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É correto gastar tanto numa campanha eleitoral? Curitiba se prepara para uma campanha multimilionária

21 de julho de 2024

Quer gastar como um milionário? Os candidatos em Curitiba terão essa oportunidade.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou os limites de gastos para as eleições de 2024. Em Curitiba, os valores disponíveis para os candidatos a prefeito e vereador são os mais elevados do Paraná.

No primeiro turno, os candidatos à Prefeitura poderão gastar até R$ 14.161.000. Em caso de segundo turno, os “finalistas” terão um adicional de até R$ 5.664.000 para a campanha.
Já os candidatos a vereador terão um limite de R$ 689.000 para despesas de campanha.

Comparativo com a Eleição de 2020

Para termos uma ideia do impacto desses valores, podemos olhar para a eleição municipal de 2020. Rafael Greca, então candidato à reeleição, utilizou apenas 39% do limite de gastos, totalizando R$ 3.353.000, de um total permitido de R$ 10.903.000. Todos os três principais candidatos na disputa pela Prefeitura ultrapassaram a marca de um milhão em gastos.
Fernando Francischini, que ficou em terceiro lugar, investiu R$ 3.309.000, enquanto Goura, o segundo colocado, que pode disputar a prefeitura como vice em 2024, gastou R$ 1.282.000.

Gastos dos Vereadores Eleitos em 2020

Engana-se quem pensa que as campanhas para vereador são mais modestas. Em 2020, Alexandre Leprovost foi o vereador que mais gastou, desembolsando R$ 485.000. Flávia Francischini (R$ 477.000), Pier (R$ 453.000), Beto Moraes (R$ 317.000) e Indiara Barbosa (R$ 194.000), que foi a mais votada naquela eleição, completam o top cinco dos maiores gastos.
Na outra ponta, o vereador Jornalista Márcio Barros gastou apenas R$ 5.700 para se eleger, seguido por Herivelto Oliveira com R$ 10.819 e Sargento Tania Guerreiro com R$ 16.590.

E o Caixa 2?

É importante ressaltar que esses são os valores oficialmente declarados. Não é de se duvidar que, se todos os gastos, incluindo possíveis caixa dois, fossem contabilizados os números seriam ainda mais elevados. A cada eleição os gastos crescentes em campanhas eleitorais levantam questões sobre a influência do poder econômico na política e a necessidade de uma maior transparência e controle sobre os recursos utilizados.

A coisa não está distorcida?

Imagine um campeonato de futebol onde alguns times podem gastar milhões em jogadores e infraestrutura, enquanto outros mal conseguem manter suas equipes em campo (tipo o brasileirão). O resultado não seria um reflexo da habilidade ou dedicação dos jogadores, mas sim do poder econômico dos times.
Da mesma forma, em uma eleição, o verdadeiro mérito dos candidatos pode ser ofuscado pela montanha de dinheiro investido em suas campanhas.

Possíveis vices do PL caso Paulo Martins saia da disputa

19 de julho de 2024

Nos últimos dias, a situação da chapa PSD-PL para a disputa em Curitiba mudou. Agora se discutem três cenários possíveis:

  1. Candidatura Própria do PL: Paulo Martins lideraria com o apoio de Bolsonaro, que é muito popular em Curitiba.
  2. Paulo Martins Como Vice: Resolver divergências e Paulo Martins aceitar ser o vice. Esta é a opção mais provável e desejada pelos articuladores do Palácio Iguaçu, unindo Ratinho Junior e Bolsonaro.
  3. Chapa PSD-PL Sem Paulo Martins: Manter a aliança, mas sem Paulo Martins. Isso pode significar menos apoio de Bolsonaro. Eduardo Pimentel lideraria, mas sem o “Capitão”.

Mesmo sendo menos provável, o PL já considera outros nomes para a chapa se Paulo Martins não participar. Os mais citados são:

  1. Ricardo Arruda: Deputado estadual, apoiado por setores bolsonaristas.
  2. Marisa Lobo: Psicóloga e ex-presidente do PTB no estado, atuante no segmento cristão.
  3. Eder Borges: Vereador com forte vínculo com movimentos de rua e discurso contra o “esquerdismo”.
  4. Rodrigo Reis: Vereador, com tradição política familiar e militância em pautas de direita.
  5. Fernando Klienger: Pré-candidato a vereador, com forte apoio da Igreja do Evangelho Quadrangular e proximidade com o Núcleo de Pastores. Já foi assessor para assuntos evangélicos na prefeitura.

Ainda há muita indefinição, e a decisão final dependerá de Paulo Martins e outros líderes. A situação está mais incerta do que há dez dias.

Ratinho só vai cuidar do PSD, dizem aliados

17 de julho de 2024

Pessoas próximas ao governador Ratinho Jr sugeriram que ele deveria intervir em partidos da base para aumentar a composição pró Eduardo Pimentel nas eleições deste ano. O governador, dizem aliados, teria sido taxativo. Lembrou que Pimentel tem o maior arco de alianças construído com o seu apoio ainda em maio e que não tem costume de interferir em legendas que pertencem a base na Alep. A recomendação era pra que Ratinho acionasse a cúpula do União Brasil e do próprio PP. “Não me peçam pra cornetar na casa do vizinho”, respondeu Ratinho. Na mesma conversa, Ratinho teria ido além. Sinalizou que não vai condicionar apoios aos candidatos do PSD em troca de cargos no governo.

Eduardo Pimentel participa de evento do PL, sinalizando possível solução para vice

29 de junho de 2024

Neste sábado, o atual vice-prefeito e pré-candidato à Prefeitura de Curitiba, Eduardo Pimentel, participa da Conferência do PL. A participação de Pimentel, a convite de Paulo Martins, é um indicativo da aproximação com o partido, que pode garantir a vaga de vice na chapa para as eleições de 2024.

Com o apoio integral do governador Ratinho Jr., Pimentel tem costurado um arco de alianças no campo da centro-direita. O PSD, partido de Pimentel, e o PL, de Paulo Martins, negociam há algumas semanas uma aproximação para formar a coalizão na disputa pela Prefeitura. As eventuais diferenças de Greca com o PL estariam superadas e ele já admite nos bastidores apoiar integralmente a aproximação, que é um acordo tanto do governador Ratinho Jr. quanto do ex-presidente Jair Bolsonaro.

No início da corrida eleitoral, o PL teve uma aproximação quase bem-sucedida com o ex-prefeito e também pré-candidato Beto Richa. Ele esteve próximo de se filiar ao PL e seria o candidato do partido para a Prefeitura. No entanto, como Richa tem mandato como deputado federal, ele precisava de autorização do PSDB para se filiar ao PL, algo que não aconteceu.

Curitiba inaugura nova sede do Projeto Nova Morada

26 de junho de 2024

Nesta quarta-feira (26), será inaugurada a nova sede do Projeto Nova Morada, Vida Nova. O espaço oferece moradia provisória e assistência para até 100 pessoas que enfrentam problemas com drogas, estão em situação de rua ou em vulnerabilidade social. A inauguração acontece em um momento crucial, logo após o Supremo Tribunal Federal (STF) acatar uma ação que descriminaliza o porte de maconha para consumo pessoal.

Desde o final do ano passado, o poder público de Curitiba tem reforçado medidas alternativas para enfrentar o uso de drogas. Se antecipando ao julgamento do STF sobre a descriminalização da maconha. Em janeiro, a coluna anunciou a retomada da discussão na Câmara de Curitiba sobre um projeto para multar usuários de drogas, proposto pelo vereador Tico Kuzma. A ideia é uma medida alternativa para restringir o uso livre de maconha na cidade. Um projeto semelhante também começou a tramitar na Assembleia Legislativa.

O resultado do julgamento no STF foi divulgado nesta segunda-feira e terminou com seis votos a favor da descriminalização e três votos contrários. Além disso, dois ministros opinaram que a lei atual já não criminaliza o porte de maconha para uso pessoal.

Femoclam da posse a nova diretoria

13 de junho de 2024

No próximo sábado (15), a Federação Comunitária das Associações de Moradores no de Curitiba e Região Metropolitana (Femoclam) da posse para a diretoria eleita em assembleia geral no último mês de março.

O evento acontece no Sindicatos Permissionários Centrais Abastecimento-Alimentos e há expectativa pela presença de pré-candidatos as eleições 2024. Os nomes da chapa vencedora podem ser conferidos aqui.

A Femoclam tem 38 anos de atividades e é reconhecida como maior movimento comunitário do Estado. 1.500 associações de moradores e clubes de mães de Curitiba e Região fazem parte da Femoclam atualmente.

PSD aposta em colar imagem de Ratinho Jr e Rafael Greca em Eduardo Pimentel

7 de junho de 2024

Após crescer nas pesquisas de intenção de voto, o pré-candidato do PSD (Partido Social Democrático) para a Prefeitura de Curitiba, Eduardo Pimentel, receberá um importante reforço. O PSD está convencido de que o atual prefeito, Rafael Greca, e o governador do Paraná, Ratinho Jr, ambos com alta popularidade segundo as pesquisas de opinião mais recentes, são fundamentais para alavancar ainda mais a visibilidade do vice-prefeito. Essa estratégia, já utilizada no início do ano, trouxe bons resultados e, por isso, os estrategistas estão ampliando seu uso.

O partido lançou uma nova campanha publicitária que une os três líderes para divulgar os feitos de Curitiba e promover o nome de Pimentel e do partido na corrida pela Prefeitura. O programa “Fala Curitiba”, o avanço na Linha Verde e o recente título de cidade mais inteligente do mundo são os principais argumentos do PSD. Além disso, destaca-se a parceria entre a atual gestão da prefeitura e o governo do Estado, chamada de “método Paraná”.

Essa nova ação do partido é um dos primeiros trabalhos de João Debiasi, que recentemente assumiu a chefia da comunicação da campanha de Pimentel, em conjunto com Juca Pacheco.

Parceiro Escola: votação, greve, o contexto do programa que propõe terceirização de escolas – 3 a 7 de junho

3 de junho de 2024

A segunda-feira (03) deve começar agitada na educação do Paraná. A Assembleia Legislativa terá, a princípio, duas sessões plenárias para discutir o programa Parceiro Escola. O projeto, proposto pelo governo do Estado, prevê a terceirização da gestão das escolas estaduais.

A proposta é polêmica e motivou uma mobilização de greve da categoria. Porém, o governo do Estado conseguiu, na Justiça, a suspensão da greve. Dessa forma, o Executivo tem possibilidade de descontar eventuais faltas dos professores. A princípio, a mobilização está mantida.

Tramitando em regime de urgência, o Parceiro Escola também é alvo de críticas de deputados de oposição que ingressaram com pedido de suspensão da votação.

O que diz o projeto: defesa do governo vs críticas da oposição

De forma resumida o projeto do Parceiro Escola abre a possibilidade de a Educação contratar empresas da área para gerir o setor administrativo das unidades educacionais. Ou seja, o dinheiro proveniente do Orçamento da Educação e repassado para a administração das escolas estaduais ficará aos cuidados da empresa contratada.

Dessa forma, o governo crê que a equipe da administração da escola poderá focar no desenvolvimento pedagógico. Além disso, o Executivo defende que o programa dará maior eficiência para a gestão administrativa.

A oposição, por sua vez, critica uma possível inadequação do projeto com a Constituição. Segundo os deputados, as unidades educacionais públicas não podem ter seu dinheiro administrado por entidades privadas.

Não há, no projeto de lei protocolado pelo governo, informação sobre os valores futuramente repassados para as administrações privadas. Apesar disso, o governo assegura que o projeto não requer renúncia de receita e tampouco gera prejuízos financeiros.

Outros assuntos para ficar de olho:

  • Paraná prevê colheita de 646 mil toneladas de feijão;
  • Municípios aumentam geração de empregos;
  • Curitiba, Maringá e Londrina aparecem em ranking de desenvolvimento de startups.

Fiep lança nova Agenda Legislativa

8 de Maio de 2024

A Federação das Indústrias do Paraná (FIEP) lançou a edição 2024 da Agenda Legislativa da Indústria do Paraná. A publicação é uma análise da Fiep sobre 28 projetos da Assembleia Legislativa do Paraná que envolvem a indústria. O lançamento foi no Campus da Indústria do Sistema Fiep e reuniu lideranças empresariais, deputados estaduais e secretários de estado.

Um dos objetivos da Agenda, segundo o presidente da Fiep, Edson Vasconcelos, é fornecer ferramentas para contribuir com os deputados nas decisões sobre cada projeto. Assim, a entidade pretende aproximar o diálogo com os parlamentares. Para a elaboração da edição 2024, a Fiep monitorou todos os 1.097 projetos apresentados no ano de 2023, mais de 300 foram acompanhados com maior atenção até o recorte final de 28.

Vanhoni apresenta voto em separado e tenta livrar Maria Letícia de perda de mandato

23 de abril de 2024

O vereador Angelo Vanhoni (PT) discorda do pedido do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para que a vereadora Maria Letícia (PV) perca o mandato por quebra de decoro parlamentar. Em voto em separado, Vanhoni destacou a trajetória positiva da vereadora ao longo de seus sete anos de mandato na Câmara Municipal de Curitiba. Ele enfatizou sua dedicação à defesa dos direitos das mulheres e sua conduta íntegra e participativa.

Vanhoni argumenta que, ao contrário do que sugeriu o relatório final do vereador Professor Euler (MDB), não há base suficiente para a perda do mandato. Em vez disso, ele propõe que se considere uma sanção menos severa, como a suspensão de algumas prerrogativas regimentais por três meses. Ele ressalta que o processo ético-disciplinar não comprovou inequivocamente a quebra de decoro parlamentar, citando a confusão de depoimentos e a falta de provas conclusivas.

Além disso, o vereador do PT critica a falta de proporcionalidade na penalidade sugerida, apelando ao princípio da proporcionalidade para argumentar que sanções devem considerar a gravidade dos atos, os antecedentes do infrator e as circunstâncias do caso. Vanhoni menciona que Maria Letícia já está cumprindo uma suspensão condicional do processo na esfera criminal. Isso reforça sua posição contra a aplicação de uma pena tão extrema quanto a perda de mandato.

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