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Veja os placares de votação dos indicados a ministros do STF nos últimos anos

22 de junho de 2023

A votação recebida no Senado pelos candidatos a ministro da suprema corte é um termômetro do apoio político do Presidente da República e da habilidade do indicado em mobilizar patrocinadores que pavimentem seu caminho com os senadores. Veja os placares das votações nos últimos anos:

  • Cristiano Zanin – indicado por Lula
  • CCJ: 21 a 5
  • Plenário: 58 a 18
  • André Mendonça – indicado por Bolsonaro
  • CCJ: 18 a 9
  • Plenário: 47 a 32
  • Kassio Nunes Marques – indicado por Bolsonaro
  • CCJ: 22 a 5
  • Plenário: 57 a 10 (1 abstenção)
  • Alexandre de Moraes – indicado por Michel Temer
  • CCJ: 19 a 7
  • Plenário: 55 a 13
  • Edson Fachin – indicado por Dilma Rousseff
  • CCJ: 20 a 7
  • Plenário: 52 a 27
  • Luís Roberto Barroso – indicado por Dilma Rousseff
  • CCJ: 26 a 1
  • Plenário: 59 a 6
  • Rosa Weber – indicada por Dilma Rousseff
  • CCJ: 19 a 3
  • Plenário: 57 a 14
  • Luiz Fux – indicado por Dilma Rousseff
  • CCJ: 23 a 0
  • Plenário: 68 a 2
  • José Antonio Dias Toffoli – indicado por Lula
  • CCJ: 20 a 3
  • Plenário: 58 a 9
  • Carmen Lúcia – indicada por Lula
  • CCJ: 26 a 0
  • Plenário: 55 a 1
  • Gilmar Mendes – indicado por Fernando Henrique Cardoso
  • CCJ: 16 a 6
  • Plenário: 57 a 15

A ALEP envelheceu? Como as eleições de 2022 impactaram a idade média dos deputados estaduais?

2 de fevereiro de 2023

Com uma renovação de 44,5% dos deputados, a eleição de Ana Júlia do PT, que tem apenas 22 anos e a aposentadoria de alguns parlamentares experientes, era de se imaginar que  o número de jovens pudesse ter crescido em relação às legislaturas anteriores ou que pelo menos a média etária deles tivesse reduzido.

Para realizar essa análise, olhei a composição da Assembleia Legislativa no momento da divulgação dos resultados dos pleitos de 2014, 2018 e 2022. Usualmente existem alterações no decorrer das legislaturas pelos mais diferentes motivos (óbito, cassação e afastamentos) e, além disso, meu objetivo é observar se os eleitores têm optado por candidatos mais jovens ou não.

 De maneira geral a questão etária se apresenta da seguinte forma nos referidos pleitos:

1 – Tabela de eleitos

Legislaturas Média (anos)
2014 43,225
2018 46,925
2022 50,023

2 – Tabela de não-eleitos

Legislaturas Média (anos)
2014 46,078
2018 47,192
2022 48,682

É interessante de perceber que houve um aumento considerável na idade média dos eleitos em geral – aproximadamente 3 anos a cada legislatura -, o que corrobora a hipótese de uma baixa renovação da ALEP, ainda mais quando comparamos com a variação dos não eleitos que ocorre com apenas um terço da intensidade – aproximadamente 1 ano a cada legislatura.

A Organização das Nações Unidas (ONU) considera jovens aqueles com até 24 anos de idade, já no Brasil em decorrência da Lei 12.852/13 são considerados jovens os que têm até 29 anos, por isso vale pontuar como a taxa de candidatos com 29 anos ou menos caiu cada vez mais, porém quando adicionamos os não eleitos na contabilização total vemos que a taxa geral de candidatos formalmente jovens mantêm uma regularidade, o que serve como um indicativo adicional da baixa renovação, pois os jovens continuam concorrendo, o que mudou é que menos deles tem conseguido se eleger, e aqueles que eram jovens permanecem ocupando a função de Deputado Estadual e com o passar do tempo deixam de ser jovens formalmente.

Ou seja, os dados nos permitem ter clareza que a Assembleia Legislativa do Paraná tem uma média etária maior em 2023 do que teve nas legislaturas anteriores, sendo assim nos resta aguardar que esse acréscimo de experiência e vivência se reflita em projetos melhores para nosso estado.

Caso queira olhar mais detalhadamente para cada uma das legislaturas analisadas, segue abaixo:

2014

  • Média feminina: 38 anos (38,333)
  • Média masculina: 48 anos (48,117)
  • Média feminina: 45 anos (44,604)
  • Média masculina: 47 anos (47,552)

Os mais jovens eleitos foram Maria Victória Borghetti Barros do Partido Progressista, Paulo Henrique Coletti Fernandes do Partido da Social Democracia Brasileira e Luis Felipe Bonatto Francischini pelo Solidariedade, todos com 23 anos. Os mais velhos foram Marilei de Souza Lima pelo Partido da Social Democracia Brasileira, com 54 anos, e Tercilio Luiz Turini pelo Partido Popular Socialista, com 70 anos.

É de se notar ainda que a idade média das mulheres foi 10 anos menor que dos homens, no entanto com um universo muito menor.

2018

  • Média feminina: 43 anos (43,250)
  • Média masculina: 50 anos (50,600)
  • Média feminina: 47 anos (47,404)
  • Média masculina: 47 anos (46,981)

Nesta legislatura, podemos notar que há uma diferença considerável na idade média das candidatas mulheres eleitas, sendo a média etária 5 anos maior.

Os mais jovens eleitos foram Maria Victória Borghetti Barros de 26 anos pelo Progressistas e Paulo Matheus Viniccius Ribeiro Petriv com 23 anos pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro. Os mais velhos foram Isabel Cristina Rauen Silvestri com 61 anos pelo Partido Popular Socialista, e Tercilio Luiz Turini pelo Partido Popular Socialista, com 74 anos.

2022

  • Média feminina: 49 anos (49,500)
  • Média masculina: 50 anos (50,545)
  • Média feminina: 48 anos (48,442)
  • Média masculina: 49 anos (48,921)

Nesta legislatura podemos notar que há uma diferença considerável na idade média das eleitas mulheres, que vem aumentando conforme as eleições se seguem, o que pode ser reflexo da baixa proporção de eleições femininas e baixa renovação, que naturalmente elevam a idade média, pois ao compararmos com a evolução etária das não eleitas, mesmo observando um crescimento da idade média, ocorre em proporção bem menor, ainda mais se comparando em isolado os anos de 2018 e 2022.

Neste ano tivemos um crescimento no número de candidaturas muito provavelmente reflexo da atualização da lei eleitoral de coalizões, motivando mais candidaturas lançadas por partido.

Podemos ver que houve aumento significativo da proporção de mulheres eleitas, apesar de ainda em número menor que da eleição de homens.

Os mais jovens eleitos foram Ana Júlia Pires Ribeiro com 22 anos pelo Partido dos Trabalhadores, e Samuel Pereira da Silva com 30 anos pelo Partido Republicano da Ordem Social Os mais velhos foram Isabel Cristina Rauen Silvestri com 65 anos pelo Partido da Social Democracia Brasileira, e Tercilio Luiz Turini com 78 anos pelo Partido Social Democrático.

Entrevista com Juca Pacheco: Depois da eleição da internet, em 2022 tivemos a eleição da comunicação integrada

16 de dezembro de 2022

A campanha vitoriosa de Jair Bolsonaro, então no PSL, em 2018, chamou a atenção para o que se desenhava como uma possível ‘era da internet’ na comunicação pública e eleitoral. Assim, a discussão avançou para tentar entender as formas com que as redes sociais tinham ocupado um espaço tão amplo.

Porém, as eleições de 2020 começaram a desenhar o quadro que se cristalizou em 2022, da comunicação integrada. Ou seja, os candidatos que polarizaram a disputa precisaram aprimorar a comunicação digital, daí Lula (PT) ter chamado André Janones para sua campanha, e também transmitir sua mensagem em meios “analógicos”, daí Bolsonaro (PL) ter procurado um partido que garantisse a ele tempo de rádio e TV no horário eleitoral gratuito.

Em paralelo a esse movimento, canais públicos como a Prefeitura de Curitiba se destacaram na busca por autenticidade e personalidade. Mas quais são as tendências para essa área? Veremos, afinal, uma “era da internet”? Os meios analógicos seguirão tendo importância? Sobre isso, conversei com Juca Pacheco, que é do Grupo GPAC Comunicação Integrada.

Quais são os desafios da comunicação pública? Quais as técnicas para administrar uma conta pública, tem diferenças?

Juca: Uma comunicação para nós, seja no público, seja no privado, a receita é a mesma. 

Se eu pego uma marca de roupa, uma marca de carro ou uma conta pública. O racional é o mesmo. Eu tenho uma mensagem e um produto e um público alvo. E dentro desse trabalho tem o storytelling que você vai construir entendendo quem é o meu público, o meu perfil e o perfil dos meus concorrentes. Nós temos clientes da área pública há dez anos. Atendemos o Governo do Estado, a Itaipu, a Prefeitura de Curitiba. A nossa linha para eles é muito semelhante a de qualquer cliente aqui da Agência, porém, tem coisas específicas que envolvem questões legais.

O consumidor de comunicação tem um acesso maior a devolver o que recebe de mensagem. Você pensa assim a dificuldade do jornalista, ou seja, entender que ele não é mais só um polo emissor ou você pensa a partir dos canais de comunicação?

Juca: Eu penso muito nos canais. Eu acho que esse meio on (online/digital) não consegue gerar credibilidade mesmo que você não consiga trabalhar sem olhar para esse canal. O consumidor acaba usando essa plataforma como uma seleção, curadoria de conteúdo. É como se eu entrasse no supermercado e vendo duas marcas de suco pegasse o meu celular para ver críticas, comentários… e então decidir qual a melhor delas. Porém, quando se trata da formação de credibilidade, as plataformas “off” (analógicos) são melhores. No off você pode trabalhar a frequência da mensagem de comunicação. Pense: quantas vezes no online você vê a mensagem? Para conseguir essa credibilidade, seja no público, seja no privado, você usa o meio off e o online serve para continuar a conversa. Ter uma troca de experiência com o cliente.

E pensando no ponto de vista de uma comunicação eleitoral, por exemplo: um candidato. Seriam as ações que ele faz/adota que geram credibilidade para ele?

Juca: Nós tentamos pensar uma comunicação com propósito. Então, nesse sentido eu preciso falar coisas que as pessoas estão abertas a escutar. Hoje, no mundo todo, as pessoas preferem conteúdo de marcas com propósito. Isso vale para um candidato. Dessa forma, não vai adiantar ele construir uma comunicação pensando em uma variedade de promessas. Na nossa visão isso fica genérico para as pessoas, ele precisa ter um propósito. É uma questão semelhante ao on/off, ter um propósito vai ajudar ele a reter atenção, a comunicar melhor sua mensagem. Isso funciona para prefeitura, para candidato e para uma marca.

É notável a forma com que se “encontra o tom”. Por exemplo: é necessário encontrar um equilíbrio entre uma comunicação mais ‘leve’, mas sem perder o tom institucional. Como esse tema tem amadurecido na comunicação?

Juca: O caso, por exemplo, da Prefeitura de Curitiba os gestores também acreditaram nesse tom misto de comunicação. Eles foram abertos a essas possibilidades. Essa figura do gestor acaba sendo determinante porque ele pode embarcar na ideia ou então pedir algo mais “quadrado”, mais “sisudo”. Ao mesmo tempo, também precisamos criar artifícios para a comunicação porque o momento político exigiu. Nesse sentido, a gente conseguiu trazer alguns materiais mais ousados para o Governo, a Prefeitura e também Itaipu e conseguirmos bons resultados.

Pensando nessa questão da polarização política, é uma tendência para a comunicação pública “ter um lado”, ou seja, uma identidade mais clara?

Juca: Eu particularmente prefiro que esse momento não se prolongue. Isso porque as pessoas estão escolhendo com bases emocionais como se estivessem escolhendo um time de futebol. É difícil trabalhar com essa rivalidade. E eu acho que a comunicação pública tem que estar mais longe da polarização e mais perto da essência. Eu vou “educar” sobre um tema ou “informar” sobre um tema.

Voltando um pouco ao ciclo do ON/OFF você acredita que esse movimento de gerar credibilidade no OFF e depois massificar no ON será uma tendência?

Juca: Nós entendemos que esse ciclo surgiu de forma separada. Aqui, entendemos o ON como um novo meio e com características diferentes, ele não é só rede social. Ele também pode ser TV, portal. A mídia hoje é conectada. Existe também o ON enquanto curadoria e informações de produtos e claro a rede social. Instagram, Facebook, Tik Tok. Para nós, tudo isso é um outro meio. Ou seja, antes criaríamos uma peça para a televisão e hoje temos que pensar a mesma peça em todas as plataformas.

Temos visto algumas marcas ganhando repercussão, tamanho e mantendo características locais. É possível imaginar que um político do Paraná, por exemplo, consiga se expandir para um cenário nacional caso ache o “tom” certo?

Juca: Do ponto de vista de comunicação pode sim. O mundo ficou pequeno hoje com a integração dos meios de comunicação. Mas, a comunicação não determina as questões de viabilidade política. Quem trabalha com esse tipo de marketing precisa trabalhar em primeiro lugar essa estratégia para ser viável. Depois, ele vai pensar a comunicação desse político.

Sobre o colunista

Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.

O que dizem as pesquisas as para presidente um dia antes do segundo turno?

29 de outubro de 2022

O Brasil realiza, neste domingo (30), o segundo turno das Eleições 2022, em que mais de 156 milhões de eleitores vão às urnas para decidir quem será o próximo presidente da República. A votação ocorre em 5.570 cidades do país e em 181 localidades no exterior.

Leia mais do Jeulliano Pedroso:

As pesquisas eleitorais foram alvo de várias polêmicas no primeiro turno das eleições, tendo até mesmo sua eficácia colocada em dúvida. Mesmo assim, as pesquisas continuam sendo relevantes por impactarem o debate político como um todo.

Para o segundo turno, os principais institutos de pesquisa indicam um confronto acirrado entre os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Assim, reúno aqui as pesquisas que foram divulgadas nesta semana que antecede a votação do segundo turno com seus respectivos resultados:

Instituto Dia da divulgação Intenção Lula Intenção Bolsonaro Diferença percentual
DATAFOLHA 29/10 52% 48% 4%
IPEC 29/10 54% 46% 8%
QUAEST 29/10 52% 48% 4%
ATLAS 29/10 53,40% 46,60% 6,80%
Paraná Pesquisas 29/10 50,40% 49,60% 0,80%
MDA 29/10 51,10% 48,90% 2.2%
ATLAS 27/10 53,20% 46,80% 6,40%
DATAFOLHA 27/10 52,70% 47,30% 5,40%
QUAEST 26/10 53% 47% 6%
IPESPE 25/10 53% 47% 6%
IPEC 24/10 54% 46% 8%
Paraná Pesquisas 20/10 51,30% 48,70% 2,6
*Brasmarket 20/10 47,30% 52,70% 5,40%
Ideia Big Data 20/10 52% 48% 4%
Datafolha 19/10 52% 48% 4%
Quaest 19/10 53% 47% 6%
PoderData 19/10 52% 48% 4%
Ipespe 18/10 53% 47% 6%
IPEC 17/10 54% 46% 8%
AtlasIntel 13/10 52,40% 47,60% 4,80%

Sobre o colunista

Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.

Eleições 2022: Regra para tentar reduzir número de partidos será mais rígida

26 de setembro de 2022

Nas eleições de 2022, a cláusula de barreira, regra da legislação que existe para evitar a proliferação de partidos sem representatividade popular, contará com uma novidade. A partir deste ano os critérios serão mais rígidos.

Os partidos terão que obter pelo menos 2% dos votos válidos em pelo menos nove estados (um terço do País), com um mínimo de 1% desses votos em cada um deles, ou eleger 11 deputados federais repartidos por um terço das unidades da federação.

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Até 2020, as legendas tinham conseguir 1,5% dos votos válidos em um terço da federação, por pelo menos 1% dos votos em cada uma, ou eleger, no mínimo, nove deputados distribuídos por um terço do território nacional.

O que é cláusula de barreira?

Segundo o jornalista e cientista político Jeulliano Pedroso, para os partidos políticos continuarem tendo uma série de benefícios prorrogativos, eles precisam ter essa quantidade mínima de votos válidos em pelo menos um terço dos estados para as eleições deste ano.

“Este é um instrumento que a legislação previu para diminuir a quantidade de legendas. Os benefícios que os partidos perdem por não atingir a cláusula incluem o fundo eleitoral e representações nas casas legislativas”, diz.

De acordo com o regimento interno da Câmara dos Deputados, essas siglas também não terão acesso à propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, o funcionamento parlamentar dos eleitos fica limitado e os partidos não têm direito à liderança.

Portanto, podem indicar um de seus membros para representar a posição do partido no momento da votação de proposições, ou para fazer o uso da palavra, uma vez por semana, por cinco minutos.

Quer mandar uma sugestão de pauta pro RIC Mais? Descreva tudo e mande suas fotos e vídeos pelo WhatsApp, clicando aqui.

Eleições 2022: Candidatos a deputado federal já receberam R$ 100 milhões

14 de setembro de 2022

O dinheiro do fundo eleitoral é a principal fonte de recursos dos candidatos à Câmara Federal. Afirmo isso com base em informações do sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chamado DivulgaCandContas e também do material preparado pelo JOTA Info em parceria com a Base dos Dados, organização que atua dando visibilidade e acesso a dados públicos.

Leia mais do Jeulliano Pedroso:

Veja a tabela a seguir a origem dos recursos captados até agora:

Origem Valor da Receita
Recursos De Partido Político R$ 101.084.490,15
Recursos De Pessoas Físicas R$ 6.264.615,84
Recursos Próprios R$ 1.839.553,98
Recursos De Financiamento Coletivo R$ 466.900,51
Recursos De Outros Candidatos R$ 94.008,54
Doações Pela Internet R$ 22.000,00
TOTAL R$ 109.771.569,02

O processo eleitoral fica cada vez mais intenso e um dos termômetros usados para avaliar a força de determinadas candidaturas é a capacidade de arrecadar recursos, tanto por meio de doações de pessoas físicas quanto de recursos provenientes do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, comumente chamado de Fundo Eleitoral.

No caso das doações de pessoas físicas, conseguimos medir o tamanho da disposição dos eleitores  em se comprometerem financeiramente com determinado candidato. Já no caso do fundo eleitoral, é possível avaliar o quanto determinado partido acredita naquela candidatura ou o poder de influência que o candidato possui junto à burocracia partidária.

Vamos observar a seguir quais as 30 candidaturas de deputado federal que mais arrecadaram até agora e qual a origem desses recursos.

Candidato Partido Recurso de Fundo Eleitoral Doações Total de Receitas
Luisa Canziani PSD R$ 2.680.000,00 R$ 476.884,85 R$ 3.156.884,85
Luciano Ducci PSB R$ 2.500.000,00 R$ 100.000,00 R$ 2.600.000,00
Hermes Frangao Parcianello MDB R$ 2.500.000,00 R$ 2.000,00 R$ 2.502.000,00
Tiao Medeiros PP R$ 2.000.000,00 R$ 379.261,66 R$ 2.379.261,66
Leandre PSD R$ 2.000.000,00 R$ 280.700,45 R$ 2.280.700,45
Aliel Machado PV R$ 2.064.645,67 R$ 107.500,00 R$ 2.172.145,67
Filipe Barros PL R$ 2.000.000,00 R$ 160.871,00 R$ 2.160.871,00
Pedro Lupion PP R$ 1.680.000,00 R$ 405.000,00 R$ 2.085.000,00
Christiane Yared PP R$ 2.050.000,00 R$ 2.000,00 R$ 2.052.000,00
Marco Brasil PP R$ 2.000.000,00 R$ 50.000,00 R$ 2.050.000,00
Felipe Francischini UNIÃO R$ 2.030.000,00 R$ 0,00 R$ 2.030.000,00
Vermelho PL R$ 2.000.000,00 R$ 300,00 R$ 2.000.300,00
Sergio Souza MDB R$ 1.500.000,00 R$ 379.337,14 R$ 1.879.337,14
Deltan Dallagnol PODE R$ 1.450.000,00 R$ 420.839,67 R$ 1.870.839,67
Zeca Dirceu PT R$ 1.500.000,00 R$ 346.832,09 R$ 1.846.832,09
Stephanes PSD R$ 1.720.000,00 R$ 86.200,00 R$ 1.806.200,00
Luiz Nishimori PSD R$ 1.720.000,00 R$ 80.000,00 R$ 1.800.000,00
Beto Preto PSD R$ 1.720.000,00 R$ 43.000,00 R$ 1.763.000,00
Sargento Fahur PSD R$ 1.720.000,00 R$ 5.250,00 R$ 1.725.250,00
Sandro Alex PSD R$ 1.720.000,00 R$ 1.500,00 R$ 1.721.500,00
Fatima Nunes PSD R$ 1.550.000,00 R$ 168.918,97 R$ 1.718.918,97
Enio Verri PT R$ 1.500.000,00 R$ 170.477,72 R$ 1.670.477,72
Giacobo PL R$ 1.450.000,00 R$ 130.000,00 R$ 1.580.000,00
Gleisi PT R$ 1.500.000,00 R$ 70.750,00 R$ 1.570.750,00
Paulo Litro PSD R$ 1.490.000,00 R$ 72.304,73 R$ 1.562.304,73
Beto Richa PSDB R$ 1.500.000,00 R$ 1.787,50 R$ 1.501.787,50
Marisa Lobo Psicóloga Crista PTB R$ 1.250.000,00 R$ 0,00 R$ 1.250.000,00
Dilceu Sperafico PP R$ 1.100.000,00 R$ 83.000,00 R$ 1.183.000,00
Roman PP R$ 1.170.000,00 R$ 0,00 R$ 1.170.000,00
Fernanda Viotto PSDB R$ 1.000.000,00 R$ 40.000,00 R$ 1.040.000,00
*valores conferidos no dia 13/09/2022

Os valores como um todo devem subir até o final do pleito, afinal o limite de gastos para candidaturas para câmara federal é de R$ 3.176.572,53.

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Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.

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