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Com 81% de aprovação, Ratinho Junior aparece no topo da avaliação de governadores no Brasil, aponta Genial/Quaest

27 de fevereiro de 2025

O governador do Paraná, Ratinho Junior, é o mais bem avaliado entre todos os governadores do Sul e Sudeste. Ele tem 81% de aprovação dos paranaenses, contra 62% de Eduardo Leite no Rio Grande do Sul e Romeu Zema em Minas Gerais, 61% de Tarcísio de Freitas em São Paulo e 42% de Claudio Castro no Rio de Janeiro. Os resultados estão numa pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (27).

O governador do Paraná também bate as aprovações de Jerônimo Rodrigues na Bahia (61%) e Raquel Lyra em Pernambuco (51%). Os 81% de Ratinho Junior também são a maior aprovação dele na série histórica da Genial/Quaest, que começou em julho de 2024.

No Paraná, todas as áreas de gestão são bem avaliadas, com destaque para educação, geração de emprego e renda, e atração de empresas. Ratinho Junior tem 66% de aprovação em educação, que é considerada a melhor do Brasil pelo Ideb. Esse é o melhor resultado do Sul e Sudeste. Continue Lendo »

Ratinho Júnior sem pressa para reformar secretariado

27 de dezembro de 2024

A pessoas próximas o governador Ratinho Júnior deu sinais claros de que fará mudanças no time, mas somente a partir de março. A leitura do governador, segundo aliados, é que os principais projetos da sua gestão estão em andamento e a equipe tem atuado de forma afinada. Portanto, não há urgência para eventuais mudanças no primeiro escalão.

Outro argumento é que Ratinho Júnior está analisando a conjuntura politica nacional. É a partir daí que ele vai avaliar a entrada de novos integrantes no primeiro escalão.

Elisandro Pires Frigo deverá ser o escolhido para a Secretaria de Administração

9 de dezembro de 2024

Elisandro Pires Frigo, atual superintendente-geral de Governança de Serviços e Dados do Governo do Paraná, é apontado como provável secretário de Administração na futura gestão do prefeito eleito de Curitiba, Eduardo Pimentel. Com uma trajetória significativa na administração pública estadual, Frigo já exerceu funções como diretor-geral da Secretaria de Administração e Previdência (SEAP) e diretor na Secretaria de Estado da Educação e do Esporte.

A nomeação de Frigo para a Secretaria de Administração de Curitiba reforça a proximidade com a gestão do governador Ratinho Jr.

A confirmação oficial dos integrantes do novo secretariado de Eduardo Pimentel é aguardada para os próximos dias.

Eleições 2024: como fica o tabuleiro político do Paraná e quem são as lideranças fortalecidas rumo a 2026

28 de outubro de 2024

As eleições municipais de 2024 no Paraná ultrapassaram a definição de novos prefeitos e vereadores e redefiniram as forças políticas estaduais. Algumas lideranças consolidaram sua base de apoio, enquanto outras viram sua influência diminuir. Este cenário não só antecipa novas alianças e desafios, mas também direciona o caminho para as eleições estaduais de 2026. Confira a seguir minha análise sobre quem avançou, diminuiu ou estagnou sua liderança política e as possíveis repercussões desses resultados.

Lideranças políticas já estão de olho nas eleições estaduais de 2026 (Fotos: Orlando Kissner | Alep/ Divulgação/ Roberto Dziura Jr
| AEN/ Zeca Ribeiro | Câmara dos Deputados)

Ratinho Jr., Alexandre Curi e os partidos que ganharam tração para 2026

Os prefeitos eleitos nos maiores colégios eleitorais se destacam pela possibilidade de implementar políticas públicas regionais de peso e de contribuir para a base dos líderes estaduais. Em especial, a necessidade de harmonizar com as diretrizes da reforma tributária será um ponto essencial para os próximos anos, exigindo dos prefeitos e vereadores habilidade em equilibrar finanças públicas e obter resultados concretos para suas regiões.

Com o final do segundo turno, o partido do governador Ratinho Jr., que já havia conquistado 40% das prefeituras do estado, avançou na sua representatividade com a vitória de Eduardo Pimentel, em Curitiba, e Tiago Amaral, em Londrina. A liderança do governador foi decisiva para a reorganização da campanha de Pimentel e consolidou sua influência na capital. O PSD agora é o partido com mais dirigentes municipais no estado.

Outro grande destaque foi o deputado Alexandre Curi, do PSD, que conseguiu expandir significativamente seu capital político. Agora presidente da Assembleia Legislativa, ele se consolidou como um dos articuladores mais fortes do estado, apoiado por uma rede de mais de 168 prefeitos e 600 vereadores que conseguiu eleger, fortalecendo sua base política. Soma-se a isso também o fato de ter assumido parte relevante da coordenação de campanha de Eduardo Pimentel no segundo turno. Esta articulação o coloca em uma posição de protagonismo para a possível candidatura ao governo estadual em 2026.

O ex-deputado Deltan Dallagnol, recém-filiado ao Partido Novo, surpreendeu ao revitalizar o partido e expandir sua presença no estado, apesar de enfrentar obstáculos após a cassação de seu mandato. Seu trabalho foi notável em cidades como Cascavel, onde o Novo elegeu o vice-prefeito e mesmo em Curitiba, onde o partido conquistou uma cadeira adicional na Câmara dos Vereadores. Esta nova liderança faz de Dallagnol uma peça influente no tabuleiro político do Paraná.

O fortalecimento de legendas como o Republicanos e o Podemos também marcou esta eleição. Sob a liderança de Marcelo Almeida e Denian Couto, esses partidos obtiveram avanços expressivos na capital e contribuíram decisivamente para o sucesso de Eduardo Pimentel, candidato apoiado pelo governador Ratinho Júnior. Este sucesso representa não só a consolidação da base aliada do governador, mas também uma aliança estratégica para as eleições de 2026.

Em termos de números, o Republicanos elegeu 16 prefeitos (um aumento de 170% em relação a 2020), 18 vices e 258 vereadores (um crescimento de 209% em relação a eleição municipal anterior).

O PL também avançou significativamente no estado, saltando de 31 para 52 prefeituras.

O PSOL, por sua vez, alcançou uma conquista inédita em Curitiba ao eleger sua primeira vereadora, a professora Angela. Essa vitória representa um marco para o partido, ainda em processo de expansão de sua base de apoio no Paraná.

Em Cascavel, o ex-prefeito Paranhos demonstrou habilidade política ao conseguir transferir seu apoio para o sucessor, evidenciando seu forte capital político local. Sua liderança foi fundamental para essa transição, uma conquista importante em um cenário de alta competitividade. Outros prefeitos não tiveram a mesma facilidade.

Ney Leprevost, Rafael Greca e os partidos que não avançaram no seu capital político

Quem saiu com um gosto amargo desta eleição foi o deputado Ney Leprevost que enfrentou uma perda significativa de capital político. Apontado como um dos favoritos para a prefeitura de Curitiba em ciclos eleitorais anteriores, ele não conseguiu traduzir esse apoio em resultados. Com a popularidade em baixa, Leprevost agora tem o desafio de reconquistar seu espaço e garantir sua reeleição como deputado estadual, ao passo que seu irmão também não obteve sucesso na tentativa de conquistar uma cadeira na Câmara de Curitiba.

Outro político cuja influência foi abalada é o senador Sérgio Moro. Apoios em diversas cidades resultaram em derrotas e, mesmo nas cidades em que saiu vitorioso como Ponta Grossa, a eleição dos prefeitos se deu mais pelo cenário do que por sua influência, o que deixou sua posição de força enfraquecida. Em Curitiba, a tentativa de fortalecer a chapa de Ney Leprevost com a participação de sua esposa como vice-candidata não surtiu efeito e terminou em bate-boca público nas redes sociais com Leprevost. Com aliados perdendo espaço em várias regiões, Moro terá um desafio significativo para reverter essa situação nos próximos anos.

O Partido dos Trabalhadores (PT), ao apoiar Luciano Ducci em Curitiba em vez de lançar um candidato próprio, sofreu uma perda de apoio e exposição. O desempenho limitado também se refletiu em outras cidades, como Guarapuava, onde o PT não conseguiu avançar devido a barreiras impostas por alianças locais. Esta estratégia restritiva expôs a dificuldade do PT em ampliar seu alcance no Paraná, uma realidade que afeta também outros partidos progressistas como o PSOL.

Tanto o PT quanto o PDT (Partido Democrático Trabalhista) poderiam ter alcançado resultados melhores, ao menos no que diz respeito à eleição de vereadores, se tivessem lançado candidatos próprios, como os nomes de Carol Dartora e Goura, respectivamente.

Para além da capital, PT e PDT tiveram uma drástica redução de espaço. O PT saiu de 8 para apenas 3 prefeituras, e o PDT diminuiu sua representatividade de 17 para 5.

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, teve sua popularidade abalada por conflitos internos e desgaste com figuras da oposição. Esse contexto pode reduzir suas chances de protagonismo nas disputas estaduais de 2026, impactando o alcance de sua influência.

A situação dos Progressistas (PP)

Embora não tenha avançado, o Progressistas (PP) manteve sua posição de força no Paraná, elegendo 61 prefeitos e 51 vice-prefeitos em várias regiões do estado. Em Curitiba, a deputada Maria Victoria, filha do líder Ricardo Barros, demonstrou resiliência e capacidade de organização, ainda que com desempenho inferior em relação às eleições anteriores. No entanto, essa estabilidade fortalece o PP como uma das principais forças políticas do estado. Já Ricardo Barros pode enfrentar obstáculos na sua relação com o Palácio do Governo pelos embates que realizou em cidades onde o governador também tinha seu candidato.

Perspectivas para 2026

As eleições de 2024 reconfiguraram o panorama político municipal e criaram uma base para novos embates em 2026. Enquanto alguns grupos buscam reconquistar influência, outros, como o PSD e o Republicanos, saem fortalecidos e prontos para explorar o momento. Partidos tradicionais como o PT e o PDT vão precisar repensar suas estratégias de coalizão, já que o apoio a candidatos de centro se mostrou menos eficiente na ampliação de suas bases.

Os resultados das eleições em Curitiba e em outras cidades-chave do Paraná confirmam uma tendência conservadora que se fortaleceu no estado. Candidatos alinhados à direita obtiveram 65% dos votos na capital, enquanto os partidos de esquerda, incluindo o PT, conquistaram pouco mais de 20%. Esse cenário reflete um perfil político conservador, amplamente representado pela predominância do PSD e do PL nas administrações municipais.

A configuração atual sugere que as eleições de 2026 devem seguir essa inclinação, com os partidos conservadores possivelmente consolidando ainda mais seu espaço. O desafio para os partidos de esquerda será articular novas estratégias de penetração regional para reequilibrar essa balança, caso desejem aumentar sua relevância no estado.

Diretor Jurídico da Copel, Eduardo Barbosa deixa o cargo

23 de outubro de 2024

Eduardo Barbosa, nomeado em 2019, no primeiro ano da gestão de Ratinho Jr (PSD) à frente do governo do Paraná, está de saída da Copel. Durante seus seis anos como diretor jurídico da companhia, Barbosa liderou áreas estratégicas como compliance, relações institucionais e regulatórias, sendo um dos principais assessores jurídicos da empresa. Barbosa é reconhecido como um nome de confiança do governador Ratinho Jr.

Entre as operações de destaque em sua gestão, está a venda da Copel Telecom, arrematada em leilão em 2020 pelo grupo Bordeaux Participações, em uma transação que alcançou R$ 2,5 bilhões. Outro negócio significativo foi a venda da participação acionária na Compagás, negociada por R$ 906 milhões, concluída em 2024.

No último ano, o governo do Paraná também reduziu sua participação acionária na Copel, que agora detém cerca de 33% das ações com poder de voto. A mudança para o modelo de corporação foi realizada por meio de leilão na Bolsa de Valores B3. Na época, o governo promoveu audiências públicas, argumentando que a transformação visava aumentar a competitividade da Copel, sem impacto nas tarifas dos consumidores. O processo também foi aprovado pela Assembleia Legislativa.

Apesar de especulações sobre novos cargos no governo ou no setor privado, Barbosa deve focar em seu próprio escritório, onde atua como advogado e consultor.

Ratinho Junior renova força política e ganha em quase todas as principais cidades

7 de outubro de 2024

Os candidatos a prefeito apoiados pelo governador Ratinho Junior elegeram-se nas principais cidades do Paraná no pleito deste domingo (06). Na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), na Capital ou no Interior do Estado, o apoio dele fez com que todas as apostas do Partido Social Democrático (PSD) fossem eleitas, além de outras siglas da base do governo.

Em Curitiba, Eduardo Pimentel ficou em primeiro lugar na disputa com 313 mil votos e 33,51% dos votos válidos, passando para o segundo turno contra Cristina Graeml.

Na RMC, a atual prefeita de São José dos Pinhais, Nina Singer (PSD), foi reeleita em primeiro turno, com 54,89% dos votos. A cidade era conhecida por não reeleger os chefes do Executivo municipal e passou a contar com a possibilidade de segundo turno nestas eleições. A entrada de Ratinho Junior na campanha foi decisiva para barrar Geraldo Mendes, apoiado por Sergio Moro.

Em Campo Largo, o atual prefeito Maurício Rivabem (PSD) foi reeleito com 42,82% dos votos válidos. Em Pinhais, Rosa Maria (PSD) foi reeleita com 67,94% dos votos. O ex-prefeito Marquinhos (PSD) venceu a disputa pela Prefeitura de Piraquara com 64,32% dos votos válidos. Em Colombo, Helder Lazarotto (PSD) foi reeleito com 73,45%.

Ainda na RMC, Marco Marcondes (PSD) foi reeleito prefeito de Fazenda Rio Grande com 79,85% dos votos. Loreno Tolardo (PSD), de Quatro Barras, foi reeleito com 57,20%. Em Almirante Tamandaré, Daniel Lovato (MDB), apoiado pelo PSD de Ratinho Junior, foi eleito com 60,89% dos votos.

No Oeste do Paraná, as duas maiores cidades da região elegeram candidatos apoiados por Ratinho Junior. Em Foz do Iguaçu, o ex-diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, General Silva e Luna (PL), foi eleito com 50,14% dos votos, com o PSD na vice. Em Cascavel, o atual vice-prefeito Renato Silva (PL) foi escolhido como chefe do Executivo municipal por 56,41% dos cascavelenses. Ele foi uma aposta de Ratinho Junior e do ex-prefeito Leonaldo Paranhos. Em Guaíra, na fronteira, também no Oeste, Gile (PSD) foi eleito com 62,35% dos votos.

No Noroeste, Marco Franzato (PSD) foi reeleito prefeito de Cianorte com 62,68% dos votos. Em Paranavaí, Maurício Gehlen (PSD) foi eleito com 66,64% dos votos válidos. No Sul, a prefeita de São Mateus do Sul, Fernanda Sardanha (PSD) foi reeleita com 71,35% dos votos. No Centro-Sul, Denilson Baitala (PL) foi eleito prefeito de Guarapuava, com 37,37%, numa união de forças contra o PT local, que ficou em segundo colocado. Em Campo Mourão, no Centro-Oeste, Douglas Fabrício (Cidadania), numa chapa com o PSD, foi eleito com 54,07%.

No Norte do Estado, a atual prefeita de Mandaguari Ivoneia Furtado (PSD) foi reeleita com 33,05% dos votos. Em Marumbi, Elaine Ferreira (PL), também apoiada pelo governador, foi eleita com 60,37%. Em Arapongas, Rafael Cita (PSD) foi eleito com 52,60%.

Ratinho Junior ainda emplacou o candidato mais votado em Londrina, no Norte do Paraná, segunda cidade mais populosa. Tiago Amaral (PSD) teve 42,69% dos votos, contra 23,64% da segunda cidade mais populosa. Tiago Amaral (PSD) teve 42,69% dos votos, contra 23,64% da segunda colocada. Haverá segundo turno na cidade.

Apenas em quatro cidades o apoio do governador não foi suficiente. Em Ponta Grossa, Marcelo Rangel (PSD) ficou no terceiro lugar com 21,07% dos votos. Mabel Canto (PSDB) e Elizabeth Schmidt (UNIÃO) passaram para o segundo turno, com Mabel Canto na liderança. Já em União da Vitória, em uma disputa apertada, Dr Ary (PSDB) foi eleito com 29,06% dos votos. Gabi Bakri (PSD) ficou em segundo com 27,87% dos votos válidos.

Em Paranaguá, Adriano Ramos do Republicanos foi eleito com uma votação expressiva de 72,30% dos votos válidos enquanto André Pioli do PSD terminou na segunda colocação com 23,41% dos votos. O Republicanos também venceu o PSD em Toledo, em uma votação apertada Mario Costenaro foi eleito com 46,03% dos votos válidos e Beto Luniti ficou em segundo com 45,22%.

Eduardo Pimentel se consolida na liderança em Curitiba; disputa pela outra vaga do segundo turno segue aberta

18 de setembro de 2024

Se as eleições para prefeito de Curitiba fossem hoje, em que votaria? 26,1% dos entrevistados responderam espontaneamente o nome de Eduardo Pimentel, candidato do PSD. Já quando apresentados os nomes dos candidatos, Pimentel alcançou 35% das intenções. Os dados que comprovam que Eduardo Pimentel desponta como o favorito na corrida eleitoral curitibana são da pesquisa IRG – encomendada pela RIC Record TV – realizada entre os dias 13 e 17 de setembro. O crescimento nas últimas semanas reflete uma campanha, com bom tempo de TV, exposição em mídias digitais e mobilização nas ruas.

Mas um ponto crucial para entender esse avanço é a relação de Pimentel com Ratinho Júnior. O governador, também do PSD, tem atuado como um importante cabo eleitoral, especialmente considerando sua alta aprovação em Curitiba: 73,8% dos curitibanos aprovam sua gestão e essa popularidade pode ter um papel decisivo na definição do próximo prefeito da capital paranaense.

A popularidade de Ratinho Júnior não apenas solidifica o apoio de eleitores mais conservadores, mas também oferece um respaldo que pode atrair indecisos, crucial em um cenário ainda fluido. Em setembro, o número de indecisos caiu de 59,4% para 36,8%, e a consolidação do apoio ao candidato do PSD se beneficiou dessa mudança. Além disso, Pimentel tem procurado se posicionar como um sucessor natural de políticas públicas alinhadas com a gestão estadual, buscando capitalizar esse contexto favorável.

O foco agora se volta para os candidatos que tentam garantir uma vaga no segundo turno contra Pimentel, já que ali sim temos uma disputa acirrada. O pelotão que segue na corrida está repleto de figuras conhecidas da política local, cada uma com suas particularidades e desafios.

Luciano Ducci: crescimento moderado

Luciano Ducci (PSB), ex-prefeito de Curitiba, aparece em segundo lugar com 11,9% das intenções espontâneas de voto e com 17,5% na pesquisa estimulada. Apesar de estar em ascensão nas pesquisas, seu crescimento tem sido modesto. Ducci enfrenta o desafio de se diferenciar de Pimentel, especialmente em áreas onde ambos competem por eleitores de centro (um mais à direita e outro mais à esquerda). Seu tempo de TV e histórico como prefeito lhe dão uma base sólida, mas será necessário um esforço concentrado para diminuir a larga vantagem de Pimentel e garantir a passagem para o segundo turno.

Ducci busca reconectar-se com o eleitorado ao se apresentar como uma alternativa pragmática e experiente. No entanto, ele precisa atrair os indecisos e eleitores mais descontentes para reverter sua posição e consolidar uma presença mais forte até o dia da eleição, desidratar Roberto Requião parece uma via que tenta ser explorada.

Ney Leprevost: queda preocupante

Ney Leprevost (União Brasil), que já ocupou cargos importantes no cenário político paranaense, viu suas intenções de voto subirem ligeiramente para 7% no cenário espontâneo, no entanto, houve queda na pesquisa estimulada passado de 14,6% para 11%. Sua campanha, que inicialmente parecia promissora, não conseguiu capitalizar o tempo de exposição no horário eleitoral com a mesma eficácia de seus concorrentes. Com um tempo de TV relevante, mas sem conseguir converter isso em crescimento nas pesquisas, Leprevost precisa redesenhar suas estratégias para reverter essa tendência de queda.

Ele deve apostar em um esforço de última hora para reconquistar eleitores perdidos, focando principalmente em áreas onde sua atuação como deputado foi mais marcante. Não conseguir expandir suas intenções de votos nas próximas semanas pode significar o fim de sua competitividade no pleito.

Roberto Requião: a barreira da rejeição

Roberto Requião (MOBILIZA), um nome icônico na política paranaense, enfrenta sérios obstáculos para alavancar sua candidatura. Com 6,5% das intenções espontâneas de voto e 9,50% das intenções no cenário estimulado, Requião se encontra em uma posição delicada, agravada por seu alto índice de rejeição, que chega a 35%. Esse dado limita severamente sua capacidade de atrair novos eleitores, principalmente entre os mais jovens e aqueles que buscam uma renovação política.

Apesar de sua longa trajetória e experiência, Requião precisa de um grande movimento de mudança para sobreviver à disputa. Sua campanha, até o momento, não conseguiu gerar o impacto necessário para alterar o curso dos acontecimentos, tornando difícil sua passagem para o segundo turno. O não crescimento nas próximas semanas pode agravar ainda mais sua situação, já que seus eleitores podem optar pelo voto útil e migrar sua escolha para Ducci.

Cristina Graeml: crescimento modesto e nichado

Cristina Graeml (PMB), sem tempo de TV, tem focado sua campanha em plataformas digitais e em grupos de nicho, conseguindo subir para 4,6% nas intenções de voto espontâneas e 7% quando os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados. Embora seu crescimento seja limitado, ela tem demonstrado uma presença consistente no debate público, especialmente entre eleitores que se identificam com suas pautas conservadoras.

Graeml depende de estratégias digitais para ampliar sua base, algo que, até o momento, tem acontecido de maneira lenta. Para ela, o desafio será manter essa base e tentar roubar votos de candidatos mais consolidados, se apresentar como a “verdadeira” representante do eleitorado de direita tem sido o foco mais explorado.

Luizão Goulart: sem tempo de TV e crescimento estagnado

Com apenas 1,5% das intenções de voto espontâneas, Luizão Goulart (SOLIDARIEDADE), que já foi prefeito de Pinhais por dois mandatos consecutivos, sofre com a falta de exposição e a dificuldade de ampliar sua base eleitoral. Ainda que no cenário estimulado as intenções permaneçam em 3%, o fato é que sem tempo significativo de TV, sua campanha tem se mantido estável, mas sem grandes perspectivas de crescimento. Sua posição no cenário eleitoral é de baixa competitividade, e ele precisaria de uma virada dramática nas próximas semanas para se tornar uma figura relevante na disputa.

Panorama final: a caminhada para o segundo turno

O cenário eleitoral de Curitiba está cada vez mais polarizado em torno de Eduardo Pimentel, que se beneficia diretamente do apoio de Ratinho Júnior e de uma campanha robusta. Com uma liderança consolidada, sua prioridade é tentar garantir a vitória no primeiro turno, o que, embora difícil, não é impossível caso consiga ampliar ainda mais sua vantagem.

Enquanto isso, Luciano Ducci surge como o principal nome para disputar um segundo turno com Pimentel, mas precisa de um aumento nas próximas semanas. Ney Leprevost, que segue atrás de Ducci, precisa rever toda a estratégia de sua campanha para conseguir crescer o suficiente para chegar ao segundo turno, o que até o presente momento não parece que irá acontecer. Roberto Requião, por sua vez, enfrenta desafios profundos, com queda nas intenções de voto e altos índices de rejeição que limitam suas chances. Cristina Graeml e Luizão Goulart, com campanhas focadas em nichos específicos, lutam para ganhar tração, mas suas perspectivas permanecem limitadas. Com o passar dos dias e o horário eleitoral em pleno andamento, a dinâmica da campanha ainda pode mudar, mas os próximos movimentos estratégicos dos candidatos definirão se haverá ou não uma disputa de segundo turno e quem terá a oportunidade de confrontar Pimentel no último embate.

Metodologia

A pesquisa da IRG Pesquisa contratada pela RICtv Record entrevistou 800 pessoas de 16 anos ou mais entre os dias 13 e 17 de setembro. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número PR-09090/2024.

A margem de erro da pesquisa é de 3,47 pontos percentuais para mais ou para menos e tem grau de confiança de 95%.

Eduardo Pimentel se reúne com líderes evangélicos em Curitiba

2 de setembro de 2024

O candidato à Prefeitura de Curitiba e atual vice-prefeito, Eduardo Pimentel, participou de um almoço com líderes do segmento evangélico promovido pelo Conselho de Ministros Evangélicos do Paraná (COMEP), em uma ação que visa reforçar sua campanha junto a essa base de eleitores.

No encontro, Pimentel ouviu demandas relacionadas às pautas defendidas pela comunidade evangélica. O governador do Paraná, Ratinho Jr., e o ex-deputado federal Deltan Dallagnol, conhecidos por sua proximidade com lideranças evangélicas, também participaram do evento, destacando o vínculo já existente entre Pimentel e esse segmento. O vice-prefeito tem participado de eventos promovidos pelo COMEP, encontros do Núcleo de Pastores de Curitiba e da Marcha para Jesus.

Estiveram presentes no evento o deputado estadual Alexandre Curi, primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Paraná, e os deputados estaduais Alexandre Amaro, Mara Lima e Fábio Oliveira. A reunião contou com a presença de representantes de diversas denominações, como a Igreja Assembleia de Deus – Vitória em Cristo(Advec), Igreja Metodista, Igreja Sara Nossa Terra, Igreja Presbiteriana e Missão Bethânia, entre outras.

Cutrale inicia operações em Paranavaí: oportunidades e desafios para a economia rural do Paraná

23 de agosto de 2024

A Cutrale, uma das maiores fabricantes de suco de laranja do mundo, está expandindo sua presença no Brasil com a inauguração de um novo entreposto na cidade de Paranavaí, no noroeste do Paraná. Este movimento estratégico ocorre em um momento de grande expectativa para a região, especialmente após o anúncio do governador Ratinho Jr. sobre a duplicação da BR-376, no trecho que conecta Paranavaí a São Paulo, onde está localizada a sede principal da empresa.

A chegada da Cutrale ao Paraná pode ser apenas o começo de uma expansão maior. Há expectativas de que a empresa construa uma fábrica na região, o que não apenas intensificaria as atividades industriais locais, mas também poderia impulsionar o aumento da área plantada de laranja no estado. Essa expansão agrícola, no entanto, enfrenta desafios significativos, como a necessidade de mitigar os impactos da queda na safra, amplamente causada pelo greening, uma doença bacteriana que afeta gravemente os citrus.

O greening não tem cura conhecida e representa uma ameaça severa para a produção de laranjas. Árvores jovens infectadas deixam de produzir frutos, enquanto as adultas sofrem com a queda prematura dos mesmos, eventualmente definhando e morrendo. A perspectiva de uma redução drástica na produção preocupa o setor: segundo estimativas do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), a safra 2024-2025 em São Paulo e Minas Gerais – os principais estados produtores – pode sofrer uma queda de até 25%.

Apesar desses desafios, Paranavaí tem se consolidado como um importante polo na produção de suco de laranja no Paraná, liderando a produção na região noroeste do estado. A cidade é responsável por 50% da produção estadual, um dado que reforça sua importância estratégica no cenário agrícola nacional.

A instalação da Cutrale em Paranavaí promete trazer novas oportunidades para o desenvolvimento econômico local, mas também impõe a necessidade de gestão cuidadosa dos riscos agrícolas para garantir a sustentabilidade a longo prazo.

Alexandre Curi: o presidente mais jovem da Assembleia Legislativa em 30 anos

12 de agosto de 2024

Alexandre Curi, o deputado mais votado nas últimas eleições, está prestes a assumir a presidência da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP). Aos 45 anos, Curi será o parlamentar mais jovem a ocupar esse cargo em três décadas. Antes dele, Orlando Pessuti, que presidiu a ALEP no biênio 1993-1994, alcançou o posto aos 40 anos, tornando-se um dos mais jovens a liderar o Legislativo paranaense.

Desde Pessuti, a ALEP teve seis presidentes, todos com idades superiores a 50 anos no momento em que assumiram a presidência:

  • Aníbal Khury (1995-1999) – tomou posse com 71 anos;
  • Nelson Justos (1999-2000) – assumiu aos 52 anos;
  • Hermas Brandão (2001-2006) – assumiu aos 58 anos;
  • Nelson Justos (2007-2010) – retornou à presidência aos 60 anos;
  • Valdir Rossoni (2011-2014) – tomou posse aos 59 anos;
  • Ademar Traiano (2015-2025) – assumiu com 62 anos.

Alexandre Curi foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 2002. Em 2006, ele conquistou 130 mil votos, sendo o deputado mais votado naquele pleito. Em 2010, repetiu o feito, desta vez com 134 mil votos. Já em 2022, Curi atingiu a impressionante marca de 237 mil votos, consolidando-se como o deputado mais votado do Paraná pela terceira vez. Além de sua atuação na Assembleia, Curi também tem experiência como vereador de Curitiba.

Na política, onde o aspecto simbólico muitas vezes tem um peso significativo, assumir a presidência da Assembleia Legislativa na casa dos 40 anos pode ser um bom prenúncio para a carreira de Curi. Orlando Pessuti, por exemplo, trilhou o caminho até os cargos de vice-governador e governador após presidir a ALEP em uma idade semelhante. A trajetória de Alexandre Curi sugere que ele pode estar seguindo passos semelhantes, com potencial para alcançar ainda mais destaque na política paranaense.

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