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Saiba quais são os deputados estaduais mais votados em Cascavel

7 de outubro de 2022

As Eleições 2022, realizadas no último domingo (2), revelaram os deputados estaduais que vão ocupar as 54 cadeiras da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) durante os próximos quatro anos. Após a apuração das urnas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelou os candidatos que lideram o ranking dos mais votados.

Por meio de uma análise mais aprofundada dos resultados, trago aqui os deputados estaduais campeões de voto na cidade de Cascavel, no Oeste do Paraná.

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Em primeiro lugar no ranking dos mais votados em Cascavel ficou o candidato Batatinha (MDB), com 29.473 votos. Em segundo lugar, aparece o candidato Romulo Quintino (PL), com 14.887 votos, seguido por Marcio Pacheco (REP), com 14.094; Gugu Bueno (PSD), com 13.559; Paulo Porto (PT), com 12.391; e Adelino Ribeiro (PSD), com 10.266.

Veja a tabela com o ranking detalhado dos deputados estaduais mais votados pelos cascavelenses:

Eleições 2022 Votos em Cascavel para deputado estadual
Batatinha (MDB) 29.473
Romulo Quintino (PL)* 14.887
Marcio Pacheco (REP) 14.094
Gugu Bueno (PSD) 13.559
Paulo Porto (PT)* 12.391
Adelino Ribeiro (PSD)* 10.266
Celso Dal Molin (PL)* 7.316
Professor Lemos (PT) 6.509
Doutor Jorge Boca Santa (PP)* 4.502
*Apesar do elevado número de votos, o candidato não foi eleito

Para fins de comparação, segue uma tabela com os deputados estaduais mais votados na capital paranaense em 2018, ano das últimas eleições para o cargo:

Eleições 2018 Votos em Cascavel para deputado federal
Marcio Pacheco (PPL) 24.044
Coronel Lee (PSL) 20.089
Adelino Ribeiro (PRP)* 16.101
Policial Madril (PMB)* 14.312
Gugu Bueno (PR)* 12.594
Professor Lemos (PT) 9.554
Andre Bueno (PSDB)* 7.601
Delegado Francischini (PSL) 5.899
Misael Junior (PSC)* 4.170
*Apesar do elevado número de votos, o candidato não foi eleito

Sobre o colunista

Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.

Paulo Martins ataca principais oponentes e acredita em vitória de Bolsonaro no 1º turno

23 de setembro de 2022

O candidato do Partido Liberal ao senado pelo Paraná, Paulo Martins, participou na manhã desta sexta-feira (23) da série de sabatinas do Grupo RIC, que entrevistou os três candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenções de voto. Nos estúdios da emissora em Curitiba, o deputado federal declarou que pretende uma reforma no Senado Federal, atacou os principais oponentes na disputa e afirmou que caso Lula vença as eleições “irei fazer oposição ferrenha dia e noite”.

Em busca da primeira eleição para o senado, Paulo Martins fez duras críticas aos atuais senadores, principalmente diante de algumas medidas tomadas por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 

“A atuação do Supremo hoje tem extrapolado as quatro linhas da constituição, o Supremo está usurpando poderes, cometendo abusos, isto são atos frequentes e ocorrem por conta da omissão do Senado Federal. O Senado tem sido covarde, não tem cumprido com a sua função que está descrito em nosso ordenamento jurídico que é também de exercer seu papel de contra peso para dar equilíbrio entre os poderes. Cabe ao senado avaliar se um ministro do STF cometeu um crime de responsabilidade ou não, e o senado não faz isso”, declarou Martins.

Nas acusações, o candidato também aproveitou para citar o representante paranaense Alvaro Dias, que concorre a reeleição. “Há poucas semanas tivemos empresários, por exemplo Luciano Hang, que dá empregos e inova, com as redes sociais bloqueadas, conta devastada, sigilo quebrado, por conta de conversa em grupo privado de WhatsApp. E o senado da república não faz nada. Alvaro Dias, atual senador, não falou uma frase, para ele está tudo normal. Isso não é admissível. Eu como senador quero fazer esse combate”, afirmou.

Alvaro Dias (Podemos) não foi o único alvo de Paulo Martins durante a entrevista. O candidato do PL também acusou Sergio Moro (União) de copiar frases na campanha e ainda buscar os mesmos apoiadores.

“O Sergio Moro tenta ir nos compromissos que sou convidado, tenta usurpar os apoios que eu tenho e agora está usando até as frases que eu tenho usado. Pois ele sabe que minha campanha está funcionando, que eu defendo o lado certo, e que ele não tem substância nenhuma para defender as teses que ele está defendendo, faz isso só por interesse eleitoral”, afirmou Martins.

Ao ser questionado a respeito dos números das pesquisas eleitorais, que apontam Alvaro e Moro na liderança, Paulo Martins declarou que “não leva a sério” os números e acredita em outros métodos para medir a popularidade.

“Pesquisas acabam sendo referência, mas tem um outro ponto, todo instituto faz pesquisa sobre encomenda, alguns fazem pesquisas e resultados. Então eu não levo a sério. É uma referência, é legal, quando aparece lá todo mundo gosta, mas eu tenho outros meios de medir apoios. As métricas de redes sociais me dizem o contrário do que as pesquisas estão falando. Os meus adversários sabem disso, porque eles também fazem esse monitoramento, tanto que tentam me imitar”, justificou Martins.

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Paulo Martins foi entrevistado por Marc Sousa e Jeulliano Pedroso (Foto: Guilherme Becker/ RIC Mais)

Apoio de prefeitos para o mandato

Durante a sabatina, Paulo Martins foi questionado sobre a falta de apoio dos prefeitos das maiores cidades do estado. Para o candidato, a tendência tem uma justificativa, pois os políticos acreditam que a eleição pode gerar um novo poder político no estado e despertar uma ameaça em disputas futuras.

“Eu tenho apoio de muitos prefeitos, de mais de 200 prefeitos no interior do estado. Os prefeitos das grandes cidades têm dificuldade de me apoiar porque eles querem ser governadores. Então eles enxergam que minha eleição de senador aos 41 anos de idade, vai gerar uma nova possibilidade de poder no Paraná. Que eu possa vir a ser candidato a governador no meio do mandato, coisa que eu não serei, eu não quero. Eu quero ser senador. Eu não acredito no poder executivo do jeito que ele está juridicamente desenhado. Mas eles não acreditam nisso, então preferem apoiar, podem notar que geralmente preferem apoiar Alvaro Dias, pois está em um outro patamar da carreira”, confessou Martins.

Apesar da falta de apoio nas eleições, Martins declarou que como deputado federal ajudou vários prefeitos do estado, mas acabou traído nesta corrida eleitoral. “Mesmo assim eu atuei, ajudei muito esses prefeitos durante meu mandato de deputado. O Rafael Greca mesmo, fiz uma ajuda muito grande para ele, ele sabe qual é, e ele me traiu. Pois ele tinha me dado a palavra que me apoiaria, depois ele apareceu apoiando o Alvaro Dias, mas é isso, está pensando na própria carreira”, completou.

Aliado de Jair Bolsonaro, o candidato acredita que as eleições serão definidas ainda no primeiro turno, com vitória do companheiro de partido. 

“O Lula não vai vencer as eleições, Jair Bolsonaro vai vencer as eleições no primeiro turno, eu tenho convicção disso. Mas temos que falar no campo da hipótese, se eu for eleito senador e o Lula presidente irei fazer oposição ferrenha dia e noite ao governo Lula, porque o projeto do PT é um projeto autoritário. Não é porque eu não gosto da cor, ou porque eu vou fazer as coisas por birra. É porque eu tenho que resguardar as liberdades brasileiras”, declarou o candidato.

Paulo Martins ainda aproveitou a sabatina para defender que apoia uma reforma política no país, baseada em métodos aplicados em outros países. Na conversa com Marc Sousa e Jeulliano Pedroso, o candidato citou a Alemanha com uma constituição diferente entre os municípios, os chamados cidades-estado.

Confira a entrevista completa de Paulo Martins:

Sabatinas do Grupo RIC

As sabatinas do Grupo RIC com os candidatos ao senado pelo Paraná ocorreram nos dias 21, 22 e 23 de setembro, e tiveram duração de 20 minutos. O conteúdo foi transmitido no programa RIC Notícias Dia, da RICtv, nas rádios Jovem Pan e Pan News FM, no programa Jornal da Manhã, e com cobertura em tempo real pelo portal RIC Mais. As entrevistas fazem parte da maior cobertura multiplataforma das Eleições 2022 no Paraná. Confira a programação das entrevistas:

Eleições 2022: Candidatos a deputado federal já receberam R$ 100 milhões

14 de setembro de 2022

O dinheiro do fundo eleitoral é a principal fonte de recursos dos candidatos à Câmara Federal. Afirmo isso com base em informações do sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chamado DivulgaCandContas e também do material preparado pelo JOTA Info em parceria com a Base dos Dados, organização que atua dando visibilidade e acesso a dados públicos.

Leia mais do Jeulliano Pedroso:

Veja a tabela a seguir a origem dos recursos captados até agora:

Origem Valor da Receita
Recursos De Partido Político R$ 101.084.490,15
Recursos De Pessoas Físicas R$ 6.264.615,84
Recursos Próprios R$ 1.839.553,98
Recursos De Financiamento Coletivo R$ 466.900,51
Recursos De Outros Candidatos R$ 94.008,54
Doações Pela Internet R$ 22.000,00
TOTAL R$ 109.771.569,02

O processo eleitoral fica cada vez mais intenso e um dos termômetros usados para avaliar a força de determinadas candidaturas é a capacidade de arrecadar recursos, tanto por meio de doações de pessoas físicas quanto de recursos provenientes do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, comumente chamado de Fundo Eleitoral.

No caso das doações de pessoas físicas, conseguimos medir o tamanho da disposição dos eleitores  em se comprometerem financeiramente com determinado candidato. Já no caso do fundo eleitoral, é possível avaliar o quanto determinado partido acredita naquela candidatura ou o poder de influência que o candidato possui junto à burocracia partidária.

Vamos observar a seguir quais as 30 candidaturas de deputado federal que mais arrecadaram até agora e qual a origem desses recursos.

Candidato Partido Recurso de Fundo Eleitoral Doações Total de Receitas
Luisa Canziani PSD R$ 2.680.000,00 R$ 476.884,85 R$ 3.156.884,85
Luciano Ducci PSB R$ 2.500.000,00 R$ 100.000,00 R$ 2.600.000,00
Hermes Frangao Parcianello MDB R$ 2.500.000,00 R$ 2.000,00 R$ 2.502.000,00
Tiao Medeiros PP R$ 2.000.000,00 R$ 379.261,66 R$ 2.379.261,66
Leandre PSD R$ 2.000.000,00 R$ 280.700,45 R$ 2.280.700,45
Aliel Machado PV R$ 2.064.645,67 R$ 107.500,00 R$ 2.172.145,67
Filipe Barros PL R$ 2.000.000,00 R$ 160.871,00 R$ 2.160.871,00
Pedro Lupion PP R$ 1.680.000,00 R$ 405.000,00 R$ 2.085.000,00
Christiane Yared PP R$ 2.050.000,00 R$ 2.000,00 R$ 2.052.000,00
Marco Brasil PP R$ 2.000.000,00 R$ 50.000,00 R$ 2.050.000,00
Felipe Francischini UNIÃO R$ 2.030.000,00 R$ 0,00 R$ 2.030.000,00
Vermelho PL R$ 2.000.000,00 R$ 300,00 R$ 2.000.300,00
Sergio Souza MDB R$ 1.500.000,00 R$ 379.337,14 R$ 1.879.337,14
Deltan Dallagnol PODE R$ 1.450.000,00 R$ 420.839,67 R$ 1.870.839,67
Zeca Dirceu PT R$ 1.500.000,00 R$ 346.832,09 R$ 1.846.832,09
Stephanes PSD R$ 1.720.000,00 R$ 86.200,00 R$ 1.806.200,00
Luiz Nishimori PSD R$ 1.720.000,00 R$ 80.000,00 R$ 1.800.000,00
Beto Preto PSD R$ 1.720.000,00 R$ 43.000,00 R$ 1.763.000,00
Sargento Fahur PSD R$ 1.720.000,00 R$ 5.250,00 R$ 1.725.250,00
Sandro Alex PSD R$ 1.720.000,00 R$ 1.500,00 R$ 1.721.500,00
Fatima Nunes PSD R$ 1.550.000,00 R$ 168.918,97 R$ 1.718.918,97
Enio Verri PT R$ 1.500.000,00 R$ 170.477,72 R$ 1.670.477,72
Giacobo PL R$ 1.450.000,00 R$ 130.000,00 R$ 1.580.000,00
Gleisi PT R$ 1.500.000,00 R$ 70.750,00 R$ 1.570.750,00
Paulo Litro PSD R$ 1.490.000,00 R$ 72.304,73 R$ 1.562.304,73
Beto Richa PSDB R$ 1.500.000,00 R$ 1.787,50 R$ 1.501.787,50
Marisa Lobo Psicóloga Crista PTB R$ 1.250.000,00 R$ 0,00 R$ 1.250.000,00
Dilceu Sperafico PP R$ 1.100.000,00 R$ 83.000,00 R$ 1.183.000,00
Roman PP R$ 1.170.000,00 R$ 0,00 R$ 1.170.000,00
Fernanda Viotto PSDB R$ 1.000.000,00 R$ 40.000,00 R$ 1.040.000,00
*valores conferidos no dia 13/09/2022

Os valores como um todo devem subir até o final do pleito, afinal o limite de gastos para candidaturas para câmara federal é de R$ 3.176.572,53.

Sobre o colunista

Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.

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