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Fazenda apresenta balanço na Assembleia Legislativa – 27 a 31 de maio

27 de Maio de 2024

Em seu primeiro mês de gestão, o novo secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, vai apresentar o balanço da secretaria no primeiro quadrimestre do ano. Assim, a apresentação detalha despesas, receitas, resultados, dívidas e limites financeiros do Estado. Além disso, os deputados podem apresentar questionamentos para o secretário.

Ortigara assumiu a Fazenda neste mês em substituição a Renê Garcia Junior que assumiu cargo no BRDE. De acordo com informações prévias da secretaria, o Paraná obteve um aumento de investimentos na casa de 60%.

No último sábado (25), a Alep realizou sessão especial na ExpoParanavaí para recolher demandas da população e dos setores da economia local. Além disso, o Legislativo estadual promoveu homenagens para personalidades da região. A Alep itinerante é uma iniciativa para aproximar legislativo e população e tem o objetivo de captar demandas que podem ser investidas em projetos de lei e outras ações dos deputados.

Outros assuntos para ficar de olho:

  • Colombo terá cidade industrial;
  • Paraná começa a semana com quase 19 mil vagas de emprego em oferta;
  • Professores da rede estadual aprovam greve;
  • Ministro do STF, André Mendonça receberá cidadania honorária do Paraná;
  • Paraná faz acordo com fábrica de alimentos nutricionais para Maringá.

Funcionamento dos bares está em discussão na Câmara de Curitiba – 27 a 31 de maio

27 de Maio de 2024

Nesta segunda-feira, às 14 horas, a Câmara de Curitiba promove uma audiência pública com o objetivo de discutir o funcionamento e a fiscalização dos bares. Assim, estão em pauta assuntos como; obtenção de alvarás, ruídos e poluição sonora. O evento reúne representantes do setor e do Poder Público.

A ideia é apresentar um conjunto de demandas dos donos dos estabelecimentos para melhorar o funcionamento dos locais. Além disso, cada entidade vai apresentar um conjunto de dados para debater o tema. No começo do mês, a Câmara de Curitiba aprovou sugestão ao Executivo pedindo mais diálogo do Poder Público com os proprietários dos bares. Assim, já estava em pauta a ideia de desburocratizar a obtenção de alvarás.

Também nesta semana as secretarias de Saúde e Finanças apresentam um balanço de atividades no Legislativo. Em relação às finanças, o secretário Cristiano Hotz expõe dados do primeiro quadrimestre para explicar como anda a economia da cidade. Enquanto a secretária da Saúde, Beatriz Batistella, volta ao Legislativo após alerta para o combate à dengue em fevereiro.

Além disso, tramita uma proposta para estabelecer o funcionamento um sistema de denúncias de casos de corrupção em Curitiba. A iniciativa é de Amália Tortato (NOVO) e prevê a facilitação aos canais de denúncia e a preservação da identidade de denunciantes. Além disso, a vereadora propõe recompensas que podem chegar a 5% de valores recuperados.

Outros assuntos para ficar de olho:

  • Discussão sobre a nova concessão do transporte coletivo;
  • Uso do cordão de tulipas pode virar lei;
  • Segue campanha para auxílio ao Rio Grande do Sul;
  • Herivelto Oliveira será prefeito interino em junho.

Empresas brasileiras ganham US$ 1 milhão em evento no Canadá

23 de Maio de 2024

Com participação do Paraná, empresas brasileiras faturaram 1 milhão de dólares em negócios na feira de alimentos SIAL Canadá. O evento é a maior feira alimentar da América do Norte. O Pavilhão Brasil na feira teve 19 empresas de alimentos e bebidas. Além disso, foram 10 instituições do Paraná, com apoio da Invest Paraná.

No evento, a Invest junto com a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) promoveram a bioeconomia e biodiversidade dos produtos paranaenses. Frutas, mel, erva-mate, colágeno bovino, chocolates, arroz e temperos foram os principais produtos apresentados na feira. Assim, a expectativa é que o faturamento possa bater os 30 milhões de dólares nos próximos 12 meses.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) entende que a feira proporcionou oportunidades de negócios e de expansão de mercados para as empresas brasileiras. Esse também era um objetivo da Invest Paraná no apoio aos paranaenses que expuseram produtos na feira. O Brasil estará novamente na feira no próximo ano.

Comissão de Economia do Senado discute fundo para emergência climática – 20 a 24 de maio

20 de Maio de 2024

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado vai discutir a ampliação do envio de recursos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC). Assim, a expectativa é aumentar as ações elegíveis para receber o dinheiro do Fundo, sendo elas: prevenção e combate ao desmatamento, queimadas, desertificação e outros desastres.

Em tramitação na CAE, a proposta irá direto ao plenário do Senado em caso de parecer favorável da Comissão. Os senadores incluíram no texto o envio de recursos para a prevenção da desertificação em virtude da região da Caatinga no semiárido que sofre com o problema.

O Fundo foi criado no ano de 2009 para captar recursos e financiar projetos que propõem soluções para minimizar os efeitos da emergência climática.

Outros assuntos para ficar de olho:

  • Termina o prazo de renegociação do Desenrola;
  • Senado trabalha por votação da reoneração nesta semana;
  • Sancionada suspensão da dívida do Rio Grande do Sul por 3 anos.

Eventos econômicos – 20 a 24 de maio

Os eventos econômicos da semana serão:

  • Boletim Focus (Segunda-feira);
  • Receita Tributária Federal (Terça-feira);
  • Fluxo cambial estrangeiro (Quarta-feira);
  • Transações correntes (Sexta-feira);
  • Confiança do Consumidor FGV (Sexta-feira);
  • Investimento Estrangeiro Direto (Sexta-feira);
  • Posições líquidas de especuladores no relatório da CFTC (Sexta-feira).

Senado recorre de decisão que suspendeu desoneração da Folha – 29 de abril a 3 de maio

29 de abril de 2024

Na última semana, o ministro Cristiano Zanin, do STF, suspendeu a desoneração da Folha de pagamento para 17 setores da economia. Porém, a decisão gerou novo clima de conflito com o Congresso Nacional. Assim, na figura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o Legislativo recorreu da decisão de Zanin.

Zanin decidiu, de forma liminar, em resposta a ação do presidente Lula questionando as decisões de prosseguir com a desoneração da Folha. Assim, o Supremo vai avaliar os questionamentos. Pacheco já se posicionou pedindo para os juízes “decidirem pela realidade”.

Além disso, os senadores recebem, na terça-feira, o ministro da Casa Civil Rui Costa. Ele foi convidado a debater o novo programa PAC e deverá, também, falar dos gastos ambientais da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Por fim, na Câmara dos Deputados está acontecendo a discussão da regulamentação da Reforma Tributária e o presidente da Câmara, Arthur Lira, designou grupos de trabalho para analisar propostas.

Outros assuntos para ficar de olho:

  • Desoneração da Folha gera polêmica com decisão de Zanin; Alckmin pede diálogo com o Congresso;
  • Ministério da Justiça dá aval para recriação da Comissão que apura crimes da ditadura.
  • Câmara dos Deputados aumenta valores para deputados gastarem em viagens;
  • Semana terá divulgação da PNAD Contínua.

Eventos econômicos – 29 de abril a 3 de maio

A semana é mais curta para o mercado brasileiro. Isso porque, na quarta-feira, dia do trabalhador, a B3 estará fechada e sem atividades. Assim, as expectativas dos investidores recaem sobre a divulgação dos dados nacionais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, a PNAD Contínua. Além disso, estarão disponíveis os dados de evolução de emprego do Caged. Abaixo a lista completa dos eventos econômicos.

Os eventos econômicos da semana serão:

  • Boletim Focus (Segunda-feira);
  • IGP-M mensal – abr (Segunda-feira);
  • Índice de evolução de emprego do Caged – mar (Segunda-feira);
  • Receita Tributária Federal;
  • IPP mensal – mar (Terça-feira);
  • Taxa de desemprego no Brasil (Terça-feira);
  • Fluxo cambial estrangeiro (Quarta-feira);
  • Balança comercial – abr (Quarta-feira);
  • Transações correntes – mar (Quinta-feira);
  • Investimento estrangeiro direto (Quinta-feira);
  • PMI Industrial S&P Global – abr (Quinta-feira);
  • IPC-Fipe – abr (Sexta-feira);
  • Empréstimos bancários – mar (Sexta-feira);
  • Produção industrial mensal e anual (Sexta-feira);
  • Posições líquidas de especuladores no relatório da CFTC.

Norberto Ortigara: o Provável novo Secretário da Fazenda do Paraná

24 de abril de 2024

Norberto Ortigara, atual Secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, está prestes a assumir a Secretaria da Fazenda do Paraná. Essa mudança ocorre devido a provável saída de Renê Garcia Júnior do cargo para ocupar uma posição no Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE). Ortigara, com uma extensa trajetória no setor público, é servidor de carreira. Ele tem formação em economia e técnica agrícola, além de especializações em economia rural e segurança alimentar.

Desde 1978 na Secretaria de Agricultura, Ortigara já desempenhou diversas funções significativas, como pesquisador, gerente, coordenador, analista, diretor do Departamento de Economia Rural (Deral) e diretor-geral. Ainda, foi Secretário de Estado de 2011 a 2018, durante a gestão de Beto Richa, e continuou de 2019 até agora, sob a liderança de Ratinho Jr.

Durante seu período à frente da secretaria, Ortigara foi fundamental para a obtenção do certificado de área livre de febre aftosa sem necessidade de vacinação, concedido em 2021. O Paraná também alcançou destaque na produção de proteína animal. O estado foi líder com 34,3% de participação na produção nacional em 2023 e mais de 2,1 bilhões de frangos produzidos.

Adicionalmente, o estado bateu recordes em exportações alcançando R$124,8 bilhões em vendas de produção no último ano. Além disso, a safra de soja de 2022 e 2023 também foi recorde, com 46,3 milhões de toneladas produzidas.

Ao assumir a Secretaria da Fazenda, Ortigara um dos homens de confiança do Governador enfrentará o desafio de manter o bom momento econômico do Paraná. Nos últimos cinco anos, o estado superou a posição de devedor e se tornou credor de dívidas, um marco importante para sua gestão fiscal.

Com um investimento de R$ 145 milhões, Votorantim inaugura uma fábrica em Itaperuçu

9 de abril de 2024

A Votorantim, renomada empresa no setor de fabricação de cimentos, expandiu suas operações no Paraná com a inauguração de uma nova unidade em Itaperuçu nesta terça-feira, dia 9. Esse movimento marca o início dos planos da empresa de diversificar suas áreas de atuação. A produção na Região Metropolitana de Curitiba adotará práticas de economia circular e se voltará também para a fabricação de insumos agrícolas.

A capacidade da nova unidade da Votorantim é de processar 48 mil toneladas de resíduos, o que representa o triplo do volume da unidade anterior. Com isso, espera-se um aumento na oferta de serviços na região, além da geração de aproximadamente 100 empregos, entre diretos e indiretos. O presidente da empresa revelou planos para um investimento de R$ 5 bilhões no Brasil, dos quais R$ 800 milhões seriam destinados ao Paraná.

O evento de inauguração contou com a presença do governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), que celebrou os novos investimentos.

Reforma administrativa e pauta verde nas prioridades da Câmara, diz Arthur Lira – 18 a 23 de fevereiro

19 de fevereiro de 2024

Reforma administrativa e pauta verde nas prioridades da Câmara, diz Arthur Lira – 18 a 23 de fevereiro

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, definiu quatro prioridades para o ano de 2024 no Legislativo, são elas: reforma administrativa, pauta verde, regulamentação da reforma tributária e proposta sobre inteligência artificial. A reforma tributária foi votada e aprovada no ano de 2023 e agora necessita de leis de regulamentação.

Cabe destacar que desde o final do ano passado, Congresso e Governo atravessam um impasse sobre a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. Em relação à pauta verde, o presidente da Câmara dos Deputados vê a participação na COP-30 como chance de consolidar o tema.

Outros assuntos para ficar de olho:

  • Comissão do Senado discute denúncias da CPI da Pandemia contra Prevent Senior;
  • Comissão de desenvolvimento humano do Senado avalia propostas de proteção às crianças;
  • Franquias aumentam faturamento em quase 14%;
  • Valor de mercado da Petrobras chega a novo recorde.

Eventos econômicos – 19 a 23 de fevereiro

Os eventos econômicos da semana serão:

  • Boletim Focus (segunda-feira);
  • IBC-Br – dez (segunda-feira);
  • Confiança do consumidor FGV (sexta-feira);
  • Receita Tributária Federal (sexta-feira).

Dívida de 200 bilhões do governo, nós pagaremos a conta

30 de janeiro de 2024

No ano passado, o Brasil enfrentou um desafio econômico considerável: um déficit primário de R$ 230,5 bilhões, o maior desde 2020, representando 2,1% do PIB. Esses números, revelados pela Secretaria do Tesouro Nacional, vão além de simples estatísticas em um documento. Eles são um sinal de alerta para a saúde financeira do nosso país, especialmente em um momento global marcado por incertezas e desafios domésticos significativos.

Entender a seriedade dessa situação exige uma análise mais profunda dos fatores que nos levaram a esse ponto. Por um lado, assistimos a uma redução de 2% nas receitas do governo, enquanto, por outro, as despesas aumentaram em notáveis 12,5%. Esse desequilíbrio financeiro reflete um ambiente econômico adverso e, infelizmente, algumas escolhas políticas e administrativas questionáveis. A situação se torna ainda mais preocupante ao percebermos que este déficit é o segundo maior desde 1997, sinalizando que os problemas financeiros do país não são apenas persistentes, mas estão se intensificando.

O que mais me preocupa é a aparente indiferença do governo atual frente a essa realidade. Existe uma tendência em aumentar os gastos públicos sem uma estratégia clara de financiamento, potencialmente desencadeando um ciclo de endividamento e fragilidade fiscal. Essa abordagem negligencia os princípios de responsabilidade fiscal e ameaça a estabilidade econômica do país a longo prazo.

Lembrar que o déficit público afeta diretamente a classificação de crédito de um país é fundamental. Recentemente, a Fitch Ratings melhorou a nota do Brasil de BB- para BB, um avanço que reflete uma certa confiança na nossa economia. Contudo, ainda estamos longe de atingir o grau de investimento, essencial para atrair mais investimentos estrangeiros e melhorar as condições de financiamento do país. Segundo a Fitch, um passo crucial para o Brasil melhorar sua avaliação é controlar efetivamente seu déficit.

Diante disso, torna-se crucial que o Brasil adote medidas para organizar suas finanças públicas. Olhando para trás, vemos que países como a Nova Zelândia nos anos 90 e o Canadá no final dos anos 80 e início dos 90 conseguiram reverter cenários de déficits elevados. Eles alcançaram isso por meio de uma combinação de cortes de gastos, reformas estruturais e fortalecimento das instituições fiscais. Esses casos não são apenas teorias; são lições práticas da importância do equilíbrio fiscal para a saúde econômica de uma nação.

A transparência e responsabilidade na gestão fiscal também são vitais para reconstruir a confiança dos investidores e do público. Isso implica não apenas em medidas de austeridade, mas também na implementação de reformas que fomentem um crescimento econômico sustentável.

Para atrair investimentos estrangeiros de forma sustentável, o Brasil precisa mostrar compromisso com uma gestão fiscal responsável. Isso envolve mais do que cortes indiscriminados de gastos; significa gerir os recursos públicos de forma eficiente, dando prioridade a investimentos com retorno econômico e social significativo.

Em resumo, o déficit primário brasileiro de 2023 é um claro sinal de alerta. A situação demanda uma resposta rápida e eficaz do governo, com políticas focadas não só no equilíbrio fiscal, mas também no desenvolvimento econômico sustentável e inclusivo. A história nos ensina que a recuperação fiscal é possível, mas exige disciplina, visão estratégica e um compromisso firme com o futuro do nosso país.

Arilson Chiorato fala dos planos do PT para 2024

19 de dezembro de 2023

Nosso sistema político é fundamentalmente influenciado pelos partidos políticos, desempenhando um papel crucial na definição das estratégias eleitorais e na apresentação dos candidatos para que os eleitores possam fazer suas escolhas informadas. Na atualidade, é quase impossível competir em uma eleição sem ser filiado a um dos partidos políticos devidamente registrados e reconhecidos pelas autoridades da Justiça Eleitoral.

Com esse contexto em mente, elaboramos uma série de entrevistas com o objetivo de explorar as perspectivas e planos dos presidentes de diversos partidos políticos atuantes aqui no estado do Paraná. Essas conversas fornecerão insights valiosos sobre as direções e visões das diferentes legendas em nossa região.

Esta coluna inaugura uma série de entrevistas com os líderes dos principais partidos atuantes no estado do Paraná. Durante essas conversas, abordaremos seus planos, propostas e expectativas em relação às eleições que ocorrerão no ano de 2024. Além disso, investigaremos como essas legendas enxergam o atual panorama político nacional e de que forma isso pode influenciar o próximo pleito eleitoral.

Começamos esta série ouvindo o Partido dos Trabalhadores (PT). Entre outros destaques, o presidente estadual do Partido, Arilson Chiorato, comentou do interesse do PT em fazer uma base de prefeitos e vereadores no Paraná e que essa ‘força’ política e institucional será um dos motores do trabalho pela reeleição do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva em 2026.

Com a palavra, Arilson Chiorato

1 – Em quantas cidades do Paraná o seu partido se encontra organizado? 

AC – Hoje, o PT se encontra organizado em 350 cidades. São 312 diretórios e 38 comissões provisórias. A gente ainda tende a organizar o pleito eleitoral nos outros 49 municípios que existem.

2 – Há um planejamento para lançar candidaturas em quantas dessas cidades?

AC – O PT planeja lançar candidaturas o máximo possível. Claro que o PT faz uma discussão dentro de uma federação, que é composta pelo PV e pelo PcdoB, e também tem um debate com a frente progressista, junto com o PSB, com o PDT, com o PSOL e com a Rede do estado. Então nós vamos lutar para ter um espaço com candidaturas viáveis em que a gente tenha condições  de ganhar pelo PT, ou, aonde a gente não pode ganhar pelo PT, a gente componha com esses partidos.

3 – Existe alguma meta estabelecida para a quantidade de vereadores e prefeitos que o partido pretende eleger?

AC – Hoje o partido tem 135 vereadores, a nossa meta é chegar a 250. Temos 8 prefeituras, pretendemos chegar a 20 no estado.

4 – Nas cidades de Londrina, Maringá, Cascavel, Guarapuava, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Região Metropolitana de Curitiba e Curitiba, o seu partido planeja ter candidatura própria ou buscar uma composição ou coligação?

AC – Em todas elas a gente tem conversado com a frente progressista do estado. PT, PV, PCdoB, PSOL, Rede, PDT e PSB estão tentando organizar as eleições nessas cidades. Todos que têm ligação com o presidente Lula, que compõem esse campo, nós estamos conversando. Claro que eu acho que vamos ter candidaturas em várias dessas cidades citadas. Por exemplo, em Londrina com certeza, em Maringá com certeza, Guarapuava com certeza, em Foz do Iguaçu ainda está se discutindo, em Ponta Grossa, caso o deputado Aliel Machado do PV seja candidato, vamos apoiá-lo. Em Curitiba há um debate da frente, temos três pré-candidaturas: o deputado federal Zeca Dirceu, a deputada federal Carol Dartora e o Felipe Magal. São nomes, mas a gente também tem discutido a possibilidade de uma frente.

5 – Qual a avaliação que o seu partido faz do atual mandato de governador? Acredita que terá um peso significativo nas eleições de 2024?

AC – O governador sempre tem peso nas eleições. Mas acredito que não terá mais a força que teve no passado. O governo do Ratinho, de muito propaganda e marketing, está se decompondo. Com a venda da Copel, com o pedágio caro voltando, com a privatização da Sanepar, com o aumento de ICMS, acho que ele perde muita força no apoiamento eleitoral do ano que vem.

6 – Qual a avaliação que o seu partido faz do atual mandato do Presidente Lula? Acredita que ele terá peso significativo nas eleições municipais?

AC – Eu acho que o peso do Lula será aumentado. Os sinais de melhora da economia são grandes e o Lula vai estar com a aprovação melhorada. A gente teve redução da taxa de juros mais uma vez, a gente tem o PIB crescendo, o desemprego recuou, a inflação está sob controle, então as características econômicas pro ano que vem são boas. A gente pode ter, sim, um Lula com peso maior do que teve no passado. Esse é o nosso entendimento. Até porque o Lula retomou programas importantes: Mais Médicos, Minha Casa Minha Vida, Farmácia Popular. Criou o programa Desenrola. Tudo isso vai fazer com que Lula seja forte nas eleições do ano que vem.

7 – E quanto ao ex-presidente Jair Bolsonaro, acredita que terá um peso relevante nas eleições de 2024?

AC – Acredito que não. Acredito que até lá o Bolsonaro poderá estar preso, inclusive. Então acho que vai estar em um desgaste muito grande, muitas coisas estão sendo expostas sobre a conduta que ele teve no governo. E claro, as pessoas vão lembrar do tempo ruim que ele fez.

8 – E como seu partido percebe que a polarização política nacional pode afetar o desempenho das candidaturas nas eleições municipais de 2024?

AC – Na verdade, a polarização é dada. Inevitável. O que a gente tenta debater nas eleições municipais são os problemas das cidades. Eu acho que vamos ter um pouco menos de polarização do que a eleição nacional. É claro que ela vai encontrar esse campo para debate, mas mais nas cidades maiores. Nas cidades menores, a eleição é mais voltada para os problemas locais.

9 – Quais são as áreas ou temas prioritários em sua plataforma para as eleições municipais?

AC – O nosso debate é o resgate. Da saúde pública como prioridade, da educação gratuita e pública. Contra essas privatizações de empresas estratégicas, como de energia e saneamento. E claro, um pacto com o desenvolvimento sustentável, com o meio ambiente. Nós do PT, estamos organizando para que a gente debata as pessoas, o cuidado, a vida, esse é o nosso grande componente para as eleições. Esse ‘tripé’ entre o econômico, o social, o meio ambiente e a vida. Principalmente a vida. E valorização, obviamente, da ciência. 

10 – Por conta da sua atuação destacada na Assembleia Legislativa, existe a possibilidade de mudança de domicílio eleitoral para Curitiba? 

AC – Não, nessas eleições não. Eu tenho ajudado, como presidente estadual do partido, a discutir vários processos como um todo, eu tô participando das tratativas para as eleições em todo o Paraná, nos 399 municípios. Desde Curitiba, que é o maior, até Nova Aliança do Ivaí, que é o menor, eu tô conversando com nossos líderes como compor, como conduzir. Então a minha tarefa, agora, é tocar esse processo do PT. Ao me eleger Presidente do partido, eu tinha o partido organizado em duzentas e vinte e poucas cidades, apenas. Hoje a gente está em 350. É um mérito de uma gestão coletiva, obviamente. Agora eu quero dobrar o número de vereadores, como já coloquei, quero eleger mais prefeitos e ter uma grande força política institucionalizada com mandatos para a reeleição do Presidente Lula. Essa possibilidade de ir pra Curitiba, pode ser que no futuro aconteça. Mas pra essa eleição é muito difícil

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