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Fernanda Richa filia-se ao PSDB

3 de abril de 2024

A ex-primeira-dama do Paraná, Fernanda Richa, retorna aos quadros do PSDB. Fernanda sempre demonstrou liderança e brilho próprio, sendo um dos grandes trunfos nas eleições de Beto Richa devido à sua profunda conexão com a população mais vulnerável da capital e do estado como um todo. Sua participação foi fundamental também na campanha eleitoral de Rafael Greca em 2016.

O retorno à vida partidária pode ser um indicativo de que ela pretende concorrer nas eleições deste ano. Sua filiação ocorreu dentro do prazo exigido pela legislação para que esteja elegível, podendo participar da disputa como cabeça de chapa ou como vice.

A situação do pleito municipal, que já está bastante conturbada, ganha um novo contorno, pois Beto Richa também se disponibilizou para concorrer à Prefeitura. O ex-governador apareceu nas primeiras pesquisas de intenção de voto tecnicamente empatado com Eduardo Pimentel, Luciano Ducci, Ney Leprevost e Deltan Dallagnol.

Durante a gestão de Beto Richa no governo do Paraná, Fernanda Richa ocupou o cargo de Secretária de Estado da Família e Desenvolvimento Social. A ex-primeira-dama tem um histórico de atuação em projetos sociais, tanto no âmbito estadual quanto na cidade de Curitiba. Na capital, Fernanda atuou na presidência da Fundação de Ação Social (FAS) e deixou o cargo com uma avaliação positiva. Fernanda também coordenou a Comissão de Políticas Públicas para Mulheres do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul).

Com a filiação de Fernanda, o PSDB, que corria o risco de não ter um candidato para a disputa municipal, agora ganha um reforço significativo. Resta saber se Beto manterá sua candidatura ou se optarão por concentrar os esforços em Fernanda. De qualquer forma, a probabilidade de a família Richa concorrer nas urnas aumentou.

Luiz Fernando Keppen, presidente do TJ-PR, recebe cidadania honorária de Curitiba

21 de março de 2024

O atual presidente do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), Luiz Fernando Keppen, receberá a cidadania honorária da Câmara de Curitiba. Este é a mais alta honra que alguém não natural de Curitiba pode receber. Keppen tem um longo currículo na atuação jurídica na cidade. Entre outros cargos, foi membro do Conselho de Defesa do Consumidor e diretor da Associação dos Magistrados do Paraná.

A iniciativa foi do vereador Bruno Pessuti que ressaltou as contribuições do magistrado para o sistema jurídico da capital. O título foi aprovado por unânimidade e será entregue nesta sexta-feira (22).

Câmara analisa projeto sobre acumuladores

12 de março de 2024

Nesta terça-feira (12), a Câmara de Curitiba vota um projeto para a criação de um programa de apoio a pessoas que sofrem de transtorno de acumulação compulsiva. A iniciativa do vereador Márcio Barros (PSD) prevê o apoio das áreas de saúde ambiental, meio ambiente e atendimento social em um programa intersetorial.

A doença está descrita no Manual de Diagnóstico e Estatística de Desordens Mentais desde o ano de 2013. Curitiba registrou casos de acumuladores compulsivos chegando a ter mais de 100 toneladas em algumas localidades. No comentário da proposta, Márcio Barros defendeu a ajuda médica para as pessoas que sofrem do problema.

Cabe destacar que a cidade está em um momento de enfrentamento a dengue e a acumulação de lixo, como pneus de carros, é um dos focos de desenvolvimento do mosquito.

Deltan será candidato a prefeito?

22 de janeiro de 2024

Parte do mundo político de Curitiba e do Paraná ficou perplexa com o anúncio da pré-candidatura de Deltan Dalagnol à prefeitura da cidade. Esta manobra é surpreendente, especialmente considerando que Dalagnol havia minimizado tal possibilidade durante seu mandato como deputado federal. Pesa ainda o fato de sua pré-candidatura surgir após a perda desse mandato, um evento que muitos acreditavam tê-lo tornado inelegível.

Análise Jurídica: O Caminho Incerto de Dalagnol

Conforme reportagem de Ivan Santos, de outubro de 2023, a situação jurídica de Dalagnol não é tão preta no branco. A informação obtida por ele junto à corte eleitoral apresenta o seguinte:

“O ex-procurador não teve o mandato cassado, mas apenas o registro de candidatura indeferido. Ele pode requerer registro na próxima eleição e será analisado novamente, podendo ser aceito ou não.”

Numa leitura rápida, podemos ser levados a crer que o campo eleitoral estaria plenamente aberto para Deltan, mas é importante termos o foco no local certo: a aceitação ou não de um pedido de registro de candidatura. Ou seja, o que parece é que o tribunal não quis se comprometer com um tema que ainda pode ser analisado.

Entretanto, fontes do mesmo tribunal e também do mundo jurídico de Curitiba e Brasília garantem que a inelegibilidade de Deltan – pela forma como saiu do Ministério Público Federal (a decisão do TSE, baseada na Lei da Ficha Limpa, estabelece inelegibilidade por 8 anos) – vale para o pleito de 2022 (quando concorreu a deputado federal e foi eleito), para o pleito de 2024 (onde foi colocado como pré-candidato a prefeito) e para o pleito de 2026, quando alguns projetam que poderia se candidatar ao Senado. A controvérsia, segundo essas mesmas fontes, é se ele estaria elegível em 2029 ou em 2031, a depender de como seria computado o prazo de suas restrições (data da decisão ou data do fato).

Estratégia Política: O Que Está em Jogo para Dalagnol

Considerando seu conhecimento jurídico, Dalagnol deve estar ciente de que suas chances de elegibilidade são limitadas. Isso levanta questões sobre suas intenções:

– Por que manter seu nome em jogo?

– Será uma manobra para permanecer relevante no debate político?

– Uma estratégia para impulsionar candidaturas de seu partido?

– Ou, talvez, uma tática ao estilo Lula 2018, mantendo uma pré-candidatura até um substituto sem restrições ser apresentado?

Lavajatistas Divididos?

Outra questão importante é a possível divisão dentro do grupo dos lavajatistas. Movimentos ao redor do Senador Sergio Moro indicam uma potencial candidatura de Rosangela Moro ao Palácio 29 de Março. Como isso afetará a dinâmica interna do grupo e suas estratégias eleitorais?

O Papel da Justiça Eleitoral e a Voz do Eleitor

É crucial que a justiça eleitoral ofereça definições rápidas e claras para evitar confusões e garantir que os eleitores tenham uma compreensão correta dos candidatos e de suas elegibilidades. Os eleitores não devem ter seu voto desperdiçado ou ignorado.

A realidade se impõe

Como observador e crítico discordo da extensão interpretativa dada por aquela corte, a qual retirou Deltan de seu mandato, contudo só posso dizer: o TSE tem razões as quais nossa vã filosofia desconhece. No fim das contas, a realidade é que Deltan não conta com a simpatia dos ministros da corte eleitoral e o precedente da decisão anterior joga contra ele. E, como bem sabemos, a realidade tem a mania de sempre se impor.

Câmara de Curitiba pode retomar discussão sobre multa para usuários de drogas

16 de janeiro de 2024

Após a repercussão da aprovação, em Balneário Camboriú, de uma lei para multar pessoas que consomem substâncias ilícitas em espaços públicos, a Câmara de Curitiba pode retomar a discussão, em breve, para uma lei semelhante. 

A proposta é do vereador Tico Kuzma (PSD), atual líder do governo, para incluir na Lei 15.287/2018 a possibilidade de multar usuários de drogas. Segundo o vereador, essa é uma medida alternativa a uma possível descriminalização do porte de drogas para uso pessoal que está em votação no Supremo Tribunal Federal (STF). Além de Kuzma, o também vereador Eder Borges (PP) anunciou que adotaria o tema como prioridade.

O julgamento está paralisado no momento, mas o placar (5×1) é favorável à descriminalização do porte para uso pessoal. Segundo o vereador, essa é uma medida alternativa para impedir o consumo livre de substâncias como a maconha.

Em Balneário Camboriú, a lei prevê multa de R$ 412 que pode dobrar em caso de reincidência. No Paraná, Araucária foi um município pioneiro aprovando a lei que vigora desde 2021.

Viaduto do Orleans: Curitiba tenta nova solução

22 de novembro de 2023

A cidade de Curitiba está mais uma vez em busca de uma solução para o Viaduto do Orleans. Em uma iniciativa liderada pelo vereador Mauro Ignácio (União), acompanhado pelo vereador Angelo Vanhoni (PT), foi realizada uma reunião com o ministro dos Transportes, Renan Filho, com o intuito de buscar o apoio do Governo Federal para a realização da obra.

Esta não é a primeira vez que o Viaduto do Orleans entra na agenda de discussões em Curitiba. Em 2017, por exemplo, a Prefeitura anunciou um projeto avaliado em R$ 30 milhões, porém a obra não avançou. Agora, a Prefeitura planeja acionar o Ministério dos Transportes, que ficará responsável por avaliar os investimentos necessários para concluir as melhorias. A nova proposta é a implantação de um sistema binário na região.

Anteriormente, a última ideia para essa área envolvia a construção de uma rotatória elevada. No entanto, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não autorizou a execução desse projeto. Agora, segundo o ministro Renan Filho, está prevista a alocação de recursos do DNIT para financiar o sistema binário.

Resta a pergunta: será que desta vez a solução será concretizada?

Taylor Swift coloca Curitiba entre as top 5 das cidades que mais embarcaram turistas para o Rio de Janeiro

17 de novembro de 2023

Curitiba é a quinta cidade que mais embarcou pessoas para o Rio de Janeiro nesses últimos dias de feriados prolongados. Segundo a plataforma Buser, a procura por viagens para o Rio aumentou em quase 180%. Além disso, mais de 10 mil pessoas irão para lá até a data do último show da cantora Taylor Swift. Em turnê pelo Brasil, a estrela teve shows negados em Curitiba. O preço das passagens de ônibus é o maior atrativo no momento de optar por esse modelo de transporte

A frente da capital paranaense no ranking estão São Paulo, Belo Horizonte, Vitória e Campinas.

Cinco meses após voltar a operar, Buser amplia rotas no Paraná

10 de novembro de 2023

A plataforma de viagens de ônibus, Buser, lança oito novas rotas para Curitiba, Maringá e Londrina. Assim, os passageiros do Paraná terão opções para ir ao Rio de Janeiro, São Paulo e também para Minas Gerais. Além disso, a empresa espera transportar cerca de 200 mil viajantes no próximo ano.

A expansão de atividades vem cinco meses após a empresa obter autorização para voltar a operar no Paraná. A proibição durou cerca de dois anos por um entendimento de que a Buser não havia solicitado autorização prévia para manter atividades no Estado. Porém, com base na Lei de Liberdade Econômica, a Buser teve autorização para voltar.

A volta das operações da Buser teve foco nas rotas entre Curitiba e São Paulo, mas desde aquele momento esperava-se uma possibilidade de expansão das rotas oferecidas.

Projeto para implementar peixe na dieta escolar vai a votação

26 de outubro de 2023

Vai ao plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) um projeto para implementar o peixe na dieta escolar da rede estadual de ensino. A autoria da proposta é de Luiz Fernando Guerra (União). Dessa forma, se aprovado, o projeto levará o peixe para quase 1 milhão de alunos matriculados na rede estadual.

O deputado, autor do projeto, justificou a proposta afirmando a intenção de levar mais diversidade e qualidade ao cardápio das escolas. Cabe destacar que o Paraná liderou o ranking de produção de tilápia no Brasil com 194 mil toneladas. Dessa forma, as atividades comerciais com esse tipo de peixe estão estabelecidas em 363 cidades do Estado.

Em julho deste ano, o Paraná também iniciou a segunda etapa do Programa Rio Vivo. Assim, a ideia do estado é repovoar os rios com mais de 10 milhões de peixes nativos até o ano de 2026. Além disso, a Copel também fez uma ação de repovoamento de 140 mil alevinos de monjolo, espécie em extinção, no Rio Iguaçu.

O projeto de Luiz Guerra foi aprovado em todas as comissões da Alep e está pronto para votação. Além disso, há uma expectativa de que a inclusão do peixe no cardápio das escolas também impulsione a economia local com vantagens para pequenos produtores.

Será que a Uber vai mesmo contratar os motoristas e pagar multa de R$ 1 bilhão?

21 de setembro de 2023

A Uber está enfrentando um desafio legal significativo no Brasil, com uma multa de R$ 1 bilhão e a ordem de contratar todos os motoristas cadastrados em sua plataforma. A decisão foi tomada pelo juiz do Trabalho da 4ª Vara do Trabalho de São Paulo, em resposta a uma ação movida pelo Ministério Público do Trabalho.

No entanto, a Uber anunciou que não cumprirá essas medidas até que todos os recursos legais sejam esgotados. O cumprimento da decisão só valerá a partir do trânsito em julgado, ou seja, a Uber poderá recorrer e, somente após todos os recursos serem julgados, ela terá de cumprir a decisão da justiça.

Em nota, a Uber enfatizou que há uma insegurança jurídica evidente em torno dessa decisão. A empresa argumenta que a ação judicial foca exclusivamente na Uber, ignorando outras plataformas de aplicativos, como o Ifood, 99, Loggi e Lalamove.

A Uber afirmou ainda que a decisão é isolada e vai contra a jurisprudência estabelecida por tribunais de segunda instância em São Paulo e outros Tribunais Regionais, bem como pelo Tribunal Superior do Trabalho, desde 2017.

Entretanto, caso a decisão inicial seja mantida, a empresa será notificada e então começa a contagem de um prazo de seis meses para a regularização de todos os funcionários cadastrados. A Uber, portanto, terá de regularizar os contratos de 1/6 dos seus motoristas a cada mês, até o final do prazo. Na decisão também há o estabelecimento de uma multa diária de R$ 10 mil para cada motorista cadastrado no aplicativo e que não tenha contrato trabalhista.

A ação do Ministério Público do Trabalho de São Paulo foi protocolada em 2021 e pedia o reconhecimento do vínculo empregatício dos motoristas com a empresa.

Destinação das multas

Os valores da multa por danos morais coletivos serão destinados ao Fundo de Amparo ao Trabalhador, sendo 50% desse montante destinado a associações de motoristas de aplicativos que tenham registro em cartório e constituição social regular, em cotas iguais. Seja como for, este caso continuará a ser acompanhado de perto, uma vez que levanta questões importantes sobre o futuro do trabalho intermediado por aplicativos no Brasil.

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