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Eleição Anulada: Assembleia Legislativa do Paraná terá novo pleito para a Mesa Diretora de 2025/26

4 de novembro de 2024

A Assembleia Legislativa do Paraná anulará a eleição da Mesa Diretora realizada em agosto e convocará um novo pleito para o biênio 2025/26. A decisão veio através de um Projeto de Resolução apresentado pela Mesa Executiva nesta segunda-feira, buscando reforçar a segurança jurídica do processo eleitoral. A medida ocorre após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) contra a antecipação de eleições em Assembleias Legislativas de vários estados.

A nova eleição, embora necessária para atender às normas legais, não deve alterar a composição da Mesa Diretora, previamente definida em agosto com Alexandre Curi na presidência, Flávia Francischini na vice-presidência e Gugu Bueno como primeiro secretário. A chapa deverá ser confirmada no novo processo, que tem como objetivo central garantir a legalidade e a legitimidade dos futuros dirigentes da Casa.

As ADIs da PGR questionam dispositivos dos regimentos internos de Assembleias que permitem a antecipação das eleições, argumentando que o prazo adequado para o pleito da Mesa Diretora seria o mês de outubro, conforme tramita no Supremo Tribunal Federal. Mesmo discordando da interpretação da PGR, a Assembleia Legislativa do Paraná optou por ajustar seu Regimento Interno, que anteriormente permitia a eleição a partir de agosto, para garantir a segurança jurídica do processo e eliminar eventuais contestações.

A nova resolução redefine o Regimento Interno, autorizando a realização da eleição para a Mesa Diretora a partir de 1º de novembro do ano anterior à posse, assegurando que o processo ocorra dentro das normas legais estabelecidas e fortalecendo a legitimidade da futura gestão.

Eleições 2024: como fica o tabuleiro político do Paraná e quem são as lideranças fortalecidas rumo a 2026

28 de outubro de 2024

As eleições municipais de 2024 no Paraná ultrapassaram a definição de novos prefeitos e vereadores e redefiniram as forças políticas estaduais. Algumas lideranças consolidaram sua base de apoio, enquanto outras viram sua influência diminuir. Este cenário não só antecipa novas alianças e desafios, mas também direciona o caminho para as eleições estaduais de 2026. Confira a seguir minha análise sobre quem avançou, diminuiu ou estagnou sua liderança política e as possíveis repercussões desses resultados.

Lideranças políticas já estão de olho nas eleições estaduais de 2026 (Fotos: Orlando Kissner | Alep/ Divulgação/ Roberto Dziura Jr
| AEN/ Zeca Ribeiro | Câmara dos Deputados)

Ratinho Jr., Alexandre Curi e os partidos que ganharam tração para 2026

Os prefeitos eleitos nos maiores colégios eleitorais se destacam pela possibilidade de implementar políticas públicas regionais de peso e de contribuir para a base dos líderes estaduais. Em especial, a necessidade de harmonizar com as diretrizes da reforma tributária será um ponto essencial para os próximos anos, exigindo dos prefeitos e vereadores habilidade em equilibrar finanças públicas e obter resultados concretos para suas regiões.

Com o final do segundo turno, o partido do governador Ratinho Jr., que já havia conquistado 40% das prefeituras do estado, avançou na sua representatividade com a vitória de Eduardo Pimentel, em Curitiba, e Tiago Amaral, em Londrina. A liderança do governador foi decisiva para a reorganização da campanha de Pimentel e consolidou sua influência na capital. O PSD agora é o partido com mais dirigentes municipais no estado.

Outro grande destaque foi o deputado Alexandre Curi, do PSD, que conseguiu expandir significativamente seu capital político. Agora presidente da Assembleia Legislativa, ele se consolidou como um dos articuladores mais fortes do estado, apoiado por uma rede de mais de 168 prefeitos e 600 vereadores que conseguiu eleger, fortalecendo sua base política. Soma-se a isso também o fato de ter assumido parte relevante da coordenação de campanha de Eduardo Pimentel no segundo turno. Esta articulação o coloca em uma posição de protagonismo para a possível candidatura ao governo estadual em 2026.

O ex-deputado Deltan Dallagnol, recém-filiado ao Partido Novo, surpreendeu ao revitalizar o partido e expandir sua presença no estado, apesar de enfrentar obstáculos após a cassação de seu mandato. Seu trabalho foi notável em cidades como Cascavel, onde o Novo elegeu o vice-prefeito e mesmo em Curitiba, onde o partido conquistou uma cadeira adicional na Câmara dos Vereadores. Esta nova liderança faz de Dallagnol uma peça influente no tabuleiro político do Paraná.

O fortalecimento de legendas como o Republicanos e o Podemos também marcou esta eleição. Sob a liderança de Marcelo Almeida e Denian Couto, esses partidos obtiveram avanços expressivos na capital e contribuíram decisivamente para o sucesso de Eduardo Pimentel, candidato apoiado pelo governador Ratinho Júnior. Este sucesso representa não só a consolidação da base aliada do governador, mas também uma aliança estratégica para as eleições de 2026.

Em termos de números, o Republicanos elegeu 16 prefeitos (um aumento de 170% em relação a 2020), 18 vices e 258 vereadores (um crescimento de 209% em relação a eleição municipal anterior).

O PL também avançou significativamente no estado, saltando de 31 para 52 prefeituras.

O PSOL, por sua vez, alcançou uma conquista inédita em Curitiba ao eleger sua primeira vereadora, a professora Angela. Essa vitória representa um marco para o partido, ainda em processo de expansão de sua base de apoio no Paraná.

Em Cascavel, o ex-prefeito Paranhos demonstrou habilidade política ao conseguir transferir seu apoio para o sucessor, evidenciando seu forte capital político local. Sua liderança foi fundamental para essa transição, uma conquista importante em um cenário de alta competitividade. Outros prefeitos não tiveram a mesma facilidade.

Ney Leprevost, Rafael Greca e os partidos que não avançaram no seu capital político

Quem saiu com um gosto amargo desta eleição foi o deputado Ney Leprevost que enfrentou uma perda significativa de capital político. Apontado como um dos favoritos para a prefeitura de Curitiba em ciclos eleitorais anteriores, ele não conseguiu traduzir esse apoio em resultados. Com a popularidade em baixa, Leprevost agora tem o desafio de reconquistar seu espaço e garantir sua reeleição como deputado estadual, ao passo que seu irmão também não obteve sucesso na tentativa de conquistar uma cadeira na Câmara de Curitiba.

Outro político cuja influência foi abalada é o senador Sérgio Moro. Apoios em diversas cidades resultaram em derrotas e, mesmo nas cidades em que saiu vitorioso como Ponta Grossa, a eleição dos prefeitos se deu mais pelo cenário do que por sua influência, o que deixou sua posição de força enfraquecida. Em Curitiba, a tentativa de fortalecer a chapa de Ney Leprevost com a participação de sua esposa como vice-candidata não surtiu efeito e terminou em bate-boca público nas redes sociais com Leprevost. Com aliados perdendo espaço em várias regiões, Moro terá um desafio significativo para reverter essa situação nos próximos anos.

O Partido dos Trabalhadores (PT), ao apoiar Luciano Ducci em Curitiba em vez de lançar um candidato próprio, sofreu uma perda de apoio e exposição. O desempenho limitado também se refletiu em outras cidades, como Guarapuava, onde o PT não conseguiu avançar devido a barreiras impostas por alianças locais. Esta estratégia restritiva expôs a dificuldade do PT em ampliar seu alcance no Paraná, uma realidade que afeta também outros partidos progressistas como o PSOL.

Tanto o PT quanto o PDT (Partido Democrático Trabalhista) poderiam ter alcançado resultados melhores, ao menos no que diz respeito à eleição de vereadores, se tivessem lançado candidatos próprios, como os nomes de Carol Dartora e Goura, respectivamente.

Para além da capital, PT e PDT tiveram uma drástica redução de espaço. O PT saiu de 8 para apenas 3 prefeituras, e o PDT diminuiu sua representatividade de 17 para 5.

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, teve sua popularidade abalada por conflitos internos e desgaste com figuras da oposição. Esse contexto pode reduzir suas chances de protagonismo nas disputas estaduais de 2026, impactando o alcance de sua influência.

A situação dos Progressistas (PP)

Embora não tenha avançado, o Progressistas (PP) manteve sua posição de força no Paraná, elegendo 61 prefeitos e 51 vice-prefeitos em várias regiões do estado. Em Curitiba, a deputada Maria Victoria, filha do líder Ricardo Barros, demonstrou resiliência e capacidade de organização, ainda que com desempenho inferior em relação às eleições anteriores. No entanto, essa estabilidade fortalece o PP como uma das principais forças políticas do estado. Já Ricardo Barros pode enfrentar obstáculos na sua relação com o Palácio do Governo pelos embates que realizou em cidades onde o governador também tinha seu candidato.

Perspectivas para 2026

As eleições de 2024 reconfiguraram o panorama político municipal e criaram uma base para novos embates em 2026. Enquanto alguns grupos buscam reconquistar influência, outros, como o PSD e o Republicanos, saem fortalecidos e prontos para explorar o momento. Partidos tradicionais como o PT e o PDT vão precisar repensar suas estratégias de coalizão, já que o apoio a candidatos de centro se mostrou menos eficiente na ampliação de suas bases.

Os resultados das eleições em Curitiba e em outras cidades-chave do Paraná confirmam uma tendência conservadora que se fortaleceu no estado. Candidatos alinhados à direita obtiveram 65% dos votos na capital, enquanto os partidos de esquerda, incluindo o PT, conquistaram pouco mais de 20%. Esse cenário reflete um perfil político conservador, amplamente representado pela predominância do PSD e do PL nas administrações municipais.

A configuração atual sugere que as eleições de 2026 devem seguir essa inclinação, com os partidos conservadores possivelmente consolidando ainda mais seu espaço. O desafio para os partidos de esquerda será articular novas estratégias de penetração regional para reequilibrar essa balança, caso desejem aumentar sua relevância no estado.

Diretor Jurídico da Copel, Eduardo Barbosa deixa o cargo

23 de outubro de 2024

Eduardo Barbosa, nomeado em 2019, no primeiro ano da gestão de Ratinho Jr (PSD) à frente do governo do Paraná, está de saída da Copel. Durante seus seis anos como diretor jurídico da companhia, Barbosa liderou áreas estratégicas como compliance, relações institucionais e regulatórias, sendo um dos principais assessores jurídicos da empresa. Barbosa é reconhecido como um nome de confiança do governador Ratinho Jr.

Entre as operações de destaque em sua gestão, está a venda da Copel Telecom, arrematada em leilão em 2020 pelo grupo Bordeaux Participações, em uma transação que alcançou R$ 2,5 bilhões. Outro negócio significativo foi a venda da participação acionária na Compagás, negociada por R$ 906 milhões, concluída em 2024.

No último ano, o governo do Paraná também reduziu sua participação acionária na Copel, que agora detém cerca de 33% das ações com poder de voto. A mudança para o modelo de corporação foi realizada por meio de leilão na Bolsa de Valores B3. Na época, o governo promoveu audiências públicas, argumentando que a transformação visava aumentar a competitividade da Copel, sem impacto nas tarifas dos consumidores. O processo também foi aprovado pela Assembleia Legislativa.

Apesar de especulações sobre novos cargos no governo ou no setor privado, Barbosa deve focar em seu próprio escritório, onde atua como advogado e consultor.

Ratinho Junior renova força política e ganha em quase todas as principais cidades

7 de outubro de 2024

Os candidatos a prefeito apoiados pelo governador Ratinho Junior elegeram-se nas principais cidades do Paraná no pleito deste domingo (06). Na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), na Capital ou no Interior do Estado, o apoio dele fez com que todas as apostas do Partido Social Democrático (PSD) fossem eleitas, além de outras siglas da base do governo.

Em Curitiba, Eduardo Pimentel ficou em primeiro lugar na disputa com 313 mil votos e 33,51% dos votos válidos, passando para o segundo turno contra Cristina Graeml.

Na RMC, a atual prefeita de São José dos Pinhais, Nina Singer (PSD), foi reeleita em primeiro turno, com 54,89% dos votos. A cidade era conhecida por não reeleger os chefes do Executivo municipal e passou a contar com a possibilidade de segundo turno nestas eleições. A entrada de Ratinho Junior na campanha foi decisiva para barrar Geraldo Mendes, apoiado por Sergio Moro.

Em Campo Largo, o atual prefeito Maurício Rivabem (PSD) foi reeleito com 42,82% dos votos válidos. Em Pinhais, Rosa Maria (PSD) foi reeleita com 67,94% dos votos. O ex-prefeito Marquinhos (PSD) venceu a disputa pela Prefeitura de Piraquara com 64,32% dos votos válidos. Em Colombo, Helder Lazarotto (PSD) foi reeleito com 73,45%.

Ainda na RMC, Marco Marcondes (PSD) foi reeleito prefeito de Fazenda Rio Grande com 79,85% dos votos. Loreno Tolardo (PSD), de Quatro Barras, foi reeleito com 57,20%. Em Almirante Tamandaré, Daniel Lovato (MDB), apoiado pelo PSD de Ratinho Junior, foi eleito com 60,89% dos votos.

No Oeste do Paraná, as duas maiores cidades da região elegeram candidatos apoiados por Ratinho Junior. Em Foz do Iguaçu, o ex-diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, General Silva e Luna (PL), foi eleito com 50,14% dos votos, com o PSD na vice. Em Cascavel, o atual vice-prefeito Renato Silva (PL) foi escolhido como chefe do Executivo municipal por 56,41% dos cascavelenses. Ele foi uma aposta de Ratinho Junior e do ex-prefeito Leonaldo Paranhos. Em Guaíra, na fronteira, também no Oeste, Gile (PSD) foi eleito com 62,35% dos votos.

No Noroeste, Marco Franzato (PSD) foi reeleito prefeito de Cianorte com 62,68% dos votos. Em Paranavaí, Maurício Gehlen (PSD) foi eleito com 66,64% dos votos válidos. No Sul, a prefeita de São Mateus do Sul, Fernanda Sardanha (PSD) foi reeleita com 71,35% dos votos. No Centro-Sul, Denilson Baitala (PL) foi eleito prefeito de Guarapuava, com 37,37%, numa união de forças contra o PT local, que ficou em segundo colocado. Em Campo Mourão, no Centro-Oeste, Douglas Fabrício (Cidadania), numa chapa com o PSD, foi eleito com 54,07%.

No Norte do Estado, a atual prefeita de Mandaguari Ivoneia Furtado (PSD) foi reeleita com 33,05% dos votos. Em Marumbi, Elaine Ferreira (PL), também apoiada pelo governador, foi eleita com 60,37%. Em Arapongas, Rafael Cita (PSD) foi eleito com 52,60%.

Ratinho Junior ainda emplacou o candidato mais votado em Londrina, no Norte do Paraná, segunda cidade mais populosa. Tiago Amaral (PSD) teve 42,69% dos votos, contra 23,64% da segunda cidade mais populosa. Tiago Amaral (PSD) teve 42,69% dos votos, contra 23,64% da segunda colocada. Haverá segundo turno na cidade.

Apenas em quatro cidades o apoio do governador não foi suficiente. Em Ponta Grossa, Marcelo Rangel (PSD) ficou no terceiro lugar com 21,07% dos votos. Mabel Canto (PSDB) e Elizabeth Schmidt (UNIÃO) passaram para o segundo turno, com Mabel Canto na liderança. Já em União da Vitória, em uma disputa apertada, Dr Ary (PSDB) foi eleito com 29,06% dos votos. Gabi Bakri (PSD) ficou em segundo com 27,87% dos votos válidos.

Em Paranaguá, Adriano Ramos do Republicanos foi eleito com uma votação expressiva de 72,30% dos votos válidos enquanto André Pioli do PSD terminou na segunda colocação com 23,41% dos votos. O Republicanos também venceu o PSD em Toledo, em uma votação apertada Mario Costenaro foi eleito com 46,03% dos votos válidos e Beto Luniti ficou em segundo com 45,22%.

Eduardo Pimentel passa mal durante agenda de campanha

4 de outubro de 2024

Na manhã de hoje, o candidato Eduardo Pimentel passou mal durante um compromisso de campanha e foi encaminhado para o hospital para avaliação médica. Segundo informações preliminares, Pimentel já está bem, mas o mal-estar foi atribuído ao ritmo intenso de atividades nos últimos dias, com uma agenda exaustiva e problemas de alimentação.

Em nota, a coligação Curitiba Amor e Inovação informou que, na manhã desta sexta-feira (4/10), o candidato Eduardo Pimentel (PSD) se sentiu mal e, por precaução, foi encaminhado para o Hospital Marcelino Champagnat para atendimento e exames. Ele cumpria uma extensa agenda logo pela manhã, às 7h30, após participar do último debate da campanha. O quadro do candidato é estável e no momento encontra-se bem. Agendas do começo da tarde foram canceladas.

Candidata a vice em Irati é agredida no último debate

4 de outubro de 2024

Na noite de quinta-feira (03), o cenário político de Irati foi marcado por um episódio lamentável durante o último debate antes das eleições, promovido pela Rádio Najuá. O evento, que reunia os principais candidatos à Prefeitura, terminou em confusão, culminando em agressões verbais e físicas. A vice-candidata Larissa Gimenez Mazepa, que compõe a chapa de Emiliano Gomes, registrou um boletim de ocorrência após ter sido alvo de ofensas e agressões.

Testemunhas relataram que o ex-prefeito Felipe Lucas, pai do candidato Rafael Lucas, chegou ao local do debate já em um estado alterado, acompanhado de Acácio Leite, assessor da campanha de Rafael. Felipe teria, segundo relatos, insultado Larissa com palavras de baixo calão, questionando sua idoneidade profissional. O clima se acirrou ainda mais quando Acácio Leite, em um ato de violência, empurrou a candidata, causando-lhe hematomas na região do abdômen.

Cerca de 15 pessoas presenciaram o incidente, que rapidamente tomou proporções graves. Após a confusão, Larissa, acompanhada de seu advogado, Arthuro Antoniassi, dirigiu-se à delegacia para realizar um exame de corpo de delito e registrar a ocorrência contra Felipe Lucas e Acácio Leite. Duas testemunhas formalizaram seus depoimentos na delegacia, enquanto outros presentes confirmaram os fatos.

Emiliano Gomes, através de suas redes sociais, repudiou a agressão, classificando o episódio como “inaceitável” e “um ataque direto à democracia”. Ele pediu serenidade e que a justiça seja feita. Ana Radis, candidata do PT, também se pronunciou, destacando a gravidade da situação. “Independentemente de quem seja, a violência nunca pode ser justificada. Foi uma situação lamentável entre os apoiadores dos candidatos, e a agressão não pode ser tolerada”.

Com a proximidade das eleições e um cenário acirrado, o episódio coloca ainda mais pressão sobre as campanhas, que precisam manter o foco nas propostas e na disputa democrática, sem espaço para a violência.

Pesquisas eleitorais em Curitiba, dá para confiar?

2 de outubro de 2024

À medida que o dia 6 de outubro se aproxima, primeiro turno das eleições municipais, e a expectativa pelo pleito, surgem questionamentos sobre a credibilidade dos institutos de pesquisa envolvidos na divulgação dos dados. Diversas pesquisas têm sido divulgadas, mas a confiabilidade de algumas delas vem sendo contestada. A presença de institutos com histórico problemático e a falta de transparência em relação aos financiadores são fatores que levantam alertas.

A credibilidade das pesquisas em jogo

Com 11 pesquisas registradas entre os dias 16 e 30 de setembro, Curitiba vive um verdadeiro bombardeio de dados eleitorais. Embora esses levantamentos tenham o potencial de oferecer um panorama das intenções de voto, é crucial que o eleitor fique atento à origem dessas informações. Por exemplo, o Studio Pesquisa, um dos que divulgará pesquisas na reta final, enfrenta questionamentos da Justiça Eleitoral em outras cidades como Imbé, no Rio Grande do Sul. Esse tipo de histórico coloca em xeque a imparcialidade e a qualidade das pesquisas que serão divulgadas.

A pesquisa eleitoral do Instituto Veritá em Divinópolis foi questionada devido às preocupações quanto à falta de transparência sobre os bairros pesquisados e à ausência de uma Nota Fiscal, apesar de o próprio instituto ter arcado com o custo de R$ 23 mil. Além disso, o estatístico responsável pela pesquisa, Guilherme de Alvarenga Alves, está envolvido em uma controvérsia sobre uma pesquisa semelhante em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e enfrenta pedido de impugnação por alegações de irregularidades. A pesquisa aborda intenções de voto, rejeição de candidatos e avaliação de governos, mas sua credibilidade foi questionada justamente por esses fatores.

Outro ponto que merece atenção é a autocontratação de institutos, como é o caso da Atlas, que é a pagante de duas pesquisas em Curitiba. Embora essa prática não seja ilegal, ela levanta questões sobre a independência dos resultados, pois há um conflito de interesses quando o próprio instituto que realiza a pesquisa também paga por ela. Situações como essa podem distorcer a percepção pública e criar um cenário que favoreça determinados candidatos.

LEIA TAMBÉM O PERIGO DAS PESQUISAS ELEITORAIS SEM CREDIBILIDADE

Quem está por trás das pesquisas?

Saber quem contrata e financia as pesquisas é fundamental para entender o viés por trás dos números. Em Curitiba, veículos como Banda B, RPC, Editora Bem Paraná, TV Independência (Grupo RIC) e Jornal Plural são algumas das que financiaram pesquisas eleitorais nesta reta final. O envolvimento de veículos de comunicação no financiamento de pesquisas acrescenta uma camada adicional de credibilidade.

Além disso, quando consideramos que alguns desses levantamentos são pagos diretamente pelos institutos que os realizam, como é o caso da Atlas e do Studio Pesquisas, a transparência desses dados fica ainda mais nebulosa. Mesmo que seja prática comum, a autocontratação sempre levanta suspeitas de manipulação dos números em favor de quem está financiando o estudo.

O impacto das pesquisas no eleitorado

As pesquisas têm o poder de influenciar diretamente o comportamento do eleitor, especialmente quando divulgadas na reta final da campanha. O fenômeno conhecido como “efeito bandwagon”, em que os eleitores tendem a apoiar os candidatos que lideram as pesquisas, pode ser potencializado quando há uma enxurrada de dados. Em Curitiba esse risco é ainda maior, considerando que muitas pesquisas serão divulgadas simultaneamente entre os dias 4 e 5 de outubro, apenas um ou dois dias antes da eleição.

O impacto desse tipo de divulgação pode distorcer a corrida eleitoral e favorecer candidaturas que nem sempre representam a melhor escolha para o eleitorado. Além disso, quando consideramos a presença de institutos com histórico de problemas legais ou falta de transparência, é importante que o público analise com ceticismo os números apresentados.

Como o eleitor pode se proteger?

Em um cenário de tantas pesquisas e informações conflitantes, o eleitor curitibano deve adotar uma postura crítica e cautelosa. Aqui estão alguns pontos importantes para guiar essa análise:

1. Quem contrata: saber quem está por trás da pesquisa é fundamental. Empresas independentes tendem a gerar resultados mais confiáveis.

2. Metodologia: verificar o número de entrevistados e a margem de erro pode dar uma noção melhor da precisão dos resultados.

3. Histórico do instituto: empresas com históricos de problemas legais ou de falta de transparência devem ser encaradas com desconfiança.

4. Não se deixe influenciar apenas pelas pesquisas: embora elas sejam um termômetro importante, o eleitor precisa tomar suas decisões com base em um conjunto mais amplo de informações, como o histórico dos candidatos, suas propostas e debates públicos.

O que esperar do dia 6 de outubro?

Curitiba vive um cenário eleitoral competitivo, onde a influência das pesquisas será sentida até o último momento. No entanto, o eleitorado deve estar atento para não ser levado apenas pelos números divulgados, pois a credibilidade dos institutos e a transparência nos financiamentos das pesquisas são pontos cruciais que podem determinar se esses levantamentos são reflexos reais das intenções de voto ou meras tentativas de influenciar o resultado final.

Com Eduardo Pimentel (PSD) aparentemente consolidando sua vaga no segundo turno, a grande questão que fica é: quem será seu oponente? Luciano Ducci (PSB) aparece bem posicionado, mas com um terceiro lugar acirrado, surpresas podem acontecer. O que é certo é que o dia 6 de outubro será um momento de revelações e a capacidade do eleitor em filtrar as informações que receber até lá será fundamental para o futuro de Curitiba.

As próximas pesquisas.

O que está por vir?

  • Verita: registro em 26/09, divulgação em 2/10.
  • Studio Pesquisas: registro em 28/09, divulgação em 4/10.
  • Atlas 1: registro em 29/09, divulgação prevista para 5/10.
  • Veritas: registro em 29/09, divulgação em 5/10.
  • Prefab Future: Registro em 29/09, divulgação em 5/10.
  • Cidades Participações: registro em 29/09, divulgação em 5/10.
  • Quaest: registro em 29/09, divulgação em 5/10.
  • Oliveira Propaganda: registro em 29/09, divulgação em 5/10.
  • IRG: Registro em 29/09, divulgação em 5/10.

Na Reta Final: o perigo das pesquisas eleitorais sem credibilidade

30 de setembro de 2024

As pesquisas eleitorais, especialmente na reta final do período eleitoral municipal, tornam-se objeto de atenção, mas também de desconfiança. Assim como em outros campos em que informações e previsões são cruciais, a procedência e a confiabilidade das pesquisas são fundamentais. Como produtos perecíveis, esses levantamentos refletem apenas o momento em que foram realizados, e o histórico de acertos de um instituto – assim como no mercado financeiro – é um fator determinante para sua credibilidade.

Um dos maiores riscos que enfrentamos nesta eleição municipal vai além dos já conhecidos erros metodológicos ou da dificuldade de captar mudanças rápidas no comportamento dos eleitores. O verdadeiro perigo reside na proliferação de empresas e institutos de pesquisa que, sem um histórico sólido, lançam dados que podem confundir mais do que esclarecer. A confiabilidade de uma pesquisa depende não apenas de sua metodologia, mas também do conhecimento que o instituto tem sobre as peculiaridades de cada estado ou município. Pesquisar em uma grande capital como Curitiba é diferente de sondar o comportamento eleitoral em uma pequena cidade do interior.

O ciclo eleitoral de 2022 trouxe à tona essa vulnerabilidade. Naquele ano, vimos exemplos de números divulgados por institutos que, ao final, se distanciaram drasticamente dos resultados das urnas. Um caso emblemático foi o do ex-deputado Paulo Martins, que atribuiu parte de seu insucesso a uma pesquisa de última hora que o colocava fora da disputa competitiva. Isso pode ter influenciado eleitores indecisos a optarem por outro candidato, diante de um cenário que, na prática, não correspondia à realidade das urnas.

Hoje, o cenário é ainda mais delicado. Com um número crescente de empresas de pesquisa surgindo, muitas delas sem um portfólio claro ou histórico de credibilidade, o eleitor corre o risco de se deparar com “falsas bússolas”. Pior do que não ter uma pesquisa para se orientar é receber uma que aponta na direção errada. Pesquisas realizadas por empresas sem a expertise necessária para entender as nuances de cada região podem não apenas enganar o eleitor, mas também afetar diretamente o resultado das eleições.

Outro ponto que merece atenção é o financiamento dessas pesquisas. Muitas empresas estão se autofinanciando para realizar os levantamentos, o que, embora legal, levanta questionamentos sobre as intenções por trás desses estudos. Afinal, uma pesquisa bem realizada exige investimento e quando ele não é claro pode-se levantar suspeitas sobre os interesses envolvidos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já adotou medidas para aumentar a transparência, exigindo que as empresas apresentem demonstrativos financeiros que comprovem sua capacidade de bancar tais levantamentos. Entretanto, essa exigência por si só não garante que o eleitor tenha acesso a pesquisas confiáveis.

É preciso que o eleitor, tanto no Brasil como no Paraná, esteja atento ao histórico dos institutos e, principalmente, à fonte de financiamento das pesquisas divulgadas. Nos próximos dias, com o acirramento da campanha, veremos muitas pesquisas sendo utilizadas como peças de marketing eleitoral e não como ferramentas de informação. Cabe ao eleitor investigar quem pagou por essas pesquisas e se os números refletem tendências já observadas ou se, ao contrário, destoam completamente dos cenários anteriores.

Mudanças acontecem, é claro. O comportamento eleitoral pode sofrer reviravoltas. No entanto, raramente essas mudanças são bruscas o suficiente para configurar um “cavalo de pau” nos números. Por isso, ao consumir dados de pesquisas, principalmente aquelas que surgem às vésperas da eleição, a prudência deve ser redobrada. A pergunta que todo eleitor deve se fazer é: quem ganha com essa pesquisa?

Ratinho Jr reúne empresários para apresentar números do governo

23 de setembro de 2024

O governador do Paraná, Ratinho Junior, promoveu um encontro com empresários no Palácio Iguaçu nesta segunda-feira (23). Em tempos de excesso de confusão e conflitos, ele reuniu grandes geradores de empregos e apresentou os marcos da gestão, prestando contas das iniciativas dos últimos cinco anos e meio. O governador apresentou um resumo com os principais números econômicos e sociais que ajudam a explicar a evolução do Estado em diferentes áreas nos últimos anos.

Entre os principais tópicos estiveram números do PIB, do agronegócio e das exportações. Ratinho Junior está usando o conceito de supermercado do mundo, com o Paraná líder nacional na produção de carne de frango e peixe e vice-líder em produção de carne suína, ovos, soja e milho e leite, para reforçar a importância da industrialização dos produtos, que agrega cerca de 40% no valor final.

Como resultado desse movimento, nos últimos 10 anos, as exportações paranaenses ligadas diretamente ao agronegócio passaram de 153 para 172 destinos internacionais. Somando todos os produtos, o comércio internacional alcançou em 2023 o maior valor da história, totalizando US$ 25,2 bilhões. Além disso, as cooperativas locais estão perto de faturarem R$ 500 bilhões.

Ele também citou dados da indústria. O Paraná chegou ao maior número de empregados da história no setor e em todo o cenário do mercado de trabalho foram mais de 500 mil carteiras de trabalho assinadas no período, levando a taxa de desocupação a 4,4%, o que colocaria o Paraná na frente de países como Alemanha (6%), Canadá (6,4%), França (7,5%) e Índia (7%).

Ratinho Junior ainda apresentou um panorama dos investimentos privados feitos desde 2019, totalizando R$ 285 bilhões em novos empreendimentos ou na ampliação de plantas de empresas locais. Segundo ele, este volume recorde está relacionado ao bom ambiente para negócios propiciado pelas melhorias de infraestrutura (o Paraná teve o terceiro maior volume de investimentos públicos do País em 2024) e a desburocratização dos processos ligados às empresas.

Ele citou ainda grandes projetos em andamento (atração de um museu em parceria com o Pompidou para Foz do Iguaçu e a instalação de uma rede de supercomputadores com tecnologia indiana nas universidades estaduais) e grandes marcos da gestão, como a melhor educação do País no Ideb e o título de estado mais sustentável do Brasil no Ranking de Competitividade dos Estados.

Eduardo Pimentel se consolida na liderança em Curitiba; disputa pela outra vaga do segundo turno segue aberta

18 de setembro de 2024

Se as eleições para prefeito de Curitiba fossem hoje, em que votaria? 26,1% dos entrevistados responderam espontaneamente o nome de Eduardo Pimentel, candidato do PSD. Já quando apresentados os nomes dos candidatos, Pimentel alcançou 35% das intenções. Os dados que comprovam que Eduardo Pimentel desponta como o favorito na corrida eleitoral curitibana são da pesquisa IRG – encomendada pela RIC Record TV – realizada entre os dias 13 e 17 de setembro. O crescimento nas últimas semanas reflete uma campanha, com bom tempo de TV, exposição em mídias digitais e mobilização nas ruas.

Mas um ponto crucial para entender esse avanço é a relação de Pimentel com Ratinho Júnior. O governador, também do PSD, tem atuado como um importante cabo eleitoral, especialmente considerando sua alta aprovação em Curitiba: 73,8% dos curitibanos aprovam sua gestão e essa popularidade pode ter um papel decisivo na definição do próximo prefeito da capital paranaense.

A popularidade de Ratinho Júnior não apenas solidifica o apoio de eleitores mais conservadores, mas também oferece um respaldo que pode atrair indecisos, crucial em um cenário ainda fluido. Em setembro, o número de indecisos caiu de 59,4% para 36,8%, e a consolidação do apoio ao candidato do PSD se beneficiou dessa mudança. Além disso, Pimentel tem procurado se posicionar como um sucessor natural de políticas públicas alinhadas com a gestão estadual, buscando capitalizar esse contexto favorável.

O foco agora se volta para os candidatos que tentam garantir uma vaga no segundo turno contra Pimentel, já que ali sim temos uma disputa acirrada. O pelotão que segue na corrida está repleto de figuras conhecidas da política local, cada uma com suas particularidades e desafios.

Luciano Ducci: crescimento moderado

Luciano Ducci (PSB), ex-prefeito de Curitiba, aparece em segundo lugar com 11,9% das intenções espontâneas de voto e com 17,5% na pesquisa estimulada. Apesar de estar em ascensão nas pesquisas, seu crescimento tem sido modesto. Ducci enfrenta o desafio de se diferenciar de Pimentel, especialmente em áreas onde ambos competem por eleitores de centro (um mais à direita e outro mais à esquerda). Seu tempo de TV e histórico como prefeito lhe dão uma base sólida, mas será necessário um esforço concentrado para diminuir a larga vantagem de Pimentel e garantir a passagem para o segundo turno.

Ducci busca reconectar-se com o eleitorado ao se apresentar como uma alternativa pragmática e experiente. No entanto, ele precisa atrair os indecisos e eleitores mais descontentes para reverter sua posição e consolidar uma presença mais forte até o dia da eleição, desidratar Roberto Requião parece uma via que tenta ser explorada.

Ney Leprevost: queda preocupante

Ney Leprevost (União Brasil), que já ocupou cargos importantes no cenário político paranaense, viu suas intenções de voto subirem ligeiramente para 7% no cenário espontâneo, no entanto, houve queda na pesquisa estimulada passado de 14,6% para 11%. Sua campanha, que inicialmente parecia promissora, não conseguiu capitalizar o tempo de exposição no horário eleitoral com a mesma eficácia de seus concorrentes. Com um tempo de TV relevante, mas sem conseguir converter isso em crescimento nas pesquisas, Leprevost precisa redesenhar suas estratégias para reverter essa tendência de queda.

Ele deve apostar em um esforço de última hora para reconquistar eleitores perdidos, focando principalmente em áreas onde sua atuação como deputado foi mais marcante. Não conseguir expandir suas intenções de votos nas próximas semanas pode significar o fim de sua competitividade no pleito.

Roberto Requião: a barreira da rejeição

Roberto Requião (MOBILIZA), um nome icônico na política paranaense, enfrenta sérios obstáculos para alavancar sua candidatura. Com 6,5% das intenções espontâneas de voto e 9,50% das intenções no cenário estimulado, Requião se encontra em uma posição delicada, agravada por seu alto índice de rejeição, que chega a 35%. Esse dado limita severamente sua capacidade de atrair novos eleitores, principalmente entre os mais jovens e aqueles que buscam uma renovação política.

Apesar de sua longa trajetória e experiência, Requião precisa de um grande movimento de mudança para sobreviver à disputa. Sua campanha, até o momento, não conseguiu gerar o impacto necessário para alterar o curso dos acontecimentos, tornando difícil sua passagem para o segundo turno. O não crescimento nas próximas semanas pode agravar ainda mais sua situação, já que seus eleitores podem optar pelo voto útil e migrar sua escolha para Ducci.

Cristina Graeml: crescimento modesto e nichado

Cristina Graeml (PMB), sem tempo de TV, tem focado sua campanha em plataformas digitais e em grupos de nicho, conseguindo subir para 4,6% nas intenções de voto espontâneas e 7% quando os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados. Embora seu crescimento seja limitado, ela tem demonstrado uma presença consistente no debate público, especialmente entre eleitores que se identificam com suas pautas conservadoras.

Graeml depende de estratégias digitais para ampliar sua base, algo que, até o momento, tem acontecido de maneira lenta. Para ela, o desafio será manter essa base e tentar roubar votos de candidatos mais consolidados, se apresentar como a “verdadeira” representante do eleitorado de direita tem sido o foco mais explorado.

Luizão Goulart: sem tempo de TV e crescimento estagnado

Com apenas 1,5% das intenções de voto espontâneas, Luizão Goulart (SOLIDARIEDADE), que já foi prefeito de Pinhais por dois mandatos consecutivos, sofre com a falta de exposição e a dificuldade de ampliar sua base eleitoral. Ainda que no cenário estimulado as intenções permaneçam em 3%, o fato é que sem tempo significativo de TV, sua campanha tem se mantido estável, mas sem grandes perspectivas de crescimento. Sua posição no cenário eleitoral é de baixa competitividade, e ele precisaria de uma virada dramática nas próximas semanas para se tornar uma figura relevante na disputa.

Panorama final: a caminhada para o segundo turno

O cenário eleitoral de Curitiba está cada vez mais polarizado em torno de Eduardo Pimentel, que se beneficia diretamente do apoio de Ratinho Júnior e de uma campanha robusta. Com uma liderança consolidada, sua prioridade é tentar garantir a vitória no primeiro turno, o que, embora difícil, não é impossível caso consiga ampliar ainda mais sua vantagem.

Enquanto isso, Luciano Ducci surge como o principal nome para disputar um segundo turno com Pimentel, mas precisa de um aumento nas próximas semanas. Ney Leprevost, que segue atrás de Ducci, precisa rever toda a estratégia de sua campanha para conseguir crescer o suficiente para chegar ao segundo turno, o que até o presente momento não parece que irá acontecer. Roberto Requião, por sua vez, enfrenta desafios profundos, com queda nas intenções de voto e altos índices de rejeição que limitam suas chances. Cristina Graeml e Luizão Goulart, com campanhas focadas em nichos específicos, lutam para ganhar tração, mas suas perspectivas permanecem limitadas. Com o passar dos dias e o horário eleitoral em pleno andamento, a dinâmica da campanha ainda pode mudar, mas os próximos movimentos estratégicos dos candidatos definirão se haverá ou não uma disputa de segundo turno e quem terá a oportunidade de confrontar Pimentel no último embate.

Metodologia

A pesquisa da IRG Pesquisa contratada pela RICtv Record entrevistou 800 pessoas de 16 anos ou mais entre os dias 13 e 17 de setembro. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número PR-09090/2024.

A margem de erro da pesquisa é de 3,47 pontos percentuais para mais ou para menos e tem grau de confiança de 95%.

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