavaí promete trazer novas oportunidades para o desenvolvimento econômico local, mas também impõe a necessidade de gestão cuidadosa dos riscos agrícolas para garantir a sustentabilidade a longo prazo.

Os desafios da Reforma Tributária: o que esperar das novas regras

6 de agosto de 2024

Sem dúvidas, a reforma tributária é um dos temas mais desafiadores e importantes do cenário político e econômico atual. Isso porque a atual conjuntura tributária brasileira é marcada por uma alta carga de impostos, complexidade nas obrigações acessórias e uma distribuição de tributos entre União, estados e municípios que frequentemente gera conflitos e ineficiências. Logo, o sistema atual é tido como um obstáculo significativo para o ambiente de negócios, geração de empregos e crescimento econômico.

Cenário atual

O Brasil possui um dos sistemas tributários mais complexos do mundo, com uma carga tributária que ultrapassa 33% do PIB. Atualmente, os impostos são divididos em diversas esferas e incluem tributos federais, estaduais e municipais. Profissionais liberais, como advogados, engenheiros e contadores, que atuam como pessoa jurídica no regime de lucro presumido, enfrentam uma carga tributária de 14,53%, considerando IRPJ, CSLL, PIS e Cofins. A Câmara dos Deputados debateu exaustivamente o texto da reforma, que seguiu para o Senado após 22 dias de audiências públicas e 227 horas de reuniões com 408 expositores. Mesmo com diversas alterações, ainda existem dúvidas e distorções que precisam ser equilibradas pelos senadores para garantir a viabilidade econômica da reforma e evitar prejuízos a setores específicos ou atividades profissionais.

Equilíbrio federativo

Um dos grandes desafios da reforma é o equilíbrio federativo, garantindo que todos os estados sejam beneficiados de maneira justa. Alguns estados podem ganhar mais com a reforma devido a subsídios e incentivos maiores, como aqueles relacionados à Zona Franca de Manaus ou às montadoras automotivas. Para estados superavitários como o Paraná, que envia mais dinheiro para Brasília do que recebe de volta, é crucial que a reforma não prejudique as indústrias locais, especialmente as montadoras na região metropolitana de Curitiba e nos Campos Gerais.

Impacto nas profissões

Outro ponto crítico é evitar que a reforma inviabilize algumas profissões. Setores como o imobiliário, industrial e comercial estão preocupados com possíveis aumentos na carga tributária. Profissionais liberais como advogados, médicos, engenheiros e arquitetos podem ver seus impostos aumentarem significativamente. É importante lembrar que, na prática, esses profissionais repassam os custos dos impostos ao consumidor final, o que pode tornar serviços essenciais como saúde, moradia e justiça mais caros para a população.

Com a reforma, o governo federal estima que a nova alíquota do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) será de 26,5%. Para profissionais liberais, haverá uma redução de 30%, resultando em uma alíquota total de 18,55% para IBS e CBS. Somando com IRPJ e CSLL (10,88%), a carga tributária efetiva será de 29,43%, quase o dobro da atual.Serviços prestados a pessoas jurídicas permitirão crédito dos tributos, mas serviços para pessoas físicas não, o que encarecerá esses serviços. Professores e profissionais de saúde terão uma alíquota reduzida em 60%, resultando em uma carga total de 21,48%. Representantes comerciais não têm direito à alíquota reduzida, ficando com uma carga de 37,38%.

Transparência e simplificação

Um dos méritos da reforma é a promessa de maior transparência no sistema tributário. Atualmente, é difícil para os contribuintes saberem exatamente quanto pagam em impostos. Com a reforma, espera-se que essa clareza aumente, permitindo uma cobrança mais eficaz dos políticos por parte da população. No entanto, a expectativa de que a reforma torne o cenário significativamente melhor é limitada pela necessidade de controle dos gastos públicos. Mesmo com uma arrecadação recorde, se o governo continuar gastando mal, a carga tributária não diminuirá.

A montanha de impostos

A reforma aborda a simplificação, mas não enfrenta a questão do custo da máquina pública. O brasileiro paga impostos sobre a renda (IR), sobre o consumo (através do novo IVA), sobre a propriedade (IPVA e IPTU) e até mesmo ao falecer. Essa carga tributária pesada não foi adequadamente enfrentada pela reforma, o que pode manter o Brasil na posição desconfortável de pagar impostos comparáveis aos de países de primeiro mundo, mas receber serviços de terceiro.

Portanto, é essencial que o Senado analise cuidadosamente o texto da reforma tributária, considerando os impactos econômicos e sociais de suas decisões. Uma reforma bem planejada tem o potencial de simplificar o sistema, promover justiça fiscal e impulsionar a economia. No entanto, sem ajustes cuidadosos e uma visão holística das necessidades do país, corremos o risco de perpetuar um sistema que continua a sobrecarregar os contribuintes e dificultar o desenvolvimento econômico.

Com isso em mente, a sociedade brasileira deve estar atenta e participar ativamente deste processo, exigindo transparência e responsabilidade dos legisladores para garantir que a reforma tributária realmente contribua para um Brasil mais justo e próspero.

Parceiro Escola: votação, greve, o contexto do programa que propõe terceirização de escolas – 3 a 7 de junho

3 de junho de 2024

A segunda-feira (03) deve começar agitada na educação do Paraná. A Assembleia Legislativa terá, a princípio, duas sessões plenárias para discutir o programa Parceiro Escola. O projeto, proposto pelo governo do Estado, prevê a terceirização da gestão das escolas estaduais.

A proposta é polêmica e motivou uma mobilização de greve da categoria. Porém, o governo do Estado conseguiu, na Justiça, a suspensão da greve. Dessa forma, o Executivo tem possibilidade de descontar eventuais faltas dos professores. A princípio, a mobilização está mantida.

Tramitando em regime de urgência, o Parceiro Escola também é alvo de críticas de deputados de oposição que ingressaram com pedido de suspensão da votação.

O que diz o projeto: defesa do governo vs críticas da oposição

De forma resumida o projeto do Parceiro Escola abre a possibilidade de a Educação contratar empresas da área para gerir o setor administrativo das unidades educacionais. Ou seja, o dinheiro proveniente do Orçamento da Educação e repassado para a administração das escolas estaduais ficará aos cuidados da empresa contratada.

Dessa forma, o governo crê que a equipe da administração da escola poderá focar no desenvolvimento pedagógico. Além disso, o Executivo defende que o programa dará maior eficiência para a gestão administrativa.

A oposição, por sua vez, critica uma possível inadequação do projeto com a Constituição. Segundo os deputados, as unidades educacionais públicas não podem ter seu dinheiro administrado por entidades privadas.

Não há, no projeto de lei protocolado pelo governo, informação sobre os valores futuramente repassados para as administrações privadas. Apesar disso, o governo assegura que o projeto não requer renúncia de receita e tampouco gera prejuízos financeiros.

Outros assuntos para ficar de olho:

  • Paraná prevê colheita de 646 mil toneladas de feijão;
  • Municípios aumentam geração de empregos;
  • Curitiba, Maringá e Londrina aparecem em ranking de desenvolvimento de startups.

Pessoas com diabetes podem ganhar laudo vitalício em Curitiba – 3 a 7 de junho

3 de junho de 2024

Atualmente, as pessoas que sofrem de diabetes mellitus tipo 1 (DM1) precisam fazer uma renovação de laudo constante em Curitiba. Porém, a Câmara de Vereadores abrirá votação, nesta terça-feira (4), para modificar essa situação. De iniciativa do vereador Alexandre Leprevost (UNIÃO), a proposta é que o laudo de comprovação da doença passe a ser vitalício.

Segundo o texto, profissionais da rede pública e privada de saúde poderão emitir o laudo para as pessoas que são diagnosticadas com a doença. O vereador autor da proposta justificou a ação afirmando que a doença ainda não tem cura. Assim, torna-se desnecessária a ação de renovação periódica do laudo.

Vereadores analisam permuta de terreno

A Prefeitura de Curitiba deseja a autorização para realizar a permuta de um terreno para a empresa Novaplan Engenharia e Empreendimento. Assim, a operação consiste na doação de um terreno da Prefeitura para a empresa em troca de outro terreno. Os valores de cada terreno são de R$ 73 mil e R$ 128 mil respectivamente.

Com a aprovação da permuta, a Novaplan também ganha o benefício da regularização do lote na Vila Izabel. A empresa protocolou o pedido para a operação ainda em 2017 e aguardava manifestação da Prefeitura desde então.

Outros assuntos para ficar de olho:

  • Vereador Herivelto Oliveira assume a prefeitura de Curitiba interinamente até 8 de junho;
  • Greca e Pimentel cumprem agendas internacionais;
  • CCJ da Câmara de vereadores arquiva projeto de regulamentação do Airbnb em Curitiba;
  • Vereadora propõe isenção de IPTU para ONGs e protetores de animais.

Vetos de Lula e Bolsonaro na sessão do Congresso – 27 a 31 de maio

27 de Maio de 2024

Na próxima terça-feira (28), o Congresso Nacional se reúne em sessão conjunta para analisar vetos de Lula e de Bolsonaro. Assim, há 17 itens na pauta para discussão. Fica o destaque principal para o veto parcial de Lula à proposta que impede a saída de presos de penitenciárias. O debate em torno do veto se dá no trecho que impede totalmente a saída para visitar famílias ou participar de atividades de convívio social.

O governo defende a inconstitucionalidade dessa proposta e argumenta que as visitas para família ou participação em atividades contribui com a reinserção gradual na sociedade. Além disso, os parlamentares analisam vetos do ex-presidente Bolsonaro. O destaque é o veto parcial para a revogação da Lei de Segurança Nacional. À época, com essa decisão, não foi possível tipificar como crime as fake news.

Além dos vetos, o Senado terá debates sobre a tragédia climática no Rio Grande do Sul. Paulo Paim, senador pelo estado gaúcho, é o autor da iniciativa da audiência pública. Marina Silva, ministra do meio ambiente, vai participar. As enchentes no Rio Grande do Sul afetaram, diretamente, mais de 2 milhões de pessoas e 600 mil precisaram abandonar suas residências.

Outros assuntos para ficar de olho:

  • Brasil tem queda na taxa de fecundidade;
  • Moraes nega recurso de Bolsonaro contra inelegibilidade;
  • Com chuvas no Rio Grande do Sul, governo federal autoriza compra de 1 milhão de toneladas de arroz;

Eventos econômicos – 27 a 31 de maio

Os eventos econômicos da semana serão:

  • Boletim Focus (Segunda-feira);
  • Empréstimos bancários mensal – abr (Segunda-feira);
  • Índice de evolução de emprego do Caged (Terça-feira);
  • IPCA-15 mensal e acumulado – abr (Terça-feira);
  • IPP mensal – abr (Terça-feira);
  • IGP-M – inflação do Brasil mensal e anual (Quarta-feira);
  • Balanço e Superávit orçamentário (Quarta-feira);
  • Dívida Líquida e Bruta (Quarta-feira);
  • Taxa de Desemprego no Brasil (Quarta-feira);
  • Fluxo cambial estrangeiro (Quarta-feira);
  • Balança comercial (Sexta-feira);
  • Posições líquidas de especuladores no relatório da CFTC (Sexta-feira).

Quer receber notícias e artigos no seu celular?

Entre agora entre no canal do Whats do Fala, Pedroso!

Receber notícias