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Eduardo Pimentel passa mal durante agenda de campanha

4 de outubro de 2024

Na manhã de hoje, o candidato Eduardo Pimentel passou mal durante um compromisso de campanha e foi encaminhado para o hospital para avaliação médica. Segundo informações preliminares, Pimentel já está bem, mas o mal-estar foi atribuído ao ritmo intenso de atividades nos últimos dias, com uma agenda exaustiva e problemas de alimentação.

Em nota, a coligação Curitiba Amor e Inovação informou que, na manhã desta sexta-feira (4/10), o candidato Eduardo Pimentel (PSD) se sentiu mal e, por precaução, foi encaminhado para o Hospital Marcelino Champagnat para atendimento e exames. Ele cumpria uma extensa agenda logo pela manhã, às 7h30, após participar do último debate da campanha. O quadro do candidato é estável e no momento encontra-se bem. Agendas do começo da tarde foram canceladas.

Candidata a vice em Irati é agredida no último debate

4 de outubro de 2024

Na noite de quinta-feira (03), o cenário político de Irati foi marcado por um episódio lamentável durante o último debate antes das eleições, promovido pela Rádio Najuá. O evento, que reunia os principais candidatos à Prefeitura, terminou em confusão, culminando em agressões verbais e físicas. A vice-candidata Larissa Gimenez Mazepa, que compõe a chapa de Emiliano Gomes, registrou um boletim de ocorrência após ter sido alvo de ofensas e agressões.

Testemunhas relataram que o ex-prefeito Felipe Lucas, pai do candidato Rafael Lucas, chegou ao local do debate já em um estado alterado, acompanhado de Acácio Leite, assessor da campanha de Rafael. Felipe teria, segundo relatos, insultado Larissa com palavras de baixo calão, questionando sua idoneidade profissional. O clima se acirrou ainda mais quando Acácio Leite, em um ato de violência, empurrou a candidata, causando-lhe hematomas na região do abdômen.

Cerca de 15 pessoas presenciaram o incidente, que rapidamente tomou proporções graves. Após a confusão, Larissa, acompanhada de seu advogado, Arthuro Antoniassi, dirigiu-se à delegacia para realizar um exame de corpo de delito e registrar a ocorrência contra Felipe Lucas e Acácio Leite. Duas testemunhas formalizaram seus depoimentos na delegacia, enquanto outros presentes confirmaram os fatos.

Emiliano Gomes, através de suas redes sociais, repudiou a agressão, classificando o episódio como “inaceitável” e “um ataque direto à democracia”. Ele pediu serenidade e que a justiça seja feita. Ana Radis, candidata do PT, também se pronunciou, destacando a gravidade da situação. “Independentemente de quem seja, a violência nunca pode ser justificada. Foi uma situação lamentável entre os apoiadores dos candidatos, e a agressão não pode ser tolerada”.

Com a proximidade das eleições e um cenário acirrado, o episódio coloca ainda mais pressão sobre as campanhas, que precisam manter o foco nas propostas e na disputa democrática, sem espaço para a violência.

Na Reta Final: o perigo das pesquisas eleitorais sem credibilidade

30 de setembro de 2024

As pesquisas eleitorais, especialmente na reta final do período eleitoral municipal, tornam-se objeto de atenção, mas também de desconfiança. Assim como em outros campos em que informações e previsões são cruciais, a procedência e a confiabilidade das pesquisas são fundamentais. Como produtos perecíveis, esses levantamentos refletem apenas o momento em que foram realizados, e o histórico de acertos de um instituto – assim como no mercado financeiro – é um fator determinante para sua credibilidade.

Um dos maiores riscos que enfrentamos nesta eleição municipal vai além dos já conhecidos erros metodológicos ou da dificuldade de captar mudanças rápidas no comportamento dos eleitores. O verdadeiro perigo reside na proliferação de empresas e institutos de pesquisa que, sem um histórico sólido, lançam dados que podem confundir mais do que esclarecer. A confiabilidade de uma pesquisa depende não apenas de sua metodologia, mas também do conhecimento que o instituto tem sobre as peculiaridades de cada estado ou município. Pesquisar em uma grande capital como Curitiba é diferente de sondar o comportamento eleitoral em uma pequena cidade do interior.

O ciclo eleitoral de 2022 trouxe à tona essa vulnerabilidade. Naquele ano, vimos exemplos de números divulgados por institutos que, ao final, se distanciaram drasticamente dos resultados das urnas. Um caso emblemático foi o do ex-deputado Paulo Martins, que atribuiu parte de seu insucesso a uma pesquisa de última hora que o colocava fora da disputa competitiva. Isso pode ter influenciado eleitores indecisos a optarem por outro candidato, diante de um cenário que, na prática, não correspondia à realidade das urnas.

Hoje, o cenário é ainda mais delicado. Com um número crescente de empresas de pesquisa surgindo, muitas delas sem um portfólio claro ou histórico de credibilidade, o eleitor corre o risco de se deparar com “falsas bússolas”. Pior do que não ter uma pesquisa para se orientar é receber uma que aponta na direção errada. Pesquisas realizadas por empresas sem a expertise necessária para entender as nuances de cada região podem não apenas enganar o eleitor, mas também afetar diretamente o resultado das eleições.

Outro ponto que merece atenção é o financiamento dessas pesquisas. Muitas empresas estão se autofinanciando para realizar os levantamentos, o que, embora legal, levanta questionamentos sobre as intenções por trás desses estudos. Afinal, uma pesquisa bem realizada exige investimento e quando ele não é claro pode-se levantar suspeitas sobre os interesses envolvidos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já adotou medidas para aumentar a transparência, exigindo que as empresas apresentem demonstrativos financeiros que comprovem sua capacidade de bancar tais levantamentos. Entretanto, essa exigência por si só não garante que o eleitor tenha acesso a pesquisas confiáveis.

É preciso que o eleitor, tanto no Brasil como no Paraná, esteja atento ao histórico dos institutos e, principalmente, à fonte de financiamento das pesquisas divulgadas. Nos próximos dias, com o acirramento da campanha, veremos muitas pesquisas sendo utilizadas como peças de marketing eleitoral e não como ferramentas de informação. Cabe ao eleitor investigar quem pagou por essas pesquisas e se os números refletem tendências já observadas ou se, ao contrário, destoam completamente dos cenários anteriores.

Mudanças acontecem, é claro. O comportamento eleitoral pode sofrer reviravoltas. No entanto, raramente essas mudanças são bruscas o suficiente para configurar um “cavalo de pau” nos números. Por isso, ao consumir dados de pesquisas, principalmente aquelas que surgem às vésperas da eleição, a prudência deve ser redobrada. A pergunta que todo eleitor deve se fazer é: quem ganha com essa pesquisa?

Promessas eleitorais x ações parlamentares: o verdadeiro compromisso dos candidatos com a saúde de Curitiba

12 de setembro de 2024

A saúde pública é um dos temas mais sensíveis para os eleitores, pois sem acesso a serviços de qualidade, outras áreas da vida, como educação e trabalho, ficam comprometidas. Sabendo disso, neste período eleitoral, os candidatos à prefeitura de Curitiba não poupam promessas para conquistar o eleitorado e transformar o setor, mas será que essas propostas são coerentes com suas atuações como deputados? Para responder a essa pergunta, analisamos as emendas parlamentares destinadas à saúde de Curitiba no relatório recém divulgado pela Opportuna Consilio e comparamos o que cada candidato promete. O resultado revela um interessante contraste entre discurso e prática, que o eleitor deve conhecer antes de decidir seu voto.

Antes, alguns dados sobre a saúde curitibana

  • Em Curitiba, as principais causas de morte entre os centenários são: Doenças do aparelho circulatório (32,7%), Doenças do aparelho respiratório (21,3%), Doenças do sistema nervoso (12%), Neoplasias (7,2%), Causas externas (6,8%).
  • A cidade enfrentou um surto de hepatite A, com 366 casos e 5 mortes.
  • Em maio de 2024, Curitiba tinha 208 mil pacientes na fila de espera para procedimentos, exames e consultas, sendo 144 mil apenas para consultas especializadas.
  • Em 2023, o orçamento para a saúde de Curitiba foi de R$ 2,9 bilhões.
  • No ano passado, nas nove unidades de pronto atendimento (UPAs), o número de consultas foi de 1.263.855 (3.463/dia); 3.239.775 procedimentos médicos e de enfermagem (8.876/dia); e 12.880 procedimentos odontológicos (35/dia). No Laboratório Municipal, a produção foi de 7.430.342 exames. Na Central Saúde Já, foram 966.200 os atendimentos desde 2020.
  • O município de Curitiba tem 70 hospitais, sendo 24 credenciados SUS, 3 públicos e 3 universitários.
  • A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) fechou o ano com 10.269 profissionais, e a rede conveniada, com 32.370 funcionários.

Diante deste cenário, confira abaixo o que propõem os candidatos à prefeitura de Curitiba que foram mencionados no relatório.

Eduardo Pimentel (PSD) / Paulo Martins (PL)

Promessas: Eduardo Pimentel propõe a ampliação da rede de saúde em Curitiba com a implantação de duas novas UPAs e seis novas Unidades Básicas de Saúde. Ele também destaca a reconstrução do Hospital do Bairro Novo.. Além disso, promete ampliar o atendimento ao autismo com um novo Centro de Atenção ao Autismo e criar um Centro de Apoio de Diagnóstico por Imagem para exames avançados. Na área de saúde mental, ele propõe a criação de dois novos CAPS e a requalificação da rede já existente. Pimentel também quer ampliar os procedimentos odontológicos e aumentar as equipes multiprofissionais da Atenção Primária.

O que as emendas dizem: Embora Paulo Eduardo Martins seja candidato a vice-prefeito, suas ações parlamentares refletem compromisso com a saúde pública, especialmente durante a pandemia onde foi o parlamentar com o maior volume de repasses, totalizando mais de R$ 3,9 milhões em 2020 e 2021. Esses repasses foram essenciais para o sistema de saúde de Curitiba durante um dos momentos mais críticos da saúde pública. Ele não concentrou os repasses em 2023, o que o diferencia de outros candidatos em termos de uso eleitoral das emendas​.

Luciano Ducci (PSB) / Goura (PDT)

Promessas: Luciano Ducci defende o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, a revitalização do Programa Mãe Curitibana e a ampliação do cuidado com o envelhecimento da população. Ele também promete retomar a vigilância contra a dengue e melhorar o atendimento da saúde da mulher e da criança.

O que as emendas dizem: Luciano Ducci, que é deputado federal, apresentou certa regularidade nos repasses ao longo de seu mandato. No entanto, cerca de 77% de seus repasses para a saúde de Curitiba foram feitos entre 2023 e 2024, totalizando R$ 1,799 milhão em 2023 e R$ 1,2 milhão em 2024. Embora isso possa ser visto como um esforço para fortalecer sua candidatura, ele ainda está atrás de outros parlamentares em termos de volume total de repasses​.

Ney Leprevost (União Brasil) / Rosangela Moro (União Brasil)

Promessas: Ney Leprevost apresenta diversas ações para melhorar a saúde em Curitiba, como a criação do PAI (Pronto Atendimento Infantil), mais atenção ao TEA (Transtorno do Espectro Autista), e a redução da fila de espera para consultas e exames. Ele também promete a ampliação de leitos psiquiátricos e a valorização da saúde mental dos servidores.

O que as emendas dizem: entre 2019 e 2022, Leprevost não fez repasses significativos para a saúde pública de Curitiba. No entanto, em 2023, ano pré-eleitoral, ele destinou R$ 8,1 milhões para a saúde, o maior valor entre os parlamentares mencionados. Essa concentração de repasses exclusivamente em 2023 sugere uma possível motivação eleitoral.

Roberto Requião (Mobiliza)  / Marcelo Henrique Paula Pinto (Mobiliza)

Promessas: Roberto Requião propõe uma série de ações focadas na modernização da Secretaria Municipal de Saúde, aumento da capacidade de atendimento, valorização de profissionais e eliminação da terceirização na área da saúde. Ele destaca a importância de criar novos postos de saúde, aumentar a oferta de medicamentos e melhorar o atendimento preventivo, além de fortalecer o programa médico da família e enfrentar surtos e epidemias. Sua plataforma também inclui a ampliação dos serviços de saúde mental e uma abordagem mais integrada da saúde pública, visando uma gestão moderna e inclusiva.

O que as emendas dizem: de acordo com o relatório de repasses do Fundo Nacional de Saúde, Requião teve uma atuação bastante modesta no que se refere à destinação de emendas parlamentares para a saúde de Curitiba entre 2019 e 2024. No período analisado, ele destinou apenas R$ 400 mil em 2019, sem outros repasses nos anos subsequentes​. Embora Requião tenha um discurso forte voltado à modernização e ampliação dos serviços de saúde em Curitiba, sua atuação parlamentar recente não reflete esse comprometimento em termos de repasses. O único feito em 2019 é insuficiente para apoiar de forma significativa as grandes reformas que ele propõe, especialmente considerando a necessidade de ampliação de postos de saúde, valorização de profissionais e combate a epidemias, como ele sugere em sua campanha.

Luizão Goulart (Solidariedade) / Thiago Chico (Solidariedade)

Promessas: Luizão Goulart quer aumentar o número de profissionais de saúde, modernizar processos com o uso de tecnologia, potencializar a alimentação saudável, promover as terapias integrativas e ampliar o atendimento especializado em saúde mental e prevenção. Ele também destaca a necessidade de mais ações de prevenção e modernização das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e UPAs,  a implementação do Piso Nacional da Enfermagem, além da construção do Hospital da Região Norte.

O que as emendas dizem: Luizão Goulart demonstrou maior regularidade em seus repasses para a saúde ao longo do mandato. Seus repasses somaram uma média anual de R$ 1,5 milhão, com um pico em 2023, quando destinou R$ 3,5 milhões para a saúde de Curitiba. Essa regularidade pode ser vista como um compromisso mais consistente, embora o aumento significativo em 2023 também possa estar relacionado à sua candidatura.

Maria Victoria (PP) /  Walter Antonio Petruzziello (PP)

Promessas: Maria Victoria pretende criar Complexo Neurossensorial “Casa do Autista”, o programa “Saúde sem Fila” para zerar a fila de espera por consultas em até 180 dias, a construção de novas Unidades Básicas de Saúde, a expansão da telemedicina e a criação de um centro de referência em saúde mental. Além disso, ela propõe a redução do ISS para serviços de saúde no município, como forma de incentivar a ampliação e a qualidade dos prestadores de serviço na cidade.

O que as emendas dizem: Maria Victoria é filha de Ricardo Barros que é deputado federal pelo PP e tem uma longa trajetória política, tendo sido também ministro da Saúde. No entanto, seus repasses de emendas parlamentares para a saúde de Curitiba nos últimos anos foram relativamente modestos, especialmente quando comparados a outros parlamentares envolvidos nas eleições municipais. Entre 2019 e 2024, Ricardo Barros destinou verbas de forma esparsa para a saúde de Curitiba, com um pico de R$ 859.220,00 em 2022 e um empenho de R$ 800 mil em 2023, que ainda não foi pago. Esses valores colocam Barros em uma posição abaixo de candidatos como Ney Leprevost e Luciano Ducci, tanto em termos de volume quanto de regularidade nos repasses.

Candidato a prefeito de Ibaiti é condenado a prisão

12 de setembro de 2024

O candidato à Prefeitura da Cidade de Ibaiti, Roberto Regazzo, o Betão, foi condenado pela 1ª Vara Federal de Ponta Grossa a dois anos de prisão. O motivo é a falsificação de documento público. Betão, segundo a denúncia do Ministério Público Federal, utilizou um registro falsificado do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV). O crime ocorreu no ano de 2019.

Betão, que está em campanha para tentar voltar ao cargo de prefeito de Ibaiti, assumiu ter pago uma quantia de R$ 400 reais para a obtenção de um CRLV para um caminhão. Esse veículo foi abordado pela Polícia Rodoviária Federal e um funcionário do ex-prefeito apresentou o documento para os policiais. No processo de defesa Betão afirmou não saber que se tratava de uma falsificação. Ele também alegou que possui uma frota de mais de 100 veículos e apenas o caminhão abordado apresentou problemas.

O candidato pode recorrer da sentença e, inclusive, pedir a conversão da pena em serviços comunitários. Além disso, a condenação em 1ª instância não o impede de disputar a eleição. Porém, ele poderá perder o cargo, se eleito, após o trânsito em julgado do processo.

Confira a sentença na íntegra:

Deputados candidatos à prefeitura de Curitiba inflam repasses de verbas para a saúde em ano eleitoral

10 de setembro de 2024

Relatório recém divulgado pela Opportuna Consilio mostra como foram distribuídas as emendas individuais dos deputados federais, agora candidatos a prefeitos

A divulgação do relatório consolidado sobre os repasses do Fundo Nacional de Saúde para Curitiba por meio de emendas parlamentares individuais entre os anos de 2019 e 2024, pode esclarecer ao eleitor curitibano alguns aspectos, em especial aquilo que é prometido para a saúde e a atuação efetiva na destinação de emendas dos candidatos enquanto parlamentares.

Isto porque, de acordo com o relatório, milhões de reais foram destinados para a cidade por meio dessas emendas durante os últimos cinco anos. Entretanto, o discurso e a realidade podem destoar diante dos números levantados pela organização.

Destaque nos repasses

Entre os parlamentares com maior destaque está Ney Leprevost (União), que em 2023, ano pré-eleitoral, destinou mais de R$ 8 milhões para a saúde pública de Curitiba. Até então, o candidato não havia realizado repasses ao Fundo Municipal de Saúde nos anos anteriores, o que levanta questionamentos sobre o timing desse investimento e sua ligação com a candidatura à prefeitura. De toda forma, é justo informar que Ney ficou afastado do mandato para assumir a Secretaria de Justiça, Família e Trabalho do Paraná.

Outro nome relevante é o de Luciano Ducci (PSB), que, ao longo dos últimos anos, teve uma participação constante nos repasses, com destaque para 2023, quando destinou quase R$ 1,8 milhão,  o que pode parecer um movimento para fortalecer sua candidatura. Apesar disso, Ducci, que é deputado federal e candidato à prefeitura, concentrou 77,4% dos repasses nos últimos dois anos, o que reforça a hipótese de interesse eleitoral. Ainda assim, se comparado aos demais parlamentares com interesse direto nas eleições municipais de 2024, Ducci  mesmo concentrando os repasses nos últimos dois anos, e tendo seis anos de mandato realizado no período analisado, no quesito valor total repassado ficou em 4º lugar, a frente apenas de Roberto Requião (Mobiliza), parlamentar até 2019 e também candidato a prefeito e Ricardo Barros (PP) (pai da candidata a prefeita pelo Progressistas Maria Victória).

Já Luizão Goulart (SD), ex-deputado federal e também candidato, apresentou maior regularidade nos repasses ao longo dos anos, totalizando mais de R$ 1,5 milhão por ano em média. Assim como outros candidatos, sua maior destinação ocorreu em 2023, com mais de R$ 3,5 milhões.

Por outro lado, Paulo Eduardo Martins (PL), que concorre como vice-prefeito, destacou-se pelo volume de repasses durante a pandemia de COVID-19, com mais de R$ 3,9 milhões destinados à saúde de Curitiba em 2020 e 2021. Neste período crítico seus repasses foram 10 vezes maiores que os repasses de Luciano Ducci (PSB) e 3 vezes maiores que os repasses de Luizão Goulart (SD). Ele foi o parlamentar com maior volume de emendas individuais durante o período pandêmico, sem concentrar suas ações em ano eleitoral.

A corrida eleitoral e a saúde pública

Os repasses para a saúde têm sido utilizados como estratégia eleitoral, com candidatos destacando seus esforços em prol do setor em Curitiba. No entanto, a falta de regularidade e a concentração de grandes volumes em períodos pré-eleitorais levantam discussões sobre o uso político dessas emendas. Com a saúde pública como um dos temas centrais do debate eleitoral, a população curitibana observará de perto as propostas dos candidatos e suas ações anteriores. A gestão eficiente dos recursos destinados à saúde será crucial para garantir melhorias no sistema e atender às crescentes demandas da cidade.

Confira o relatório completo:

Marcelo Rangel tem candidatura confirmada por unanimidade pelo TRE-PR

10 de setembro de 2024

Marcelo Rangel está oficialmente confirmado como candidato à prefeitura de Ponta Grossa nas eleições de 2024. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) decidiu, por unanimidade, acatar o recurso do ex-prefeito e manter sua candidatura, seguindo o parecer favorável emitido anteriormente pelo Ministério Público Eleitoral.

A decisão dos desembargadores segue a recomendação da Procuradoria Eleitoral, que já havia se manifestado favorável ao recurso interposto por Rangel. O processo envolvia a rejeição das contas de um convênio de R$ 450.000,00, firmado entre o município de Ponta Grossa e o Instituto Educacional Duque de Caxias em 2014, que foi julgado irregular pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná.

Rangel recorreu da decisão, alegando que, por tratar-se de recursos municipais, a competência para o julgamento final seria da Câmara Municipal, e não do Tribunal de Contas. A defesa argumentou ainda que a rejeição das contas não configurava ato doloso de improbidade administrativa.

Com base nos argumentos apresentados e nos precedentes legais citados pela defesa, o TRE-PR concluiu que não há inelegibilidade no caso e, por isso, deferiu o registro da candidatura de Marcelo Rangel.

Essa decisão fortalece a posição de Rangel na disputa pela prefeitura de Ponta Grossa.

Ministério Público Eleitoral do Paraná recomenda deferimento de candidatura de Marcelo Rangel

5 de setembro de 2024

O Ministério Público Eleitoral (MPE) do Paraná manifestou-se favoravelmente ao recurso eleitoral interposto por Marcelo Rangel Cruz de Oliveira, ex-prefeito de Ponta Grossa, no processo que contesta a decisão de indeferimento de sua candidatura à prefeitura nas eleições majoritárias de 2024. A Procuradoria Regional Eleitoral recomendou que a decisão anterior, que impugnava o registro da candidatura com base em irregularidades em convênios firmados durante sua gestão, fosse revista.

O cerne da questão envolve a rejeição das contas do convênio nº 07/2014, no valor de R$ 450.000,00, repassado pelo município ao Instituto Educacional Duque de Caxias, que foi julgada irregular pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná. A decisão do tribunal apontou falhas na comprovação dos gastos, mas o candidato recorreu, alegando que o julgamento dessas contas caberia à Câmara Municipal e não ao Tribunal de Contas, citando precedentes do Supremo Tribunal Federal.

A Procuradoria Eleitoral acatou os argumentos da defesa de que a rejeição das contas não configura ato doloso de improbidade administrativa e que, por envolver apenas recursos municipais, o Tribunal de Contas não teria competência definitiva para o julgamento. Com base nisso, a Procuradoria concluiu que não há inelegibilidade e recomendou que o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) defira o registro da candidatura de Marcelo Rangel.

A decisão final sobre o caso agora está nas mãos do TRE-PR, que avaliará o parecer da Procuradoria nos próximos dias.

Veja a íntegra do parecer:

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