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Deputados correm por reforma eleitoral a toque de caixa

14 de setembro de 2023

A Câmara dos Deputados avança para aprovar uma minirreforma eleitoral ainda no mês de outubro deste ano. A pressa pela aprovação é para permitir que as novas regras prevaleçam nas eleições municipais de 2024. O pacote de propostas – que pode abrandar a aplicação da Lei da Ficha Limpa e da Lei de Improbidade Administrativa – ficou a cargo de um grupo de trabalho na Câmara dos Deputados com a relatoria do deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA) e tem apoio tanto de aliados do governo quanto da oposição

As cinco principais alterações

Quociente eleitoral

A distribuição das vagas no poder legislativo a nível nacional, estadual e municipal ainda é a grande discussão no grupo de trabalho. Atualmente, os partidos que atingem 80% do quociente eleitoral têm direito a participação na distribuição de vagas. A reforma, porém, irá propor a regra 100/10 em que os partidos precisam atingir o quociente e os candidatos têm de chegar a, pelo menos, a 10% do número de votos.

Teto de gastos

Também há uma proposta para o estabelecimento de um teto de gastos, que vai limitar os gastos com a campanha individual em 10% do teto de doações permitidas pela justiça eleitoral.

PEC da Anistia

Nesse item o projeto pretender anistia e retirar qualquer punição – com o perdão de multas, devolução ou suspensão de recursos –  aos partidos que não cumpriram a cota mínima de repasse de recursos públicos a mulheres e negros ou que apresentaram irregularidades nas prestações de contas antes da data da promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

Flexibilização da lei das cotas

O texto diminui a cota de candidatos pretos e pardos para 20%, em redução ao estabelecido pelo TSE de destinar 50% do valor.

Há também uma intenção de combater as candidaturas laranjas femininas e, para isso, foi elaborado uma definição do que seriam essas candidaturas:

  • que apresentam ausência de ato efetivo de campanha;
  • apresentação ausência de votação substancial.

Além disso, dirigentes partidários poderão ser responsáveis por casos de candidaturas laranja que serão consideradas violência de gênero. Outro ponto polêmico é a possibilidade das campanhas femininas poderem custear despesas comuns com candidatos homens e também despesas coletivas, desde que haja benefício para a mulher, o que não é permitido hoje.

Os deputados também tem a intenção de fortalecer as federações partidárias dando a elas o poder de destinar os recursos de cotas para mulheres e negros. Além disso, eles propõem a inclusão do pix como ferramenta de doação.

Ficha Limpa mais branda

O texto pretende alterar as regras de contagem de tempo para um político condenado ser impedido de disputar eleição. Atualmente, se um deputado é cassado na Câmara ele fica inelegível pelo resto do mandato e por mais oito anos seguidos. A proposta defende que a data do pleito deve ser o marco inicial para o prazo máximo de oito anos de contagem para a inelegibilidade, ou seja, a inelegibilidade seria de apenas oito anos a partir da perda de mandato.

Autorização de propaganda na internet no dia da eleição

Será permitida, em caso de aprovação, a campanha na internet no dia da eleição desde que seja silenciosa, individual e gratuita, tal como acontece em outras modalidades de propaganda.

A minirreforma proíbe ainda que recursos dos partidos possam ser bloqueados ou dados como garantia.

As candidaturas terão a data de registro antecipada de 15 de agosto para 26 de julho do ano das eleições. Esse é um pedido de especialistas ouvidos pela Câmara dos Deputados na elaboração das propostas. Por fim, o prazo de saída de cargos públicos será unificado em seis meses. Hoje, essa conta depende do caso de cada servidor e o tempo máximo é de seis meses.

Conselho de Assistência Social da Assembleia Legislativa mantém viva a tradição do trabalho social no Paraná

30 de agosto de 2023

Fundado em 29 de maio de 2023, o Conselho de Ações Solidárias e Voluntariado da Assembleia Legislativa mobiliza servidores, familiares dos deputados e os próprios parlamentares para promoverem ações que fomentam a solidariedade entre o povo paranaense.

Programas como o Tampinha Paraná ou a iniciativa do Natal Solidário da Assembleia Legislativa são geridos por Rose Traiano, presidente do Conselho e que comanda as iniciativas sociais da Casa: “O Conselho não tem dinheiro, mas tem uma grande mobilização”.

A mobilização de Rose quer transformar, por exemplo, o Tampinha Paraná –  que destina as tampinhas plásticas que iriam para o lixo para entidades que assistem idosos em vulnerabilidade social e econômica – em lei. Desta forma, a campanha que alia sustentabilidade com caridade ajudando asilos em todo estado seguirá permanente. A iniciativa, inclusive, já foi adotada por diversos municípios e, segundo Rose, a arrecadação de tampinhas passa das milhares.

Rose começou com essa iniciativa graças a uma outra ideia, a do Natal Solidário: “Minhas filhas queriam continuar com o ritual de dar presentes, mesmo após eu perder meus pais, avós delas”. Foi assim, que elas conheceram e passaram a frequentar um dos asilos da capital paranaense e conhecendo os senhores e senhoras do local viram necessidades e pensaram numa forma de ajudar e também levar carinho e atenção para eles.

ACP dá apoio a Helena de Toledo Coelho ao TJ-PR

17 de agosto de 2023

A Associação Comercial do Paraná (ACP), deu apoio para a advogada Helena de Toledo Coelho visando o preenchimento da vaga do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Esta vaga, a qual Helena recebe o apoio da ACP, precisa ser preenchida por um membro da advocacia.

Na carta, a ACP destaca que a vaga vem da desembargadora Regina Helena de Oliveira Portes que se destacou como a primeira mulher a fazer parte do Tribunal da Alçada, do Tribunal de Justiça e como a primeira mulher presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).

Quem é Helena?

Helena de Toledo Coelho é graduada e mestre em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e doutora em direito pela PUC de São Paulo. É professora na PUC-PR na área de resolução de conflitos e coordena o curso de especialização em Processo Civil, Mediação e Arbitragem e também a educação continuada na Escola de Direito. Além disso, ela atua como advogada, parecerista e mediadora de conflitos.

ACP dá apoio a Helena de Toledo Coelho ao TJ-PR

17 de agosto de 2023

A Associação Comercial do Paraná (ACP), deu apoio para a advogada Helena de Toledo Coelho visando o preenchimento da vaga do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Esta vaga, a qual Helena recebe o apoio da ACP, precisa ser preenchida por um membro da advocacia.

Na carta, a ACP destaca que a vaga vem da desembargadora Regina Helena de Oliveira Portes que se destacou como a primeira mulher a fazer parte do Tribunal da Alçada, do Tribunal de Justiça e como a primeira mulher presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).

Quem é Helena?

Helena de Toledo Coelho é graduada e mestre em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e doutora em direito pela PUC de São Paulo. É professora na PUC-PR na área de resolução de conflitos e coordena o curso de especialização em Processo Civil, Mediação e Arbitragem e também a educação continuada na Escola de Direito. Além disso, ela atua como advogada, parecerista e mediadora de conflitos.

No mercado rodoviário tudo caminha para ser mantido como está

1 de agosto de 2023

Brasília será palco da disputa pela abertura do mercado de transporte rodoviário de passageiros. A audiência pública sobre o novo Marco Regulatório do setor, que será realizada nesta terça-feira (01/08), a partir das 14h, e terá fortes embates entre os pequenos e médios empresários de fretamento e representantes das grandes empresas de ônibus.

A proposta apresentada pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) desagradou setores que lutam para abrir o mercado. O presidente da Associação Brasileira dos Fretadores Colaborativos (Abrafrec), Marcelo Nunes, afirma que as regras previstas pela ANTT inviabilizam a entrada de novas empresas.

Os mercados principais foram divididos em três níveis. No nível 1, quase a metade dos 627 linhas interestaduais só tem uma empresa licenciada operando. É o caso das rotas entre Curitiba e Rio de Janeiro, e Curitiba e Santos (SP). Além dessas, outras 8 linhas partindo da capital paranaense também são operadas por apenas uma empresa de ônibus, como a viagem para Navegantes (SC) e para Santa Rosa (RS). “Nesses casos, a ANTT só vai permitir a entrada de uma nova empresa por ano.

Na prática, vai manter a reserva de mercado para atuais operadores garantirem o lucro com as melhores linhas”, afirma Nunes, que representa centenas de empresas de fretamento que fazem viagens intermediadas por aplicativo. Quem perde são os passageiros que sem opções concorrentes ficam reféns das empresas.

Guerra de preços: com a volta da Buser preço das passagens de ônibus despenca

30 de junho de 2023

Apenas uma semana depois da liberação da justiça para que a Buser voltasse a operar no Paraná, as empresas rodoviárias baixaram drasticamente os preços das passagens na rota São Paulo – Curitiba, onde a plataforma começa a atuar.

Se no início de junho a empresa Eucatur cobrava, em média, R$ 80 por uma passagem nesse trajeto, agora é possível encontrar o trecho por apenas R$ 18, uma redução de 73%. Na Cometa e Andorinha as passagens que passavam dos R$ 100 estão sendo vendidas por R$ 59,99.

Esse é o efeito de um mercado livre e da entrada de plataformas como a Buser: mais competição entre as empresas que precisam criar estratégias para chamar a atenção do consumidor que, por sua vez, se beneficia com preços mais baixos e melhora na qualidade dos serviços.

Buser estuda rotas no Paraná para voltar a operar: Curitiba a São Paulo será prioridade

13 de junho de 2023

Com autorização para atuar em todo o Paraná após quase dois anos, a Buser estuda as rotas que irá lançar, mas o foco inicial deve se concentrar entre as cidades de Curitiba e São Paulo. Existe ainda uma expectativa de que os preços das passagens do transporte interestadual diminuam com a concorrência.

Em seu recurso, a Buser também que o modelo de negócio que oferece é diferente das linhas de transporte convencionais e que atua na intermediação para oferecer o frete coletivo. Outra alegação foi de que a proibição causa prejuízos a Buser, as empresas e também aos passageiros.

A liberação do TRF-4 vem de encontro com recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que podem dar maior concorrência no mercado de transportes interestadual e até mesmo internacional. Essas decisões se referem às Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) 5549 e 6270 que questionavam o regime de outorgas para os transportes.

Buser volta a operar no Paraná após quase dois anos de proibição

13 de junho de 2023

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) aceitou um recurso da empresa Buser para que ela volte a operar no Paraná após quase dois anos de proibição. A decisão foi do desembargador Fernando Quadros da Silva.

Quando da proibição, a Justiça havia decidido que a Buser não havia solicitado autorização prévia para operar as atividades de transporte e fretamento no estado. Dessa forma, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) poderia fazer a apreensão do veículo. Na ocasião, a ação foi movida pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros dos Estados do Paraná e de Santa Catarina (FEPASC).

Agora, baseada na Lei de Liberdade Econômica, a empresa teve o recurso aceito e conseguiu autorização para realizar viagens que tenham o Paraná como ponto de partida e de chegada.

Programa Desenrola é bom, mas não pode ser encarado como solução definitiva

9 de junho de 2023

De acordo com a Federação do Comércio, mais de 93% das famílias paranaenses possuem algum tipo de dívida, 22% têm contas em atraso e 7% não têm condições de pagar suas contas. São números preocupantes e que pretendem ser combatidos com o Programa Desenrola lançado pelo Governo Federal.

Entretanto, é importante entender que a iniciativa não pode ser vista como uma solução definitiva, afinal as pessoas não deixam de pagar suas contas porque querem, muitas perderam seus empregos, o que gerou um processo de empobrecimento da população.

Logo, se queremos resolver o endividamento precisamos, dentre outras coisas, de um crescimento econômico que ajude as famílias a recuperarem a sua renda e de uma abertura maior no setor bancário para forçar a queda dos juros.

O programa é uma boa notícia porque vai ajudar as pessoas a recuperarem a dignidade e abrirá possibilidade de recuperar a capacidade de consumo. É um bom ponto de partida, mas ainda temos muito o que caminhar.

Surpreendendo zero pessoas, governo Lula intervém na Petrobrás

18 de Maio de 2023

O governo petista sempre deixou claro que tinha interesse de interferir na política de preços da Petrobras e assim está fazendo. O que não está claro até agora são os critérios que serão utilizados para a composição do preço no futuro.

O comunicado oficial deixa margem para que os preços sejam manobrados conforme a conveniência do governo, o que pode ser novamente um desastre. Basta lembrarmos do estado em que ficou a Petrobras durante o mandato da ex-presidente Dilma.

É claro que todos queremos combustíveis mais baixos, afinal isso melhora a economia e a vida das pessoas. Entretanto, para garantir que isso aconteça de forma sustentável é necessário fomentar políticas econômicas que realmente ataquem o problema.

Nos resta aguardar, mas na economia, normalmente as soluções fáceis e, aparentemente mágicas, costumam dar errado.

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