Na semana que antecedeu as Eleições 2022, os principais institutos de pesquisa divulgaram números diferentes dos resultados apurados nas urnas neste domingo (2). O caso que mais chama a atenção é o do presidente Jair Bolsonaro (PL), que obteve 43,2% dos votos válidos, e o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que conquistou 48,4%, segundo os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Um dia antes das eleições, O Datafolha, um dos mais importantes institutos de pesquisa do país, indicava menos de 40% de intenção de votos no 1º turno para o atual presidente, enquanto a intenção do candidato petista chegava a 50%. Enquanto nas urnas Lula e Bolsonaro tiveram uma diferença percentual de 5,23%, o Datafolha apontava uma disparidade de 14%.
Ainda na véspera das eleições, o Ipec (antigo Ibope) também projetava uma vantagem de Lula, com 51% de intenção de votos para 36% de Bolsonaro. A diferença aqui também é de 14%.
Dois dias antes das urnas, o Instituto Paraná Pesquisas deu 40% de índices de voto para o candidato do PL e 47,1% para o petista, indicando uma diferença de 7,1%.
A tabela, o gráfico e o infográfico a seguir mostram as diferenças entre os resultados das pesquisas presidenciais e o resultado das urnas no 1º turno:
Resultado nas urnas
Data do 1ºturno
Votos válidos para Lula
Votos válidos para Bolsonaro
Diferença percentual
02/10/2022
48,4%
43,2%
5,23%
Instituto
Dia da divulgação
Intenção Lula
Intenção Bolsonaro
Diferença percentual
IPEC
01/10/2022 – 01 dias restantes
51%
37%
14%
Datafolha
01/10/2022 – 01 dias restantes
50%
36%
14%
Ipespe
01/10/2022 – 01 dias restantes
49%
35%
14%
Quaest
01/10/2022 – 01 dias restantes
49%
38%
11%
Paraná Pesquisas
30/09/2022 – 02 dias restantes
47,1%
40%
7,1%
Futura
30/09/2022 – 02 dias restantes
43,6%
40,5%
3,1%
*Brasmarket
30/09/2022 – 02 dias restantes
34,6%
50,9%
16,3%
Ideia Big Data
28/09/2022 – 04 dias restantes
49%
38%
11%
*Equilibro Brasil
28/09/2022 – 04 dias restantes
*41%
*46%
*5%
PoderData
27/09/2022 – 05 dias restantes
48%
38%
10%
*FSB
25/09/2022 – 07 dias restantes
47,8%
37.2%
10,6%
AtlasIntel
01/10/2022 – 01 dias restantes
50,3%
41,1%
9,2%
*Votos válidos calculados por nós, pode sofrer pequena variação quando o caderno completo for divulgado
Os institutos de pesquisa já tiveram problemas com as Eleições 2018 e, não aperfeiçoados, as discrepâncias tornaram-se ainda mais frequentes em 2022. Cabe a reflexão sobre a importância de aprimorar esses instrumentos importantes para a democracia, desde que funcionem bem e tenham a confiança das pessoas.
Sobre o colunista
Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.
Nas Eleições 2022, 17 dos 38 vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) disputaram cadeiras na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Trago aqui o desempenho dos parlamentares na disputa pelos cargos de deputado estadual e deputado federal.
Candidataram-se a vagas na Alep, que é composta por 54 deputados estaduais, os vereadores Denian Couto (Pode), Ezequias Barros (PMB), Flávia Francischini (União), Herivelto Oliveira (Cidadania), Jornalista Márcio Barros (PSD), Marcos Vieira (PDT), Maria Leticia (PV), Noemia Rocha (MDB), Pastor Marciano Alves (Solidariedade), Professora Josete (PT) e Renato Freitas (PT).
No período em que Freitas esteve afastado da CMC, Ana Júlia (PT) foi vereadora suplente e concorreu a deputada estadual. O Dr. Wolmir Aguiar (SD), que é um dos 50 mais votados para vereador em 2020 e é suplente, também concorreu ao cargo.
Renato Freitas obteve a maior quantidade de votos, com 57.871. Em segundo lugar, aparece Ana Júlia, com 51.825, seguida por Flávia Francischini, com 41.733.
Confira o desempenho de cada um dos parlamentares candidatos a deputado estadual:
Já para a bancada paranaense na Câmara Federal, que é constituída por 30 deputados, concorreram Carol Dartora (PT), Eder Borges (PP), Pier (PP), Professor Euler (MDB), Sargento Tânia Guerreiro (União) e Tico Kuzma (Pros).
Os suplentes Rodrigo Marcial (NOVO), Professor Silberto e Alborghetti Neto também concorreram a deputado federal.
A vereadora que recebeu o maior número de votos para o cargo foi Carol Dartora, com 130.629. Em segundo lugar, com uma diferença de 103.497 votos, aparece Pier, com 27.132 votos, seguido por Sargento Tânia Guerreiro com 17.795.
Veja o desempenho de cada um dos vereadores candidatos a deputado federal:
Carol Dartora (PT) – 130.629 (Eleita)
Eder Borges (PP) – 9.286
Pier (PP) – 27.132
Professor Euler (MDB) – 17.239
Rodrigo Marcial (NOVO) – 6.001
Sargento Tânia Guerreiro (UNIÃO) 17.795
Tico Kuzma (PROS) – 15.809
Professor Silberto (MDB) – 4.646
Alborghetti Neto (PP) – 2.527
Sobre o colunista
Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.
A eleição que irá definir um dos representantes do Paraná no Senado tem recebido uma atenção bastante grande dos eleitores, da mídia e da classe política, porque é mais disputada do que a própria eleição ao Governo.
Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.
A corrida para ocupar o Palácio Iguaçu é a menos intensa entre os três cargos majoritários em disputa (Presidência, Governo e Senado). Os índices de avaliação e o movimento político que afastou outras candidaturas do campo da centro-direita garantem um favoritismo ao atual governador, segundo as pesquisas.
Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.
As pesquisas eleitorais estiveram envoltas em diversas polêmicas durante este ciclo eleitoral, alguns duvidando de sua eficiência e outros usando os resultados para conclamar um suposto voto útil. Independente de nossas posições individuais sobre as pesquisas, é inegável que elas influenciam nas escolhas dos eleitores e impactam o debate político como um todo. Por isso, reúno aqui as pesquisas que foram divulgadas nesta semana que antecede a votação do 1º turno.
Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.
Umas das características mais marcantes das Eleições 2022 é o grande volume de recursos públicos utilizados pelos candidatos. Para se ter ideia, já foram gastos mais de R$ 220 milhões apenas no Paraná. No Brasil, esse montante passa de R$ 4 bilhões.
Ao me deparar com números tão impressionantes, surgiu uma dúvida: será que os valores gastos na campanha são maiores ou menores do que o patrimônio pessoal dos candidatos? Afinal, alguns deles declararam insuficiência de valores recebidos e como suas campanhas seriam “franciscanas”. Será que tais candidatos achariam ainda baixos os valores se fossem eles mesmos os responsáveis por financiar suas campanhas?
Para responder essa questão, consultei as informações oficiais da Justiça Eleitoral, confrontando os recursos recebidos até o momento pelos candidatos ao Senado e ao Governo do Paraná e as respectivas declarações de bens entregues por eles. Antes de passarmos para a lista propriamente dita, saliento uma peculiaridade: as declarações de bens parecem subestimadas, inclusive um tanto incompatíveis com o estilo de vida que alguns desses candidatos exibem por aí.
Na tabela abaixo listo os candidatos cujo valor declarado de bens é menor do que o valor arrecadado até agora para a campanha. Aparecem primeiro aqueles que têm uma proporção maior de gastos em relação ao patrimônio:
Candidato
Cargo
Valor de bens declarados
Valor arrecadado para campanha
Proporção
Gomyde
Governo
R$ 88.376,27
R$ 3.527.500,00
39,91
Paulo Martins
Senado
R$ 302.990,00
R$ 3.121.846,00
10,30
Desiree
Senado
R$ 205.577,87
R$ 1.536.881,00
7,48
Requião
Governo
R$ 896.926,82
R$ 4.055.176,65
4,52
Solange Bueno
Governo
R$ 82.000,00
R$ 300.000,00
3,66
Sergio Moro
Senado
R$ 1.589.369,94
R$ 4.507.611,26
2,84
Alvaro Dias
Senado
R$ 2.220.952,16
R$ 5.081.444,00
2,29
Aline Sleutjes
Senado
R$ 457.425,11
R$ 673.199,13
1,47
Imaginava encontrar algumas discrepâncias, mas confesso que fiquei assustado ao me deparar com um candidato ao Governo do Paraná que deve gastar na campanha quase 40 vezes o valor de seu patrimônio declarado e o candidato ao Senado que irá gastar 10 vezes o valor dos bens que declarou.
Mesmo tratando-se de dados diferentes, um recurso é o patrimônio pessoal e os outros são para fazer campanha. A curiosidade e o assombro surgem porque os candidatos aqui listados vão gastar em 46 dias mais do que conseguiram acumular no decorrer da vida. Mesmo que algum deles já tenha transferido algo para cônjuges e herdeiros e que os valores declarados estejam subdimensionados, os números são impressionantes. Vale salientar que tive dificuldade em identificar doações destes mesmos candidatos para suas campanhas e me parece que o ânimo de gastar com propaganda só acontece quando o dinheiro é do pagador de impostos.
Fica a lição: esse modelo de financiamento de campanhas tem que acabar. Além destes fundos criarem situações distorcidas como as que apontei, o ato de utilizar bilhões de recursos públicos num país que ainda tem tantas carências é vergonhoso e imoral.
Sobre o colunista
Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.
Nas eleições de 2022, a cláusula de barreira, regra da legislação que existe para evitar a proliferação de partidos sem representatividade popular, contará com uma novidade. A partir deste ano os critérios serão mais rígidos.
Os partidos terão que obter pelo menos 2% dos votos válidos em pelo menos nove estados (um terço do País), com um mínimo de 1% desses votos em cada um deles, ou eleger 11 deputados federais repartidos por um terço das unidades da federação.
Até 2020, as legendas tinham conseguir 1,5% dos votos válidos em um terço da federação, por pelo menos 1% dos votos em cada uma, ou eleger, no mínimo, nove deputados distribuídos por um terço do território nacional.
O que é cláusula de barreira?
Segundo o jornalista e cientista político Jeulliano Pedroso, para os partidos políticos continuarem tendo uma série de benefícios prorrogativos, eles precisam ter essa quantidade mínima de votos válidos em pelo menos um terço dos estados para as eleições deste ano.
“Este é um instrumento que a legislação previu para diminuir a quantidade de legendas. Os benefícios que os partidos perdem por não atingir a cláusula incluem o fundo eleitoral e representações nas casas legislativas”, diz.
De acordo com o regimento interno da Câmara dos Deputados, essas siglas também não terão acesso à propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, o funcionamento parlamentar dos eleitos fica limitado e os partidos não têm direito à liderança.
Portanto, podem indicar um de seus membros para representar a posição do partido no momento da votação de proposições, ou para fazer o uso da palavra, uma vez por semana, por cinco minutos.
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O candidato do Partido Liberal ao senado pelo Paraná, Paulo Martins, participou na manhã desta sexta-feira (23) da série de sabatinas do Grupo RIC, que entrevistou os três candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenções de voto. Nos estúdios da emissora em Curitiba, o deputado federal declarou que pretende uma reforma no Senado Federal, atacou os principais oponentes na disputa e afirmou que caso Lula vença as eleições “irei fazer oposição ferrenha dia e noite”.
Em busca da primeira eleição para o senado, Paulo Martins fez duras críticas aos atuais senadores, principalmente diante de algumas medidas tomadas por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“A atuação do Supremo hoje tem extrapolado as quatro linhas da constituição, o Supremo está usurpando poderes, cometendo abusos, isto são atos frequentes e ocorrem por conta da omissão do Senado Federal. O Senado tem sido covarde, não tem cumprido com a sua função que está descrito em nosso ordenamento jurídico que é também de exercer seu papel de contra peso para dar equilíbrio entre os poderes. Cabe ao senado avaliar se um ministro do STF cometeu um crime de responsabilidade ou não, e o senado não faz isso”, declarou Martins.
Nas acusações, o candidato também aproveitou para citar o representante paranaense Alvaro Dias, que concorre a reeleição. “Há poucas semanas tivemos empresários, por exemplo Luciano Hang, que dá empregos e inova, com as redes sociais bloqueadas, conta devastada, sigilo quebrado, por conta de conversa em grupo privado de WhatsApp. E o senado da república não faz nada. Alvaro Dias, atual senador, não falou uma frase, para ele está tudo normal. Isso não é admissível. Eu como senador quero fazer esse combate”, afirmou.
Alvaro Dias (Podemos) não foi o único alvo de Paulo Martins durante a entrevista. O candidato do PL também acusou Sergio Moro (União) de copiar frases na campanha e ainda buscar os mesmos apoiadores.
“O Sergio Moro tenta ir nos compromissos que sou convidado, tenta usurpar os apoios que eu tenho e agora está usando até as frases que eu tenho usado. Pois ele sabe que minha campanha está funcionando, que eu defendo o lado certo, e que ele não tem substância nenhuma para defender as teses que ele está defendendo, faz isso só por interesse eleitoral”, afirmou Martins.
Ao ser questionado a respeito dos números das pesquisas eleitorais, que apontam Alvaro e Moro na liderança, Paulo Martins declarou que “não leva a sério” os números e acredita em outros métodos para medir a popularidade.
“Pesquisas acabam sendo referência, mas tem um outro ponto, todo instituto faz pesquisa sobre encomenda, alguns fazem pesquisas e resultados. Então eu não levo a sério. É uma referência, é legal, quando aparece lá todo mundo gosta, mas eu tenho outros meios de medir apoios. As métricas de redes sociais me dizem o contrário do que as pesquisas estão falando. Os meus adversários sabem disso, porque eles também fazem esse monitoramento, tanto que tentam me imitar”, justificou Martins.
Paulo Martins foi entrevistado por Marc Sousa e Jeulliano Pedroso (Foto: Guilherme Becker/ RIC Mais)
Apoio de prefeitos para o mandato
Durante a sabatina, Paulo Martins foi questionado sobre a falta de apoio dos prefeitos das maiores cidades do estado. Para o candidato, a tendência tem uma justificativa, pois os políticos acreditam que a eleição pode gerar um novo poder político no estado e despertar uma ameaça em disputas futuras.
“Eu tenho apoio de muitos prefeitos, de mais de 200 prefeitos no interior do estado. Os prefeitos das grandes cidades têm dificuldade de me apoiar porque eles querem ser governadores. Então eles enxergam que minha eleição de senador aos 41 anos de idade, vai gerar uma nova possibilidade de poder no Paraná. Que eu possa vir a ser candidato a governador no meio do mandato, coisa que eu não serei, eu não quero. Eu quero ser senador. Eu não acredito no poder executivo do jeito que ele está juridicamente desenhado. Mas eles não acreditam nisso, então preferem apoiar, podem notar que geralmente preferem apoiar Alvaro Dias, pois está em um outro patamar da carreira”, confessou Martins.
Apesar da falta de apoio nas eleições, Martins declarou que como deputado federal ajudou vários prefeitos do estado, mas acabou traído nesta corrida eleitoral. “Mesmo assim eu atuei, ajudei muito esses prefeitos durante meu mandato de deputado. O Rafael Greca mesmo, fiz uma ajuda muito grande para ele, ele sabe qual é, e ele me traiu. Pois ele tinha me dado a palavra que me apoiaria, depois ele apareceu apoiando o Alvaro Dias, mas é isso, está pensando na própria carreira”, completou.
Aliado de Jair Bolsonaro, o candidato acredita que as eleições serão definidas ainda no primeiro turno, com vitória do companheiro de partido.
“O Lula não vai vencer as eleições, Jair Bolsonaro vai vencer as eleições no primeiro turno, eu tenho convicção disso. Mas temos que falar no campo da hipótese, se eu for eleito senador e o Lula presidente irei fazer oposição ferrenha dia e noite ao governo Lula, porque o projeto do PT é um projeto autoritário. Não é porque eu não gosto da cor, ou porque eu vou fazer as coisas por birra. É porque eu tenho que resguardar as liberdades brasileiras”, declarou o candidato.
Paulo Martins ainda aproveitou a sabatina para defender que apoia uma reforma política no país, baseada em métodos aplicados em outros países. Na conversa com Marc Sousa e Jeulliano Pedroso, o candidato citou a Alemanha com uma constituição diferente entre os municípios, os chamados cidades-estado.
Confira a entrevista completa de Paulo Martins:
Sabatinas do Grupo RIC
As sabatinas do Grupo RIC com os candidatos ao senado pelo Paraná ocorreram nos dias 21, 22 e 23 de setembro, e tiveram duração de 20 minutos. O conteúdo foi transmitido no programa RIC Notícias Dia, da RICtv, nas rádios Jovem Pan e Pan News FM, no programa Jornal da Manhã, e com cobertura em tempo real pelo portal RIC Mais. As entrevistas fazem parte da maior cobertura multiplataforma das Eleições 2022 no Paraná. Confira a programação das entrevistas:
A série de sabatinas com candidatos ao Senado pelo Paraná se encerra nesta sexta-feira (23). O terceiro e último convidado é Paulo Martins (PL) que responde às perguntas de Marc Sousa e Jeulliano Pedroso a partir das 7h40 nos estúdios do Grupo RIC, em Curitiba.
As sabatinas terão duração de 20 minutos e serão transmitidas no programa RIC Notícias Dia, da RICtv, nas rádios Jovem Pan e Pan News FM, no programa Jornal da Manhã, e com cobertura em tempo real pelo portal RIC Mais. As entrevistas fazem parte da maior cobertura multiplataforma das Eleições 2022 no Paraná.
A ordem dos participantes foi definida por sorteio com a presença de representantes dos três candidatos mais bem posicionados, conforme a pesquisa promovida pelo instituto Paraná Pesquisas, registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo número PR-09990/2022.
Quem é Paulo Martins?
Paulo Eduardo Martins tem 41 anos e nasceu em Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. Jornalista de formação, Martins tem dois mandatos consecutivos de deputado federal pelo Paraná.
Paulo Martins se filiou ao Partido Leberal (PL) em 2022 e é o candidato de Jair Bolsonaro no estado.
O candidato do Podemos ao senado pelo Paraná, Alvaro Dias, participou na manhã desta quinta-feira (22) da série de sabatinas do Grupo RIC, que entrevistará os três candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenções de voto ao senado pelo Paraná. Nos estúdios da emissora em Curitiba, o candidato que busca manter a vaga no Senado Federal reforçou a experiência como político, destacou projetos realizados e declarou que pretende o melhor dos mandatos.
“Alguns dizem que eu estou há muito tempo, e sim, eu venho de longe. Os pés podem estar sujos de barro, mas as mãos continuam limpas, e isso é que é importante para a população. Agora vou realizar o melhor dos mandatos, no campo da construção, contribuindo para que mudanças ocorram”, declarou Alvaro Dias.
Na sabatina, o candidato aproveitou para esclarecer críticas em relação à falta de posicionamento diante de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). “Isso é balela, é desprezar a inteligência das pessoas que acompanham a política do país”, disse Alvaro. O político declarou também que atuou intensamente e chegou a criar um grupo de senadores em que a pauta principal era a ética.
“Nós organizamos um grupo chamado Muda Senado, e eu liderei esse grupo, com 18 senadores, sendo 9 do meu partido Podemos, em que a pauta principal era a pauta ética. O objetivo essencial era instalar a CPI Lava Toga. Nós obtivemos o número de assinaturas e depois forças estranhas ao Congresso retiraram as assinaturas”, revelou Alvaro.
Como solução, o candidato propõe que ministros não sejam mais escolhidos por indicação política, e sim por mérito. “Hoje eu não posso chegar e arrebentar a porta do Supremo, grudar um juiz, um ministro daquele pelo pescoço e jogar pela janela, mas eu posso sugerir um novo modelo de escolha dos ministros, dos tribunais superiores, não só do Supremo, inclusive do procurador geral da república. O modelo seria da meritocracia, substituir a indicação política pela meritocracia […] Não pode ser esse mandato longevo, tem que ser o mandato como é de um senador, de oito anos”, comentou.
Alvaro Dias mantém mistério em relação ao apoio a presidenciáveis
Na conversa com os jornalistas Guilherme Rivaroli e Jeulliano Pedroso, Alvaro Dias revelou que recebeu o convite do Podemos, novamente, para disputar as eleições presidenciais. Entretanto, o candidato explicou que a opção por concorrer ao Senado Federal é uma maneira de gratidão ao eleitorado paranaense.
“Eu disse, vamos colocar os pés no chão, vamos refletir maduramente. A polarização é um fato consumado e irreversível, são dois candidatos a presidente para valer, os demais vão fazer parte do jogo, vão cumprir tabela, como diria no futebol. Aí veio o apelo para ser candidato a governador, mas eu entendi que onde eu posso prestar o melhor serviço depois de toda experiência, até como um sentimento de gratidão ao Paraná, é continuar contribuindo no Senado”, justificou Alvaro.
Alvaro Dias foi entrevistado por Guilherme Rivaroli e Jeulliano Pedroso (Foto: Guilherme Becker/ RIC Mais)
Na campanha política, o candidato ainda não declarou quem apoiaria em um possível segundo turno na disputa presidencial, entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT). Ao ser questionado sobre quem seriam os eleitores para o novo mandato, Alvaro Dias destacou que não importa de qual lado político venham os votos.
“Eu não sei de onde virão os votos, eu espero que venham muitos, que venham da esquerda, da direita, do centro, de todos os lados. O voto inclusive é secreto. Eu acho que alguns que chegam para a política despreparados para a atividade não sabem que o eleitor é soberano, que é ele quem decide […] quero estar lá a disposição do futuro presidente, seja ele quem for, para eu contribuir com um projeto de construção”, destacou Alvaro.
Durante a sabatina, Alvaro ainda reforçou que pretende manter o projeto do fim do foro privilegiado, continuar defendendo grandes causas nacionais e melhorar as condições para o povo paranaense. O candidato aproveitou o espaço para declarar que não irá desconstruir os oponentes, apesar de dizer que nesta reta final de campanha, alguns apelam em busca de voto, “o verme rasteja em busca do voto a qualquer preço”.
Confira a entrevista completa de Alvaro Dias:
Sabatinas do Grupo RIC
As sabatinas terão duração de 20 minutos e serão transmitidas no programa RIC Notícias Dia, da RICtv, nas rádios Jovem Pan e Pan News FM, no programa Jornal da Manhã, e com cobertura em tempo real pelo portal RIC Mais. As entrevistas fazem parte da maior cobertura multiplataforma das Eleições 2022 no Paraná. Confira o cronograma das entrevistas:
Jeulliano Pedroso é sociólogo (UFPR), especialista em ciência política (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social (UFPR). Estudou economia e estratégia na London School of Economics and Political Science (LSE) Atualmente é Analista-Chefe da Brasil Sul Inteligência e comentarista político do Jornal da Manhã – Jovem Pan Paraná.
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