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Como vai o PSD para as eleições de 2024? Ratinho Jr detalha planos do partido

9 de janeiro de 2024

A terceira entrevista com dirigentes dos principais partidos atuantes no Paraná, é com o presidente estadual do Partido Social Democrata (PSD), o governador, Ratinho Jr. O PSD tem um plano ousado para 2024, lançar candidatos em todas as cidades do Paraná. O partido já tem presença nos 399 municípios e se organiza para montar uma chapa, ou compor em todos eles. Além disso, o PSD valoriza o “Metódo Paraná” e também diz que cada cidade tem suas demandas específicas para as próximas eleições.

1 – Quantas cidades do Paraná o seu partido está atualmente organizado? 

O PSD Paraná está constantemente avançando em seu compromisso com o crescimento, a diversidade e a igualdade de gênero. Com uma presença sólida em todos os 399 municípios do estado, o PSD está representado em 201 prefeituras paranaenses, o que equivale a mais de 50% dos municípios do estado, além de contar com 61 vice-prefeitos e 659 vereadores. O PSD Paraná também detém a maior representação na Assembleia Legislativa do estado, com 16 deputados estaduais, além de possuir 7 deputados federais.

No âmbito feminino, das 39 prefeitas eleitas, 20 são filiadas ao PSD, representando mais de 50% das prefeituras paranaenses comandadas por mulheres pessedistas. Além disso, existem 11 vice-prefeitas e 91 vereadoras. No ano de 2022, o PSD PR elegeu 2 deputadas federais e 2 deputadas estaduais. Atualmente, a família pessedista é composta por mais de 36.812 pessoas filiadas ao PSD no Paraná.

2 – Há um planejamento para lançar candidaturas em quantas dessas cidades?

Hoje o PSD está organizado nos 399 municípios do Paraná. Essa organização faz parte de um planejamento e é intenção do partido lançar candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores em todos os municípios do estado.

3 – Existe alguma meta estabelecida para a quantidade de vereadores e prefeitos que o partido pretende eleger?

Não é possível estabelecer uma meta, mas trabalhamos para ampliar o total de eleitos nos três cargos em disputa. 

4 – Nas cidades de Londrina, Maringá, Cascavel, Guarapuava, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Região Metropolitana de Curitiba e Curitiba, o seu partido planeja ter candidatura própria ou buscará uma composição ou coligação?

As composições locais são sempre muito bem trabalhadas, pois cada município tem sua peculiaridade, mas estamos trabalhando para que o partido tenha candidatura própria na maioria dos municípios em que estamos organizados, em especial nesses de médio e grande porte. 

5- Qual é a avaliação que o seu partido faz do seu atual mandato de Governador? Acredita que terá um peso significativo nas eleições municipais de 2024?

Aqui é preciso separar um pouco, pois o Governo do Estado atua em todo o Paraná, buscando resolver os problemas e melhorando a vida de todos, independente desse ou daquele município ou partido que esteja à frente da gestão municipal. No PSD temos um método de trabalho que chamamos Método Paraná, que é trabalhar com eficiência, rapidez e qualidade para resolver os problemas tanto em âmbito municipal quanto estadual. Uma de nossas diretrizes é tirar obras do papel, é fazer com que importantes e necessárias obras não fiquem paradas. Isso gera gastos públicos e frustração da população. Acredito que todo o bom trabalho é por si só um exemplo, mas a eleição municipal depende de outros fatores, locais inclusive, e não se pode prever o peso que a atuação estadual terá ou terá.

6 – Qual é a avaliação que o seu partido faz do atual mandato do Presidente Lula? Acredita que ele terá um peso significativo nas eleições municipais de 2024?  E quanto ao ex-presidente Jair Bolsonaro? Acredita que ele terá um peso relevante nas eleições municipais de 2024?

Da mesma forma que a resposta anterior, é preciso separar o âmbito político do governamental. A figura do Presidente e líder de partido (atual ou “ex”) muitas vezes está distante da realidade municipal e sua “influência política” é muito difícil de ser medida com clareza. Qualquer opinião nesse sentido é mera conjectura.

8 – Como o seu partido percebe que a polarização política nacional pode afetar o desempenho das candidaturas nas eleições municipais de 2024?

A polarização tem vários aspectos, positivos e negativos, gosto de pensar no positivo, pois há mais pessoas se envolvendo com a política, querendo participar, entender e se posicionar. Isso faz uma democracia saudável e respeitamos o posicionamos de todos. Mas volto a reforçar que as eleições municipais têm variáveis muito locais e nem sempre podem ser preditas ou confirmadas. A polarização é uma delas. 

9 – Quais são as áreas ou temas prioritários em sua plataforma para as eleições municipais de 2024?

Na linha do nosso Método Paraná a intenção é que mais do que áreas, precisamos remodelar a forma de gestão no estado e nos municípios, pois se a máquina pública funcionar de forma eficiente, com qualidade e agilidade, todas as áreas serão positivamente afetadas.

Arilson Chiorato fala dos planos do PT para 2024

19 de dezembro de 2023

Nosso sistema político é fundamentalmente influenciado pelos partidos políticos, desempenhando um papel crucial na definição das estratégias eleitorais e na apresentação dos candidatos para que os eleitores possam fazer suas escolhas informadas. Na atualidade, é quase impossível competir em uma eleição sem ser filiado a um dos partidos políticos devidamente registrados e reconhecidos pelas autoridades da Justiça Eleitoral.

Com esse contexto em mente, elaboramos uma série de entrevistas com o objetivo de explorar as perspectivas e planos dos presidentes de diversos partidos políticos atuantes aqui no estado do Paraná. Essas conversas fornecerão insights valiosos sobre as direções e visões das diferentes legendas em nossa região.

Esta coluna inaugura uma série de entrevistas com os líderes dos principais partidos atuantes no estado do Paraná. Durante essas conversas, abordaremos seus planos, propostas e expectativas em relação às eleições que ocorrerão no ano de 2024. Além disso, investigaremos como essas legendas enxergam o atual panorama político nacional e de que forma isso pode influenciar o próximo pleito eleitoral.

Começamos esta série ouvindo o Partido dos Trabalhadores (PT). Entre outros destaques, o presidente estadual do Partido, Arilson Chiorato, comentou do interesse do PT em fazer uma base de prefeitos e vereadores no Paraná e que essa ‘força’ política e institucional será um dos motores do trabalho pela reeleição do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva em 2026.

Com a palavra, Arilson Chiorato

1 – Em quantas cidades do Paraná o seu partido se encontra organizado? 

AC – Hoje, o PT se encontra organizado em 350 cidades. São 312 diretórios e 38 comissões provisórias. A gente ainda tende a organizar o pleito eleitoral nos outros 49 municípios que existem.

2 – Há um planejamento para lançar candidaturas em quantas dessas cidades?

AC – O PT planeja lançar candidaturas o máximo possível. Claro que o PT faz uma discussão dentro de uma federação, que é composta pelo PV e pelo PcdoB, e também tem um debate com a frente progressista, junto com o PSB, com o PDT, com o PSOL e com a Rede do estado. Então nós vamos lutar para ter um espaço com candidaturas viáveis em que a gente tenha condições  de ganhar pelo PT, ou, aonde a gente não pode ganhar pelo PT, a gente componha com esses partidos.

3 – Existe alguma meta estabelecida para a quantidade de vereadores e prefeitos que o partido pretende eleger?

AC – Hoje o partido tem 135 vereadores, a nossa meta é chegar a 250. Temos 8 prefeituras, pretendemos chegar a 20 no estado.

4 – Nas cidades de Londrina, Maringá, Cascavel, Guarapuava, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Região Metropolitana de Curitiba e Curitiba, o seu partido planeja ter candidatura própria ou buscar uma composição ou coligação?

AC – Em todas elas a gente tem conversado com a frente progressista do estado. PT, PV, PCdoB, PSOL, Rede, PDT e PSB estão tentando organizar as eleições nessas cidades. Todos que têm ligação com o presidente Lula, que compõem esse campo, nós estamos conversando. Claro que eu acho que vamos ter candidaturas em várias dessas cidades citadas. Por exemplo, em Londrina com certeza, em Maringá com certeza, Guarapuava com certeza, em Foz do Iguaçu ainda está se discutindo, em Ponta Grossa, caso o deputado Aliel Machado do PV seja candidato, vamos apoiá-lo. Em Curitiba há um debate da frente, temos três pré-candidaturas: o deputado federal Zeca Dirceu, a deputada federal Carol Dartora e o Felipe Magal. São nomes, mas a gente também tem discutido a possibilidade de uma frente.

5 – Qual a avaliação que o seu partido faz do atual mandato de governador? Acredita que terá um peso significativo nas eleições de 2024?

AC – O governador sempre tem peso nas eleições. Mas acredito que não terá mais a força que teve no passado. O governo do Ratinho, de muito propaganda e marketing, está se decompondo. Com a venda da Copel, com o pedágio caro voltando, com a privatização da Sanepar, com o aumento de ICMS, acho que ele perde muita força no apoiamento eleitoral do ano que vem.

6 – Qual a avaliação que o seu partido faz do atual mandato do Presidente Lula? Acredita que ele terá peso significativo nas eleições municipais?

AC – Eu acho que o peso do Lula será aumentado. Os sinais de melhora da economia são grandes e o Lula vai estar com a aprovação melhorada. A gente teve redução da taxa de juros mais uma vez, a gente tem o PIB crescendo, o desemprego recuou, a inflação está sob controle, então as características econômicas pro ano que vem são boas. A gente pode ter, sim, um Lula com peso maior do que teve no passado. Esse é o nosso entendimento. Até porque o Lula retomou programas importantes: Mais Médicos, Minha Casa Minha Vida, Farmácia Popular. Criou o programa Desenrola. Tudo isso vai fazer com que Lula seja forte nas eleições do ano que vem.

7 – E quanto ao ex-presidente Jair Bolsonaro, acredita que terá um peso relevante nas eleições de 2024?

AC – Acredito que não. Acredito que até lá o Bolsonaro poderá estar preso, inclusive. Então acho que vai estar em um desgaste muito grande, muitas coisas estão sendo expostas sobre a conduta que ele teve no governo. E claro, as pessoas vão lembrar do tempo ruim que ele fez.

8 – E como seu partido percebe que a polarização política nacional pode afetar o desempenho das candidaturas nas eleições municipais de 2024?

AC – Na verdade, a polarização é dada. Inevitável. O que a gente tenta debater nas eleições municipais são os problemas das cidades. Eu acho que vamos ter um pouco menos de polarização do que a eleição nacional. É claro que ela vai encontrar esse campo para debate, mas mais nas cidades maiores. Nas cidades menores, a eleição é mais voltada para os problemas locais.

9 – Quais são as áreas ou temas prioritários em sua plataforma para as eleições municipais?

AC – O nosso debate é o resgate. Da saúde pública como prioridade, da educação gratuita e pública. Contra essas privatizações de empresas estratégicas, como de energia e saneamento. E claro, um pacto com o desenvolvimento sustentável, com o meio ambiente. Nós do PT, estamos organizando para que a gente debata as pessoas, o cuidado, a vida, esse é o nosso grande componente para as eleições. Esse ‘tripé’ entre o econômico, o social, o meio ambiente e a vida. Principalmente a vida. E valorização, obviamente, da ciência. 

10 – Por conta da sua atuação destacada na Assembleia Legislativa, existe a possibilidade de mudança de domicílio eleitoral para Curitiba? 

AC – Não, nessas eleições não. Eu tenho ajudado, como presidente estadual do partido, a discutir vários processos como um todo, eu tô participando das tratativas para as eleições em todo o Paraná, nos 399 municípios. Desde Curitiba, que é o maior, até Nova Aliança do Ivaí, que é o menor, eu tô conversando com nossos líderes como compor, como conduzir. Então a minha tarefa, agora, é tocar esse processo do PT. Ao me eleger Presidente do partido, eu tinha o partido organizado em duzentas e vinte e poucas cidades, apenas. Hoje a gente está em 350. É um mérito de uma gestão coletiva, obviamente. Agora eu quero dobrar o número de vereadores, como já coloquei, quero eleger mais prefeitos e ter uma grande força política institucionalizada com mandatos para a reeleição do Presidente Lula. Essa possibilidade de ir pra Curitiba, pode ser que no futuro aconteça. Mas pra essa eleição é muito difícil

Sessão em Dois Vizinhos e audiências públicas, a semana do Legislativo paranaense – 20 a 24 de novembro

19 de novembro de 2023

A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) terá uma sessão especial da Alep Itinerante no município de Dois Vizinhos. A visita será no dia 24 de novembro. Assim, a programação do Legislativo neste município terá eventos para ouvir as demandas da população.

Além disso, personalidades locais receberão homenagens dos parlamentares. A Alep Itinerante já esteve em: Londrina, Maringá, Paranaguá, Castro, Santo Antônio da Platina, Fazenda Rio Grande, Ponta Grossa e Irati.

A semana na Alep também terá uma série de debates e audiências. Entre os temas estão; TDAH, cozinha solidária e violência contra mulher. Outro destaque é para a audiência no Dia Nacional do Zumbi e da Consciência Negra que terá um debate sobre combate ao racismo na educação.

Outros assuntos para ficar de olho:

  • PIB do Paraná aumenta 3,5% e Estado fica em quinto lugar no ranking nacional;
  • Curitiba recebe 20ª Jornada da Agroecologia;
  • Alep lança campanha de Natal Solidário;
  • Paraná vai contribuir com um edital de pesquisas científicas na Amazônia.

Prazo para comunicação de venda de veículos pode aumentar no Paraná

31 de outubro de 2023

A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) recebeu um projeto que propõe o aumento do prazo para comunicação de venda de um veículo. Assim, o período passa de 30 para 60 dias. Dessa forma, o projeto altera a Lei nº 14.260 de 2003 que regula a cobrança do IPVA no Paraná. Além disso, a proposta seria uma forma de adequação ao Código de Trânsito Brasileiro para multas de trânsito.

Autor do projeto, o deputado Fabio Oliveira (Podemos), justificou que é uma forma de evitar que o antigo proprietário do veículo seja responsabilizado por eventuais multas do novo dono. O deputado Hussein Bakri (PSD), líder do governo, também é um dos autores da proposta.

Projeto para implementar peixe na dieta escolar vai a votação

26 de outubro de 2023

Vai ao plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) um projeto para implementar o peixe na dieta escolar da rede estadual de ensino. A autoria da proposta é de Luiz Fernando Guerra (União). Dessa forma, se aprovado, o projeto levará o peixe para quase 1 milhão de alunos matriculados na rede estadual.

O deputado, autor do projeto, justificou a proposta afirmando a intenção de levar mais diversidade e qualidade ao cardápio das escolas. Cabe destacar que o Paraná liderou o ranking de produção de tilápia no Brasil com 194 mil toneladas. Dessa forma, as atividades comerciais com esse tipo de peixe estão estabelecidas em 363 cidades do Estado.

Em julho deste ano, o Paraná também iniciou a segunda etapa do Programa Rio Vivo. Assim, a ideia do estado é repovoar os rios com mais de 10 milhões de peixes nativos até o ano de 2026. Além disso, a Copel também fez uma ação de repovoamento de 140 mil alevinos de monjolo, espécie em extinção, no Rio Iguaçu.

O projeto de Luiz Guerra foi aprovado em todas as comissões da Alep e está pronto para votação. Além disso, há uma expectativa de que a inclusão do peixe no cardápio das escolas também impulsione a economia local com vantagens para pequenos produtores.

Entrevista Rose Traiano

30 de agosto de 2023

A coluna entrevistou Rose para conhecer mais de sua história, seu perfil e os projetos sociais que ela desenvolve, confira!

Pedroso: Você preside o Conselho de Assistência Social na Assembleia Legislativa e está construindo a parte formal desse trabalho. Como surgiu seu interesse pelas áreas sociais?

Rose: Nós iniciamos essa trajetória em 2020 com a ação do Natal Solidário aqui na Assembleia fazendo a entrega de brinquedos para crianças em situação de vulnerabilidade social bem na época da pandemia. Nós chamamos as esposas dos deputados para somar forças em prol das crianças, para levar alegria e manter o encanto do natal nessa época difícil. O presidente (Ademar Traiano) deu todo o apoio e junto a Cleusa do cerimonial nós iniciamos o projeto com a arrecadação de mais de 1.700 brinquedos e entregamos para lares que cuidam de crianças órfãs. Na segunda edição, em 2021, nós conseguimos um número maior de brinquedos e entregamos para a Defesa Civil aqui do Estado. Em 2022, nós fomos in loco até uma comunidade em São José dos Pinhais e com o empenho de todos os servidores e colaboradores da Casa chegamos a mais de 2 mil brinquedos. Levamos um papai noel também e também muito carinho para eles e fomos retribuídos também com muito carinho. O conselho conta só com a ação social, não tem dinheiro, é solidariedade.

Pedroso: Hoje o projeto das Tampinhas Solidárias para o Asilo São Vicente é um dos principais do Conselho, oferecendo recursos para as casas de amparo dos idosos e também um olhar ambiental. Como você escolhe os temas que apoia?

Rose: Eu sou mãe de duas moças e eu aprendo muito com minhas filhas. Minha prioridade sempre foi ser um bom exemplo para minhas filhas porque educar vai além do dia a dia, você tem que se preocupar com o exemplo. A alegria delas (as filhas) com o papai noel no final do ano, por exemplo, me fez se esforçar para manter a “magia do natal”, eu mesma acreditei no papai noel. Então, quando tive a oportunidade de levar esse mesmo encanto para outras crianças eu fiquei muito feliz porque eu sei que todas as mães ficam felizes. No dia da entrega dos brinquedos, vi uma mãe chorando e feliz por ter ido entregar o presente.

Já sobre os idosos, eu era muito apegada aos meus pais que me ensinaram muita coisa e que eu passo para minhas filhas. E eu perdi minha mãe em 2020 e meu pai em 2022. Minhas filhas queriam seguir dando presentes de natal, e nós resolvemos “adotar”, em termos afetivos, um senhor, uma senhora, para dar um presente e manter o ritual de natal. Para isso nós visitamos o Asilo São Vicente para conhecer e buscar informações.

O idoso é muito importante para essa geração, eles são fontes de boas histórias e exemplos. Então nessa busca eu fiquei sabendo da necessidade dos idosos que não tem família, não tem com quem conversar. Nessa busca nós também passamos a frequentar o asilo e a dar e receber carinho das pessoas. Nessa vivência eu comecei a ver o quão necessário é chamar a atenção da sociedade para contribuir, dando um pouco de tempo, carinho, agasalhos, alimento e é como eu digo: não precisa de grandes feitos. O Tampinha Paraná não envolve dinheiro, é um grande trabalho, ele é uma mobilização.

Pedroso: Você conseguiu envolver também outras parcerias, a associação comercial, a associação dos procuradores… faltava pessoas para instigar e fomentar essas demais organizações?

Rose: Eu acredito que sim. Faltava iniciar porque como eu sempre falo o paranaense é solidário, é engajado. Então quando a gente conseguiu unir a solidariedade ao idoso que precisa da gente, a sustentabilidade, sem precisarmos envolver dinheiro, nós conseguimos o engajamento na ação.

Pedroso: O Paraná tem um grande histórico de primeiras damas que se envolveram com os trabalhos sociais. Alguma delas inspira você?

Rose: Veja se eu falar um nome, talvez eu seja injusta. Os bons exemplos estão aí para somar e nós temos a oportunidade de estender a mão, de ser um exemplo para as outras pessoas seguindo uma “corrente do bem”.

Pedroso: Você falou bastante sobre o legado que você recebeu, que está construindo e o que deseja passar adiante. Tem a intenção de levar essas ideias adiante em uma disputa eleitoral, um projeto político? Ou a ideia é focar no terceiro setor, em mobilizar esses agentes da sociedade?

Rose: Neste momento não passa pela minha cabeça um projeto político. Eu estou satisfeita com o resultado que estamos tendo com essa mobilização dos nossos projetos que tem a adesão do Ministério Público, da ACP e do Rotary Club. São entidades de grande representatividade que estão somando forças com a gente. Essa devolutiva dos nossos projetos já me deixa feliz e sentindo que está valendo a pena.

Pedroso: Neste momento não, mas no futuro talvez …

Rose: A gente recebe elogios e falas das pessoas. Muitas mulheres conhecem a minha história e, nesse sentido, dizem que eu tenho essa representatividade como mulher, mãe, profissional, me incentivam a ir. A gente tem recebido esses elogios e isso nos deixa felizes.

Pedroso: O que podemos imaginar para frente nesses projetos? Você já teve a campanha das tampinhas, dos brinquedos, teremos outros projetos?

Rose: Sim! Teremos, o programa Tampinha Paraná que vai virar lei é permanente, então nós vamos somar cada vez mais forças para tirar as tampinhas do meio ambiente e ajudar os idosos, levar a eles carinho e atenção também. Vamos continuar com essa ação que tem hoje a adesão de vários municípios que estão arrecadando milhares de tampinhas ajudando muito na questão do meio ambiente.

Temos também a do natal e que esse ano será um sucesso, em setembro teremos um assunto para os adolescentes abordando a pauta da questão do abuso, da internet  e dos relacionamentos. É muito melhor cuidar agora do que remediar na frente. E também teremos um programa em desenvolvimento junto a secretaria da mulher que deverá ser um programa muito importante voltado às adolescentes.

Conselho de Assistência Social da Assembleia Legislativa mantém viva a tradição do trabalho social no Paraná

30 de agosto de 2023

Fundado em 29 de maio de 2023, o Conselho de Ações Solidárias e Voluntariado da Assembleia Legislativa mobiliza servidores, familiares dos deputados e os próprios parlamentares para promoverem ações que fomentam a solidariedade entre o povo paranaense.

Programas como o Tampinha Paraná ou a iniciativa do Natal Solidário da Assembleia Legislativa são geridos por Rose Traiano, presidente do Conselho e que comanda as iniciativas sociais da Casa: “O Conselho não tem dinheiro, mas tem uma grande mobilização”.

A mobilização de Rose quer transformar, por exemplo, o Tampinha Paraná –  que destina as tampinhas plásticas que iriam para o lixo para entidades que assistem idosos em vulnerabilidade social e econômica – em lei. Desta forma, a campanha que alia sustentabilidade com caridade ajudando asilos em todo estado seguirá permanente. A iniciativa, inclusive, já foi adotada por diversos municípios e, segundo Rose, a arrecadação de tampinhas passa das milhares.

Rose começou com essa iniciativa graças a uma outra ideia, a do Natal Solidário: “Minhas filhas queriam continuar com o ritual de dar presentes, mesmo após eu perder meus pais, avós delas”. Foi assim, que elas conheceram e passaram a frequentar um dos asilos da capital paranaense e conhecendo os senhores e senhoras do local viram necessidades e pensaram numa forma de ajudar e também levar carinho e atenção para eles.

Deputados assumem trincheiras sobre mudanças na COPEL

31 de julho de 2023

O debate sobre a redução do controle estatal sobre a Copel, seja via privatização, seja transformação em corporação, sempre despertou paixões e polêmicas intensas. Um exemplo dessa situação é a rejeição que Jaime Lerner provou quando saiu do governo em 2002, alguns atribuem a baixa popularidade a sua malsucedida tentativa de privatizar a companhia, talvez por isso boa parte da classe política do Paraná tenha fugido do assunto até agora.

Eu disse até agora porque, mesmo sabendo desse vespeiro, o Governador Ratinho Junior encampou a iniciativa de levar adiante a transformação da Copel em corporação, o que tiraria da mão do estado parte significativa do controle da empresa. Quando a autorização foi apreciada na Assembleia Legislativa a base aliada garantiu que o processo avançasse com um placar de 36 votos favoráveis e 13 votos contrários, mas nenhum deputado subiu ao púlpito para defender a iniciativa.

O cenário parece ter mudado com a decisão do deputado Alexandre Curi, primeiro secretário da Alep, que tomou para si o assunto e tem defendido a medida tanto em espaços políticos quanto na mídia. É um movimento arriscado, pois acaba contrariando parte do sindicalismo ligado à companhia, mas também é um passo necessário para quem pode ter a pretensão de voos mais altos.

Se do lado da oposição umas das vozes mais intensas é do Deputado Arilson Chiorato, agora o lado da situação encontrou uma voz sob a qual convergir.

Deputado paranaense vê Reforma Tributária frágil para os municípios: “prefeitos não podem viver de favor”

23 de junho de 2023

A versão final do relatório da Reforma Tributária, apresentada na última quinta-feira, pelo deputado relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) não atende às aspirações dos municípios, segundo o deputado estadual Alexandre Curi (PSD), que representa 152 prefeituras junto ao Governo do Paraná. Para Curi, a proposta é frágil para os municípios porque não deixa claro quais serão os critérios de distribuição do Fundo de Desenvolvimento Regional e qual será o espaço de representação no órgão gestor que irá cuidar dos tributos.

“O comércio ocorre nas cidades, o consumo acontece nas cidades, os serviços são prestados nas cidades, ou seja, a arrecadação é feita nas cidades. Mas para realizar qualquer transformação em suas cidades, ou mesmo para honrar com os compromissos básicos com saúde e educação, o prefeito depende de verbas federais, estaduais ou emendas parlamentares. Precisamos de uma reforma que simplifique o sistema tributário brasileiro, mas, também, que desconcentre a arrecadação na União. É preciso dar autonomia financeira aos municípios. Os prefeitos não querem viver de favor. Qualquer reforma tributária que fragilize os municípios e deixe os prefeitos de pires na mão, é inaceitável”, disse.

Para tentar fechar uma posição conjunta acerca do texto da reforma, as bancadas do sul e sudeste (que somam 256 deputados) agendaram uma reunião técnica para o dia 4 de julho. Antes disso, Curi pretende reunir-se com a Associação dos Municípios do Paraná para levar à bancada federal a posição das prefeituras sobre o texto.

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