Política e economia com análise e opinião.
Siga o Pedroso nas redes:

Entrevista com Juca Pacheco: Depois da eleição da internet, em 2022 tivemos a eleição da comunicação integrada

16 de dezembro de 2022

A campanha vitoriosa de Jair Bolsonaro, então no PSL, em 2018, chamou a atenção para o que se desenhava como uma possível ‘era da internet’ na comunicação pública e eleitoral. Assim, a discussão avançou para tentar entender as formas com que as redes sociais tinham ocupado um espaço tão amplo.

Porém, as eleições de 2020 começaram a desenhar o quadro que se cristalizou em 2022, da comunicação integrada. Ou seja, os candidatos que polarizaram a disputa precisaram aprimorar a comunicação digital, daí Lula (PT) ter chamado André Janones para sua campanha, e também transmitir sua mensagem em meios “analógicos”, daí Bolsonaro (PL) ter procurado um partido que garantisse a ele tempo de rádio e TV no horário eleitoral gratuito.

Em paralelo a esse movimento, canais públicos como a Prefeitura de Curitiba se destacaram na busca por autenticidade e personalidade. Mas quais são as tendências para essa área? Veremos, afinal, uma “era da internet”? Os meios analógicos seguirão tendo importância? Sobre isso, conversei com Juca Pacheco, que é do Grupo GPAC Comunicação Integrada.

Quais são os desafios da comunicação pública? Quais as técnicas para administrar uma conta pública, tem diferenças?

Juca: Uma comunicação para nós, seja no público, seja no privado, a receita é a mesma. 

Se eu pego uma marca de roupa, uma marca de carro ou uma conta pública. O racional é o mesmo. Eu tenho uma mensagem e um produto e um público alvo. E dentro desse trabalho tem o storytelling que você vai construir entendendo quem é o meu público, o meu perfil e o perfil dos meus concorrentes. Nós temos clientes da área pública há dez anos. Atendemos o Governo do Estado, a Itaipu, a Prefeitura de Curitiba. A nossa linha para eles é muito semelhante a de qualquer cliente aqui da Agência, porém, tem coisas específicas que envolvem questões legais.

O consumidor de comunicação tem um acesso maior a devolver o que recebe de mensagem. Você pensa assim a dificuldade do jornalista, ou seja, entender que ele não é mais só um polo emissor ou você pensa a partir dos canais de comunicação?

Juca: Eu penso muito nos canais. Eu acho que esse meio on (online/digital) não consegue gerar credibilidade mesmo que você não consiga trabalhar sem olhar para esse canal. O consumidor acaba usando essa plataforma como uma seleção, curadoria de conteúdo. É como se eu entrasse no supermercado e vendo duas marcas de suco pegasse o meu celular para ver críticas, comentários… e então decidir qual a melhor delas. Porém, quando se trata da formação de credibilidade, as plataformas “off” (analógicos) são melhores. No off você pode trabalhar a frequência da mensagem de comunicação. Pense: quantas vezes no online você vê a mensagem? Para conseguir essa credibilidade, seja no público, seja no privado, você usa o meio off e o online serve para continuar a conversa. Ter uma troca de experiência com o cliente.

E pensando no ponto de vista de uma comunicação eleitoral, por exemplo: um candidato. Seriam as ações que ele faz/adota que geram credibilidade para ele?

Juca: Nós tentamos pensar uma comunicação com propósito. Então, nesse sentido eu preciso falar coisas que as pessoas estão abertas a escutar. Hoje, no mundo todo, as pessoas preferem conteúdo de marcas com propósito. Isso vale para um candidato. Dessa forma, não vai adiantar ele construir uma comunicação pensando em uma variedade de promessas. Na nossa visão isso fica genérico para as pessoas, ele precisa ter um propósito. É uma questão semelhante ao on/off, ter um propósito vai ajudar ele a reter atenção, a comunicar melhor sua mensagem. Isso funciona para prefeitura, para candidato e para uma marca.

É notável a forma com que se “encontra o tom”. Por exemplo: é necessário encontrar um equilíbrio entre uma comunicação mais ‘leve’, mas sem perder o tom institucional. Como esse tema tem amadurecido na comunicação?

Juca: O caso, por exemplo, da Prefeitura de Curitiba os gestores também acreditaram nesse tom misto de comunicação. Eles foram abertos a essas possibilidades. Essa figura do gestor acaba sendo determinante porque ele pode embarcar na ideia ou então pedir algo mais “quadrado”, mais “sisudo”. Ao mesmo tempo, também precisamos criar artifícios para a comunicação porque o momento político exigiu. Nesse sentido, a gente conseguiu trazer alguns materiais mais ousados para o Governo, a Prefeitura e também Itaipu e conseguirmos bons resultados.

Pensando nessa questão da polarização política, é uma tendência para a comunicação pública “ter um lado”, ou seja, uma identidade mais clara?

Juca: Eu particularmente prefiro que esse momento não se prolongue. Isso porque as pessoas estão escolhendo com bases emocionais como se estivessem escolhendo um time de futebol. É difícil trabalhar com essa rivalidade. E eu acho que a comunicação pública tem que estar mais longe da polarização e mais perto da essência. Eu vou “educar” sobre um tema ou “informar” sobre um tema.

Voltando um pouco ao ciclo do ON/OFF você acredita que esse movimento de gerar credibilidade no OFF e depois massificar no ON será uma tendência?

Juca: Nós entendemos que esse ciclo surgiu de forma separada. Aqui, entendemos o ON como um novo meio e com características diferentes, ele não é só rede social. Ele também pode ser TV, portal. A mídia hoje é conectada. Existe também o ON enquanto curadoria e informações de produtos e claro a rede social. Instagram, Facebook, Tik Tok. Para nós, tudo isso é um outro meio. Ou seja, antes criaríamos uma peça para a televisão e hoje temos que pensar a mesma peça em todas as plataformas.

Temos visto algumas marcas ganhando repercussão, tamanho e mantendo características locais. É possível imaginar que um político do Paraná, por exemplo, consiga se expandir para um cenário nacional caso ache o “tom” certo?

Juca: Do ponto de vista de comunicação pode sim. O mundo ficou pequeno hoje com a integração dos meios de comunicação. Mas, a comunicação não determina as questões de viabilidade política. Quem trabalha com esse tipo de marketing precisa trabalhar em primeiro lugar essa estratégia para ser viável. Depois, ele vai pensar a comunicação desse político.

Sobre o colunista

Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.

O que dizem as pesquisas as para presidente um dia antes do segundo turno?

29 de outubro de 2022

O Brasil realiza, neste domingo (30), o segundo turno das Eleições 2022, em que mais de 156 milhões de eleitores vão às urnas para decidir quem será o próximo presidente da República. A votação ocorre em 5.570 cidades do país e em 181 localidades no exterior.

Leia mais do Jeulliano Pedroso:

As pesquisas eleitorais foram alvo de várias polêmicas no primeiro turno das eleições, tendo até mesmo sua eficácia colocada em dúvida. Mesmo assim, as pesquisas continuam sendo relevantes por impactarem o debate político como um todo.

Para o segundo turno, os principais institutos de pesquisa indicam um confronto acirrado entre os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Assim, reúno aqui as pesquisas que foram divulgadas nesta semana que antecede a votação do segundo turno com seus respectivos resultados:

Instituto Dia da divulgação Intenção Lula Intenção Bolsonaro Diferença percentual
DATAFOLHA 29/10 52% 48% 4%
IPEC 29/10 54% 46% 8%
QUAEST 29/10 52% 48% 4%
ATLAS 29/10 53,40% 46,60% 6,80%
Paraná Pesquisas 29/10 50,40% 49,60% 0,80%
MDA 29/10 51,10% 48,90% 2.2%
ATLAS 27/10 53,20% 46,80% 6,40%
DATAFOLHA 27/10 52,70% 47,30% 5,40%
QUAEST 26/10 53% 47% 6%
IPESPE 25/10 53% 47% 6%
IPEC 24/10 54% 46% 8%
Paraná Pesquisas 20/10 51,30% 48,70% 2,6
*Brasmarket 20/10 47,30% 52,70% 5,40%
Ideia Big Data 20/10 52% 48% 4%
Datafolha 19/10 52% 48% 4%
Quaest 19/10 53% 47% 6%
PoderData 19/10 52% 48% 4%
Ipespe 18/10 53% 47% 6%
IPEC 17/10 54% 46% 8%
AtlasIntel 13/10 52,40% 47,60% 4,80%

Sobre o colunista

Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.

Saiba quais são os deputados estaduais mais votados em Cascavel

7 de outubro de 2022

As Eleições 2022, realizadas no último domingo (2), revelaram os deputados estaduais que vão ocupar as 54 cadeiras da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) durante os próximos quatro anos. Após a apuração das urnas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelou os candidatos que lideram o ranking dos mais votados.

Por meio de uma análise mais aprofundada dos resultados, trago aqui os deputados estaduais campeões de voto na cidade de Cascavel, no Oeste do Paraná.

Leia mais do Jeulliano Pedroso:

Em primeiro lugar no ranking dos mais votados em Cascavel ficou o candidato Batatinha (MDB), com 29.473 votos. Em segundo lugar, aparece o candidato Romulo Quintino (PL), com 14.887 votos, seguido por Marcio Pacheco (REP), com 14.094; Gugu Bueno (PSD), com 13.559; Paulo Porto (PT), com 12.391; e Adelino Ribeiro (PSD), com 10.266.

Veja a tabela com o ranking detalhado dos deputados estaduais mais votados pelos cascavelenses:

Eleições 2022 Votos em Cascavel para deputado estadual
Batatinha (MDB) 29.473
Romulo Quintino (PL)* 14.887
Marcio Pacheco (REP) 14.094
Gugu Bueno (PSD) 13.559
Paulo Porto (PT)* 12.391
Adelino Ribeiro (PSD)* 10.266
Celso Dal Molin (PL)* 7.316
Professor Lemos (PT) 6.509
Doutor Jorge Boca Santa (PP)* 4.502
*Apesar do elevado número de votos, o candidato não foi eleito

Para fins de comparação, segue uma tabela com os deputados estaduais mais votados na capital paranaense em 2018, ano das últimas eleições para o cargo:

Eleições 2018 Votos em Cascavel para deputado federal
Marcio Pacheco (PPL) 24.044
Coronel Lee (PSL) 20.089
Adelino Ribeiro (PRP)* 16.101
Policial Madril (PMB)* 14.312
Gugu Bueno (PR)* 12.594
Professor Lemos (PT) 9.554
Andre Bueno (PSDB)* 7.601
Delegado Francischini (PSL) 5.899
Misael Junior (PSC)* 4.170
*Apesar do elevado número de votos, o candidato não foi eleito

Sobre o colunista

Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.

O que dizem as pesquisas para governador do Paraná um dia antes das eleições?

2 de outubro de 2022

A corrida para ocupar o Palácio Iguaçu é a menos intensa entre os três cargos majoritários em disputa (Presidência, Governo e Senado). Os índices de avaliação e  o movimento político que afastou outras candidaturas do campo da centro-direita garantem um favoritismo ao atual governador, segundo as pesquisas.

Reúno aqui os dados de pesquisas  divulgadas nesta semana que antecede a votação:

Leia mais do Jeulliano Pedroso:

Sobre o colunista

Jeulliano Pedroso é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e mestrando em Antropologia Social também pela UFPR. Atualmente é Analista-chefe na Brasil Sul Inteligência.

Eleições 2022: Regra para tentar reduzir número de partidos será mais rígida

26 de setembro de 2022

Nas eleições de 2022, a cláusula de barreira, regra da legislação que existe para evitar a proliferação de partidos sem representatividade popular, contará com uma novidade. A partir deste ano os critérios serão mais rígidos.

Os partidos terão que obter pelo menos 2% dos votos válidos em pelo menos nove estados (um terço do País), com um mínimo de 1% desses votos em cada um deles, ou eleger 11 deputados federais repartidos por um terço das unidades da federação.

Leia também:

Até 2020, as legendas tinham conseguir 1,5% dos votos válidos em um terço da federação, por pelo menos 1% dos votos em cada uma, ou eleger, no mínimo, nove deputados distribuídos por um terço do território nacional.

O que é cláusula de barreira?

Segundo o jornalista e cientista político Jeulliano Pedroso, para os partidos políticos continuarem tendo uma série de benefícios prorrogativos, eles precisam ter essa quantidade mínima de votos válidos em pelo menos um terço dos estados para as eleições deste ano.

“Este é um instrumento que a legislação previu para diminuir a quantidade de legendas. Os benefícios que os partidos perdem por não atingir a cláusula incluem o fundo eleitoral e representações nas casas legislativas”, diz.

De acordo com o regimento interno da Câmara dos Deputados, essas siglas também não terão acesso à propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, o funcionamento parlamentar dos eleitos fica limitado e os partidos não têm direito à liderança.

Portanto, podem indicar um de seus membros para representar a posição do partido no momento da votação de proposições, ou para fazer o uso da palavra, uma vez por semana, por cinco minutos.

Quer mandar uma sugestão de pauta pro RIC Mais? Descreva tudo e mande suas fotos e vídeos pelo WhatsApp, clicando aqui.

Paulo Martins ataca principais oponentes e acredita em vitória de Bolsonaro no 1º turno

23 de setembro de 2022

O candidato do Partido Liberal ao senado pelo Paraná, Paulo Martins, participou na manhã desta sexta-feira (23) da série de sabatinas do Grupo RIC, que entrevistou os três candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenções de voto. Nos estúdios da emissora em Curitiba, o deputado federal declarou que pretende uma reforma no Senado Federal, atacou os principais oponentes na disputa e afirmou que caso Lula vença as eleições “irei fazer oposição ferrenha dia e noite”.

Em busca da primeira eleição para o senado, Paulo Martins fez duras críticas aos atuais senadores, principalmente diante de algumas medidas tomadas por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 

“A atuação do Supremo hoje tem extrapolado as quatro linhas da constituição, o Supremo está usurpando poderes, cometendo abusos, isto são atos frequentes e ocorrem por conta da omissão do Senado Federal. O Senado tem sido covarde, não tem cumprido com a sua função que está descrito em nosso ordenamento jurídico que é também de exercer seu papel de contra peso para dar equilíbrio entre os poderes. Cabe ao senado avaliar se um ministro do STF cometeu um crime de responsabilidade ou não, e o senado não faz isso”, declarou Martins.

Nas acusações, o candidato também aproveitou para citar o representante paranaense Alvaro Dias, que concorre a reeleição. “Há poucas semanas tivemos empresários, por exemplo Luciano Hang, que dá empregos e inova, com as redes sociais bloqueadas, conta devastada, sigilo quebrado, por conta de conversa em grupo privado de WhatsApp. E o senado da república não faz nada. Alvaro Dias, atual senador, não falou uma frase, para ele está tudo normal. Isso não é admissível. Eu como senador quero fazer esse combate”, afirmou.

Alvaro Dias (Podemos) não foi o único alvo de Paulo Martins durante a entrevista. O candidato do PL também acusou Sergio Moro (União) de copiar frases na campanha e ainda buscar os mesmos apoiadores.

“O Sergio Moro tenta ir nos compromissos que sou convidado, tenta usurpar os apoios que eu tenho e agora está usando até as frases que eu tenho usado. Pois ele sabe que minha campanha está funcionando, que eu defendo o lado certo, e que ele não tem substância nenhuma para defender as teses que ele está defendendo, faz isso só por interesse eleitoral”, afirmou Martins.

Ao ser questionado a respeito dos números das pesquisas eleitorais, que apontam Alvaro e Moro na liderança, Paulo Martins declarou que “não leva a sério” os números e acredita em outros métodos para medir a popularidade.

“Pesquisas acabam sendo referência, mas tem um outro ponto, todo instituto faz pesquisa sobre encomenda, alguns fazem pesquisas e resultados. Então eu não levo a sério. É uma referência, é legal, quando aparece lá todo mundo gosta, mas eu tenho outros meios de medir apoios. As métricas de redes sociais me dizem o contrário do que as pesquisas estão falando. Os meus adversários sabem disso, porque eles também fazem esse monitoramento, tanto que tentam me imitar”, justificou Martins.

paulo-martins-sabatina-grupo-ric (1)
Paulo Martins foi entrevistado por Marc Sousa e Jeulliano Pedroso (Foto: Guilherme Becker/ RIC Mais)

Apoio de prefeitos para o mandato

Durante a sabatina, Paulo Martins foi questionado sobre a falta de apoio dos prefeitos das maiores cidades do estado. Para o candidato, a tendência tem uma justificativa, pois os políticos acreditam que a eleição pode gerar um novo poder político no estado e despertar uma ameaça em disputas futuras.

“Eu tenho apoio de muitos prefeitos, de mais de 200 prefeitos no interior do estado. Os prefeitos das grandes cidades têm dificuldade de me apoiar porque eles querem ser governadores. Então eles enxergam que minha eleição de senador aos 41 anos de idade, vai gerar uma nova possibilidade de poder no Paraná. Que eu possa vir a ser candidato a governador no meio do mandato, coisa que eu não serei, eu não quero. Eu quero ser senador. Eu não acredito no poder executivo do jeito que ele está juridicamente desenhado. Mas eles não acreditam nisso, então preferem apoiar, podem notar que geralmente preferem apoiar Alvaro Dias, pois está em um outro patamar da carreira”, confessou Martins.

Apesar da falta de apoio nas eleições, Martins declarou que como deputado federal ajudou vários prefeitos do estado, mas acabou traído nesta corrida eleitoral. “Mesmo assim eu atuei, ajudei muito esses prefeitos durante meu mandato de deputado. O Rafael Greca mesmo, fiz uma ajuda muito grande para ele, ele sabe qual é, e ele me traiu. Pois ele tinha me dado a palavra que me apoiaria, depois ele apareceu apoiando o Alvaro Dias, mas é isso, está pensando na própria carreira”, completou.

Aliado de Jair Bolsonaro, o candidato acredita que as eleições serão definidas ainda no primeiro turno, com vitória do companheiro de partido. 

“O Lula não vai vencer as eleições, Jair Bolsonaro vai vencer as eleições no primeiro turno, eu tenho convicção disso. Mas temos que falar no campo da hipótese, se eu for eleito senador e o Lula presidente irei fazer oposição ferrenha dia e noite ao governo Lula, porque o projeto do PT é um projeto autoritário. Não é porque eu não gosto da cor, ou porque eu vou fazer as coisas por birra. É porque eu tenho que resguardar as liberdades brasileiras”, declarou o candidato.

Paulo Martins ainda aproveitou a sabatina para defender que apoia uma reforma política no país, baseada em métodos aplicados em outros países. Na conversa com Marc Sousa e Jeulliano Pedroso, o candidato citou a Alemanha com uma constituição diferente entre os municípios, os chamados cidades-estado.

Confira a entrevista completa de Paulo Martins:

Sabatinas do Grupo RIC

As sabatinas do Grupo RIC com os candidatos ao senado pelo Paraná ocorreram nos dias 21, 22 e 23 de setembro, e tiveram duração de 20 minutos. O conteúdo foi transmitido no programa RIC Notícias Dia, da RICtv, nas rádios Jovem Pan e Pan News FM, no programa Jornal da Manhã, e com cobertura em tempo real pelo portal RIC Mais. As entrevistas fazem parte da maior cobertura multiplataforma das Eleições 2022 no Paraná. Confira a programação das entrevistas:

Paulo Martins (PL) fecha série de sabatinas com candidatos ao Senado pelo Paraná

23 de setembro de 2022

A série de sabatinas com candidatos ao Senado pelo Paraná se encerra nesta sexta-feira (23). O terceiro e último convidado é Paulo Martins (PL) que responde às perguntas de Marc Sousa e Jeulliano Pedroso a partir das 7h40 nos estúdios do Grupo RIC, em Curitiba.

Leia mais:

As sabatinas terão duração de 20 minutos e serão transmitidas no programa RIC Notícias Dia, da RICtv, nas rádios Jovem Pan e Pan News FM, no programa Jornal da Manhã, e com cobertura em tempo real pelo portal RIC Mais. As entrevistas fazem parte da maior cobertura multiplataforma das Eleições 2022 no Paraná

A ordem dos participantes foi definida por sorteio com a presença de representantes dos três candidatos mais bem posicionados, conforme a pesquisa promovida pelo instituto Paraná Pesquisas, registrada no Tribunal  Superior Eleitoral (TSE) pelo número PR-09990/2022.

Quem é Paulo Martins? 

Paulo Eduardo Martins tem 41 anos e nasceu em Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. Jornalista de formação, Martins tem dois mandatos consecutivos de deputado federal pelo Paraná. 

Paulo Martins se filiou ao Partido Leberal (PL) em 2022 e é o candidato de Jair Bolsonaro no estado. 

Alvaro Dias minimiza polêmica sobre posição política: “Não importa de onde venham os votos”

22 de setembro de 2022

O candidato do Podemos ao senado pelo Paraná, Alvaro Dias, participou na manhã desta quinta-feira (22) da série de sabatinas do Grupo RIC, que entrevistará os três candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenções de voto ao senado pelo Paraná. Nos estúdios da emissora em Curitiba, o candidato que busca manter a vaga no Senado Federal reforçou a experiência como político, destacou projetos realizados e declarou que pretende o melhor dos mandatos.

“Alguns dizem que eu estou há muito tempo, e sim, eu venho de longe. Os pés podem estar sujos de barro, mas as mãos continuam limpas, e isso é que é importante para a população. Agora vou realizar o melhor dos mandatos, no campo da construção, contribuindo para que mudanças ocorram”, declarou Alvaro Dias.

Na sabatina, o candidato aproveitou para esclarecer críticas em relação à falta de posicionamento diante de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). “Isso é balela, é desprezar a inteligência das pessoas que acompanham a política do país”, disse Alvaro. O político declarou também que atuou intensamente e chegou a criar um grupo de senadores em que a pauta principal era a ética. 

“Nós organizamos um grupo chamado Muda Senado, e eu liderei esse grupo, com 18 senadores, sendo 9 do meu partido Podemos, em que a pauta principal era a pauta ética. O objetivo essencial era instalar a CPI Lava Toga. Nós obtivemos o número de assinaturas e depois forças estranhas ao Congresso retiraram as assinaturas”, revelou Alvaro.

Como solução, o candidato propõe que ministros não sejam mais escolhidos por indicação política, e sim por mérito. “Hoje eu não posso chegar e arrebentar a porta do Supremo, grudar um juiz, um ministro daquele pelo pescoço e jogar pela janela, mas eu posso sugerir um novo modelo de escolha dos ministros, dos tribunais superiores, não só do Supremo, inclusive do procurador geral da república. O modelo seria da meritocracia, substituir a indicação política pela meritocracia […] Não pode ser esse mandato longevo, tem que ser o mandato como é de um senador, de oito anos”, comentou.

Alvaro Dias mantém mistério em relação ao apoio a presidenciáveis

Na conversa com os jornalistas Guilherme Rivaroli e Jeulliano Pedroso, Alvaro Dias revelou que recebeu o convite do Podemos, novamente, para disputar as eleições presidenciais. Entretanto, o candidato explicou que a opção por concorrer ao Senado Federal é uma maneira de gratidão ao eleitorado paranaense.

“Eu disse, vamos colocar os pés no chão, vamos refletir maduramente. A polarização é um fato consumado e irreversível, são dois candidatos a presidente para valer, os demais vão fazer parte do jogo, vão cumprir tabela, como diria no futebol. Aí veio o apelo para ser candidato a governador, mas eu entendi que onde eu posso prestar o melhor serviço depois de toda experiência, até como um sentimento de gratidão ao Paraná, é continuar contribuindo no Senado”, justificou Alvaro.

alvaro-dias-sabatina-grupo-ric (2)
Alvaro Dias foi entrevistado por Guilherme Rivaroli e Jeulliano Pedroso (Foto: Guilherme Becker/ RIC Mais)

Na campanha política, o candidato ainda não declarou quem apoiaria em um possível segundo turno na disputa presidencial, entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT). Ao ser questionado sobre quem seriam os eleitores para o novo mandato, Alvaro Dias destacou que não importa de qual lado político venham os votos.

“Eu não sei de onde virão os votos, eu espero que venham muitos, que venham da esquerda, da direita, do centro, de todos os lados. O voto inclusive é secreto. Eu acho que alguns que chegam para a política despreparados para a atividade não sabem que o eleitor é soberano, que é ele quem decide […] quero estar lá a disposição do futuro presidente, seja ele quem for, para eu contribuir com um projeto de construção”, destacou Alvaro.

Durante a sabatina, Alvaro ainda reforçou que pretende manter o projeto do fim do foro privilegiado, continuar defendendo grandes causas nacionais e melhorar as condições para o povo paranaense. O candidato aproveitou o espaço para declarar que não irá desconstruir os oponentes, apesar de dizer que nesta reta final de campanha, alguns apelam em busca de voto, “o verme rasteja em busca do voto a qualquer preço”.

Confira a entrevista completa de Alvaro Dias:

Sabatinas do Grupo RIC

As sabatinas terão duração de 20 minutos e serão transmitidas no programa RIC Notícias Dia, da RICtv, nas rádios Jovem Pan e Pan News FM, no programa Jornal da Manhã, e com cobertura em tempo real pelo portal RIC Mais. As entrevistas fazem parte da maior cobertura multiplataforma das Eleições 2022 no Paraná. Confira o cronograma das entrevistas:

Sergio Moro (União Brasil) abre série de sabatinas com candidatos ao Senado pelo Paraná

20 de setembro de 2022

A série de sabatinas do Grupo RIC começa nesta quarta-feira (21). O primeiro a participar é o ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro (União Brasil), que vai responder às perguntas de Marc Sousa e Jeulliano Pedroso. A entrevista acontece a partir das 7h40 nos estúdios da emissora, em Curitiba. 

Leia mais:

As sabatinas terão duração de 20 minutos e serão transmitidas no programa RIC Notícias Dia, da RICtv, nas rádios Jovem Pan e Pan News FM, no programa Jornal da Manhã, e com cobertura em tempo real pelo portal RIC Mais. As entrevistas fazem parte da maior cobertura multiplataforma das Eleições 2022 no Paraná

A ordem dos participantes foi definida por sorteio com a presença de representantes dos três candidatos mais bem posicionados, conforme a pesquisa promovida pelo instituto Paraná Pesquisas, registrada no Tribunal  Superior Eleitoral (TSE) pelo número PR-09990/2022.

Quem é Sergio Moro?

Nascido em Maringá, no interior do Paraná, Sergio Moro foi juiz, ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Moro é casado e agora, com 50 anos de idade, concorre pela primeira vez a um cargo político.

Quer receber notícias e artigos no seu celular?

Entre agora entre no canal do Whats do Fala, Pedroso!

Receber notícias