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Dependência do Governo Federal pode impedir projetos no Paraná, diz especialista

30 de junho de 2023

Após analisar os acertos e desafios dos primeiros seis meses do segundo mandato do governador Ratinho Jr, o cientista político e comentarista da Jovem Pan Paraná e da RICtv Jeulliano Pedroso conta que é provável que nem todas as propostas de campanha do plano de governo apresentado sejam realizadas. 

Provavelmente não veremos todas as promessas concretizadas, as limitações orçamentarias irão obrigar o governo e o governador a realizarem escolhas sobre as prioridades”, analisa.

“Outro impedimento é a dependência da relação com o Governo Federal para alguns projetos avançarem”, comenta Pedroso. O pedágio é um exemplo.

Cientista político aponta principais desafios do governo Ratinho Jr.

30 de junho de 2023

Apesar de um dos maiores destaques do 1º semestre do governo Ratinho Jr. ser a infraestrutura, o cientista político Jeulliano Pedroso conta que este ponto também é alvo das principais críticas da gestão.

“Principalmente pelos desafios externos que se apresentaram, em especial, a mudança do Governo Federal que atrasou o pedágio, nó que precisa ser desatado com urgência para fortalecer a integração dos pólos regionais com o canal exportador que é o Porto de Paranaguá”, diz.

“Outro problema logístico que precisa ser enfrentado é a própria construção da Ponte de Guaratuba, que sofre com os questionamentos ambientais. Por fim, a questão da ampliação da malha ferroviária, que também precisa ir adiante para reduzir a dependência do transporte rodoviário e baratear o transporte do que aqui é produzido e a aquisição de fertilizantes e grãos”.

Produção parada: o que deu errado no programa de crédito tributário para carros do governo federal?

29 de junho de 2023

A Volkswagen anunciou ontem, 28, que vai parar a sua produção em três fábricas do país e dar férias coletivas aos colaboradores. O anúncio acontece em meio ao programa do governo federal que visa, justamente, estimular a venda de veículos por meio de créditos tributários às montadoras. A decisão é um recado claro de que a medida não surtiu o efeito esperado.

Não surtiu – e nem surtirá – uma vez que programas econômicos como esse, encabeçados pelo governo, são paliativos e não planejados para resolver a raiz do problema.

É urgente pensar em uma política econômica que estimule a abertura de mercado para que a competitividade force a queda dos preços, o que se dá também com a redução dos impostos e do protecionismo nacional.

Além disso, se o governo quiser de fato que a indústria deixe de ser refém e dependente de subsídios, é obrigatório cortar gastos para baixar os juros e possibilitar o crescimento de renda para que as pessoas consigam voltar a consumir bens duradouros. Do mais, como já disse nessa coluna, é tapar o sol com a peneira.

Produção de biocombustível no Paraná vai receber R$ 1,2 bi em investimentos

27 de junho de 2023

Se o Brasil cresce a passos muito lentos, o mesmo não pode-se dizer do Paraná. O Produto Interno Bruto (PIB) do estado cresceu 9,16% no 1º trimestre de 2023, em comparação ao mesmo período do ano passado, chegando a R$ 193,9 bilhões, liderado com folga pela agropecuária (38,32%).

Embalados pela boa notícia do crescimento do PIB e de olho na vocação agrícola paranaense, o Grupo Potencial, sediado na Lapa, vai anunciar nesta semana o investimento de R$1,2 bilhões de em investimento para uma nova planta industrial para produção de biocombustível.

A estratégia é se aliar ao potencial agro e alavancar o setor energético, o que ajuda a agregar ainda mais valor no que é produzido e fortalece a agenda de sustentabilidade, já que o biodiesel produzido possibilita a substituição do combustível fóssil por uma matriz renovável.

Deputado paranaense vê Reforma Tributária frágil para os municípios: “prefeitos não podem viver de favor”

23 de junho de 2023

A versão final do relatório da Reforma Tributária, apresentada na última quinta-feira, pelo deputado relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) não atende às aspirações dos municípios, segundo o deputado estadual Alexandre Curi (PSD), que representa 152 prefeituras junto ao Governo do Paraná. Para Curi, a proposta é frágil para os municípios porque não deixa claro quais serão os critérios de distribuição do Fundo de Desenvolvimento Regional e qual será o espaço de representação no órgão gestor que irá cuidar dos tributos.

“O comércio ocorre nas cidades, o consumo acontece nas cidades, os serviços são prestados nas cidades, ou seja, a arrecadação é feita nas cidades. Mas para realizar qualquer transformação em suas cidades, ou mesmo para honrar com os compromissos básicos com saúde e educação, o prefeito depende de verbas federais, estaduais ou emendas parlamentares. Precisamos de uma reforma que simplifique o sistema tributário brasileiro, mas, também, que desconcentre a arrecadação na União. É preciso dar autonomia financeira aos municípios. Os prefeitos não querem viver de favor. Qualquer reforma tributária que fragilize os municípios e deixe os prefeitos de pires na mão, é inaceitável”, disse.

Para tentar fechar uma posição conjunta acerca do texto da reforma, as bancadas do sul e sudeste (que somam 256 deputados) agendaram uma reunião técnica para o dia 4 de julho. Antes disso, Curi pretende reunir-se com a Associação dos Municípios do Paraná para levar à bancada federal a posição das prefeituras sobre o texto.

Veja os placares de votação dos indicados a ministros do STF nos últimos anos

22 de junho de 2023

A votação recebida no Senado pelos candidatos a ministro da suprema corte é um termômetro do apoio político do Presidente da República e da habilidade do indicado em mobilizar patrocinadores que pavimentem seu caminho com os senadores. Veja os placares das votações nos últimos anos:

  • Cristiano Zanin – indicado por Lula
  • CCJ: 21 a 5
  • Plenário: 58 a 18
  • André Mendonça – indicado por Bolsonaro
  • CCJ: 18 a 9
  • Plenário: 47 a 32
  • Kassio Nunes Marques – indicado por Bolsonaro
  • CCJ: 22 a 5
  • Plenário: 57 a 10 (1 abstenção)
  • Alexandre de Moraes – indicado por Michel Temer
  • CCJ: 19 a 7
  • Plenário: 55 a 13
  • Edson Fachin – indicado por Dilma Rousseff
  • CCJ: 20 a 7
  • Plenário: 52 a 27
  • Luís Roberto Barroso – indicado por Dilma Rousseff
  • CCJ: 26 a 1
  • Plenário: 59 a 6
  • Rosa Weber – indicada por Dilma Rousseff
  • CCJ: 19 a 3
  • Plenário: 57 a 14
  • Luiz Fux – indicado por Dilma Rousseff
  • CCJ: 23 a 0
  • Plenário: 68 a 2
  • José Antonio Dias Toffoli – indicado por Lula
  • CCJ: 20 a 3
  • Plenário: 58 a 9
  • Carmen Lúcia – indicada por Lula
  • CCJ: 26 a 0
  • Plenário: 55 a 1
  • Gilmar Mendes – indicado por Fernando Henrique Cardoso
  • CCJ: 16 a 6
  • Plenário: 57 a 15

Buser estuda rotas no Paraná para voltar a operar: Curitiba a São Paulo será prioridade

13 de junho de 2023

Com autorização para atuar em todo o Paraná após quase dois anos, a Buser estuda as rotas que irá lançar, mas o foco inicial deve se concentrar entre as cidades de Curitiba e São Paulo. Existe ainda uma expectativa de que os preços das passagens do transporte interestadual diminuam com a concorrência.

Em seu recurso, a Buser também que o modelo de negócio que oferece é diferente das linhas de transporte convencionais e que atua na intermediação para oferecer o frete coletivo. Outra alegação foi de que a proibição causa prejuízos a Buser, as empresas e também aos passageiros.

A liberação do TRF-4 vem de encontro com recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que podem dar maior concorrência no mercado de transportes interestadual e até mesmo internacional. Essas decisões se referem às Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) 5549 e 6270 que questionavam o regime de outorgas para os transportes.

Buser volta a operar no Paraná após quase dois anos de proibição

13 de junho de 2023

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) aceitou um recurso da empresa Buser para que ela volte a operar no Paraná após quase dois anos de proibição. A decisão foi do desembargador Fernando Quadros da Silva.

Quando da proibição, a Justiça havia decidido que a Buser não havia solicitado autorização prévia para operar as atividades de transporte e fretamento no estado. Dessa forma, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) poderia fazer a apreensão do veículo. Na ocasião, a ação foi movida pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros dos Estados do Paraná e de Santa Catarina (FEPASC).

Agora, baseada na Lei de Liberdade Econômica, a empresa teve o recurso aceito e conseguiu autorização para realizar viagens que tenham o Paraná como ponto de partida e de chegada.

BioCombustíveis avançam no Paraná com investimento bilionário

12 de junho de 2023

A Be8 (nova marca da antiga BSBIOS), que já é líder nacional em produção de biodiesel, irá anunciar esta semana um novo investimento em sua unidade produtiva de Marialva. O valor estimado do investimento pode chegar a R$ 1,5 bilhão.

O impacto da agroindústria que já representa perto de 44,41% do PIB do município (segundo estimativas da FIPE) deve crescer ainda mais e beneficiar toda região de Maringá.

Esse investimento reforça a vocação do Paraná na produção de energias renováveis e vai na contramão de outros locais do país, onde empresários têm segurado investimentos.

Programa Desenrola é bom, mas não pode ser encarado como solução definitiva

9 de junho de 2023

De acordo com a Federação do Comércio, mais de 93% das famílias paranaenses possuem algum tipo de dívida, 22% têm contas em atraso e 7% não têm condições de pagar suas contas. São números preocupantes e que pretendem ser combatidos com o Programa Desenrola lançado pelo Governo Federal.

Entretanto, é importante entender que a iniciativa não pode ser vista como uma solução definitiva, afinal as pessoas não deixam de pagar suas contas porque querem, muitas perderam seus empregos, o que gerou um processo de empobrecimento da população.

Logo, se queremos resolver o endividamento precisamos, dentre outras coisas, de um crescimento econômico que ajude as famílias a recuperarem a sua renda e de uma abertura maior no setor bancário para forçar a queda dos juros.

O programa é uma boa notícia porque vai ajudar as pessoas a recuperarem a dignidade e abrirá possibilidade de recuperar a capacidade de consumo. É um bom ponto de partida, mas ainda temos muito o que caminhar.

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