O general da reserva do Exército Mauro Lourena Cid, pai de Mauro Cid, ex-ajudante de ordem do presidente, e outros aliados próximos de Bolsonaro, teriam desviado peças recebidas para o acervo privado do ex-presidente.
Além disso, Mauro Cid teria recebido ajuda do pai para negociar as peças. De acordo com as investigações, com o dinheiro em mãos, os auxiliares de Bolsonaro usavam laranjas para ocultar a origem dos recursos e facilitar a incorporação ao patrimônio de Bolsonaro.
Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro, também deu as caras na história e tentou recuperar alguns bens. O advogado chegou a recomprar um relógio da marca Rolex recebido por Bolsonaro em viagem oficial e depois vendido pelo grupo.
O novo advogado de Mauro Cid, que está preso desde maio, declarou ontem, 17, que seu cliente deve confessar que vendeu as joias e culpar Jair Bolsonaro. A mudança de postura de Cid pode ter se dado depois que a Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de seu pai.
Sobre o Autor: Jeulliano Pedroso
É Sociólogo (UFPR), mestre em Antropologia Social (UFPR) e especialista em ciência política (IUPERJ). Estudou economia e estratégia na London School of Economics and Political Science (LSE). É Analista-Chefe da Brasil Sul Inteligência e ex-comentarista político do Jornal da Manhã – Jovem Pan Paraná.
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