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Disputa para o Senado: onde estão os votos da esquerda?

15 de setembro de 2022

A pesquisa AtlasIntel/Arko Advice, divulgada nesta terça-feira (13), trouxe luz para um questionamento frequente nas rodas de debate político: para onde vão os votos da esquerda na disputa para o Senado?

Leia mais do Jeulliano Pedroso:

Para responder esta pergunta vale olhar os dados de intenção de votos tanto de presidente quanto de governador no Paraná.

Vejamos primeiro o que nos sinaliza a pesquisa sobre a intenção de votos para presidente:

No conjunto das candidaturas para presidente temos um total de 43,4% das intenções de voto no campo da esquerda ou centro-esquerda.

Na imagem abaixo podemos ver como se distribuem as intenções de voto para governador:

Nesse caso, são 36% dos respondentes manifestando preferência por candidatos de esquerda ou centro-esquerda. 

Já na disputa para o Senado a situação se torna mais complexa, veja a tabela a seguir:

Perceba que apenas 8,3% dos respondentes optam por candidaturas de esquerda ou centro-esquerda. Então, o cenário dos votos mais alinhados a esquerda estão dispostos da seguinte maneira:

  • Presidência: 43,4%
  • Governor: 36%
  • Senado: 8,3%

Conseguimos enxergar uma correlação bastante clara entre os cargos de presidente e governador, inclusive, a diferença de 7,4% se justificaria pelo caráter centrista do líder das pesquisas, que possivelmente atrai para si parte do eleitorado da centro-esquerda.

Agora, a diferença na disputa para o Senado é muito grande: 35,1% e 27,7% dos entrevistados que escolhem candidatos de esquerda ou centro-esquerda para presidente e para governador, respectivamente, não seguem essa mesma tendência ao escolher o senador. Onde estão estes votos então?

Os dados trazidos pela pesquisa apontam como votaram em 2018 os respondentes, possibilitando perceber a correlação entre os que preferiram Jair Bolsonaro (PL) ou Fernando Haddad (PT) naquela disputa.

Veja os dados a seguir:

É bastante evidente que o principal destinatário dos votos daqueles que optaram por Fernando Haddad (PT) em 2018, tanto no primeiro quanto no segundo turno, é Alvaro Dias (PODE), confirmando que os eleitores mais conectados com a esquerda ou centro-esquerda optam pelo atual mandatário.

Por meio de algumas entrevistas que realizei pude compreender que tal opção não ocorre necessariamente por uma identificação ideológica, mas principalmente como estratégia de barrar candidaturas mais alinhadas com a direita ou centro-direita.

Sobre o colunista

Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.

Candidatos ao Senado pelo PR recebem mais de R$ 13 milhões para campanha

15 de setembro de 2022

O processo eleitoral fica cada vez mais intenso e um dos termômetros usados para avaliar a força de determinadas candidaturas é a capacidade de arrecadar recursos, tanto por meio de doações de pessoas físicas quanto de recursos provenientes do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, comumente chamado de Fundo Eleitoral.

Leia mais do Jeulliano Pedroso:

No caso das doações de pessoas físicas, conseguimos medir o tamanho da disposição dos eleitores, se comprometerem financeiramente com determinado candidato. Já no caso do fundo eleitoral, é possível avaliar o quanto determinado partido acredita naquela candidatura ou o poder de influência que o candidato possui junto à burocracia partidária.

Vamos observar a seguir quanto cada candidatura ao Senado pelo Paraná arrecadou até agora e qual a origem desses recursos.

Utilizo como base de informações o sistema do TSE DivulgaCandContas e também o material preparado pelo JOTA Info em parceria com a Base dos Dados (organização que atua dando visibilidade e acesso a dados públicos).

Candidato Partido Recurso de Fundo Eleitoral Doações Total de Receitas
Alvaro Dias PODE R$ 4.440.000,00 R$ 500.000,00 R$ 4.940.000,00
Paulo Martins PL R$ 2.000.000,00 R$ 781.026,00 R$ 2.781.026,00
Sergio Moro UNIÃO R$ 2.223.600,77 R$ 279.000,00 R$ 2.502.600,77
Orlando Pessuti MDB R$ 1.200.000,00 R$ 15.000,00 R$ 1.215.000,00
Desiree PDT R$ 750.000,00 R$ 32.907,00 R$ 782.907,00
Aline Sleutjes PROS R$ 240.000,00 R$ 292.274,13 R$ 532.274,13
Rosane Ferreira PV R$ 205.598,70 R$ 200,00 R$ 205.798,70
Laerson Matias PSOL R$ 139.422,93 R$ – R$ 139.422,93
Roberto Franca Da Silva Junior PCO R$ – R$ – R$ –
Dr Saboia PMN R$ – R$ – R$ –
*valores conferidos dia 13/09/2022

Alvaro Dias (PODE), atual senador pelo Paraná, lidera o ranking de arrecadação, tendo ultrapassado inclusive o limite de gastos permitido (algumas despesas ficam fora desse limite de gastos, o que permite que o valor arrecadado seja maior). Já Paulo Martins (PL_ figura entre os quatro principais recebedores de recurso do fundo eleitoral (entre os candidatos ao Senado) do PL, atrás apenas de Romário (RJ), Flávia Arruda (DF) e Doutora Raissa Soares (BA). Os valores como um todo devem subir até o final do pleito, afinal o limite de gastos para candidaturas ao Senado é de R$ 4.447.201,54. 

Sobre o colunista

Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.

Valor arrecadado pelos candidatos ao Governo do PR já ultrapassa R$ 11 milhões

15 de setembro de 2022

O processo eleitoral fica cada vez mais intenso e um dos termômetros usados para avaliar a força de determinadas candidaturas é a capacidade de arrecadar recursos, tanto por meio de doações de pessoas físicas quanto de recursos provenientes do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, comumente chamado de Fundo Eleitoral.

No caso das doações de pessoas físicas, conseguimos medir o tamanho da disposição dos eleitores  em se comprometerem financeiramente com determinado candidato. Já no caso do fundo eleitoral, é possível avaliar o quanto determinado partido acredita naquela candidatura ou o poder de influência que o candidato possui junto à burocracia partidária.

Os candidatos ao Governo do Paraná receberam até o momento R$ 11.097.513,43, sendo que R$ 10.524.047,78 são do Fundo eleitoral.

Vamos observar a seguir quanto cada candidatura ao governo do estado arrecadou até agora e qual a origem desses recursos.

Utilizo como base de informações o sistema do TSE DivulgaCandContas e também o material preparado pelo JOTA Info em parceria com a Base dos Dados (organização que atua dando visibilidade e acesso a dados públicos).

Candidato Partido Recurso de Fundo Eleitoral Doações Total de Receitas
Carlos Massa Ratinho Junior PSD R$ 4.000.220,32 R$ 545.365,00 R$ 4.545.585,32
Requião PT R$ 4.000.000,00 R$ 9.524,65 R$ 4.009.524,65
Gomyde PDT R$ 1.750.000,00 R$ 5.000,00 R$ 1.755.000,00
Joni Correia DC R$ 537.541,54 R$ – R$ 537.541,54
Professora Angela PSOL R$ 233.285,92 R$ 1.680,00 R$ 234.965,92
Vivi Motta PCB R$ – R$ 8.355,00 R$ 8.355,00
Professor Ivan PSTU R$ – R$ 3.541,00 R$ 3.541,00
Adriano Teixeira PCO R$ 3.000,00 R$ – R$ 3.000,00
Solange Ferreira Bueno PMN R$ – R$ – R$ –
*valores conferidos dia 13/09/2022

Como era esperado, o atual mandatário Ratinho Junior (PSD) lidera a arrecadação. O valor deve subir até o final do pleito, afinal o limite de gastos para candidaturas ao Governo é de R$11.562.724,00.

Sobre o colunista

Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.

Quem são os 30 candidatos a deputado estadual que lideram a arrecadação de recursos?

10 de setembro de 2022

O processo eleitoral fica cada vez mais intenso e um dos termômetros utilizados para avaliar a força de determinadas candidaturas é a capacidade de arrecadar recursos, tanto por meio de doação de pessoas físicas quanto de recursos provenientes do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, comumente chamado de Fundo Eleitoral.

No primeiro caso, conseguimos medir o tamanho da disposição dos eleitores em se comprometer financeiramente com determinado candidato, no segundo quanto determinado partido acredita naquela candidatura ou o poder de influência que o candidato possui junto a burocracia partidária.

Vamos observar a seguir quais as 20 candidaturas de Deputado Estadual  que mais arrecadaram até agora e qual a origem desses recursos.

Utilizo como base de informações o sistema do TSE DivulgaCandContas e também o material preparado pelo JOTA Info em parceria com a Base dos Dados (organização que atua dando visibilidade e acesso a dados públicos).

Candidato Partido Cargo Recurso de Fundo Eleitoral Doações Total de Receitas*
Marcio Nunes PSD Deputado Estadual R$ 1.295.000,00 R$ – R$ 1.295.000,00
Mabel Canto PSDB Deputado Estadual R$ 1.000.000,00 R$ 15.000,00 R$ 1.015.000,00
Cristina Silvestri PSDB Deputado Estadual R$ 1.000.000,00 R$ – R$ 1.000.000,00
Marcel Micheletto PL Deputado Estadual R$ 900.000,00 R$ 15.000,00 R$ 915.000,00
Luiz Fernandes Litro PSD Deputado Estadual R$ 895.000,00 R$ 500,00 R$ 895.500,00
Paulo Gomes Da Tv PP Deputado Estadual R$ 500.000,00 R$ 254.000,00 R$ 754.000,00
Alexandre Curi PSD Deputado Estadual R$ 525.000,00 R$ 198.170,00 R$ 723.170,00
Michele Caputo PSDB Deputado Estadual R$ 646.250,00 R$ 71.499,99 R$ 717.749,99
Traiano PSD Deputado Estadual R$ 435.000,01 R$ 237.400,00 R$ 672.400,01
Secretaria Marcia PSD Deputado Estadual R$ 600.000,00 R$ 5.974,53 R$ 605.974,53
Maria Victoria PP Deputado Estadual R$ 530.000,00 R$ – R$ 530.000,00
Beti Pavin MDB Deputado Estadual R$ 500.000,00 R$ 1.000,00 R$ 501.000,00
Cloara Pinheiro PSD Deputado Estadual R$ 500.000,00 R$ 300,00 R$ 500.300,00
Carlise Kwiatkowski PL Deputado Estadual R$ 500.000,00 R$ – R$ 500.000,00
Gilson De Souza PL Deputado Estadual R$ 450.000,00 R$ 4.500,00 R$ 454.500,00
Rosa Maria MDB Deputado Estadual R$ 400.000,00 R$ 45.000,00 R$ 445.000,00
Cantora Mara Lima REPUBLICANOS Deputado Estadual R$ 400.000,00 R$ – R$ 400.000,00
Romanelli PSD Deputado Estadual R$ 105.000,00 R$ 280.000,00 R$ 385.000,00
Maria Leticia PV Deputado Estadual R$ 337.989,00 R$ 23.787,69 R$ 361.776,69
Vanderlei Cordeiro PP Deputado Estadual R$ 300.000,00 R$ 17.600,00 R$ 317.600,00
Artagao Junior PSD Deputado Estadual R$ 310.000,00 R$ – R$ 310.000,00
Luiz Fernando Guerra UNIÃO Deputado Estadual R$ 180.000,00 R$ 127.000,00 R$ 307.000,00
Professora Ana Novais UNIÃO Deputado Estadual R$ 200.000,00 R$ 100.000,00 R$ 300.000,00
Professor Mocellin PV Deputado Estadual R$ 284.656,67 R$ 12.500,00 R$ 297.156,67
Luciana Rafagnin PT Deputado Estadual R$ 225.000,00 R$ 61.000,00 R$ 286.000,00
Alexandre Amaro REPUBLICANOS Deputado Estadual R$ 200.000,00 R$ 73.553,00 R$ 273.553,00
Coronel Audilene PP Deputado Estadual R$ 270.000,00 R$ – R$ 270.000,00
Rogerio Lorenzetti PSD Deputado Estadual R$ 95.000,00 R$ 170.000,00 R$ 265.000,00
Leopoldo Meyer UNIÃO Deputado Estadual R$ 63.000,00 R$ 190.000,00 R$ 253.000,00
Dra. Marcilene Soares REPUBLICANOS Deputado Estadual R$ 250.000,00 R$ – R$ 250.000,00
*valores conferidos dia 05/09/2022

Nota-se que dos 30 candidatos que mais arrecadaram, 14 são mulheres, possível reflexo da norma que determina que existam recursos especialmente destinados para financiar essas candidaturas. Outro aspecto que chama a atenção é que, diferente das candidaturas para deputado federal, apenas a metade é composta por atuais mandatários.

Os valores como um todo devem subir até o final do pleito, afinal o limite de gastos para candidaturas para Assembleia Legislativa é de R$1.270.629,01.

Sobre o colunista

Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.

Quais dos 30 candidatos a deputado federal lideram a lista de arrecadação de recursos?

9 de setembro de 2022

O processo eleitoral fica cada vez mais intenso e um dos termômetros usados para avaliar a força de determinadas candidaturas é a capacidade de arrecadar recursos, tanto por meio de doação de pessoas físicas quanto de recursos provenientes do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, comumente chamado de Fundo Eleitoral.

No primeiro caso, conseguimos medir o tamanho da disposição dos eleitores em se comprometer financeiramente com determinado candidato, no segundo quanto determinado partido acredita naquela candidatura ou o poder de influência que o candidato possui junto a burocracia partidária.

Vamos observar a seguir quais as 30 candidaturas de deputado federal  que mais arrecadaram até o momento e qual a origem desses recursos.

Utilizo como base de informações o sistema do TSE DivulgaCandContas e também o material preparado pelo JOTA Info em parceria com a Base dos Dados (organização que atua dando visibilidade e acesso a dados públicos).

Candidato Partido Cargo Recurso de Fundo Eleitoral Doações Total de Receitas*
Luisa Canziani PSD Deputado Federal R$ 2.680.000,00 R$ 472.852,85 R$ 3.152.852,85
Luciano Ducci PSB Deputado Federal R$ 2.500.000,00 R$ 100.000,00 R$ 2.600.000,00
Hermes Frangao Parcianello MDB Deputado Federal R$ 2.500.000,00 R$ – R$ 2.500.000,00
Leandre PSD Deputado Federal R$ 2.000.000,00 R$ 258.872,85 R$ 2.258.872,85
Tiao Medeiros PP Deputado Federal R$ 1.800.000,00 R$ 371.261,66 R$ 2.171.261,66
Aliel Machado PV Deputado Federal R$ 2.004.645,67 R$ 80.000,00 R$ 2.084.645,67
Felipe Francischini UNIÃO Deputado Federal R$ 2.030.000,00 R$ – R$ 2.030.000,00
Marco Brasil PP Deputado Federal R$ 2.000.000,00 R$ – R$ 2.000.000,00
Christiane Yared PP Deputado Federal R$ 1.900.000,00 R$ – R$ 1.900.000,00
Pedro Lupion PP Deputado Federal R$ 1.680.000,00 R$ 200.000,00 R$ 1.880.000,00
Stephanes PSD Deputado Federal R$ 1.720.000,00 R$ 82.000,00 R$ 1.802.000,00
Sergio Souza MDB Deputado Federal R$ 1.500.000,00 R$ 301.703,14 R$ 1.801.703,14
Zeca Dirceu PT Deputado Federal R$ 1.500.000,00 R$ 291.832,09 R$ 1.791.832,09
Beto Preto PSD Deputado Federal R$ 1.720.000,00 R$ 43.000,00 R$ 1.763.000,00
Sargento Fahur PSD Deputado Federal R$ 1.720.000,00 R$ 5.250,00 R$ 1.725.250,00
Luiz Nishimori PSD Deputado Federal R$ 1.720.000,00 R$ – R$ 1.720.000,00
Sandro Alex PSD Deputado Federal R$ 1.720.000,00 R$ – R$ 1.720.000,00
Enio Verri PT Deputado Federal R$ 1.500.000,00 R$ 150.177,72 R$ 1.650.177,72
Fatima Nunes PSD Deputado Federal R$ 1.500.000,00 R$ 150.000,00 R$ 1.650.000,00
Paulo Litro PSD Deputado Federal R$ 1.490.000,00 R$ 72.304,73 R$ 1.562.304,73
Beto Richa PSDB Deputado Federal R$ 1.500.000,00 R$ 1.787,50 R$ 1.501.787,50
Gleisi PT Deputado Federal R$ 1.500.000,00 R$ 750,00 R$ 1.500.750,00
Dilceu Sperafico PP Deputado Federal R$ 1.100.000,00 R$ 53.000,00 R$ 1.153.000,00
Giacobo PL Deputado Federal R$ 1.000.000,00 R$ 130.000,00 R$ 1.130.000,00
Filipe Barros PL Deputado Federal R$ 1.000.000,00 R$ 82.951,00 R$ 1.082.951,00
Fernanda Viotto PSDB Deputado Federal R$ 1.000.000,00 R$ 35.000,00 R$ 1.035.000,00
Vermelho PL Deputado Federal R$ 1.000.000,00 R$ 300,00 R$ 1.000.300,00
Galo PP Deputado Federal R$ 900.000,00 R$ 93.484,44 R$ 993.484,44
Roman PP Deputado Federal R$ 970.000,00 R$ – R$ 970.000,00
Rubens Bueno CIDADANIA Deputado Federal R$ 950.000,00 R$ – R$ 950.000,00
*valores conferidos dia 05/09/2022

Vale notar que das 30 principais candidaturas no quesito arrecadação, 27 são compostas por atuais mandatários. Os 3 restantes são Beto Richa (ex-governador e presidente do Diretório estadual do PSDB), Fatima Nunes, esposa do deputado estadual Marcio Nunes, e Fernanda Viotto.

Os valores como um todo devem subir até o final do pleito, afinal o limite de gastos de candidaturas para a Câmara Federal é de R$ 3.176.572,53.

Sobre o colunista

Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.

Veja quanto cada candidato ao Governo do Paraná arrecadou até o momento

8 de setembro de 2022

O processo eleitoral fica cada vez mais intenso e um dos termômetros utilizados para avaliar a força de determinadas candidaturas é a capacidade de arrecadar recursos, tanto por meio de doação de pessoas físicas quanto de recursos provenientes do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, comumente chamado de Fundo Eleitoral.

Match Político: conheça os candidatos que pensam como você

No primeiro caso, conseguimos medir o tamanho da disposição dos eleitores em se comprometer financeiramente com determinado candidato, no segundo quanto determinado partido acredita naquela candidatura ou o poder de influência que o candidato possui junto a burocracia partidária.

Vamos observar a seguir quanto cada candidatura ao governo do Paraná arrecadou até o momento e qual a origem desses recursos.

Utilizo como base de informações o sistema do TSE DivulgaCandContas e também o material preparado pelo JOTA Info em parceria com a Base dos Dados (organização que atua dando visibilidade e acesso a dados públicos). 

Candidato Partido Cargo Recurso de Fundo Eleitoral Doações Total de Receitas*
Ratinho Junior PSD Governador R$ 4.000.220,32 R$ 239.115,00 R$ 4.239.335,32
Requião PT Governador R$ 2.000.000,00 R$ 5.859,65 R$ 2.005.859,65
Gomyde PDT Governador R$ 1.750.000,00 R$ 5.000,00 R$ 1.755.000,00
Joni Correia DC Governador R$ 537.541,54 R$ – R$ 537.541,54
Professora Angela PSOL Governador R$ 213.285,92 R$ 1.680,00 R$ 214.965,92
Professor Ivan PSTU Governador R$ – R$ 3.541,00 R$ 3.541,00
Adriano Teixeira PCO Governador R$ – R$ – R$ –
Vivi Motta PCB Governador R$ – R$ – R$ –
Solange Ferreira Bueno PMN Governador R$ – R$ – R$ –
*valores conferidos dia 05/09/2022

Como era esperado, o atual mandatário, Ratinho Junior (PSD), lidera a arrecadação. O valor deve subir até o final do pleito, afinal o limite de gastos para candidaturas ao Governo é de R$ 11.562.724,00.

Dos candidatos ao governo do PSD, Ratinho aparece na quarta posição, atrás de Alexandre Kalil (MG), Marquinhos Traad (MS) e Edivaldo Holanda (MA), provavelmente porque as demais candidaturas são mais disputadas. Já no PT, Requião é o sétimo na prioridade no envio de recursos, ficando atrás de Fernando Haddad (SP), Fatima Bezerra (RN), Rafael Fonteles (PI), Elmano De Freitas (CE), Jeronimo (BA) e Edegar Pretto (RS).

Sobre o colunista

Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.

Saiba quanto cada candidato ao Senado pelo Paraná arrecadou até o momento

7 de setembro de 2022

O processo eleitoral fica cada vez mais intenso e um dos termômetros usados para avaliar a força de determinadas candidaturas é a capacidade de arrecadar recursos, tanto por meio de doação de pessoas físicas quanto de recursos provenientes do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, comumente chamado de Fundo Eleitoral.

No primeiro caso, conseguimos medir o tamanho da disposição dos eleitores em se comprometer financeiramente com determinado candidato, no segundo quanto determinado partido acredita naquela candidatura ou o poder de influência que o candidato possui junto a burocracia partidária.

Match Político: conheça os candidatos que pensam como você

Vamos observar a seguir quanto cada candidatura ao Senado (Paraná) arrecadou até agora e qual a origem desses recursos.

Utilizo como base de informações o sistema do TSE DivulgaCandContas e também o material preparado pelo JOTA Info em parceria com a Base dos Dados (organização que atua dando visibilidade e acesso a dados públicos). 

Candidato Partido Cargo Recurso de Fundo Eleitoral Doações Total de Receitas
Alvaro Dias PODE Senador R$ 4.000.000,00 R$ 440.000,00 R$ 4.440.000,00
Paulo Martins PL Senador R$ 2.000.000,00 R$ 665.026,00 R$ 2.665.026,00
Sergio Moro UNIÃO Senador R$ 2.223.600,77 R$ 259.000,00 R$ 2.482.600,77
Orlando Pessuti MDB Senador R$ 1.000.000,00 R$ 15.000,00 R$ 1.015.000,00
Desiree PDT Senador R$ 750.000,00 R$ 23.707,00 R$ 773.707,00
Aline Sleutjes PROS Senador R$ – R$ 248.123,13 R$ 248.123,13
Rosane Ferreira PV Senador R$ 205.598,70 R$ 200,00 R$ 205.798,70
Laerson Matias PSOL Senador R$ 139.422,93 R$ – R$ 139.422,93
Roberto Franca Da Silva Junior PCO Senador R$ – R$ – R$ –
Dr Saboia PMN Senador R$ – R$ – R$ –
*valores conferidos dia 05/09/2022

O atual senador lidera a arrecadação total e também a do fundo eleitoral, é inclusive o segundo maior recebedor de recursos do PODEMOS, atrás apenas de Leo Moraes, candidato a Governador em Rondônia. Enquanto isso, Paulo Martins figura entre os quatro principais recebedores de recurso do Fundo eleitoral (entre os candidatos ao Senado) do PL, atrás apenas de Romário (RJ), Flávia Arruda (DF) e Doutora Raissa Soares (BA). Chama a atenção que a única candidatura que obteve recursos exclusivamente de doações foi a de Aline Sleutjes. Os valores como um todo devem subir até o final do pleito, afinal o limite de gastos para candidaturas ao Senado é de R$ 4.447.201,54.

Sobre o colunista

Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.

Entenda o que dizem as pesquisas para o Senado divulgadas em agosto, no Paraná

4 de setembro de 2022

A eleição que irá definir um dos representantes do Paraná no Senado tem recebido uma grande atenção dos eleitores, da mídia e da classe política, justamente porque está mais disputada do que a própria eleição ao Governo, conforme pesquisas que vêm sendo divulgadas desde o segundo semestre, quando o quadro de competidores já estava melhor delimitado. 

Nesta eleição temos acesso a um maior número de pesquisas eleitorais do que no passado, o que é positivo por nos trazer mais elementos para refletir, mas demanda o cuidado de interpretar melhor essa quantidade de informações, antes que elas se transformem em confusão. Opto em trazer aqui um gráfico com os resultados das duas pesquisas para o senado divulgadas no mês de agosto, cujos relatórios completos pude ter acesso:

Realização IPEC (ex-IBOPE):

  • Campo realizado em: 19 e 21 de agosto de 2022;
  • Entrevistas presencial.

Realização Instituto Opinião:

  • Campo realizado em: 28 e 30 de agosto de 2022;
  • Entrevistas presencial.

Gráfico 1 – Agregado de pesquisas para Senado no Paraná

As duas pesquisas têm metodologia de coleta semelhante (ambas presenciais) o que talvez justifique uma variação menor do que o percebido no quadro comparativo dos candidatos a presidente.

Esse quadro nos permite perceber que a disputa ao Senado ainda está bastante concentrada em Álvaro Dias e Sérgio Moro, a despeito do apoio de Jair Bolsonaro (presidente) e Ratinho Junior (governador) para Paulo Martins. Os dois padrinhos, mesmo liderando as intenções de voto no Paraná, não estão conseguindo transferir essa predileção ao seu candidato ou este não está aproveitando ao máximo o potencial dos mandatários neste pleito. Explico um pouco mais sobre o impacto do apoio do governador na disputa ao senado em outro texto publicado no RIC Mais.

Vamos acompanhar o que as pesquisas que serão divulgadas em setembro irão apontar.

Sobre o colunista

Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.

Saiba qual o resultado das pesquisas para o Governo do Paraná divulgadas em agosto

3 de setembro de 2022

A corrida para ocupar o Palácio Iguaçu se mostra a menos intensa dos três cargos majoritários em disputa (Presidência, Governo e Senado). Os índices de avaliação e  o movimento político que afastou outras candidaturas do campo da centro-direita garantem um favoritismo ao atual governador Ratinho Junior, segundo as pesquisas.

Acompanho atentamente estas pesquisas para compreender melhor os movimentos dos humores dos eleitores paranaenses e apresento neste texto um gráfico contendo os resultados das quatro pesquisas para governador divulgadas mês de Agosto, cujos relatórios completos pude ter acesso:

Realização IRG:

  • Campo realizado em: 08 e 12 de agosto de 2022;
  • Entrevistas por telefone. 

Realização Real Time Big Data:

  • Campo realizado em: 13 e 15 de agosto de 2022;
  • Entrevistas por telefone. 

Realização IPEC (ex-IBOPE):

  • Campo realizado em: 19 e 21 de agosto de 2022;
  • Entrevistas presencial.

Realização Instituto Opinião:

  • Campo realizado em: 28 e 30 de agosto de 2022;
  • Entrevistas presencial.

Gráfico 1 – Agregado de pesquisas para o Governo no Paraná

A partir dos dados divulgados pelos institutos de pesquisa, a tendência é que Ratinho Junior seja eleito ainda no primeiro turno. Nem mesmo o melhor desempenho de Requião no Índice de Exposição digital (IED) divulgado pela consultoria Brasil Sul Inteligência seria suficiente para ameaçar o favoritismo do atual governador.

Chama a atenção que o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) não consegue absorver as intenções de voto que o ex-presidente Lula tem no estado, quais sejam IRG – 30,3% e IPEC 35%. Em ambos os casos percebemos uma diferença de aproximadamente 10% a mais para o ex-presidente.

Vale aguardar as pesquisas que serão divulgadas em Setembro.

Sobre o colunista

Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.

Saiba o que dizem as pesquisas para presidente divulgadas em agosto, no Paraná

2 de setembro de 2022

Nesta eleição de 2022, temos uma grande quantidade de pesquisas sendo divulgadas, com metodologias diversas e resultados divergentes. Tanto é que tenho recebido vários questionamentos sobre a confiabilidade ou não destas pesquisas e como evitar que o excesso de informação vire ruído.

Assim, optei por apresentar neste texto um gráfico com os resultados das duas pesquisas para presidente realizadas aqui no estado do Paraná no mês de Agosto, cujos relatórios completos pude ter acesso.

Realização IRG:

  • Campo realizado em: 08 e 12 de agosto de 2022;
  • Entrevistas por telefone. 

Realização IPEC (ex-IBOPE):

  • Campo realizado em: 19 e 21 de agosto de 2022;
  • Entrevistas presenciais.

Gráfico 1 – Agregado de pesquisas presidenciais Paraná

Em ambas as pesquisas, o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) lidera as intenções de votos no Paraná. Entretanto, um dos institutos apresenta uma diferença a seu favor de 19,2% (IRG), enquanto o outro mostra uma vantagem de apenas 6% (IPEC). O que pode explicar uma diferença  de mais de 13% entre uma consulta e outra? Posso elencar duas entre outras possibilidades:

  • Intervalo de tempo entre as coletas: pesquisas captam o momento e a simpatia por uma ou outra candidatura, podendo variar no decorrer dos dias. Somado a este fato, uma das pesquisas foi realizada quando o horário eleitoral já havia iniciado;
  • Forma de coleta (presencial OU telefone): pesquisas realizadas por telefone tem uma tendência de distorcer a representação da população com maior renda, pois pessoas com renda menor teriam dificuldades em atender ligações durante o horário de expediente e evitariam números desconhecidos. Já pesquisas realizadas presencialmente têm relação inversa, pois pessoas com poder aquisitivo mais alto costumam transitar pela cidade de carro ou frequentar locais de difícil acesso para pesquisadores (clubes, shoppings, condomínios).

Compreendendo os limites de ambas as pesquisas, recomendo ao leitor atento que olhe os dados compreendendo as tendências que eles apontam, a principal delas é que o Paraná tende a seguir seu retrospecto de votar majoritariamente contra os candidatos do Partido dos Trabalhadores (PT).

Vamos acompanhar juntos o que as pesquisas de setembro apresentarão.

Sobre o colunista

Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.

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