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Promessas eleitorais x ações parlamentares: o verdadeiro compromisso dos candidatos com a saúde de Curitiba

12 de setembro de 2024

A saúde pública é um dos temas mais sensíveis para os eleitores, pois sem acesso a serviços de qualidade, outras áreas da vida, como educação e trabalho, ficam comprometidas. Sabendo disso, neste período eleitoral, os candidatos à prefeitura de Curitiba não poupam promessas para conquistar o eleitorado e transformar o setor, mas será que essas propostas são coerentes com suas atuações como deputados? Para responder a essa pergunta, analisamos as emendas parlamentares destinadas à saúde de Curitiba no relatório recém divulgado pela Opportuna Consilio e comparamos o que cada candidato promete. O resultado revela um interessante contraste entre discurso e prática, que o eleitor deve conhecer antes de decidir seu voto.

Antes, alguns dados sobre a saúde curitibana

  • Em Curitiba, as principais causas de morte entre os centenários são: Doenças do aparelho circulatório (32,7%), Doenças do aparelho respiratório (21,3%), Doenças do sistema nervoso (12%), Neoplasias (7,2%), Causas externas (6,8%).
  • A cidade enfrentou um surto de hepatite A, com 366 casos e 5 mortes.
  • Em maio de 2024, Curitiba tinha 208 mil pacientes na fila de espera para procedimentos, exames e consultas, sendo 144 mil apenas para consultas especializadas.
  • Em 2023, o orçamento para a saúde de Curitiba foi de R$ 2,9 bilhões.
  • No ano passado, nas nove unidades de pronto atendimento (UPAs), o número de consultas foi de 1.263.855 (3.463/dia); 3.239.775 procedimentos médicos e de enfermagem (8.876/dia); e 12.880 procedimentos odontológicos (35/dia). No Laboratório Municipal, a produção foi de 7.430.342 exames. Na Central Saúde Já, foram 966.200 os atendimentos desde 2020.
  • O município de Curitiba tem 70 hospitais, sendo 24 credenciados SUS, 3 públicos e 3 universitários.
  • A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) fechou o ano com 10.269 profissionais, e a rede conveniada, com 32.370 funcionários.

Diante deste cenário, confira abaixo o que propõem os candidatos à prefeitura de Curitiba que foram mencionados no relatório.

Eduardo Pimentel (PSD) / Paulo Martins (PL)

Promessas: Eduardo Pimentel propõe a ampliação da rede de saúde em Curitiba com a implantação de duas novas UPAs e seis novas Unidades Básicas de Saúde. Ele também destaca a reconstrução do Hospital do Bairro Novo.. Além disso, promete ampliar o atendimento ao autismo com um novo Centro de Atenção ao Autismo e criar um Centro de Apoio de Diagnóstico por Imagem para exames avançados. Na área de saúde mental, ele propõe a criação de dois novos CAPS e a requalificação da rede já existente. Pimentel também quer ampliar os procedimentos odontológicos e aumentar as equipes multiprofissionais da Atenção Primária.

O que as emendas dizem: Embora Paulo Eduardo Martins seja candidato a vice-prefeito, suas ações parlamentares refletem compromisso com a saúde pública, especialmente durante a pandemia onde foi o parlamentar com o maior volume de repasses, totalizando mais de R$ 3,9 milhões em 2020 e 2021. Esses repasses foram essenciais para o sistema de saúde de Curitiba durante um dos momentos mais críticos da saúde pública. Ele não concentrou os repasses em 2023, o que o diferencia de outros candidatos em termos de uso eleitoral das emendas​.

Luciano Ducci (PSB) / Goura (PDT)

Promessas: Luciano Ducci defende o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, a revitalização do Programa Mãe Curitibana e a ampliação do cuidado com o envelhecimento da população. Ele também promete retomar a vigilância contra a dengue e melhorar o atendimento da saúde da mulher e da criança.

O que as emendas dizem: Luciano Ducci, que é deputado federal, apresentou certa regularidade nos repasses ao longo de seu mandato. No entanto, cerca de 77% de seus repasses para a saúde de Curitiba foram feitos entre 2023 e 2024, totalizando R$ 1,799 milhão em 2023 e R$ 1,2 milhão em 2024. Embora isso possa ser visto como um esforço para fortalecer sua candidatura, ele ainda está atrás de outros parlamentares em termos de volume total de repasses​.

Ney Leprevost (União Brasil) / Rosangela Moro (União Brasil)

Promessas: Ney Leprevost apresenta diversas ações para melhorar a saúde em Curitiba, como a criação do PAI (Pronto Atendimento Infantil), mais atenção ao TEA (Transtorno do Espectro Autista), e a redução da fila de espera para consultas e exames. Ele também promete a ampliação de leitos psiquiátricos e a valorização da saúde mental dos servidores.

O que as emendas dizem: entre 2019 e 2022, Leprevost não fez repasses significativos para a saúde pública de Curitiba. No entanto, em 2023, ano pré-eleitoral, ele destinou R$ 8,1 milhões para a saúde, o maior valor entre os parlamentares mencionados. Essa concentração de repasses exclusivamente em 2023 sugere uma possível motivação eleitoral.

Roberto Requião (Mobiliza)  / Marcelo Henrique Paula Pinto (Mobiliza)

Promessas: Roberto Requião propõe uma série de ações focadas na modernização da Secretaria Municipal de Saúde, aumento da capacidade de atendimento, valorização de profissionais e eliminação da terceirização na área da saúde. Ele destaca a importância de criar novos postos de saúde, aumentar a oferta de medicamentos e melhorar o atendimento preventivo, além de fortalecer o programa médico da família e enfrentar surtos e epidemias. Sua plataforma também inclui a ampliação dos serviços de saúde mental e uma abordagem mais integrada da saúde pública, visando uma gestão moderna e inclusiva.

O que as emendas dizem: de acordo com o relatório de repasses do Fundo Nacional de Saúde, Requião teve uma atuação bastante modesta no que se refere à destinação de emendas parlamentares para a saúde de Curitiba entre 2019 e 2024. No período analisado, ele destinou apenas R$ 400 mil em 2019, sem outros repasses nos anos subsequentes​. Embora Requião tenha um discurso forte voltado à modernização e ampliação dos serviços de saúde em Curitiba, sua atuação parlamentar recente não reflete esse comprometimento em termos de repasses. O único feito em 2019 é insuficiente para apoiar de forma significativa as grandes reformas que ele propõe, especialmente considerando a necessidade de ampliação de postos de saúde, valorização de profissionais e combate a epidemias, como ele sugere em sua campanha.

Luizão Goulart (Solidariedade) / Thiago Chico (Solidariedade)

Promessas: Luizão Goulart quer aumentar o número de profissionais de saúde, modernizar processos com o uso de tecnologia, potencializar a alimentação saudável, promover as terapias integrativas e ampliar o atendimento especializado em saúde mental e prevenção. Ele também destaca a necessidade de mais ações de prevenção e modernização das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e UPAs,  a implementação do Piso Nacional da Enfermagem, além da construção do Hospital da Região Norte.

O que as emendas dizem: Luizão Goulart demonstrou maior regularidade em seus repasses para a saúde ao longo do mandato. Seus repasses somaram uma média anual de R$ 1,5 milhão, com um pico em 2023, quando destinou R$ 3,5 milhões para a saúde de Curitiba. Essa regularidade pode ser vista como um compromisso mais consistente, embora o aumento significativo em 2023 também possa estar relacionado à sua candidatura.

Maria Victoria (PP) /  Walter Antonio Petruzziello (PP)

Promessas: Maria Victoria pretende criar Complexo Neurossensorial “Casa do Autista”, o programa “Saúde sem Fila” para zerar a fila de espera por consultas em até 180 dias, a construção de novas Unidades Básicas de Saúde, a expansão da telemedicina e a criação de um centro de referência em saúde mental. Além disso, ela propõe a redução do ISS para serviços de saúde no município, como forma de incentivar a ampliação e a qualidade dos prestadores de serviço na cidade.

O que as emendas dizem: Maria Victoria é filha de Ricardo Barros que é deputado federal pelo PP e tem uma longa trajetória política, tendo sido também ministro da Saúde. No entanto, seus repasses de emendas parlamentares para a saúde de Curitiba nos últimos anos foram relativamente modestos, especialmente quando comparados a outros parlamentares envolvidos nas eleições municipais. Entre 2019 e 2024, Ricardo Barros destinou verbas de forma esparsa para a saúde de Curitiba, com um pico de R$ 859.220,00 em 2022 e um empenho de R$ 800 mil em 2023, que ainda não foi pago. Esses valores colocam Barros em uma posição abaixo de candidatos como Ney Leprevost e Luciano Ducci, tanto em termos de volume quanto de regularidade nos repasses.

Deputados candidatos à prefeitura de Curitiba inflam repasses de verbas para a saúde em ano eleitoral

10 de setembro de 2024

Relatório recém divulgado pela Opportuna Consilio mostra como foram distribuídas as emendas individuais dos deputados federais, agora candidatos a prefeitos

A divulgação do relatório consolidado sobre os repasses do Fundo Nacional de Saúde para Curitiba por meio de emendas parlamentares individuais entre os anos de 2019 e 2024, pode esclarecer ao eleitor curitibano alguns aspectos, em especial aquilo que é prometido para a saúde e a atuação efetiva na destinação de emendas dos candidatos enquanto parlamentares.

Isto porque, de acordo com o relatório, milhões de reais foram destinados para a cidade por meio dessas emendas durante os últimos cinco anos. Entretanto, o discurso e a realidade podem destoar diante dos números levantados pela organização.

Destaque nos repasses

Entre os parlamentares com maior destaque está Ney Leprevost (União), que em 2023, ano pré-eleitoral, destinou mais de R$ 8 milhões para a saúde pública de Curitiba. Até então, o candidato não havia realizado repasses ao Fundo Municipal de Saúde nos anos anteriores, o que levanta questionamentos sobre o timing desse investimento e sua ligação com a candidatura à prefeitura. De toda forma, é justo informar que Ney ficou afastado do mandato para assumir a Secretaria de Justiça, Família e Trabalho do Paraná.

Outro nome relevante é o de Luciano Ducci (PSB), que, ao longo dos últimos anos, teve uma participação constante nos repasses, com destaque para 2023, quando destinou quase R$ 1,8 milhão,  o que pode parecer um movimento para fortalecer sua candidatura. Apesar disso, Ducci, que é deputado federal e candidato à prefeitura, concentrou 77,4% dos repasses nos últimos dois anos, o que reforça a hipótese de interesse eleitoral. Ainda assim, se comparado aos demais parlamentares com interesse direto nas eleições municipais de 2024, Ducci  mesmo concentrando os repasses nos últimos dois anos, e tendo seis anos de mandato realizado no período analisado, no quesito valor total repassado ficou em 4º lugar, a frente apenas de Roberto Requião (Mobiliza), parlamentar até 2019 e também candidato a prefeito e Ricardo Barros (PP) (pai da candidata a prefeita pelo Progressistas Maria Victória).

Já Luizão Goulart (SD), ex-deputado federal e também candidato, apresentou maior regularidade nos repasses ao longo dos anos, totalizando mais de R$ 1,5 milhão por ano em média. Assim como outros candidatos, sua maior destinação ocorreu em 2023, com mais de R$ 3,5 milhões.

Por outro lado, Paulo Eduardo Martins (PL), que concorre como vice-prefeito, destacou-se pelo volume de repasses durante a pandemia de COVID-19, com mais de R$ 3,9 milhões destinados à saúde de Curitiba em 2020 e 2021. Neste período crítico seus repasses foram 10 vezes maiores que os repasses de Luciano Ducci (PSB) e 3 vezes maiores que os repasses de Luizão Goulart (SD). Ele foi o parlamentar com maior volume de emendas individuais durante o período pandêmico, sem concentrar suas ações em ano eleitoral.

A corrida eleitoral e a saúde pública

Os repasses para a saúde têm sido utilizados como estratégia eleitoral, com candidatos destacando seus esforços em prol do setor em Curitiba. No entanto, a falta de regularidade e a concentração de grandes volumes em períodos pré-eleitorais levantam discussões sobre o uso político dessas emendas. Com a saúde pública como um dos temas centrais do debate eleitoral, a população curitibana observará de perto as propostas dos candidatos e suas ações anteriores. A gestão eficiente dos recursos destinados à saúde será crucial para garantir melhorias no sistema e atender às crescentes demandas da cidade.

Confira o relatório completo:

Eduardo Pimentel se reúne com líderes evangélicos em Curitiba

2 de setembro de 2024

O candidato à Prefeitura de Curitiba e atual vice-prefeito, Eduardo Pimentel, participou de um almoço com líderes do segmento evangélico promovido pelo Conselho de Ministros Evangélicos do Paraná (COMEP), em uma ação que visa reforçar sua campanha junto a essa base de eleitores.

No encontro, Pimentel ouviu demandas relacionadas às pautas defendidas pela comunidade evangélica. O governador do Paraná, Ratinho Jr., e o ex-deputado federal Deltan Dallagnol, conhecidos por sua proximidade com lideranças evangélicas, também participaram do evento, destacando o vínculo já existente entre Pimentel e esse segmento. O vice-prefeito tem participado de eventos promovidos pelo COMEP, encontros do Núcleo de Pastores de Curitiba e da Marcha para Jesus.

Estiveram presentes no evento o deputado estadual Alexandre Curi, primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Paraná, e os deputados estaduais Alexandre Amaro, Mara Lima e Fábio Oliveira. A reunião contou com a presença de representantes de diversas denominações, como a Igreja Assembleia de Deus – Vitória em Cristo(Advec), Igreja Metodista, Igreja Sara Nossa Terra, Igreja Presbiteriana e Missão Bethânia, entre outras.

Ney “abandona” Moro e tenta se colar em Ratinho Junior

9 de agosto de 2024

Não levou nem um minuto no debate da Band TV para Ney Leprevost esquecer Sergio Moro, seu novo padrinho, e tentar se colar a Ratinho Junior. Já durante sua apresentação no primeiro debate entre os candidatos à prefeitura de Curitiba, Leprevost puxou o nome do governador na manga, sem citar o parceiro de partido.

Na sua participação no debate, que durou cerca de duas horas, Ney citou pelo menos cinco vezes o nome de Ratinho Junior, sem contar quando falava do governador implicitamente. Enquanto isso, o senador do União Brasil ficou de lado, esquecido, guardado. O candidato chegou até a copiar os bordões do governador e tentou tomar para si programas de Ratinho Junior como se fossem seus.

A estratégia é fácil de entender: Ratinho Junior é o maior cabo eleitoral do Paraná. Acontece que governador apoia Eduardo Pimentel na disputa desde o começo das discussões sobre a sucessão de Rafael Greca. Pimentel é do PSD, atual vice-prefeito de Curitiba e comandou, até a descompatibilização para o pleito, a Secretaria de Estado das Cidades.

A aliança de Ratinho Junior e Eduardo Pimentel ainda conta com outro aliado de peso: Jair Bolsonaro. O PL inclusive compõe a chapa com o vice Paulo Martins.

É correto gastar tanto numa campanha eleitoral? Curitiba se prepara para uma campanha multimilionária

21 de julho de 2024

Quer gastar como um milionário? Os candidatos em Curitiba terão essa oportunidade.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou os limites de gastos para as eleições de 2024. Em Curitiba, os valores disponíveis para os candidatos a prefeito e vereador são os mais elevados do Paraná.

No primeiro turno, os candidatos à Prefeitura poderão gastar até R$ 14.161.000. Em caso de segundo turno, os “finalistas” terão um adicional de até R$ 5.664.000 para a campanha.
Já os candidatos a vereador terão um limite de R$ 689.000 para despesas de campanha.

Comparativo com a Eleição de 2020

Para termos uma ideia do impacto desses valores, podemos olhar para a eleição municipal de 2020. Rafael Greca, então candidato à reeleição, utilizou apenas 39% do limite de gastos, totalizando R$ 3.353.000, de um total permitido de R$ 10.903.000. Todos os três principais candidatos na disputa pela Prefeitura ultrapassaram a marca de um milhão em gastos.
Fernando Francischini, que ficou em terceiro lugar, investiu R$ 3.309.000, enquanto Goura, o segundo colocado, que pode disputar a prefeitura como vice em 2024, gastou R$ 1.282.000.

Gastos dos Vereadores Eleitos em 2020

Engana-se quem pensa que as campanhas para vereador são mais modestas. Em 2020, Alexandre Leprovost foi o vereador que mais gastou, desembolsando R$ 485.000. Flávia Francischini (R$ 477.000), Pier (R$ 453.000), Beto Moraes (R$ 317.000) e Indiara Barbosa (R$ 194.000), que foi a mais votada naquela eleição, completam o top cinco dos maiores gastos.
Na outra ponta, o vereador Jornalista Márcio Barros gastou apenas R$ 5.700 para se eleger, seguido por Herivelto Oliveira com R$ 10.819 e Sargento Tania Guerreiro com R$ 16.590.

E o Caixa 2?

É importante ressaltar que esses são os valores oficialmente declarados. Não é de se duvidar que, se todos os gastos, incluindo possíveis caixa dois, fossem contabilizados os números seriam ainda mais elevados. A cada eleição os gastos crescentes em campanhas eleitorais levantam questões sobre a influência do poder econômico na política e a necessidade de uma maior transparência e controle sobre os recursos utilizados.

A coisa não está distorcida?

Imagine um campeonato de futebol onde alguns times podem gastar milhões em jogadores e infraestrutura, enquanto outros mal conseguem manter suas equipes em campo (tipo o brasileirão). O resultado não seria um reflexo da habilidade ou dedicação dos jogadores, mas sim do poder econômico dos times.
Da mesma forma, em uma eleição, o verdadeiro mérito dos candidatos pode ser ofuscado pela montanha de dinheiro investido em suas campanhas.

Possíveis vices do PL caso Paulo Martins saia da disputa

19 de julho de 2024

Nos últimos dias, a situação da chapa PSD-PL para a disputa em Curitiba mudou. Agora se discutem três cenários possíveis:

  1. Candidatura Própria do PL: Paulo Martins lideraria com o apoio de Bolsonaro, que é muito popular em Curitiba.
  2. Paulo Martins Como Vice: Resolver divergências e Paulo Martins aceitar ser o vice. Esta é a opção mais provável e desejada pelos articuladores do Palácio Iguaçu, unindo Ratinho Junior e Bolsonaro.
  3. Chapa PSD-PL Sem Paulo Martins: Manter a aliança, mas sem Paulo Martins. Isso pode significar menos apoio de Bolsonaro. Eduardo Pimentel lideraria, mas sem o “Capitão”.

Mesmo sendo menos provável, o PL já considera outros nomes para a chapa se Paulo Martins não participar. Os mais citados são:

  1. Ricardo Arruda: Deputado estadual, apoiado por setores bolsonaristas.
  2. Marisa Lobo: Psicóloga e ex-presidente do PTB no estado, atuante no segmento cristão.
  3. Eder Borges: Vereador com forte vínculo com movimentos de rua e discurso contra o “esquerdismo”.
  4. Rodrigo Reis: Vereador, com tradição política familiar e militância em pautas de direita.
  5. Fernando Klienger: Pré-candidato a vereador, com forte apoio da Igreja do Evangelho Quadrangular e proximidade com o Núcleo de Pastores. Já foi assessor para assuntos evangélicos na prefeitura.

Ainda há muita indefinição, e a decisão final dependerá de Paulo Martins e outros líderes. A situação está mais incerta do que há dez dias.

Ratinho só vai cuidar do PSD, dizem aliados

17 de julho de 2024

Pessoas próximas ao governador Ratinho Jr sugeriram que ele deveria intervir em partidos da base para aumentar a composição pró Eduardo Pimentel nas eleições deste ano. O governador, dizem aliados, teria sido taxativo. Lembrou que Pimentel tem o maior arco de alianças construído com o seu apoio ainda em maio e que não tem costume de interferir em legendas que pertencem a base na Alep. A recomendação era pra que Ratinho acionasse a cúpula do União Brasil e do próprio PP. “Não me peçam pra cornetar na casa do vizinho”, respondeu Ratinho. Na mesma conversa, Ratinho teria ido além. Sinalizou que não vai condicionar apoios aos candidatos do PSD em troca de cargos no governo.

Eduardo Pimentel participa de evento do PL, sinalizando possível solução para vice

29 de junho de 2024

Neste sábado, o atual vice-prefeito e pré-candidato à Prefeitura de Curitiba, Eduardo Pimentel, participa da Conferência do PL. A participação de Pimentel, a convite de Paulo Martins, é um indicativo da aproximação com o partido, que pode garantir a vaga de vice na chapa para as eleições de 2024.

Com o apoio integral do governador Ratinho Jr., Pimentel tem costurado um arco de alianças no campo da centro-direita. O PSD, partido de Pimentel, e o PL, de Paulo Martins, negociam há algumas semanas uma aproximação para formar a coalizão na disputa pela Prefeitura. As eventuais diferenças de Greca com o PL estariam superadas e ele já admite nos bastidores apoiar integralmente a aproximação, que é um acordo tanto do governador Ratinho Jr. quanto do ex-presidente Jair Bolsonaro.

No início da corrida eleitoral, o PL teve uma aproximação quase bem-sucedida com o ex-prefeito e também pré-candidato Beto Richa. Ele esteve próximo de se filiar ao PL e seria o candidato do partido para a Prefeitura. No entanto, como Richa tem mandato como deputado federal, ele precisava de autorização do PSDB para se filiar ao PL, algo que não aconteceu.

Curitiba inaugura nova sede do Projeto Nova Morada

26 de junho de 2024

Nesta quarta-feira (26), será inaugurada a nova sede do Projeto Nova Morada, Vida Nova. O espaço oferece moradia provisória e assistência para até 100 pessoas que enfrentam problemas com drogas, estão em situação de rua ou em vulnerabilidade social. A inauguração acontece em um momento crucial, logo após o Supremo Tribunal Federal (STF) acatar uma ação que descriminaliza o porte de maconha para consumo pessoal.

Desde o final do ano passado, o poder público de Curitiba tem reforçado medidas alternativas para enfrentar o uso de drogas. Se antecipando ao julgamento do STF sobre a descriminalização da maconha. Em janeiro, a coluna anunciou a retomada da discussão na Câmara de Curitiba sobre um projeto para multar usuários de drogas, proposto pelo vereador Tico Kuzma. A ideia é uma medida alternativa para restringir o uso livre de maconha na cidade. Um projeto semelhante também começou a tramitar na Assembleia Legislativa.

O resultado do julgamento no STF foi divulgado nesta segunda-feira e terminou com seis votos a favor da descriminalização e três votos contrários. Além disso, dois ministros opinaram que a lei atual já não criminaliza o porte de maconha para uso pessoal.

Femoclam da posse a nova diretoria

13 de junho de 2024

No próximo sábado (15), a Federação Comunitária das Associações de Moradores no de Curitiba e Região Metropolitana (Femoclam) da posse para a diretoria eleita em assembleia geral no último mês de março.

O evento acontece no Sindicatos Permissionários Centrais Abastecimento-Alimentos e há expectativa pela presença de pré-candidatos as eleições 2024. Os nomes da chapa vencedora podem ser conferidos aqui.

A Femoclam tem 38 anos de atividades e é reconhecida como maior movimento comunitário do Estado. 1.500 associações de moradores e clubes de mães de Curitiba e Região fazem parte da Femoclam atualmente.

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