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Reforma administrativa e pauta verde nas prioridades da Câmara, diz Arthur Lira – 18 a 23 de fevereiro

19 de fevereiro de 2024

Reforma administrativa e pauta verde nas prioridades da Câmara, diz Arthur Lira – 18 a 23 de fevereiro

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, definiu quatro prioridades para o ano de 2024 no Legislativo, são elas: reforma administrativa, pauta verde, regulamentação da reforma tributária e proposta sobre inteligência artificial. A reforma tributária foi votada e aprovada no ano de 2023 e agora necessita de leis de regulamentação.

Cabe destacar que desde o final do ano passado, Congresso e Governo atravessam um impasse sobre a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. Em relação à pauta verde, o presidente da Câmara dos Deputados vê a participação na COP-30 como chance de consolidar o tema.

Outros assuntos para ficar de olho:

  • Comissão do Senado discute denúncias da CPI da Pandemia contra Prevent Senior;
  • Comissão de desenvolvimento humano do Senado avalia propostas de proteção às crianças;
  • Franquias aumentam faturamento em quase 14%;
  • Valor de mercado da Petrobras chega a novo recorde.

Eventos econômicos – 19 a 23 de fevereiro

Os eventos econômicos da semana serão:

  • Boletim Focus (segunda-feira);
  • IBC-Br – dez (segunda-feira);
  • Confiança do consumidor FGV (sexta-feira);
  • Receita Tributária Federal (sexta-feira).

Retomada das votações na Alep – 19 a 23 de fevereiro

19 de fevereiro de 2024

A Assembleia Legislativa do Paraná retoma as votações de projetos nesta segunda-feira (19). Entre as pautas analisadas estão a concessão de títulos de utilidade pública e o projeto do deputado Pedro Paulo Bazana (PSD) sobre a manipulação e comercialização de preparações e correlatos em farmácias com manipulação. 

No Conselho de Ética e Decoro Parlamentar a reunião discute os processos envolvendo o deputado Renato Freitas. O encontro será na terça-feira (20) às 10 horas.

Também na pauta estão as reuniões da Comissão de Indústria, Comércio, Emprego e Renda e homenagens para a Central 156 de Curitiba que completa 40 anos. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) também retoma atividades. Uma das principais propostas é a inclusão de entidades de educação nos benefícios do Nota Paraná. Serão 35 itens na pauta da comissão.

Outros assuntos para ficar de olho:

  • Agências do Trabalhador ofertam 18,7 mil vagas;
  • Paraná aumenta teto de isenção parcial do ICMS para veículos de pessoas com deficiência;
  • Deputados estaduais participam de assinatura de convênio para fortalecer a agroecologia.

Prefeitura de Curitiba quer vender terreno no bairro Vila Izabel – 19 a 23  de fevereiro

19 de fevereiro de 2024

Tramita na Câmara de Curitiba um projeto de lei da Prefeitura para autorizar a venda de um lote de 43.08 m² no bairro Vila Izabel. A última avaliação da Comissão de Avaliação de Imóveis estimou o valor do terreno em R$ 50 mil. Valmir Boaventura Pinto, proprietário de imóvel vizinho, é quem fez a solicitação para compra do lote.

Em caso de aprovação pelo Legislativo, o morador deve unificar os dois terrenos no prazo de um ano. Na justificativa do projeto, o Executivo argumentou que nenhum órgão público demonstrou interesse na utilização do lote e por isso autoriza a venda.

Outros assuntos para ficar de olho:

  • Câmara instala comissões na próxima semana;
  • Vereadores analisam projeto para modernizar lei contra furto de cabos;
  • Divulgação da fila de espera do SUS.

Dívida de 200 bilhões do governo, nós pagaremos a conta

30 de janeiro de 2024

No ano passado, o Brasil enfrentou um desafio econômico considerável: um déficit primário de R$ 230,5 bilhões, o maior desde 2020, representando 2,1% do PIB. Esses números, revelados pela Secretaria do Tesouro Nacional, vão além de simples estatísticas em um documento. Eles são um sinal de alerta para a saúde financeira do nosso país, especialmente em um momento global marcado por incertezas e desafios domésticos significativos.

Entender a seriedade dessa situação exige uma análise mais profunda dos fatores que nos levaram a esse ponto. Por um lado, assistimos a uma redução de 2% nas receitas do governo, enquanto, por outro, as despesas aumentaram em notáveis 12,5%. Esse desequilíbrio financeiro reflete um ambiente econômico adverso e, infelizmente, algumas escolhas políticas e administrativas questionáveis. A situação se torna ainda mais preocupante ao percebermos que este déficit é o segundo maior desde 1997, sinalizando que os problemas financeiros do país não são apenas persistentes, mas estão se intensificando.

O que mais me preocupa é a aparente indiferença do governo atual frente a essa realidade. Existe uma tendência em aumentar os gastos públicos sem uma estratégia clara de financiamento, potencialmente desencadeando um ciclo de endividamento e fragilidade fiscal. Essa abordagem negligencia os princípios de responsabilidade fiscal e ameaça a estabilidade econômica do país a longo prazo.

Lembrar que o déficit público afeta diretamente a classificação de crédito de um país é fundamental. Recentemente, a Fitch Ratings melhorou a nota do Brasil de BB- para BB, um avanço que reflete uma certa confiança na nossa economia. Contudo, ainda estamos longe de atingir o grau de investimento, essencial para atrair mais investimentos estrangeiros e melhorar as condições de financiamento do país. Segundo a Fitch, um passo crucial para o Brasil melhorar sua avaliação é controlar efetivamente seu déficit.

Diante disso, torna-se crucial que o Brasil adote medidas para organizar suas finanças públicas. Olhando para trás, vemos que países como a Nova Zelândia nos anos 90 e o Canadá no final dos anos 80 e início dos 90 conseguiram reverter cenários de déficits elevados. Eles alcançaram isso por meio de uma combinação de cortes de gastos, reformas estruturais e fortalecimento das instituições fiscais. Esses casos não são apenas teorias; são lições práticas da importância do equilíbrio fiscal para a saúde econômica de uma nação.

A transparência e responsabilidade na gestão fiscal também são vitais para reconstruir a confiança dos investidores e do público. Isso implica não apenas em medidas de austeridade, mas também na implementação de reformas que fomentem um crescimento econômico sustentável.

Para atrair investimentos estrangeiros de forma sustentável, o Brasil precisa mostrar compromisso com uma gestão fiscal responsável. Isso envolve mais do que cortes indiscriminados de gastos; significa gerir os recursos públicos de forma eficiente, dando prioridade a investimentos com retorno econômico e social significativo.

Em resumo, o déficit primário brasileiro de 2023 é um claro sinal de alerta. A situação demanda uma resposta rápida e eficaz do governo, com políticas focadas não só no equilíbrio fiscal, mas também no desenvolvimento econômico sustentável e inclusivo. A história nos ensina que a recuperação fiscal é possível, mas exige disciplina, visão estratégica e um compromisso firme com o futuro do nosso país.

PMB oficiliza Cristina Graeml como pré-candidata a Prefeitura de Curitiba

26 de janeiro de 2024

O Partido da Mulher Brasileira (PMB) – em processo de mudança de nome para “Por Mais Brasil” – lançou o nome da jornalista Cristina Graeml como pré-candidata na disputa pela Prefeitura de Curitiba. Nas palavras do partido a decisão se dá pelo entendimento que nenhum nome falado até o momento corresponde as necessidades de um eleitorado “de direita e conservador”. O partido tem interesse em votos do campo da direita e centro-direita.

Cristina atua como colunista de opinião. Atualmente, Deltan Dallagnol (NOVO), Eduardo Pimentel (PSD), Luciano Ducci (PSB) são alguns dos nomes vinculados a disputa pela Prefeitura de Curitiba.

Deltan será candidato a prefeito?

22 de janeiro de 2024

Parte do mundo político de Curitiba e do Paraná ficou perplexa com o anúncio da pré-candidatura de Deltan Dalagnol à prefeitura da cidade. Esta manobra é surpreendente, especialmente considerando que Dalagnol havia minimizado tal possibilidade durante seu mandato como deputado federal. Pesa ainda o fato de sua pré-candidatura surgir após a perda desse mandato, um evento que muitos acreditavam tê-lo tornado inelegível.

Análise Jurídica: O Caminho Incerto de Dalagnol

Conforme reportagem de Ivan Santos, de outubro de 2023, a situação jurídica de Dalagnol não é tão preta no branco. A informação obtida por ele junto à corte eleitoral apresenta o seguinte:

“O ex-procurador não teve o mandato cassado, mas apenas o registro de candidatura indeferido. Ele pode requerer registro na próxima eleição e será analisado novamente, podendo ser aceito ou não.”

Numa leitura rápida, podemos ser levados a crer que o campo eleitoral estaria plenamente aberto para Deltan, mas é importante termos o foco no local certo: a aceitação ou não de um pedido de registro de candidatura. Ou seja, o que parece é que o tribunal não quis se comprometer com um tema que ainda pode ser analisado.

Entretanto, fontes do mesmo tribunal e também do mundo jurídico de Curitiba e Brasília garantem que a inelegibilidade de Deltan – pela forma como saiu do Ministério Público Federal (a decisão do TSE, baseada na Lei da Ficha Limpa, estabelece inelegibilidade por 8 anos) – vale para o pleito de 2022 (quando concorreu a deputado federal e foi eleito), para o pleito de 2024 (onde foi colocado como pré-candidato a prefeito) e para o pleito de 2026, quando alguns projetam que poderia se candidatar ao Senado. A controvérsia, segundo essas mesmas fontes, é se ele estaria elegível em 2029 ou em 2031, a depender de como seria computado o prazo de suas restrições (data da decisão ou data do fato).

Estratégia Política: O Que Está em Jogo para Dalagnol

Considerando seu conhecimento jurídico, Dalagnol deve estar ciente de que suas chances de elegibilidade são limitadas. Isso levanta questões sobre suas intenções:

– Por que manter seu nome em jogo?

– Será uma manobra para permanecer relevante no debate político?

– Uma estratégia para impulsionar candidaturas de seu partido?

– Ou, talvez, uma tática ao estilo Lula 2018, mantendo uma pré-candidatura até um substituto sem restrições ser apresentado?

Lavajatistas Divididos?

Outra questão importante é a possível divisão dentro do grupo dos lavajatistas. Movimentos ao redor do Senador Sergio Moro indicam uma potencial candidatura de Rosangela Moro ao Palácio 29 de Março. Como isso afetará a dinâmica interna do grupo e suas estratégias eleitorais?

O Papel da Justiça Eleitoral e a Voz do Eleitor

É crucial que a justiça eleitoral ofereça definições rápidas e claras para evitar confusões e garantir que os eleitores tenham uma compreensão correta dos candidatos e de suas elegibilidades. Os eleitores não devem ter seu voto desperdiçado ou ignorado.

A realidade se impõe

Como observador e crítico discordo da extensão interpretativa dada por aquela corte, a qual retirou Deltan de seu mandato, contudo só posso dizer: o TSE tem razões as quais nossa vã filosofia desconhece. No fim das contas, a realidade é que Deltan não conta com a simpatia dos ministros da corte eleitoral e o precedente da decisão anterior joga contra ele. E, como bem sabemos, a realidade tem a mania de sempre se impor.

Anajure alerta sobre questões de gênero e liberdade religiosa no Plano Nacional de Educação 2024-2034

19 de janeiro de 2024

O cenário educacional brasileiro está prestes a passar por uma transformação significativa com a formulação do Plano Nacional de Educação (PNE) para o período de 2024-2034. Neste contexto, a Associação Nacional de Juristas Evangélicos (ANAJURE) apresentou uma manifestação pública sobre o Documento Referência da Conferência Nacional de Educação, que serve de base para o PNE. A declaração da ANAJURE levanta pontos de discussão sobre aspectos do documento, com foco especial em questões de gênero e a preservação da liberdade religiosa nas escolas confessionais.

O Documento Referência, preparado para a CONAE 2024, propõe diretrizes para a próxima década de políticas educacionais no Brasil, abrangendo uma variedade de temas, desde qualidade educacional até sustentabilidade. A ANAJURE, em sua análise, destaca preocupações com a inclusão de abordagens relacionadas à ideologia de gênero e os impactos potenciais na liberdade religiosa nas escolas.

Um ponto de atenção levantado pela ANAJURE é o tratamento da laicidade do Estado no contexto educacional. A associação sugere que uma compreensão equilibrada da laicidade é fundamental para garantir que as escolas confessionais possam operar de acordo com suas crenças, respeitando ao mesmo tempo a diversidade de convicções religiosas.

Além de apontar essas questões, a ANAJURE também faz um apelo aos delegados da CONAE 2024 e aos representantes do Congresso Nacional para a consideração cuidadosa desses pontos no desenvolvimento do novo PNE. Eles expressam a intenção de participar da CONAE 2024 como observadores.

O documento da ANAJURE reflete um aspecto da discussão mais ampla no Brasil sobre como a educação pode e deve abordar temas de diversidade, inclusão e religião. O debate em torno do PNE para o período de 2024-2034 destaca a necessidade de equilibrar visões progressistas com o respeito às tradições culturais e religiosas do país.

Este debate é uma parte importante do processo democrático na formulação de políticas educacionais. À medida que a CONAE 2024 se aproxima, espera-se que as contribuições de várias partes interessadas, incluindo a ANAJURE, ajudem a moldar um plano que atenda às necessidades de uma sociedade diversificada. O resultado deste processo será crucial para definir o caminho da educação brasileira na próxima década.

Deputados propõem multas para usuários de drogas no Paraná

18 de janeiro de 2024

A recente adoção de leis em municípios como Araucária e Balneário Camboriú, que impõem multas a indivíduos flagrados utilizando substâncias ilícitas em espaços públicos, tem reverberado em outras esferas do poder legislativo. Essa onda chegou à Câmara de Curitiba, desencadeando movimentos para a aprovação de uma proposta similar. Agora, a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) considera um projeto de lei proposto pelos deputados Alexandre Curi (PSD) e Tito Barichello (UB), visando penalizar o uso de drogas em locais públicos.

O projeto especifica que ruas, rodovias, calçadas, estacionamentos, praças, áreas verdes e praias são ambientes onde o consumo dessas substâncias acarretará multas. Se houver reincidência dentro de um ano, a multa será dobrada. O valor inicial da penalidade corresponderá a um salário mínimo. Com a eventual aprovação da lei, os recursos obtidos com as multas serão destinados ao Fundo Especial de Segurança Pública do Paraná (FUNESP).

Estados e Municípios deveriam ter mais autonomia para legislar

A discussão sobre o poder dos entes subnacionais, como estados e municípios, para estabelecer normas específicas, como a imposição de multas pelo uso de drogas em espaços públicos, revela uma interação complexa entre as legislações locais e federais.

Por um lado, especialistas argumentam que estados e municípios não devem invadir competências federais, especialmente porque a União já regulamenta substâncias ilícitas por meio de legislações específicas. Há uma preocupação em manter uma política de drogas uniforme e coerente em todo o país.

Por outro lado, defende-se a autonomia dos entes subnacionais, com base na necessidade de atender às especificidades e desafios locais. A argumentação apoia-se na premissa de que municípios e estados, mais próximos das realidades comunitárias, possuem uma maior capacidade de desenvolver abordagens efetivas e adequadas à sua realidade.

Dados do Ministério da Saúde e de organizações não governamentais indicam variações significativas no padrão de consumo de drogas entre diferentes regiões do Brasil. Isso poderia justificar uma legislação diferenciada. No entanto, o desafio é equilibrar a autonomia local com a necessidade de uma política nacional consistente sobre drogas, evitando conflitos legais e assegurando a proteção dos direitos individuais.

Essa discussão não apenas reflete as complexidades do federalismo brasileiro, mas também enfatiza a importância de políticas públicas que considerem as realidades sociais e culturais de cada comunidade.

Câmara de Curitiba pode retomar discussão sobre multa para usuários de drogas

16 de janeiro de 2024

Após a repercussão da aprovação, em Balneário Camboriú, de uma lei para multar pessoas que consomem substâncias ilícitas em espaços públicos, a Câmara de Curitiba pode retomar a discussão, em breve, para uma lei semelhante. 

A proposta é do vereador Tico Kuzma (PSD), atual líder do governo, para incluir na Lei 15.287/2018 a possibilidade de multar usuários de drogas. Segundo o vereador, essa é uma medida alternativa a uma possível descriminalização do porte de drogas para uso pessoal que está em votação no Supremo Tribunal Federal (STF). Além de Kuzma, o também vereador Eder Borges (PP) anunciou que adotaria o tema como prioridade.

O julgamento está paralisado no momento, mas o placar (5×1) é favorável à descriminalização do porte para uso pessoal. Segundo o vereador, essa é uma medida alternativa para impedir o consumo livre de substâncias como a maconha.

Em Balneário Camboriú, a lei prevê multa de R$ 412 que pode dobrar em caso de reincidência. No Paraná, Araucária foi um município pioneiro aprovando a lei que vigora desde 2021.

Multas como ferramenta de combate ao uso de Drogas: Araucária e Balneário Camboriú buscam alternativas

15 de janeiro de 2024

A proposta de lei aprovada em Balneário Camboriú (SC) introduz multas para indivíduos flagrados consumindo substâncias ilícitas em espaços públicos, estabelecendo uma penalidade de R$ 412 como valor inicial, dobrado em caso de reincidência. Este movimento segue o exemplo pioneiro de Araucária, no Paraná, que implementou a Lei 3770/2021. Proposta pelo vereador Ricardo Teixeira (PSDB), esta legislação proíbe o uso dessas substâncias em locais públicos, com multas fixadas em R$ 500. Em caso de reincidência, a multa é dobrada.

Uma alternativa oferecida aos infratores é a possibilidade de prestar serviços comunitários, isentando-os do pagamento da multa. A fiscalização do cumprimento desta lei em Araucária está a cargo da Guarda Municipal, assegurando a observância das normas estabelecidas. Essas iniciativas em Balneário Camboriú e Araucária destacam a crescente atenção ao tema do consumo de drogas em locais públicos e as abordagens legislativas para seu controle.

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