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Beatriz Batistella migra para o IMAP e Tatiane Filipak será confirmada na saúde

2 de dezembro de 2024

Atual secretária da Saúde de Curitiba, Beatriz Batistella deverá assumir o Instituto Municipal de Administração Pública – IMAP. Beatriz tem carreira consolidada como servidora, em especial na área da Saúde. Ela assumiu a secretaria em 2022, em substituição a Márcia Huçulak que se elegeu deputada estadual.

Antes de assumir a secretaria da Saúde, Beatriz esteve na Superintendência Executiva do Órgão entre janeiro de 2017 e abril de 2022. Para o lugar de Beatriz, Tatiane Filipak será confirmada como nova secretária. Ela também participa da atual gestão da saúde e esteve à frente do combate a pandemia de covid-19.

Tatiane Filipak é a favorita para a Secretaria de Saúde

27 de novembro de 2024

Atualmente na Diretoria Atenção a Saúde da Fundação de atenção à saúde de Curitiba (FEAS), a médica Tatiane Filipak será indicada como secretária da Saúde de Curitiba na gestão do prefeito eleito Eduardo Pimentel. Com uma década de experiência, Tatiana esteve na coordenação do gabinete de crise da FEAS e esteve no órgão em toda a gestão do prefeito Rafael Greca.

Além disso, ela foi membro do comitê técnico e corpo gestor do Hospital Vitória de Curitiba, modelo assistencial personalizado para atendimentos dos pacientes da COVID 19 e atuou na ampliação do atendimento domiciliar para o monitoramento de pacientes durante a pandemia.

Atual secretária da pasta, Beatriz Batistella deverá seguir no primeiro escalão da Prefeitura.

Jean Pierre Neto será o novo secretário de Educação de Curitiba

27 de novembro de 2024

Ligado ao ex-secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, Jean Pierre Neto foi escolhido por Eduardo Pimentel para assumir a pasta de Educação em Curitiba a partir do próximo ano. Jean Pierre tem uma trajetória extensa na educação. Ele foi presidente do Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados (IEJA) nos últimos 3 anos, presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) entre janeiro 2023 e setembro de 2024.

Além disso, foi superintendente do Serviço Social Autônomo Paranaeducacão de abril 2022 a janeiro de 2023 e participou da gestão de Feder na Secretaria de Educação do Paraná (SEED) como chefe de Assessoria Técnica Jurídica entre junho de 2021 e abril de 2022.

Paulo Martins e Amália Tortato farão parte do secretariado de Curitiba

25 de novembro de 2024

O vice-prefeito eleito, Paulo Martins (PL), é cotado para a pasta de Desenvolvimento Econômico no novo secretariado que Eduardo Pimentel forma para a gestão que começará em 2025. Ao lado dele, a vereadora Amália Tortato (NOVO) é cotada para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Humano.

Se confirmada a indicação de Amália, vereadora reeleita, a vaga na Câmara de Vereadores pode ficar com Rodrigo Marcial que ficou como suplente nas eleições 2024 e foi vereador na atual legislatura durante período de licença de Indiara Barbosa. Outro potencial indicado para o secretariado, Marcelo Fachinello pode abrir vaga para Sargento Tânia Guerreiro, que cumpriu mandato na atual legislatura, que se encerra neste ano, mas ficou como suplemente na última eleição.

Quem devem ser os primeiros secretários de Eduardo Pimentel?

25 de novembro de 2024

As eleições municipais de 2024 em Curitiba foram marcadas como uma das mais acirradas dos últimos tempos. No entanto, engana-se quem pensa que os desafios políticos se encerraram com a votação no segundo turno. A batalha pela ocupação de espaços na administração municipal e a composição do secretariado ainda estão em pleno andamento, e o prefeito eleito, Eduardo Pimentel, tem conduzido esse processo com extrema discrição.

Apesar de ser uma gestão de continuidade — afinal, Pimentel foi vice-prefeito por dois mandatos na administração de Rafael Greca —, há fortes indícios de que o novo governo trará significativas mudanças no primeiro escalão. Muitos esperavam que Eduardo mantivesse boa parte dos atuais secretários, mas a realidade aponta para uma renovação em diversas áreas. Durante os mandatos de Greca, as escolhas dos secretários foram amplamente influenciadas por seu círculo mais próximo, com pouca preocupação em refletir uma composição partidária ampla. Agora, Eduardo Pimentel, embora siga um perfil de escolha pessoal, deve equilibrar essa abordagem com o respeito aos compromissos assumidos com aliados políticos.

A nova configuração deve incluir nomes ligados a diferentes frentes de apoio ao prefeito, como o próprio Rafael Greca, o presidente eleito da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi, e o governador do Paraná, Ratinho Júnior. Contudo, é importante destacar que, mesmo que os indicados tenham relação com essas lideranças, a decisão final passa pelo crivo de Pimentel. Partidos que apoiaram sua candidatura também têm a oportunidade de sugerir nomes, mas a escolha segue critérios técnicos e estratégicos, com o envio de mais de uma opção para análise, permitindo ao prefeito decidir conforme o perfil mais alinhado à gestão.

Por outro lado, membros da administração Greca que adotaram uma postura menos colaborativa com Eduardo Pimentel durante os últimos anos — seja por não acreditarem em sua ascensão política ou por terem trabalhado para minar sua continuidade como vice-prefeito em 2020 — enfrentam grandes chances de serem excluídos do novo governo. Esse afastamento reflete a intenção do prefeito em montar uma equipe que priorize a confiança e o comprometimento com sua visão administrativa.

Os primeiros nomes do secretariado devem ser anunciados nos próximos dias. As expectativas recaem sobre indicações que tragam um equilíbrio entre renovação e continuidade. Entre os cotados estão:

  • Marcelo Fachinello, vereador reeleito e atual presidente da Câmara Municipal é cotado para a Secretaria de Governo Municipal;
  • Vanessa Volpi Bellegard Palacios, deverá ser mantida na Procuradoria-Geral do município;
  • Ogeny Pedro Maia Neto, deve ser mantido na presidência da URBS;
  • Marilza do Carmo Dias, cotada para seguir a frente da Secretaria do Meio Ambiente.

Até meados de dezembro, os demais integrantes devem ser revelados, encerrando este processo que, até lá, seguirá movimentado. Eduardo Pimentel tem diante de si a oportunidade de montar uma equipe que não apenas consolide sua liderança, mas também marque uma nova etapa na administração de Curitiba.

A disputa pela presidência da Câmara de Curitiba movimenta os bastidores políticos da capital

22 de novembro de 2024

A eleição para a presidência da Câmara Municipal de Curitiba já começa a agitar os bastidores políticos. Três nomes despontam como favoritos para ocupar o cargo: Marcelo Fachinello (PODE), Tico Kuzma (PSD) e Serginho do Posto (PSD). Ambos já ocuparam a presidência do Legislativo da Capital. Serginho foi presidente entre 2017-18, início da gestão de Rafael Greca, Tico Kuzma ocupou o cargo no biênio 2021-22 e foi o antecessor de Fachinello, presidente em 2023-24.

No início das articulações, havia sinais de uma possível divisão entre o candidato do Podemos e algumas alternativas do PSD, o que poderia levar a um confronto direto. No entanto, a tendência agora é de que os vereadores sigam unidos, especialmente porque todos pertencem à base de apoio do prefeito eleito Eduardo Pimentel (PSD). Esses parlamentares tiveram papel de destaque durante a campanha e lideraram iniciativas importantes em favor do atual governo, o que reforça a necessidade de coesão nesse momento.

Atualmente, os três postulantes trabalham para consolidar apoio dentro dos grupos políticos e avaliam, por meio de conversas internas, qual será o melhor caminho para garantir uma eleição harmoniosa. O que se sabe até agora é que, salvo grandes surpresas, o próximo presidente da Câmara deve ser escolhido entre esses três nomes.

Apesar de estarem no mesmo campo político, os candidatos possuem perfis e estilos de liderança diferentes, o que reflete nas simpatias e apoios que cada um angariou junto aos demais vereadores.

Nos próximos dias, os bastidores da Câmara devem continuar em ebulição, com as articulações avançando para definir quem será o próximo a ocupar um dos cargos mais estratégicos do cenário político curitibano.

Com Trump de Volta, o que pode mudar na economia brasileira

6 de novembro de 2024

A reeleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos traz uma série de implicações para a economia mundial e deve gerar reflexos diretos para o Brasil. Com o retorno de Trump à Casa Branca, setores da economia brasileira, como o agronegócio e a siderurgia, podem se beneficiar, mas o impacto também envolve riscos, especialmente para o comércio exterior e para a inflação.

Durante seu primeiro mandato, Trump intensificou a guerra comercial com a China, o que levou o país asiático a buscar novos fornecedores de produtos, beneficiando o agronegócio brasileiro. Esse cenário pode se repetir, com o Brasil ganhando maior espaço para exportação de commodities, como produtos agrícolas e metais. Especialistas apontam que a demanda chinesa por essas commodities pode crescer novamente, caso as tensões entre EUA e China voltem a se acirrar.

No entanto, a política protecionista de Trump, com seu lema “América em primeiro lugar”, impõe desafios. O presidente reeleito já sinalizou a possibilidade de aplicar tarifas de importação de 10% a 20% sobre produtos estrangeiros. Para o Brasil, uma medida como essa significaria maiores barreiras de entrada para produtos brasileiros no mercado americano, o que pode afetar a balança comercial. Em 2023, o comércio entre Brasil e EUA movimentou cerca de US$ 75 bilhões, o que demonstra a relevância da relação comercial entre os dois países.

Outro fator de impacto para o Brasil é a valorização do dólar, que tende a subir com a política econômica de Trump, focada em cortes de impostos e desregulamentação para impulsionar as empresas americanas. A alta do dólar pressiona os preços de insumos importados, encarecendo a produção industrial brasileira e podendo gerar alta inflacionária. Nessa conjuntura, o Banco Central brasileiro pode se ver obrigado a elevar as taxas de juros para controlar a inflação, o que encarece o crédito e afeta o consumo e a produção.

Adicionalmente, a possibilidade de desregulamentação e cortes de impostos nos Estados Unidos pode atrair investidores para o mercado americano, resultando em fuga de capital dos países emergentes, incluindo o Brasil. Para competir por investimentos, o governo brasileiro poderia precisar aumentar a taxa Selic, buscando tornar o país mais atrativo para o capital estrangeiro.

Em resumo, a reeleição de Donald Trump oferece ao Brasil uma oportunidade de crescimento para setores como o agronegócio e a siderurgia, mas traz também uma série de desafios para a estabilidade econômica. A alta do dólar, as políticas protecionistas e o cenário de juros elevados nos EUA podem intensificar pressões inflacionárias no Brasil, exigindo cautela e medidas de controle por parte do governo brasileiro.

O impacto das políticas de Trump na economia global ainda gera incertezas, e só o tempo revelará os efeitos completos das decisões do novo mandato para o Brasil e o restante do mundo.

Eleição Anulada: Assembleia Legislativa do Paraná terá novo pleito para a Mesa Diretora de 2025/26

4 de novembro de 2024

A Assembleia Legislativa do Paraná anulará a eleição da Mesa Diretora realizada em agosto e convocará um novo pleito para o biênio 2025/26. A decisão veio através de um Projeto de Resolução apresentado pela Mesa Executiva nesta segunda-feira, buscando reforçar a segurança jurídica do processo eleitoral. A medida ocorre após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) contra a antecipação de eleições em Assembleias Legislativas de vários estados.

A nova eleição, embora necessária para atender às normas legais, não deve alterar a composição da Mesa Diretora, previamente definida em agosto com Alexandre Curi na presidência, Flávia Francischini na vice-presidência e Gugu Bueno como primeiro secretário. A chapa deverá ser confirmada no novo processo, que tem como objetivo central garantir a legalidade e a legitimidade dos futuros dirigentes da Casa.

As ADIs da PGR questionam dispositivos dos regimentos internos de Assembleias que permitem a antecipação das eleições, argumentando que o prazo adequado para o pleito da Mesa Diretora seria o mês de outubro, conforme tramita no Supremo Tribunal Federal. Mesmo discordando da interpretação da PGR, a Assembleia Legislativa do Paraná optou por ajustar seu Regimento Interno, que anteriormente permitia a eleição a partir de agosto, para garantir a segurança jurídica do processo e eliminar eventuais contestações.

A nova resolução redefine o Regimento Interno, autorizando a realização da eleição para a Mesa Diretora a partir de 1º de novembro do ano anterior à posse, assegurando que o processo ocorra dentro das normas legais estabelecidas e fortalecendo a legitimidade da futura gestão.

Eleições 2024: como fica o tabuleiro político do Paraná e quem são as lideranças fortalecidas rumo a 2026

28 de outubro de 2024

As eleições municipais de 2024 no Paraná ultrapassaram a definição de novos prefeitos e vereadores e redefiniram as forças políticas estaduais. Algumas lideranças consolidaram sua base de apoio, enquanto outras viram sua influência diminuir. Este cenário não só antecipa novas alianças e desafios, mas também direciona o caminho para as eleições estaduais de 2026. Confira a seguir minha análise sobre quem avançou, diminuiu ou estagnou sua liderança política e as possíveis repercussões desses resultados.

Lideranças políticas já estão de olho nas eleições estaduais de 2026 (Fotos: Orlando Kissner | Alep/ Divulgação/ Roberto Dziura Jr
| AEN/ Zeca Ribeiro | Câmara dos Deputados)

Ratinho Jr., Alexandre Curi e os partidos que ganharam tração para 2026

Os prefeitos eleitos nos maiores colégios eleitorais se destacam pela possibilidade de implementar políticas públicas regionais de peso e de contribuir para a base dos líderes estaduais. Em especial, a necessidade de harmonizar com as diretrizes da reforma tributária será um ponto essencial para os próximos anos, exigindo dos prefeitos e vereadores habilidade em equilibrar finanças públicas e obter resultados concretos para suas regiões.

Com o final do segundo turno, o partido do governador Ratinho Jr., que já havia conquistado 40% das prefeituras do estado, avançou na sua representatividade com a vitória de Eduardo Pimentel, em Curitiba, e Tiago Amaral, em Londrina. A liderança do governador foi decisiva para a reorganização da campanha de Pimentel e consolidou sua influência na capital. O PSD agora é o partido com mais dirigentes municipais no estado.

Outro grande destaque foi o deputado Alexandre Curi, do PSD, que conseguiu expandir significativamente seu capital político. Agora presidente da Assembleia Legislativa, ele se consolidou como um dos articuladores mais fortes do estado, apoiado por uma rede de mais de 168 prefeitos e 600 vereadores que conseguiu eleger, fortalecendo sua base política. Soma-se a isso também o fato de ter assumido parte relevante da coordenação de campanha de Eduardo Pimentel no segundo turno. Esta articulação o coloca em uma posição de protagonismo para a possível candidatura ao governo estadual em 2026.

O ex-deputado Deltan Dallagnol, recém-filiado ao Partido Novo, surpreendeu ao revitalizar o partido e expandir sua presença no estado, apesar de enfrentar obstáculos após a cassação de seu mandato. Seu trabalho foi notável em cidades como Cascavel, onde o Novo elegeu o vice-prefeito e mesmo em Curitiba, onde o partido conquistou uma cadeira adicional na Câmara dos Vereadores. Esta nova liderança faz de Dallagnol uma peça influente no tabuleiro político do Paraná.

O fortalecimento de legendas como o Republicanos e o Podemos também marcou esta eleição. Sob a liderança de Marcelo Almeida e Denian Couto, esses partidos obtiveram avanços expressivos na capital e contribuíram decisivamente para o sucesso de Eduardo Pimentel, candidato apoiado pelo governador Ratinho Júnior. Este sucesso representa não só a consolidação da base aliada do governador, mas também uma aliança estratégica para as eleições de 2026.

Em termos de números, o Republicanos elegeu 16 prefeitos (um aumento de 170% em relação a 2020), 18 vices e 258 vereadores (um crescimento de 209% em relação a eleição municipal anterior).

O PL também avançou significativamente no estado, saltando de 31 para 52 prefeituras.

O PSOL, por sua vez, alcançou uma conquista inédita em Curitiba ao eleger sua primeira vereadora, a professora Angela. Essa vitória representa um marco para o partido, ainda em processo de expansão de sua base de apoio no Paraná.

Em Cascavel, o ex-prefeito Paranhos demonstrou habilidade política ao conseguir transferir seu apoio para o sucessor, evidenciando seu forte capital político local. Sua liderança foi fundamental para essa transição, uma conquista importante em um cenário de alta competitividade. Outros prefeitos não tiveram a mesma facilidade.

Ney Leprevost, Rafael Greca e os partidos que não avançaram no seu capital político

Quem saiu com um gosto amargo desta eleição foi o deputado Ney Leprevost que enfrentou uma perda significativa de capital político. Apontado como um dos favoritos para a prefeitura de Curitiba em ciclos eleitorais anteriores, ele não conseguiu traduzir esse apoio em resultados. Com a popularidade em baixa, Leprevost agora tem o desafio de reconquistar seu espaço e garantir sua reeleição como deputado estadual, ao passo que seu irmão também não obteve sucesso na tentativa de conquistar uma cadeira na Câmara de Curitiba.

Outro político cuja influência foi abalada é o senador Sérgio Moro. Apoios em diversas cidades resultaram em derrotas e, mesmo nas cidades em que saiu vitorioso como Ponta Grossa, a eleição dos prefeitos se deu mais pelo cenário do que por sua influência, o que deixou sua posição de força enfraquecida. Em Curitiba, a tentativa de fortalecer a chapa de Ney Leprevost com a participação de sua esposa como vice-candidata não surtiu efeito e terminou em bate-boca público nas redes sociais com Leprevost. Com aliados perdendo espaço em várias regiões, Moro terá um desafio significativo para reverter essa situação nos próximos anos.

O Partido dos Trabalhadores (PT), ao apoiar Luciano Ducci em Curitiba em vez de lançar um candidato próprio, sofreu uma perda de apoio e exposição. O desempenho limitado também se refletiu em outras cidades, como Guarapuava, onde o PT não conseguiu avançar devido a barreiras impostas por alianças locais. Esta estratégia restritiva expôs a dificuldade do PT em ampliar seu alcance no Paraná, uma realidade que afeta também outros partidos progressistas como o PSOL.

Tanto o PT quanto o PDT (Partido Democrático Trabalhista) poderiam ter alcançado resultados melhores, ao menos no que diz respeito à eleição de vereadores, se tivessem lançado candidatos próprios, como os nomes de Carol Dartora e Goura, respectivamente.

Para além da capital, PT e PDT tiveram uma drástica redução de espaço. O PT saiu de 8 para apenas 3 prefeituras, e o PDT diminuiu sua representatividade de 17 para 5.

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, teve sua popularidade abalada por conflitos internos e desgaste com figuras da oposição. Esse contexto pode reduzir suas chances de protagonismo nas disputas estaduais de 2026, impactando o alcance de sua influência.

A situação dos Progressistas (PP)

Embora não tenha avançado, o Progressistas (PP) manteve sua posição de força no Paraná, elegendo 61 prefeitos e 51 vice-prefeitos em várias regiões do estado. Em Curitiba, a deputada Maria Victoria, filha do líder Ricardo Barros, demonstrou resiliência e capacidade de organização, ainda que com desempenho inferior em relação às eleições anteriores. No entanto, essa estabilidade fortalece o PP como uma das principais forças políticas do estado. Já Ricardo Barros pode enfrentar obstáculos na sua relação com o Palácio do Governo pelos embates que realizou em cidades onde o governador também tinha seu candidato.

Perspectivas para 2026

As eleições de 2024 reconfiguraram o panorama político municipal e criaram uma base para novos embates em 2026. Enquanto alguns grupos buscam reconquistar influência, outros, como o PSD e o Republicanos, saem fortalecidos e prontos para explorar o momento. Partidos tradicionais como o PT e o PDT vão precisar repensar suas estratégias de coalizão, já que o apoio a candidatos de centro se mostrou menos eficiente na ampliação de suas bases.

Os resultados das eleições em Curitiba e em outras cidades-chave do Paraná confirmam uma tendência conservadora que se fortaleceu no estado. Candidatos alinhados à direita obtiveram 65% dos votos na capital, enquanto os partidos de esquerda, incluindo o PT, conquistaram pouco mais de 20%. Esse cenário reflete um perfil político conservador, amplamente representado pela predominância do PSD e do PL nas administrações municipais.

A configuração atual sugere que as eleições de 2026 devem seguir essa inclinação, com os partidos conservadores possivelmente consolidando ainda mais seu espaço. O desafio para os partidos de esquerda será articular novas estratégias de penetração regional para reequilibrar essa balança, caso desejem aumentar sua relevância no estado.

Diretor Jurídico da Copel, Eduardo Barbosa deixa o cargo

23 de outubro de 2024

Eduardo Barbosa, nomeado em 2019, no primeiro ano da gestão de Ratinho Jr (PSD) à frente do governo do Paraná, está de saída da Copel. Durante seus seis anos como diretor jurídico da companhia, Barbosa liderou áreas estratégicas como compliance, relações institucionais e regulatórias, sendo um dos principais assessores jurídicos da empresa. Barbosa é reconhecido como um nome de confiança do governador Ratinho Jr.

Entre as operações de destaque em sua gestão, está a venda da Copel Telecom, arrematada em leilão em 2020 pelo grupo Bordeaux Participações, em uma transação que alcançou R$ 2,5 bilhões. Outro negócio significativo foi a venda da participação acionária na Compagás, negociada por R$ 906 milhões, concluída em 2024.

No último ano, o governo do Paraná também reduziu sua participação acionária na Copel, que agora detém cerca de 33% das ações com poder de voto. A mudança para o modelo de corporação foi realizada por meio de leilão na Bolsa de Valores B3. Na época, o governo promoveu audiências públicas, argumentando que a transformação visava aumentar a competitividade da Copel, sem impacto nas tarifas dos consumidores. O processo também foi aprovado pela Assembleia Legislativa.

Apesar de especulações sobre novos cargos no governo ou no setor privado, Barbosa deve focar em seu próprio escritório, onde atua como advogado e consultor.

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